Na administração da liquidez bancária de curto prazo, o Banco Central tomou recursos no overnight em todos os dias úteis do mês

19/08/2010, Notas econômico-financeiras para a imprensa– julho/2010(http://www.bcb.gov.br/htms/infecon/demab/ma201007/index.asp)

I. Operações de mercado aberto

Em julho, o Banco Central tomou recursos semanalmente por meio de leilões de venda de títulos com compromisso de recompra em seis meses. Nas operações liquidadas no mês, foram vendidas NTN-F, LTN e NTN-B nos percentuais de 49,5%, 28,8% e 21,8%, respectivamente.

O volume financeiro dessas vendas atingiu R$21,5 bilhões, enquanto as recompras decorrentes de operações anteriores foram de R$19,5 bilhões, o que resultou em um impacto monetário contracionista de R$1,9 bilhão.

Desta maneira, o saldo em mercado dessas operações, atualizado pelas taxas contratadas, aumentou de R$93,8 bilhões em 30 de junho para R$94,9 bilhões em 30 de julho. O prazo médio a decorrer também se elevou, passando de 62 para 67 dias úteis, no mesmo período.

Na administração da liquidez bancária de curto prazo, o Banco Central tomou recursos no overnight em todos os dias úteis do mês à taxa de corte de 10,17% a.a. ou de 10,18% a.a. até o dia 21, e de 10,67% a.a. ou de 10,68% a.a., após a reunião do Copom. O volume financeiro médio dessas atuações alcançou R$64,2 bilhões.

O Banco Central efetuou também, nos dias 1º, 5, 12, 22 e 26, intervenções tomadoras de recursos, de prazos entre 8 e 30 dias úteis e taxa de corte de 10,20% a.a. ou de 10,70% a.a. Os montantes das atuações variaram de R$9,4 bilhões a R$205,0 bilhões.

No mês, ocorreram duas operações de nivelamento, sendo uma doadora e a outra tomadora de recursos. O volume da primeira foi de R$162,8 milhões, à taxa de 10,95% a.a., enquanto a segunda atingiu R$300,0 milhões, à taxa de 9,85% a.a. Ambas as operações foram realizadas com prazo de dois dias úteis.

II. Negociação no mercado secundário de títulos federais registrados no Selic

Em julho, o volume de operações definitivas entre instituições de mercado com títulos públicos federais custodiados no Selic aumentou 17,3% em relação ao mês anterior, totalizando R$14,3 bilhões e 1.571 operações por dia, em média.

O crescimento ocorreu nos segmentos de títulos de rendimento prefixado e de rentabilidade atrelada a índice de preços. O primeiro apresentou média diária de R$8,8 bilhões, 25,0% maior do que no mês anterior e participação de 61,6% no total do mercado. O incremento nas operações com NTN-B e NTN-C foi de 49,4% em relação a junho, atingindo R$2,4 bilhões, o equivalente a 16,5% do total do mercado secundário. Por sua vez, o giro diário médio dos títulos de rentabilidade atrelada à taxa Selic diminuiu 12,2%, para R$3,1 bilhões, ou 21,9% do mercado total.

O título mais negociado em volume financeiro no mercado secundário foi a LTN de vencimento em 1º/7/12, com a média de R$3,7 bilhões por dia, respondendo por 26,0% de todo o mercado. A seguir figuraram a NTN-F de vencimento em 1º/1/12 e a LTN de vencimento em 1º/7/11, com médias diárias de R$1,4 bilhão e de R$873,2 milhões, respectivamente. O título que apresentou a maior quantidade de transações em todo o mercado secundário, com média de 221 operações por dia, foi a LFT de vencimento em 7/9/2010. O título de rentabilidade atrelada a índice de preços mais negociado, com o volume médio de R$557,3 milhões, foi a NTN-B de vencimento em 15/5/11.

O volume financeiro diário médio das operações contratadas a termo elevou-se em 17,3% em julho, alcançando R$6,6 bilhões. O volume das operações com títulos atualizados por índice de preços cresceu 39,6% em relação ao mês anterior, atingindo R$1,5 bilhão. No segmento de títulos de rentabilidade prefixada, também houve um acréscimo de 12,1% em relação a junho, de R$4,6 bilhões para R$5,1 bilhões. A LTN de vencimento em 1º/7/12 foi o título mais negociado a termo, respondendo por 37,3% do total.

As operações compromissadas, excluídas as realizadas com o Banco Central (vide Tabela 36 – Volume de operações com títulos federais no mercado secundário), alcançaram médias diárias de R$389,4 bilhões e de 4.468 operações. As operações intradia apresentaram médias diárias de R$2,9 bilhões e de 24 operações.

As operações overnight corresponderam a 96,5% do total das operações compromissadas, com médias diárias de R$375,8 bilhões e de 4.354 operações. As operações de prazo superior a um dia e com livre movimentação do título objeto registraram médias diárias de R$869,6 milhões e de 11 operações. No caso daquelas em que não é facultada a livre movimentação do título, essas médias foram de R$9,8 bilhões e de 79 transações.

O volume diário médio das operações definitivas com corretagem avançou 22,0% em relação ao mês anterior, para R$6,9 bilhões. Da mesma forma, sua participação no total de operações definitivas subiu de 46,6%, em junho, para 48,5%, em julho. No mês, o menor volume de negociação foi de R$1,2 bilhão, no dia 12, e o maior, de R$11,8 bilhões, no dia 8.

Considerando-se apenas os títulos de rentabilidade prefixada, o volume financeiro das operações definitivas com corretagem foi ampliado para R$4,8 bilhões por dia, ante R$4,1 bilhões no mês anterior, e a quantidade de operações subiu de 92 para 103 por dia, em média. Contudo, a participação dessa modalidade de negócio sobre o total das operações definitivas com títulos de remuneração prefixada caiu de 57,8% para 54,4%.

Para os títulos atrelados a índice de preços, o volume de operações definitivas com corretagem foi de R$1,2 bilhão, correspondendo a 50,5% do mercado de NTN-B e NTN-C.

A LTN de vencimento em 1º/7/12, que registrou em julho uma média diária de R$2,5 bilhões em negócios com corretagem, ou 68,1% do total das suas operações definitivas, foi o título mais transacionado nessa modalidade.

O volume financeiro das operações compromissadas com corretagem atingiu a média diária de R$2,8 bilhões.

Redação

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