Lula, Obama e Sarkozy

Por paulo frança

Lula, Obama e Sarkozy são modelos do século XXI, diz especialista

Nova York – Vice-Presidente do think-thank Public Agenda e autor de Forgive Us Our Debts: The Intergenerational Dangers of Fiscal Irresponsibility, publicado nos Estados Unidos pela editora da Universidade de Yale, Andrew L. Yarrow defendeu, em artigo publicado na página de opinião do The Baltimore Sun, que a apologia da impossibilidade funcional dos governos está com os dias contados. E que um trio de líderes – formado pelo recém-eleito Barack Obama, o presidente francês Nicolas Sarkozy e o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva – representam a ascendência, no mundo ocidental, do idealismo, do ativismo e da cooperação supra-partidária sobre o unilateralismo, a política mais convencional e o apadrinhamento de aliados característico da administração Bush.

Professor da American University e consultor do centrista Brookings Institution, Yarrow vai além e propõe o estabelecimento de uma nova era, calcada na imagem dos presidentes de Brasil, França e EUA. “Prestando atenção no simbolismo político dos três estadistas, vê-se que o mundo democrático está entrando em um novo período, tão definitivo e transformador quanto o pacto social-democrático de Franklin Delano Roosevelt após a Segunda Guerra Mundial, o chamado Consenso Liberal, ou a Ascensão Conservadora das últimas três décadas, marcadas pelas políticas de Ronald Reagan e Maragareth Thatcher”, escreve. (continua)

Por Martin

Putz! O Obama ainda nem tomou posse e já se tornou modelo do século 21? Deve estar escrito nas estrelas.
Sarkozy: um link contido no próprio artigo mostra o desacordo de alguns franceses com esta tese.

Clique aqui.

Por Hugo Albuquerque

Esse artigo parte da premissa de uma certa crença política estadunidense na capacidade de transformação que potencialmente pode ser exercida pelo chefe do executivo – é uma espécie de “personalismo do bem”.

A Democracia americana foi construída tendo um foco muito acentuado na Presidência da República e na figura de seu ocupante, diferentemente das democracias européias que tem como centro justamente o Parlamento – a França com seu semipresidencialismo é um caso um tanto idiossincrático.

Você pega os dez países com mais alto IDH e o domínio das regimes parlamentaristas é óbvio, o que atesta que o que faz a diferença não é exatamente aquela coisa do líder forte e carismático – obedecendo as regras do jogo, claro -, mas sim um parlmento forte e civilizado, com grupos políticos fortes.

Mesmo partindo do ponto de vista do autor, claro é um tanto exagerado, principalmente no que toca Sarkô e especialmente Obama, que nem começou a governar ainda.

Ok, Lula e Obama representam todo um simbolismo para o mundo, na medida que ver um “operário” e um “negro” chegando ao poder em nações tão grandes e poderosas quanto Brasil e EUA não acontece todo dia – por mais que Lula já não trabalhasse há anos como operário e que Obama seja na verdade um mestiço. Sarkô, por sua vez, era simplesmente o Ministro do Interior conservador que chamou os jovens que protestavam pelo país de recaille, portanto, sua eleição é muito mais reflexo do esvaziamento da política francesa do qualquer outra coisa.

Analisando Sarkô e Lula, os únicos que de fato governaram até agora, o que pode se dizer é que enquanto o primeiro faz um governo centralizado em muita pirotecnia, mas que até agora não resolveu os problemas que herdou, o segundo faz um goveno reformista que apesar de estar aquém do esperado por muitos dos seus eleitores, conseguiu obter êxitos importantes, ainda que diante de uma base de comparação bastante fraca – que persiste até hoje, visto que seus adversários continuam insistindo em lançar críticas ratasqueiras e não raro mal-educadas em vez de fazerem propostas concretas. Obama, por sua vez, é uma incógnita.

Enfim, não creio que seja possível colocar os três no mesmo barco.

Luis Nassif

45 Comentários

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  1. Curioso ne. Os estrangeiros
    Curioso ne. Os estrangeiros adoram o Lula. Eles, nao influenciaveis pela impressa nacional, conseguem ver que o Brasil coopera mais com os outros paises, tem feito um bom trabalho no combate a miseria e a pobreza alem de outros avancos.

    As unicas pessoas, fora do Brasil, que nao veem avanco algum sao os proprios basileiros. Em especial, os masi abastados.

    O pior de todos e um amigo que considera o Alckmin o ESTADISTA DO SECULO porque, segundo o meu amigo e so ele, o ex-governador acabou com a poluicao no Tiete. Entao ta. Vou aproveitar o final de semana e nadar nas aguas agora limpidas daquele belo rio. E de quebra pescar umas carpas.

  2. Putz! O Obama ainda nem tomou
    Putz! O Obama ainda nem tomou posse e já se tornou modelo do século 21? Deve estar escrito nas estrelas.
    Sarkozy: um link contido no próprio artigo mostra o desacordo de alguns franceses com esta tese (http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3456475-EI8141,00.html).
    Já no Brasil… Bem, do jeito que levantam a bola do Lula, alguns sindicalistas só estão pagando os favores que lhe devem. E olhem que ele nem precisa disso.

  3. Que tristeza para o Pig.Como
    Que tristeza para o Pig.Como LULA se atreve a figurar em tal posição? que atrevimento?, esse lugar por direito é de FHC ou Serra!!!. Aguardem que vem mais chumbo por aí. Abraço Nassif.Continue nos informando o que o Pig por ideologia e preconceito não pode fazer.

  4. Interessante juntar 3
    Interessante juntar 3 conservadores de origem distintas como se fossem algo genial. Porém não posso deixar de imaginar a azia que o filho do general Cardoso está sentindo.

  5. Esse artigo parte da premissa
    Esse artigo parte da premissa de uma certa crença política estadunidense na capacidade de transformação que potencialmente pode ser exercida pelo chefe do executivo – é uma espécie de “personalismo do bem”.

    A Democracia americana foi construída tendo um foco muito acentuado na Presidência da República e na figura de seu ocupante, diferentemente das democracias européias que tem como centro justamente o Parlamento – a França com seu semipresidencialismo é um caso um tanto idiossincrático.

    Você pega os dez países com mais alto IDH e o domínio das regimes parlamentaristas é óbvio, o que atesta que o que faz a diferença não é exatamente aquela coisa do líder forte e carismático – obedecendo as regras do jogo, claro -, mas sim um parlmento forte e civilizado, com grupos políticos fortes.

    Mesmo partindo do ponto de vista do autor, claro é um tanto exagerado, principalmente no que toca Sarkô e especialmente Obama, que nem começou a governar ainda.

    Ok, Lula e Obama representam todo um simbolismo para o mundo, na medida que ver um “operário” e um “negro” chegando ao poder em nações tão grandes e poderosas quanto Brasil e EUA não acontece todo dia – por mais que Lula já não trabalhasse há anos como operário e que Obama seja na verdade um mestiço. Sarkô, por sua vez, era simplesmente o Ministro do Interior conservador que chamou os jovens que protestavam pelo país de recaille, portanto, sua eleição é muito mais reflexo do esvaziamento da política francesa do qualquer outra coisa.

    Analisando Sarkô e Lula, os únicos que de fato governaram até agora, o que pode se dizer é que enquanto o primeiro faz um governo centralizado em muita pirotecnia, mas que até agora não resolveu os problemas que herdou, o segundo faz um goveno reformista que apesar de estar aquém do esperado por muitos dos seus eleitores, conseguiu obter êxitos importantes, ainda que diante de uma base de comparação bastante fraca – que persiste até hoje, visto que seus adversários continuam insistindo em lançar críticas ratasqueiras e não raro mal-educadas em vez de fazerem propostas concretas. Obama, por sua vez, é uma incógnita.

    Enfim, não creio que seja possível colocar os três no mesmo barco.

  6. Sr. Nassif, Por favor, caso o
    Sr. Nassif, Por favor, caso o Senhor saiba quem é o responsável pelos sais do FHC, quando essas notícias são divulgadas!? Deve estar tendo um trabalho danado.

  7. “apadrinhamento de aliados
    “apadrinhamento de aliados característico da administração Bush”

    Ué…nós não temos o mesmo aqui desde sempre, com FHC, Lula, ou qualquer um, com Pig, sem Pig, com e sem preconceito e vitimização..?

    O costume do “é dando que se recebe..?”…..

    É..os aliados aqui no governo são uma maravilha….

    Vale só um exemplo, entre centenas…Nelson Jobim….

    Eita comentário otimista e descolado da realidade………separar o Lula dos presidentes anteriores…que memória curta…

  8. Só um pequeno detalhe: O
    Só um pequeno detalhe: O artigo foi escrito em 30 de Novembro do ano passado. recente fo a entrevista do Terra com o autor do artigo.

    De qualquer forma, não diminui a relevância do informado pelo site.

  9. Caro Luis

    Este exagero,
    Caro Luis

    Este exagero, ainda mais dito por um professor ( da escol ), pode levar ” alguém ao suicídio ”

    Maravilha, a plebe delira.

    Valeu, Nassa.

  10. Nao sei se ficar no mesmo
    Nao sei se ficar no mesmo balaio do Sarkozy eh elogio.
    Dificil lembrar de um lider de pais avancado mais irrelevante que esse dai.

  11. Novembro do ano passado? Quer
    Novembro do ano passado? Quer dizer, menos de 2 (digo, dois) meses atrás, né? Notícia velha?

    A matéria? Acabou de sair no Terra.

  12. Nassif

    “The Baltimore Sun,
    Nassif

    “The Baltimore Sun, que a apologia da impossibilidade funcional dos governos está com os dias contados.”

    Quando eles irão pedir aos economistas apologéticos do imperialismo para abrirem a guarda?

    MAEC

  13. Alguém aqui está louco: ou
    Alguém aqui está louco: ou esse tal de Andrew L. Yarrow, ou eu. Elogiar Lula é uma coisa, considerá-lo paradigma de uma nova era na política internacional, outra. E muito outra. Agora, colocar no mesmo balaio de arautos da nova era, Lula, Sarkozy – meu Deusinho! – e, pasmem, Barack Obama, que sequer tomou posse, isso é muitíssimo outra coisa mesmo! Uma falta de senso da realidade dessas, meus amigos, mas nem com muito ácido lisérgico…

  14. Mais uma evidência de que
    Mais uma evidência de que presidente não precisa governar para alcançar altos índices de aprovação. Obama nem assumiu ainda, e, conforme pesquisa, tem 83% de aprovação.

  15. A respeito da falta de boa
    A respeito da falta de boa vontade da imprensa nacional (nada a ver com o post, admito) vou dar um exemplo recente: a queda do aviao no Hudson.

    Como o aviao caiu nos EUA, o foco e o heroismo do piloto.

    Se fosse no Brasil iriam falar assim “ta vendo, no Brasil e tudo tao desorganizado, mas tao desorganizado, que tem urubu perto do aeroporto”.

    Duas perguntas: que tipo de ambiente o nome animal gosta? Ha este tipo de ambiente nas proximidades do La Guardia?

  16. A dúvida de todos nós: será
    A dúvida de todos nós: será mesmo Barack Obama o “change man”, ou será, na verdade, o “mais do mesmo man”?

    Aliás, me ajudem aí. Qual seria a expressão em inglês equivalente a “mais do mesmo”?

  17. Enfim, tudo caminhando para
    Enfim, tudo caminhando para que se realize o que muitos consideravam uma utopia…prezo muito os que lutaram, todos, e de todas as formas…que vivam o suficiente para ver realizada !!!

    VOCAÇÃO

    “Nunca dês ouvidos àqueles que, no desejo de servir, te aconselham a renunciar a uma das tuas aspirações.
    Tu bem sabes qual é a tua vocação, pois a sentes exercer pressão sobre ti. E, se a atraiçoas, é a ti que desfiguras.
    Mas fica sabendo que a tua verdade se fará lentamente, pois ela é nascimento de árvore e não, descoberta de uma fórmula. O tempo é que desempenha o papel mais importante, porque se trata de te tornares outro e de subires uma montanha difícil. Porque o ser novo, que é unidade libertada no meio da confusão das coisas, não se te impõe como a solução de um enigma, mas como um apaziguamento dos litígios e uma cura dos ferimentos. E só virás a conhecer o seu poder, uma vez que ele se tiver realizado.
    Nada me pareceu mais útil aos homens como o silêncio e a lentidão”

    ( ANTOINE DU SAINT-EXUPÉRY )

  18. Apadrinhamento de aliados?
    Apadrinhamento de aliados? Injusto o frances tirar esse grande feito do operário brasileiro. Não só foram cargos políticos, cargos outrora técnicos foram invadidos por pessoas que tinha uma só credencial, militância no PT. Em fundo do pensão que conheço, caixas de banco foram promovidas rapidamente a analistas de investimento. Em 20 anos desse fundo, jamais ouve tanto desrepeito a promoções por mérito. Segundo os próprios funcionários que vivenciaram o botim. A ijmprensa nao eh santa, mas também eh muito tolo desculpar as mazelas do PT com essa historia de PIG.

  19. Quanto ao presidente Lula,
    Quanto ao presidente Lula, tudo bem. O Obama, porém, ainda é uma incógnita. Charmoso, carismático, vindo de uma minoria racial e portador da esperança de milhões. Por enquanto apenas isso. É preciso que tenha um ou dois anos de governo para podermos avaliar. Por agora é simplismente “achismo”.

  20. Pois é….tem seus méritos e
    Pois é….tem seus méritos e sua razão a matéria, embora ainda tenhamos que conferir à que veio o Obama, temos que admitir que sua eleição é algo de inédito. E acho bem apropriado :
    “Prestando atenção no simbolismo político dos três estadistas, vê-se que o mundo democrático está entrando em um novo período, tão definitivo e transformador quanto o pacto social-democrático de Franklin Delano Roosevelt após a Segunda Guerra Mundial, o chamado Consenso Liberal, ou a Ascensão Conservadora das últimas três décadas, marcadas pelas políticas de Ronald Reagan e Maragareth Thatcher”.

    Pois todos eles tem o dom de negociar e de perceber os vários lados de uma mesma questão.

    Mas devemos lembrar que não são a perfeição, que é inalcansável. Mas com certeza só o fato de ser diferente do Bush e do FHC já nínguem pode negar.

  21. Ops, só corrigindo:

    É
    Ops, só corrigindo:

    É “idiossincrásico” e não “idiossincrático” e no final do quinto parágrafo ficou faltando um “que” (sua eleição é muito mais reflexo do esvaziamento da política francesa do que qualquer outra coisa.)

  22. São muito frequentes os
    São muito frequentes os elogios a Lula publicados na mídia internacional. O elogio dotado de mais objetividade e clareza de propósitos foi o do Newsweek, que fez referência positiva ao elevado superávit primário que o governo lula adota, chamando-o de política fiscal inteligente.

    O Bolsa Banqueiro sempre rendeu a Lula toda sorte de bajulações e massagens a seu ego. Só não posso entender como um governante que põe em prática durante longos anos as taxas de juros mais altas do mundo, restringindo o desenvolvimento econômico e concentrando a renda, possa ser saudado como grande estadista.

    É um cheiro muito forte de jabaculê dos banqueiros pairando no ar.

  23. Sr. Franklin Lautert, Negar
    Sr. Franklin Lautert, Negar as elevadas taxas de juros que veem sendo praticadas no Brasil é impossível, agora meu caro, atribuir essa conduta unicamente ao período do Governo do Presidente Lula e ainda por cima afirmar que o desenvolvimento foi restringido neste Governo é um pouco demais ou o Senhor está achando que está no Blog do Noblat onde se escreve um monte de bobagem, sem base em fatos, mas desde que seja contra o Governo está tudo bem. Faça um levantamento desde o primeiro ano do Governo Color até o último ano e acredito que terás uma surpresa.

  24. “E que um trio de líderes –
    “E que um trio de líderes – formado pelo recém-eleito Barack Obama, o presidente francês Nicolas Sarkozy e o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva – representam a ascendência, no mundo ocidental, do idealismo, do ativismo e da cooperação supra-partidária sobre o unilateralismo, a política mais convencional e o apadrinhamento de aliados característico da administração Bush.”.

    Concordo!

    E por vários motivos:

    1) Nenhum dos 3 líderes é neoliberal… nenhum deles acredita na baboseira, vendida como ideologia, de que o mercado resolve tudo sozinho;

    2) Os 3 líderes acreditam que o Governo é parte da solução e não do problema (como dizia Ronald Reagan).

    Quem leu ‘A Audácia da Esperança’, escrito pelo Obama, sabe que ele é um crítico da política de desregulamentação e de redução da atuação do Estado na economia e na área social. Ele defende, por exemplo, a construção de um sistema público universal de saúde, algo que o Partido Republicano sempre combateu e fez de tudo para impedir que fosse implantado quando Bill Clinton era Presidente.

    Obama também se propõe a unir Democratas e Republicanos em torno de políticas e de objetivos comuns, superando a época em que os ataques entre os 2 partidos se tornaram cada vez mais virulentos, nos governos de Reagan e Bush.

    3) Sarkozy, que a mídia tupiniquim vendeu, na época da sua eleição, como sendo uma ‘Thatcher de calças’, o que é ridículo, também defende a atuação do Estado na economia.

    Suas propostas de reformas no Estado de Bem-Estar Social francês nem de longe tem o objetivo de desmontar o mesmo, como Thatcher e Reagan/Bush tentaram fazer nos EUA e no Reino Unido. E Sarkozy é um crítico das políticas neoliberais de desregulamentação econômica.

    O ministro das Relações Exteriores de Sarkozy (Bernard Kouchner) era, até antes dele ser eleito Presidente, membro do Partido Socialista. E a França tornou-se um ator político bastante ativo no cenário internacional no governo Sarkozy. Basta ver o acordo militar que ele assinou com o Brasil, passando os EUA para trás, o acordo que fez a União Européia assinar com os países do Norte da África e do Oriente (a ‘União pelo Mediterrâneo’) e a sua atuação para acabar com a guerra entre Israel e o Hamas.

    4) Lula promoveu o aumento dos investimentos públicos na área social e em infra-estrutura em seu governo, bem como adotou uma política de aumento real do salário mínimo, reduziu os juros básicos ao seu menor nível histórico recente e mantém um diálogo constante com os movimentos sociais, inclusive colocando muitos integrantes dos mesmos em cargos importantes do governo. Nenhuma destas ações se enquadra no parâmetro de uma política neoliberal.

    E o governo Lula tem a participação de 13 partidos, sendo que ele também procura manter um bom diálogo político até mesmo com líderes da oposição, como José Serra e Aécio Neves, que são os principais candidatos de oposição à Presidência em 2010.

    Portanto, todas as afirmações do texto contido neste post me parecem absolutamente corretas.

  25. Nassif e malungos.

    Como não
    Nassif e malungos.

    Como não sou chegado a retóricas, argumentos prolixos ou rodeios surrealistas, como os feitos por alguns para tentar desqualificar a tese do professor, concluí o seguinte:

    É por isso que os opositores a Lula e sua fiel mídia-latrina vivem a criticar ações do governo com o objetivo de colocar o Brasil como protagonista no cenário internacional, como nessa viagem do Celso Amorim a Israel, Palestina e outros países da região.

    Para tais indivíduos, o papel do Brasil é o de colõnia, subdesenvolvido, segunda divisão.

    E, se for o caso de o Brasil buscar esse protagonismo, que seja pelas mãos de um “eleito”, não de um “operário, nordestino e analfabeto”.

    E o temor desse pessoal se confirma quando tomamos conhecimento de estudos como esse, do professor Yarrow, destacando Lula como protagonista, no mesmo patamar que Sarkozy e Obama, independente deste ter ou não tomado posse, mas pelo que representa.

    Os “cara” devem se roer de inveja.

    E a inveja, como sabemos, causa gastrite.

    Recomendo calma ao pessoal da mídia-latrina e à oposição. E também um discurso mais inteligente e razoavelmente aceitável para se contrapor às ações positivas do governo, alvos de críticas primárias, sem nexo, fulminadas no momento seguinte, como no caso citado.

    Evoé, Nassif e malungos.

  26. Meu querido Hugo, sua análise
    Meu querido Hugo, sua análise é perfeita, mas ouso acrescentar um ou dois dados, que colhi na Europa e não vi publicados na mídia brasleira. Um ponto que une Lula e Sarkozi é o pragmatismo com uma causa. Os dois não ligam muito para o dia-a-dia da política, mas agem em função da posteridade (perdão se eu estiver enganado).
    Sarkozi, há uma semana atrás, criou um Conselho de Cultura, com uma verba imensa (cerca de 400 milhões de euros) e nomeu um comunista para formá-lo e administrá-lo. Sabe porque? Porque Sarkozi quer recuperar a importância cultural da França no mundo, coisa que a direita minimiza. Quando o presidente Lula cria 17 universidades federais em áreas até então desprovidas de ensino superior público e gratuito, não está pensando em reeleição – está pensando em aumentar a massa crítica desta Nação.
    Veja: a Europa toda está sofrendo muito pela crise gerada nos EUA, pelo capitalismo de papel. Tenho amigos na Holanda já demitidos por grandes empresas, em função desta debacle do sistema. Mas se os líderes ficarem parados só na crise, agindo no desespero, estarão dando o analgégico, não a solução.
    A identidade que vejo entre Lula e Sarkozy é a de não terem preconceitos nas suas alianças, desde que sirvam ao país. Daqui a 100 anos, teremos frutos, no Brasil e na França, dessas posturas modernas dos dois presidentes.
    Quanto a Obama, é lógico que não farei previsões. Mas o fundamental é a mudança do pensamento do povo norte-americano, censurado, castrado, desensinado durante a era Bush, e que reagiu a isso. Este processo não retroage mais. Queira ou não Obama – e não tenho razões para pensar que ele não quer. Aí sim, seria pré-julgamento.

  27. HUGO, só para esclarecer meu
    HUGO, só para esclarecer meu pensamento incompleto: trata-se daquela diferença entre o Político e o Estadista. O político pensa na próxima eleição, o Estadista pensa na próxima geração.
    Um grande abraço, querido amigo.

  28. Nassif, que o Brasil e o
    Nassif, que o Brasil e o mundo estão passando por mudanças profundas, disso ninguem duvida, haja visto a possibilidade de voce e outros poucos jornalistas, terem os meios para lutar entre outras coisas, contra a corrupção e as “inverdades” nas notícias, publicadas ao interesse dos Barões do poder, coisa que há alguns anos não se imaginaria.
    Agora, não se sabe se os presidentes de Brasil, França e EUA, são agentes conscientes e assim agem, da ascendência do idealismo sobre o unilateralismo convencional ou simplesmente são participantes involuntários, dessa modificação profunda que a terra atravessa, tendo em vista que em suas eleições, foram utilizados os catalizadores , FHC o maior cabo eleitoral de Lula e Bush, o melhor de Obama, que acelerou o processo de transformação do pleneta
    A minha dúvida, é por conta de ações governamentais, inclusive algumas analisadas aquí no blog, que não são tomadas em tempo, ou tomadas a “toque de caixa”, ou ainda de maneira errada e tudo, por razões as mais diversas.
    Ainda não vejo um processo consciente nessa ascendência do idealismo, ativismo, cooperação supra-partidária, sobre o unilateralismo convencional. Infelizmente, mas quem sabe estamos a caminho?
    Deus escreve certo por linhas tortas, e a nossa dificuldade é ler isso. Sdc,

  29. “Se formos analisar as
    “Se formos analisar as primeiras damas o Sarkozy esta uns degraus acima dos outros”: esse anjo negro nao estaria nem sequer umzinho degrau acima de Lula e Obama.

    Mas nem pintado de ouro.

  30. Olá, Franklin Laulert.


    Olá, Franklin Laulert.

    Só lembrando que as taxas de juros mais altas do mundo foram praticadas pelo governo FHC.
    Desde que Lula assumiu, a taxa já caiu drasticamente.
    Atualmente, o presidente, o vice e o ministro da Fazenda são a favor da redução das taxas. O presidente do BC, o tucano Henrique Meirelles, é que ainda acha que está num governo tucano.
    Por isso o governo pensa em acabar com essa bobagem de independência do Banco Central, que na prática significa que há duas políticas monetárias, uma do governo e outra do Banco Central.
    Todos temos sérias críticas a Lula, mas temos que reconhecer que ele mudou o Brasil, tornando-o mais respeitado no mundo todo.
    Lula: 1) parou a privataria; 2) redistribuiu renda; 3) voltou-se para os parceiros da América Latina, ao invés de continuar a priorização do comércio com os EUA; 4) terminou com a dependência do FMI.

    Não acho que os banqueiros gostem tanto assim de Lula… Eles preferem Serra.

  31. Engraçado como mesmo algumas
    Engraçado como mesmo algumas pessoas que falam bem de Lula tem sempre em mente que o presidente é mais bem visto lá fora que aqui dentro. Dai eu me pergunto, mas ele não tem aprovação de 80% em recentes pesquisas? Isso quer dizer que ele é muito querido e bem visto por quem é mais portante q

  32. Engraçado mesmo algumas
    Engraçado mesmo algumas pessoas que falam bem de Lula tem em mente que o presidente é mais bem visto lá fora que aqui dentro. Dai eu me pergunto, mas ele não tem aprovação de 80% em recentes pesquisas? Isso quer dizer que ele é muito querido e bem visto por quem é mais portante que qualquer escritor ou jornalista, o povo brasileiro.

  33. Vou me contentar com as
    Vou me contentar com as matérias publicadas nos grandes jornalões paulistas/paulistanos sobre o assunto. Ou seja, eu não vou ter a oportunidade de ler nada sobre o assunto. Isto porque são dois países. O Brasil do PIG e o Brazil da imprensa mundial. O fosso é intransponível. Quem estará com a razão, hem?

  34. É isso aí….
    Estamos falando
    É isso aí….
    Estamos falando de LULA, considerado no momento O MAIOR E MELHOR ESTADISTA DO MUNDO.
    E não é (obviamente) pela imprensa Brasileira.
    Azar dêles…..QUÁ, QUÁ QUÁ

  35. Antonio,

    Entendo, mas o que
    Antonio,

    Entendo, mas o que eu penso é que dentre os três, o único que poderia ser considerado parte de um eventual clube de estadistas – ainda que com suas contradições e expectativas frustradas – é Lula. Apesar de algumas medidas de Sarkozy, acho que há muita pirotecnia e os problemas centrais da França não estão sendo atacados.

    Mas o ponto chave do texto é justamente uma certa crença no poder transformador d’O Líder, do sujeito que é mais do que um reles político, mas sim um estadista. Como eu ressaltei, isso é fruto em grande parte do presidencialismo americano e daquela crença no poder até messiânico do comandante-em-chefe da nação que paira sobre a política comum e sobre os partidos.

    Bem, pessoalmente, eu não compactuo com isso na medida que são instituições fortes que constroem um país e eu creio que a descentralização do poder e a impessoalidade ainda tem o seu lugar na política – por exemplo, nesse exato momento eu preferiria ver um petismo mais forte do que o lulismo.

    Quanto ao neoliberalismo, vejamos só que a França nunca teve um presidente neoliberal (Chirac não era, Mitterrand tampouco) e os EUA de Reagan pra cá sempre combinaram altas doses de neokeynesianismo na suas política – afinal de contas, o Consenso de Washington era para os outros cumprirem. Só o Brasil embarcou nessa insanidade com um ensaio disso com Collor e o desastre com FHC.

    Creio que daqui há cem anos, Lula seja mais lembrado no Brasil do que Sarkô na França; mesmo que Lula possa ser lembrado como um líder que não conseguiu atingir toda a potencialidade da força política e da mensagem que representa, ele lançou a pedra fundamental para uma coisa que é muito importante: A possibilidade de conciliar um projeto de construção nacional com um projeto de avanços democráticos, coisa que até hoje na história brasileira apenas JK tinha arranhado – ainda que de uma maneira menos eficiente que Lula em termos de médio e longo prazo, posto que a bonança dos anos JK se deu em cima do modelo dependentista, o que é muito diferente do que vemos hoje.

    Abraços

  36. Falta menos de 2 anos para se
    Falta menos de 2 anos para se encerrar a atual década, certamente o presidente Lula estará entre os 10 principais chefes de estado dos anos 2000, algo inédito para um líder brasileiro. Más quem introduziu a agenda Neokeynesiana foi Chávez, ao se eleger presidente da Venezuela em 1998, auge do Neoliberalismo, em 2000 Putin regastou a Rússia como “superpotência” após a derrocada soviética e a desastrada era Ieltsin, Lula em 2002 levou toda a América Latina para o mesmo caminho.
    Esses três líderes (Chávez, Putin e Lula) representam esse novo keynesianismo e o contrapondo dominante das últimas décadas ( Reagan, Thatcher e etc), cada um dos três possui uma característica diferente (um é mais esquerdista, o outro autoritário e o último muito pragmático). O Sarkozy possui um prestígio muito baixo dentro da França, ao contrário de sua política externa bastante elogiada. Quanto a Obama (?), é fato que representa uma nova América, assim como Kennedy (1º católico, mais jovem presidente), torço para que sua um política econômica-social seja igual a Roosevelt e a política externa igual a Jimmy Carter.

  37. Nassif,

    Até um jornal, The
    Nassif,

    Até um jornal, The Baltimore Sun – nem dos mais influentes dos EUA reconhece a estatura do estadista e atual Presidente do Brasil _ Luis Inácio Lula da Silva_ e o coloca entre os três estadistas modelo para o mundo Ocidental, ao lado de Sarkozy e Obama. Só aqui no Brasil – que tem a pior imprensa do mundo – NÃO reconhece, ao contrário quando pode achincalha e mente, trabalhando contra a imagem e o Governo do Presidente Lula. Aliás, não é atoa que se cultiva o complexo de inferioridade do brasileiro. Pudera com uma imprensa mesquinha e mentirosa como a nossa ( Folha, Estado, Tv.Globo, et caterva).
    A verdade pode ser escondida e banida das paginas da grande imprensa, mas uma hora ela aparece, até em um jornal norte americano, reconhecendo que o Brasil tem um Presidente de verdade .
    Viva o Brasil.

  38. Ladies and gentlemen,
    Queiram
    Ladies and gentlemen,
    Queiram ou não, Obama representa, mutatis mutandis, a “bolivarização” da governança americana. Mais uma vez, a política neste hemisfério, como dizem os analistas americanos, elege um político não comprometido com a direita enferrujada que governou os países das três Américas durante mais de um século (deixando-se à parte o fenômeno Allende no Chile, os sandinistas na Nicarágua e Fidel em Cuba). O ideário de Obama está mais voltado para os interesses da classe média dito abertamente, do que para a proteção do grande capital. Esta foi a plataforma. Vamos aguardar a prática.

  39. Primeiro quero deixar dito (
    Primeiro quero deixar dito ( depois vao dizer que á achismo) que Obama vai copiar o Lula em quase tudo . . . . . Em segundo devo dizer que Dona Marisa tem sido uma Primeira Dama de uma supriendente elegancia só nao vista por colonizados que apenas conseguem ver Daslus, estas sim envolvidas em escandalos e abusos por gostos pra lá de duvidosos . . . . O Lula só tem um defeito, o de ser brasileiro, se ele fosse colonizado da USP e fosse pra Europa receber chapeuzinho estilo sino estaria tudo ok . . . . . . . Chora fhc . . . . mordam-se psdb e dem . . . . . .

  40. Então o Lula virou
    Então o Lula virou contra-exemplo de “apadrinhamento de aliados”? Hahaha!
    Esse “Andrew L. Yarrow” definitivamente não conhece o Brasil. E escreve sem cerimônia sobre o que não conhece.

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