O agronegócio também alimenta a esquerda, por Rui Daher

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Enviado por Rui Daher
 
Da Carta Capital
 
 
No debate sobre Kátia Abreu, a esquerda retrógrada tenta demonizar o agronegócio e esquece que, do campo, veio um quarto do “pibinho”. Por Rui Daher.

O agronegócio não é um partido político. Também não é rótulo de veneno, muito menos marca de motosserra. Quem dele se aproveita para praticar ilegalidades deveria estar na cadeia.

É parte do setor produtivo de um país. Produtos agropecuários transformados para agregar valores industriais, comerciais e de serviços à economia. Simples assim. Não há por que demonizá-lo ou vê-lo somente virtuoso. Este o tratamento que a coluna dá a ele.

Não está restrito às extensas plantações de soja, cana ou milho. É burro o esperneio digital contra elas. No planeta, se tornou briga de cachorro grande e, neste século 21, só se desenvolverá com tecnologia e capital. São culturas inadequadas em pequena escala.

Felizmente, para quem sabe, o agronegócio vai muito além. Tomate, cebola, hortaliças, frutas, leite, enfim, os mais de cem itens agropecuários aqui produzidos, que podem e devem sair de pequenas propriedades, aí incluídas comunidades indígenas, quilombolas e assentamentos.

Bastará quem os apoie com crédito subsidiado, tecnologia, gestão e canais definidos de comercialização. Públicos e privados.

Vinte hectares produzindo pitangas podem gerar renda igual à de 200 hectares de soja ou cana.

A predominância de terras brasileiras plantadas com commodities tem motivo único: vocês, distraídos consumidores que as tornaram maiores na demanda e no comércio mundial.

Somente isso, depois de tantos artigos divergindo das posições de Kátia Abreu (aliás, fartamente replicados no site do MST), fez-me ponderar positiva a possibilidade dela vir a ser ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Hoje em dia, suas posições equivocadas ou corporativas, fatalmente, serão equilibradas pelas ações dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Meio Ambiente e na secretaria de Direitos Humanos, ainda com direito a veto presidencial.

Feudo do PMDB, o MAPA tem sido comandado por políticos leigos e incompetentes. Precisa de gestão, planejamento, objetividade na Embrapa. Kátia Abreu fez janela na CNA para avançar nessas tarefas.

Muitos poderão ver neste texto um quê revanchista ao desvario do que foi comentado sobre a última coluna. E é mesmo, ainda que não contasse com entendimento, educação ou argumentação consistente.

Assim, hoje vou de agronegócio nas veias abertas (Salve, Eduardo Galeano!) dessa esquerda retrógrada, que não hesita, a partir de uma opinião assinada, enfiar CartaCapital em farinhas de um mesmo saco partidário e de publicações do esgoto jornalístico.

Ainda precisam de números? Então tá. Em 2013, o agronegócio representou 25% do “pibinho” brasileiro. Não fosse ele, teríamos um “pibículo”. Entregou ao País um trilhão de reais. Ajudou a sustentar programas sociais e forneceu alimentos às esquerdas e direitas. Mais de 40% das exportações brasileiras saíram dele para mais de 150 países.

E daí, perguntaria o apedrejador de plantão? Isso é o que qualquer ruralista assopra em seus berrantes. E os latifúndios de soja, bois emissores de gases, milho em frangos bombados com hormônios, ao custo de matas motosserradas, venenos e sangue indígena?

Não, estimados, ao custo de investimento, inovação tecnológica, emprego e renda, na maior diversidade cultivável do planeta. Cada campesino na sua; cada cultura em sua dimensão de consumo; a polícia para quem não cumpre as leis.

Feita a revanche e coração abrandado, convido os bravos defensores do esterco e da calda bordalesa a me acompanharem em recente ‘Andança Capital’ ao Polo Petrolina/PE-Juazeiro/BA, no semiárido nordestino, banhado e irrigado pelo Rio São Francisco.

Casa Nova, Bahia, município com 65 mil habitantes (IBGE, 2010). Partindo de Juazeiro/Petrolina, serão 60 km.

Quem conheceu a região antes da construção da barragem de Sobradinho e dos projetos de irrigação da CODEVASF sabem que, além do sal remanescente da economia local no século 19, pastavam por lá algumas cabras e sertanejos vivendo abaixo da linha de pobreza.

Bem-vindos, pois, à Agrobras, Agrícola Tropical do Brasil S/A, empresa produtora, beneficiadora e exportadora de mangas. Processos agrícolas, técnicos e industriais modernos. Dois mil funcionários trabalham para enviar frutas de qualidade a Japão, França, Alemanha, Estados Unidos. Isto é agronegócio.

Vamos agora à Vinícola Ouro Verde, do Grupo Miolo. Irá nos acompanhar a assistente de turismo, Nilmara de Souza. Técnica competente, nos guiará por 200 hectares de parreirais que se transformam em mais de dois milhões de litros de bons vinhos e espumantes. Isto é agronegócio.

Ainda na região de Casa Nova, está o maior rebanho de caprinos e ovinos do Brasil, distribuídos em pequenas propriedades. Visitando o famoso Bodódromo, em Petrolina, não deixem de saboreá-los assados, no espeto, ensopados, ou em buchadas. Isto é agronegócio.

Mas “pra não ficar mal com Deus” (Vandré, ajude-me a limpar a pecha de reacionário), e nem com vocês, deixo ótima dica: na estrada Petrolina/Tapera, fica a Travessia do Juarez e o restaurante ‘Carranca Gulosa’.

Provem o ‘Surubim do Vaqueiro’, bebam uma cachaça ‘Rainha’ (50% vol.) e olhem um barco turístico atravessando o Velho Chico até a Ilha do Rodeador. Agronegócio.

Ainda contra ele? Certeza de que Kátia Abreu será pior que a carrada de ministros inexpressivos e incompetentes que passaram pelo ministério da Agricultura?

Então, tá. Eu fico com Zé Kéti: “podem me prender/podem me bater/podem até deixar-me sem comer/que eu não mudo de opinião”.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

17 Comentários

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  1. Nassif
    Quando começaram as

    Nassif

    Quando começaram as suposições de que ela seria ministra, fiz uma defesa da Katia, inclusive informando a “utopia” que o PT se beneficiaria com mais um Senador suplente da futura ministra e apanhei como o articulista acima.

    Lamentavelmente, pensam com o coração e não com o cérebro.

    Já tinha parabenizado o Rui em seu artigo na Carta, agora,  merece outro. 

    Valeu

  2. E além de tudo, temos

    E além de tudo, temos capacidade para aumentar a produção de proteina animal sem necessidade de abrir pastos por 40 anos!.

     

     

  3. Na contramão

    Pois vou na contramão: não se trata de fazer uma crítica que busque simplesmente “sair do agronegócio”. O ponto a explorar, completamente ausente no artigo, é a da modernização dos muitos venenos usados por aqui, já não aceitos nos EUA, Europa, China. Isso significa dizer que as lavouras operam para baixar os custos também conservadoramente. Outro ponto ausente: as grandes lavouras de que a Sra. Kátia Abreu é representante não operam apenas no lado da moderna produção, buscando baixar custos/aumentar lucros: mesclam-se com a especulação de terras… uns mais outros menos, mas enfim esta é uma realidade para muitos representes da burguesia agrária nacional (alô índices de produtividade, como vão vocês?). Ou seja: aos modernos lucros somam-se as nada modernas rendas. Mais: esse setor, bem representado no primeiro governo Lula por R. Rodrigues e F. Furlan, militou incansavelmente para a aprovação da ALCA, o que significa dizer que, conceder posições de mando a eles no governo põe em risco a diversidade produtiva do País (amplamente ameaçada com os anos de desindusralização que temos visto se suceder), risco capaz de torná-lo um fazendão. Moderno, mas um fazendão. E eis que daqui decorre a pergunta: uma vez que não somos a Australia e seus 20 milhões de habitantes, onde pôr 100 milhões de operários? 

    1. O comentarista mistura alhos

      O comentarista mistura alhos com bugalhos. A desindustrialização não foi causada pelo sucesso do agronegócio brasileiro, ao contrário, foi esse setor que nos deu as reservas de que tanto nos orgulhamos e que proporcionaram ao Brasil atingir o “grau de investimento”. Não é obrigação do agronegócio gerar cem milhoes de empregos, mesmo porque duvido que uma ínfima parcela sequer quisesse morar no campo.

      O comentário também expõe um preconceito atrasado contra a atividade empresarial: baixar custo e elevar lucro é realmente objetivo de qualquer empresa. Já os que nunca vão empreender e preferem algum cargo público, geralmente trabalhando pouco e ganhando muito, acham isso um crime.

      1. Não entendeu.

        Caro Caetano. Desculpe, mas penso que você não entendeu nada do meu comentário. Peço que leia ele novamete, com atenção e sem preconceitos!

        1. Eu não defendi que se deva ignorar a redução de custos, pelo contrário! Me oponho ao fato que se faça isso conservadoramente, isto é, usando insumos ultrapassados, por que mais baratos.

        2. Outra coisa: se falo da extração de renda pelos mecanismos da especulação com terras, é porque estou apontando que não há apenas envolvimento com técnicas modernas de produção de excedente (tecnologias, insumos modernos, novas sementes), o que julgo necessário! 

        3. Por último: os milhões de empregos industriais que precisamos gerar passam pela anulação política (veja bem, política, não produtiva!) dos setores empresáriais que se contentam com a especialização do país na produção de commodities. Por eles, podemos abrir os mercados, negociar no Transpacífico com os EUA e tudo ficará bem. Isso pode ser bom para a Austrália e sua diminuta população, mas não para nós!

         

        1. Obrigado por responder, porém

          Obrigado por responder, porém permita-me discordar novamente. A agricultura brasileira é altamente competitiva, inclusive com frequentes visitas de agricultores e emissários norte-americanos, para ver (e aprender) como estamos fazendo. Impossível nesse mundo moderno querer vencer usando insumos ultrapassados, porque mais baratos.

          A segunda observação minha é de que pode haver especulação com terras, mas isso é efeito colateral; claro que produção valoriza a terra e nada se pode fazer a respeito, a alternativa de não produzir para a terra ser barata é infinitamente pior.

          Não concordo que os empresários ou o governo se contentem com a especialização do país na produção de commodities. Cada empresário investe na área que conhece e onde acha que pode ser mais produtivo. Quem tem know-how em produção de soja não vai investir em siderurgia, muito provavelmente. Múltiplas áreas, seja do agronegócio, indústria avançada ou pesquisa não são excludentes entre si, basta ver o exemplo dos Estados Unidos.

  4. nem comecei e já parei de ler

    “No debate sobre Kátia Abreu, a esquerda retrógrada tenta demonizar o agronegócio” , 

     

    qualquer crítica feita ao agrobusinness é logo tachada de retrógrada, radical, etc etc.. coisas como monocultura em larga escala, excesso de agrotóxico, produtividade baixa, deteriorização dos mananciais, anistias, invasão de terras indígenas, trabalho escravo, latifúndios improdutivos, etc etc..são assuntos proibidos em nome dos dólares..tristes das próximas gerações..

  5. Numeros não falam, portanto

    Numeros não falam, portanto servem para qualquer argumento.

    “O agronegocio representou 25 % do “pibinho brasileiro”.

    Correto.

    So faltou acrescentar a conta o custo desse negocio para o pais.

    Na explanação numerica esqueceram de subtrair os prejuizos com a seca em São Paulo, a destruição de varias cidades com enchentes, a destruição de parte da nossa biodiversidade.

    Nos ultimos 40 anos perdemos metade das especies vivas, destruimos rios, biomas.

    Tudo pelo “agronegocio”.

    Hoje é domingo não vou me alongar.

    Mas não é bom esquecer que estamos investindo num retorno ao passado.

    Voltamos a ser exportadores de produtos primarios.

    Existem tambem outras fomas de conquistar o nosso “pibinho”.

    1. Existem?

      Pode apontar elas, por favor? Alguma outra coisa que possamos produzir e que seja facilmente exportável para poder manter equilibradas as nossas contas internacionais? Ou alguma outra coisa que ajude a impedir que morram umas dezenas de milhões de pessoas de fome pelo mundo?

      Impressionante que o cara ache “substituível” a produção de comida…

      1. “Impressionante que o cara

        “Impressionante que o cara ache” que as unicas coisas que o Brasil tem condição de produzir são produtos agricolas, numa era de alta transformação tecnologica.

        Mas hoje é domindo dexa o “cara” achar.

  6. Já vi esse filme

    Sinceramente essa tática é no minimo ofensiva. A importância do Agronegócio para ecônomia não pode e nem se confunde com a defesa da atuação da Senadora Kátia Abreu. Quererem equiparar uma coisa à outra através de contorcionismo verbal com fim de aplacar os ânimos da ala progressista. O que pode dar certo.

    Mas a eficácia de tal estratégia, já desgastada, é limitada e não vai evitar algumas dissenções…Ainda mais desprezando a inteligência alheia. 

  7. “How Monsanto Annihilated a Paradise” e mais

     

    Esse pastel de vento que a Carta Capital vendeu não me desce de jeito nenhum.

    Peçam um caldo de cana e apreciem o agrobusiness, vamos, não sejam retrógrados!

     

    http://themindunleashed.org/2014/09/monsanto-annihilated-paradise-turned-island-death.html

    How Monsanto Annihilated a Paradise

    Death has come to the beautiful island of Molokai, long considered an “old Hawaiian” paradise complete with waterfalls, lush rainforests and sprawling hills. It came in the form of a mighty Trojan Horse promising jobs and prosperity to the island’s small population of 7,500. Image credit: occupy-monsanto.com

    The exquisite island has become a laboratory and the islanders are being treated like lab rats.

    Monsanto has set up shop, shrouded by fences and no trespassing signs. Almost 2,000 acres of Molokai’s paradise has been taken over by the biotech titan’s Bt corn crops. These patented genes produce a substance that prevents and destroys pests. The Bt toxin is engineered into corn crops, allowing farmers to control pests without spraying as many pesticides.

    When the pesticides are sprayed, workers wear head to toe protective gear, including respirators. Nearby residents are not provided with such equipment and have no option but to breathe in the toxic dust that comes from the fields.

    The State Health Department has said that there is no proof this is dangerous to the people of Hawaii or any place where they’ve been tested.

    Molokai-18

    The island’s residents disagree and tell a very different story, one similar to that of the people of India or the farmers of Argentina. Monsanto strikes again, invading and damaging people and the environment with its glyphosate toxicity.

    The proof is in the people. The people of Molokai have become sicker and sicker, stricken with diseases like asthma, diabetes and cancer. These are all side effects of pesticide exposure. The dots are being connected.

    However, the State Department sides with biotech executives and claim that there is no problem with the extreme pesticide use. Coincidentally, statistics for cancer, miscarriage, birth defects, respiratory problems and neurological issues on the island are not easily found.

    “As the acute toxicity – reflected in the WHO classification of glyphosate is low, it has long been promoted as safe.  However, recent evidence shows substantial adverse health and environmental effects, especially of the formulated products.

    The marketed formulations of glyphosate, such as Roundup, contain adjuvants (accessory chemicals), usually 50-60 percent, added to enable the active ingredient to work more effectively. There is mounting evidence that the adjuvants are more toxic than glyphosate and/or potentiate its toxic effects. Publicly available information about the nature of these chemicals is incomplete because adjuvants are treated as proprietary secrets by the manufacturer. One major known agent used e.g. in Roundup is ‘POEA’.

    Although glyphosate itself shows low acute toxicity, serious poising effects such as severe eye irritation and injury, skin and respiratory problems, and damage to lung tissue have been recorded with formulated products – probably due to the presence of POEA. Farm workers exposed to Roundup, e.g. by eye rubbing, has been reported to “have caused swelling of eye and lid, rapid heartbeat and elevated blood pressure. Other reported effects of POEA are: vomiting, diarrhea, hemolysis (destruction of red blood cells), altered mental status, and pulmonary edema; ingestion can cause in addition pharyngitis, abdominal pain, liver and renal damage, and erosions of the esophagus, oropharynx, and stomach.

    Recent experiences and studies show a wide range of long-term adverse health effects, again mostly related to formulated products, such as leukemia and other cancers, skin diseases, and birth defects, gastrointestinal problems, and alterations to the central nervous system. Other findings link glyphosate and especially formulations with affecting embryo development, damage cells and DNA, and interrupting the hormone system. In addition, POEA contains dioxin, which causes cancer and damage to the liver and kidneys in humans. A new study found adverse effects of four glyphosate-based herbicides on human embryonic, placental and umbilical cord cells at dilution levels far below agricultural recommendations, corresponding to low levels of residues in food or feed.”

    This is not an experiment in some distant land. This is happening right now, on American soil.  Today, an American has no choice but to breathe in air with a toxic particle that may go rogue when it enters the body, resulting in cancers, miscarriages, infertility, or some other illness.  That particle is created or released intentionally by Monsanto.  There is no way to contain things like pollen or chemical sprays. Those who live downwind of these fields are helpless to avoid the poison being released into the air and into the groundwater.

    Americans are crying out for help, but the politicians refuse to listen. The desperate pleas go unheard because of insidious collusion – in the government, in the media, and in the biotech industry. No one wants to believe that in this day and age, someone wouldn’t stop Monsanto.

    Monsanto writes its own laws as is evident with the passing of the Monsanto Protection Act. There is a revolving door between Monsanto, Washington D.C., the FDA and the USDA, not to mention connections with the Supreme Court. There is a blatant money trail between Monsanto and many of the lawmakers in D.C.  Other countries’ governments have said no to Monsanto, but the US does not. The US government is in clear collusion with the biotech industry, and they don’t even try to hide it.

    It’s not too late to stand up to biotech bullies. The government and safety agencies, such as the FDA, won’t protect its citizens so it’s up to us to be proactive and take a stand. Join the global March Against Monsanto happening May of next year. Boycott GMOs and glyphosate pesticides. Plant your own food or shop from a local farmer. Educate those you know and encourage them to do the same.

    Many will read this and be incredulous, doubtful that such a thing could go on here in America. But it is happening. Today, it’s Hawaii. Tomorrow, it might be in the field near you and your children.

    Sources:

    The Organic Prepper

    The Molokai News

    Nation of Change

    Natural Revolution

    Image courtesy: Running The Country

    Credits: Written by Tami Canal, The Anti-Media.  Used with permission.

    This article is free and open source. Feel free to republish this article in p[art or in full with credit to the author and a link back to this page.

     

     

    http://www.reuters.com/article/2011/08/31/us-glyphosate-pollution-idUSTRE77U61720110831

    U.S. researchers find Roundup chemical in water, air

    (Reuters) – Significant levels of the world’s most-used herbicide have been detected in air and water samples from two U.S. farm states, government scientists said on Wednesday, in groundbreaking research on the active ingredient in Monsanto Co’s Roundup.

    “It is out there in significant levels. It is out there consistently,” said Paul Capel, environmental chemist and head of the agricultural chemicals team at the U.S. Geological Survey Office, part of the U.S. Department of Interior.

    Capel said more tests were needed to determine how harmful the chemical, glyphosate, might be to people and animals.

    The study comes on the heels of several others released recently that raise concerns about the rise of resistant “super weeds,” and other unintended consequences of Roundup on soil and animals.

    Capel said glyphosate, the key ingredient in “Roundup” herbicide, was found in every stream sample examined in Mississippi in a two-year period and in most air samples taken. Tests were also done in Iowa.

    “So people are exposed to it through inhalation,” said Capel.

    The research did not look at the impact of the glyphosate in the air and water; the purpose was purely to determine exposure.

    More research is needed, Capel said, to analyze the implications.

    It is difficult and costly to test for the presence of glyphosate, a popular herbicide used around the world to control weeds on farm fields, golf courses and in residential yards. As a result, little research has been done on the implications for waterways and the air, according to Capel.

    “This study is one of the first to document the consistent occurrence of this chemical in streams, rain and air throughout the growing season,” said Capel. “It is used so heavily and studied so little.”

    Capel said researchers looked at samples from Mississippi, a key agricultural area for corn, soybeans, cotton and rice. Many farmers of those crops use large quantities of glyphosate when growing to combat weeds. Researchers also took samples from areas in Iowa.

    Monsanto Co. introduced glyphosate to the world in 1974 branded as Roundup, and has made billions of dollars over the years from Roundup herbicides as well as from the “Roundup Ready” corn, soybeans and cotton the company has genetically engineered to survive dousings of glyphosate.

    Most of the corn, soybeans and cotton grown in the United States are part of the Roundup Ready system.

    The USGS said more than 88,0000 tons of glyphosate were used in the United States in 2007, up from 11,000 tons in 1992. The big increase in usage has spurred concerns on many fronts, most recently from farmers and environmentalists noting the rise of “super weeds” that are resistant to Roundup.

    Fast-growing, glyphosate-resistant weeds are choking out crops in some areas, and some scientists say research shows harmful effects of glyphosate products on soil organisms, on plants, and on certain animals.

    The Environmental Protection Agency is reviewing the registration for glyphosate and the data gathered by the U.S. Geological Survey has been submitted to the EPA, said Capel.

    The EPA has set a deadline of 2015 for determining if glyphosate should continue to be sold or in some way limited. The EPA is working closely with regulators in Canada as they also assess the ongoing safety and effectiveness of the herbicide.

    Monsanto spokeswoman Kelli Powers said the company was reviewing the study. The EPA had no immediate comment on the study.

     

  8. como no primeiro texto,


    como no primeiro texto, concordo com a análise do rui.

    pode  até ter ressalvas, mas não consigo

    achá-las, essencialmente.,agora.

    como disse no comentário anterior, é preferível ter abreu

    do meu lado do que ter uma caiado da morte atazanando a minha vida.

    o mst e os movimentos sociais do setor podem bem

    continuar sua luta heróica como sempre fizeram com abreu

    ou com qualquer nome vinculado ao pmdb,.

    como disse bem o articulista, todos incompetentes.

    e tem o melhor detalhe: o mda é o ministério

    que interessa para os movimentos sociais.

  9. Dizer o que ?

    Diante deste texto em defesa do latifúndio e de tudo que ele representa.

    Dizer o que  diante desta justificativa racional da existência dos povos sem-terra, do grande êxodo rural brasileiro e das suas consequências na nossa atual sociedade ?

    Dizer o que quando o sujeito culpa o consumidor pela monocultura ? Esquecendo dos grandes interesses que inviabilizaram com seu poder as culturas alternativas ?

    Dizer o que quando o sujeito coloca a pecha de retrógrado em quem não faz o jogo da Monsanto ?

    Dizer o que quando o sujeito tem a cara de pau de citar Vandré e se esquece que pelos campos há fome em grandes plantações ?

    É o tipinho com o qual não vale a pena discutir. É o tipo do texto que não vale a argumentação. É o tipo de sujeito que tem que ser apenas, desprezado.

  10. Suponho que apos este segundo

    Suponho que apos este segundo post, o autor deve estar desalentado, tal a quntidade de burrice contida em 90% dos comentarios. Racionalidade nao eh o forte destas correntes extremista agregadas ao PT. A baixaria foi tanta, que na falta de argumentos  preferiram caluniar o autor como representante de monsanto, latifundiarios,cia, americanos, etc,etc.Francamente acho que estas pessoas deveriam cair fora do PT e procurar ou fundar mais uminexpressivo partideco.

  11. Mas que baixaria ! Rotulam o

    Mas que baixaria ! Rotulam o autor do post como ligado a monsanto, cia,fazendeiros latifundiarios, etcetc. Mas nao respondsm a um soh argumento do autor do post. O sonho de consumo deles eh acoreia do norte.

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