O déficit comercial dos EUA com a China

Da BBC Brasil

EUA registram déficit comercial recorde de US$ 28 bilhões com a China

Alessandra Corrêa
Da BBC Brasil em Washington 

As importações de produtos chineses pelos Estados Unidos aumentaram 6,1% e atingiram o valor recorde de US$ 35,3 bilhões (cerca de R$ 58,6 bilhões) em agosto, elevando o déficit americano na balança comercial entre os dois países para US$ 28 bilhões (R$ 46,5 bilhões), seu nível mais alto já registrado.

Segundo os dados, divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento de Comércio em Washington, os Estados Unidos exportaram apenas US$ 7,3 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões) para a China no mesmo período.

O recorde anterior era de outubro de 2008, quando o déficit comercial dos Estados Unidos com a China chegou a US$ 27,9 bilhões (R$ 46,3 bilhões).

OsEsOs Estados Unidos acusam a China de obter vantagens desleais para suas exportações ao manter sua moeda, o yuan, artificialmente desvalorizada em relação ao dólar.

Na semana passada, durante reunião do FMI e do Banco Mundial em Washington, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, fez um ataque indireto ao país asiático.

Geithner criticou os países que “por muito tempo, orientaram suas economias à produção para exportação em detrimento do consumo doméstico, contando com os Estados Unidos para importar muito mais bens e serviços do que eles compram de nós”.

CliqueLeia mais na BBC Brasil sobre as declarações de Geithner

Balança

No geral, a balança comercial americana registrou déficit de US$ 46,3 bilhões (cerca de R$ 76,9 bilhões) em agosto, o que representou um aumento de 8,8% sobre os resultados de julho.

As exportações no período cresceram 0,2%, chegando a US$ 153,9 bilhões (R$ 255,7 bilhões), o nível mais alto em dois anos.

No entanto, as importações registraram crescimento bem maior, de 2,1%, totalizando US$ 200,2 bilhões (R$ 332,6 bilhões).

Segundo o Departamento de Comércio, as importações foram puxadas principalmente por bens de consumo e capital e também pelo aumento nos preços de energia. 

Luis Nassif

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