O gás do pré-sal para fazer resina

De O Dia

Comperj vai usar gás do pré-sal para fazer resina

Material será transportado por gasoduto que se estenderá por 300 km sob o mar

POR MICHEL ALECRIM

Rio – A Petrobras vai construir um gasoduto entre a área exploratória do pré-sal e o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), em Itaboraí, para produção de matéria-prima voltada à indústria plástica (resina) até o fim de 2016. Devido ao crescimento dessemercado no País, que só no ano passado foi de 14%, a unidade pode ter a construção antecipada. Já a primeira refinaria de combustíveis do complexo está com 22% de suas obras realizadas e será inaugurada no fim de 2013.

Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o uso do gás natural produzir matérias-primas da indústria plástica é mais econômico e menos poluente. A decisão deve reduzir o investimento na unidade em até 30%, por conta da necessidade menor de equipamentos de redução de emissões. “Talvez tenhamos necessidade de antecipar a operação, já que este é o único grande projeto para esses produtos no Brasil. Senão teremos que importar, o que não é bom para o País”, explicou.

ApetA Petrobras deve assinar com a Braskem contrato para a construção das unidades que vão transformar o gás em polietileno e polipropileno ainda este mês. O traçado do gasoduto, com 300 quilômetros sob o mar, ainda não foi definido. Muitas indústrias de plástico se instalarão nos 11 municípios fluminenses no entorno do Comperj.

CAPACITAÇÃO

Segundo a Petrobras, já foram capacitadas 7 mil pessoas da região, por meio do Centro de Integração de São Gonçalo. A meta é chegar a 30 mil até a inauguração. Além de cursos de níveis Básico e Médio, a companhia está firmando convênio com a UFF para oferecer cursos de Nível Superior em Engenharia e Administração em Niterói. Já trabalham nas obras 6 mil pessoas e em 2012 serão de 25 mil a 30 mil empregos diretos.

INFRA-ESTRUTURA
A Petrobras também dá apoio às prefeituras para aprovarem projetos de infra-estrutura junto ao governo federal. A Fundação Getulio Vargas (FGV) foi contratada para ajudar na elaboração. A previsão é de que seja investido R$ 1,15 bilhão em redes de água, esgoto, drenagem e em habitação.

Luis Nassif

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