EXCLUSIVO
Nos próximos dias serão anunciados os princípios gerais do programa econômico de Geraldo Alckmin. O cerne do programa , sai da cabeça do economista Yoshiaki Nakano. Um esboço foi antecipado na coluna de Nakano, na semana passada no jornal “O Valor” (clique aqui).
O programa começa citando um estudo do Banco Mundial, baseado na experiência de 80 países, no qual constata que o Brasil deveria estar crescendo 5% ao ano no período 2000-2010.
O programa dirá que o país logrou avançar em várias áreas, desde o início do Real. No grupo das políticas estruturais, experimentou avanços em educação, grau de abertura comercial e infra-estrutura pública. As políticas de estabilização trouxeram controle da inflação e resolução da crise de balanço de pagamentos.
Sobram dois desafios: o peso do governo e os termos de troca (leia-se câmbio).
Com base nos dados históricos de crescimento, de 1940-1980, o trabalho constata que o país tem potencial para crescer 7% ao ano. Mas há a necessidade de um plano estratégico para remover os obstáculos. Acontece que no atual arranjo, as políticas macroeconômicas são repressivas e voltadas unicamente para a estabilidade financeira.
O programa propõe um novo arranjo para as políticas monetária, fiscal e cambial.
No campo fiscal, defende o déficit fiscal zero, com metas de redução da dívida e de redução da carga tributária.
Da política cambial, espera-se que seja uma amortecedora dos choques externos. Isto é, que impeça a apreciação ou desvalorização excessiva do real.
Já a política monetária está exclusivamente voltada para a meta de inflação, esquecendo-se que, ao apreciar o câmbio, não só compromete o crescimento como as próprias metas de inflação, ao permitir a volta de fortes flutuações cambiais.
A partir daí, as idéias se desdobram em cinco propostas:
1) redução do tamanho relativo do governo, para abrir espaço para o setor privado poder crescer de acordo com seu potencial; 2) nova estratégia de integração à economia global, priorizando a ampliação dos fluxos de comércio, colocando em ação novas políticas cambial, comercial e de negociações mais ativa; 3) programa do governo de investimentos públicos em infra-estrutura; 4) reforma da gestão pública para melhorar a qualidade dos serviços públicos, particularmente educação, saúde e segurança, e reduzir os custos burocráticos que pesam sobre o setor privado; 5) flexibilização da legislação trabalhista.
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