Oi lança oferta de mais de cinco bilhões de ações

Jornal GGN – Começa hoje a oferta primária de ações do grupo Oi. O lote inicial oferecerá 5,75 bilhões delas, com um período de reserva da oferta iniciado em 10 de abril e encerrado no dia 24 do próximo mês.

De acordo com a companhia, o preço por ação preferencial será fixado em 28 de abril, com a negociação dos papéis em bolsa marcada para 30 de abril.
 
A etapa é considerada essencial para o processo de fusão da Oi com a Portugal Telecom, mas no entanto, começará sem a garantia firme para colocação.
 
O valor financeiro estimado é de R$ 13,7 bilhões que dividido pelo número de ações, levará cada papel ao valor de R$ 2,40 por papel. Estas cifras podem ser modificadas ao longo do processo.
 
Na véspera da oferta primária, a ação ordinária da Oi fechou a R$ 3,20 na bolsa, uma alta de 5,61% e a preferencial subiu 6,94% para R$ 3,08.
 
No comunicado oficial, a Oi já informou que o aumento de capital da empresa seria entre R$ 13,1 bilhões e R$ 14,1 bilhões com a ação prevista. Na operação, uma parte será suportada por ativos da Portugal Telecom, que tinham um valor aproximado de R$ 6,1 bilhões – no entanto, na última assembleia da Oi, semana passada, o valor foi definido em R$ 5,7 bilhões, após laudo de avaliação do Santander.
 
A parcela em dinheiro, que virá da participação do mercado na oferta de ações da Oi, conforme os fatos relevantes, iria variar entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões. E com relação a esse valor que vai a mercado, um fundo gerido pelo BTG e que terá como cotistas os atuais controladores vai comprar R$ 2 bilhões em ações. A parcela que será absorvida pelo mercado será de R$ 6 bilhões.
 
A operação, que deve encher o mercado de ações da companhia, deve resultar num forte desconto para os papéis. A diluição para o acionistas também será grande, uma vez que hoje a empresa tem 1,797 bilhão de ações e vai emitir 5,751 bilhões de papéis, sendo 1,97 bilhão em ações ordinárias e 3,8 bilhões em preferenciais. Há cálculos no mercado, inclusive, de que as ações da Oi poderão ser vendidas abaixo dos R$ 2,00.
 
O consórcio de 14 bancos continuará trabalhando pela operação, mas sem o comprometimento com a garantia firme. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a garantia firme pretendida pelas instituições, conforme estava informado no prospecto preliminar da oferta.
 
Os bancos queriam dar a garantia para as ações apenas se houvesse 100% de demanda para a operação. No entanto, a autarquia, por meio de ofício, informou ao BTG Pactual, coordenador da oferta, que esse mecanismo não configuraria uma garantia firme para a operação. Para que houvesse esse dispositivo, os bancos teriam que se comprometer a ficar com as ações independentemente das demanda do mercado. O consórcio de bancos ficou com a segunda opção. 
 
Redação

3 Comentários

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  1. pai, não padrasto

    o BNDES é pai:

    http://www.jb.com.br/economia/noticias/2014/02/07/emprestimos-do-bndes-para-oi-ja-somam-r-69-bi/

    é a farra do bOI!

    se-is vir-gu-la no-ve bi-li-ões se-nho-res !

    Jornal do Brasil 

    …A recusa do BNDES em participar  do novo socorro à operadora de telefonia Oi, dessa vez capitaneado por bancos privados, conforme noticiado pelo jornal Folha de São Paulo, não significa que o banco esteja fechando suas portas para a empresa, pelo contrário. Desde o início de suas operações até hoje, a Oi obteve do BNDES R$ 6,9 bilhões em empréstimos, o que representa aproximadamente 23% do total de sua dívida de R$ 30 bilhões.

     

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