Os rumos da crise

Coluna Econômica – 02/02/2009

Tornou-se tarefa difícil saber como será 2009 para o Brasil. Será um ano mais difícil do que 2008, obviamente. Mas deve-se levar em conta que, devido à explosão do crédito, 2008 foi um ano atípico, com o PIB sendo puxado pelo aumento do consumo.

Se a comparação for com 2007, os números deixam de ser tão dramáticos. Haverá ainda um trimestre duro, mas ameno perto do que está ocorrendo no resto do mundo, especialmente Estados Unidos, Europa e Ásia.

***

Emprego

A expectativa é que os dados de janeiro mostrem alguma elevação do desemprego. “O índice estava em 7,5%, e o avanço gradual deve levar a um resultado de 8% no fim do trimestre”, diz Tomas Málaga, economista-chefe do Banco Itaú. “Obviamente é um processo longo e demorado que vai se ajustando com o tempo. O problema não será com as demissões que vierem a ocorrer, mas com as vagas que deixarão de ser criadas”.

Renda

O indicador também deve desacelerar, com foco concentrado na indústria por ser um segmento com renda relativamente alta. “No setor de serviços, creio que o desempenho pode empatar, mas na indústria a queda de renda trará impactos importantes”, diz Emilio Alfieri, da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

Consumo

Após avançar entre 7% e 8% em termos anualizados no terceiro trimestre, a expectativa é que os dados do quarto trimestre se contraiam para algo em torno de 5% e 6%, e os dados de janeiro fiquem em torno de 3%. “Na primeira quinzena de janeiro, a consulta ao SPC caiu 2,7% e o cheque desacelerou 6,2% ante a primeira quinzena do ano passado. Apenas em dezembro, a consulta ao cheque subiu 5,1% por conta do 13º salário”, comenta Alfieri, ressaltando que os prognósticos para o período não são dos mais animadores. “Em janeiro haverá queda. Fevereiro é um mês curto por conta do Carnaval, e se não houver queda, o ‘empate’ de resultados já estará bom”.

Restrição de demanda

Até o ano passado as restrições ao crescimento estava na oferta de insumos e de mão de obra qualificada. De acordo com Sondagem Industrial da FGV, neste trimestre a restrição maior será de demanda. Vai prevalecer uma retração do consumidor e por conseqüência das empresas que estavam ampliando sua capacidade, importando, comprando, fazendo construção civil e bens de capital.
Estoques
Houve uma redução importante dos estoques do setor automobilístico, o que é bom sinal. Nos demais setores, os estoques continuam elevados. Apenas no segundo trimestre deverão ter efeito as medidas de corte de juros e a retomada da demanda internacional, diz Málaga. Mas os efeitos maiores se farão sentir no segundo semestre.

Exportações

Málaga lembra que só se fala na queda do mercado doméstico. Mas as exportações estão caindo mês a mês. O Itaú trabalha com projeção de queda de 19% nas exportações devido à contração do comércio mundial como um todo. É bom lembrar que a crise do crédito terá novas rodadas. Há uma quantidade expressiva de grandes empresas européias e americanas inadimplentes. O que deverá dificultar bastante a normalização do mercado internacional de crédito.

Luis Nassif

36 Comentários

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  1. O que deu para mim perceber é
    O que deu para mim perceber é que muita gente vai ganhar dinheiro com esta crise em cima dos paises em geral. Note-se a sugestão “filantrópica” de GEORGES SOROS

  2. …continuando… no Forum de
    …continuando… no Forum de Davos pedindo pelo Brasil, que os paises ricos abram mão do DES (Direito Especial de Saques), no valor de US$1.000.000.000.000,00. Ora, Georges Soros e outras raposas nunca foram bons samaritanos, quando defendem uma causa é porque ha muito direito de saque para eles.

  3. Os dados da economia
    Os dados da economia internacional ainda continuam assustadores, na Coréia do Sul em janeiro de 2009 ocorreu uma queda de 32% nas exportações em relação a janeiro de 2009.
    No Japão a venda de veículos caiu quase 30% em relação a janeiro de 2008, e 50% em relação a janeiro de 1990.

    Para o primeiro semestre estão programadas uma série de ações do EUA, Europa e Japão, mas até não agora, além de boas intenções não há um sinal animador.

    No Brasil a lentidão do COPOM diante da ruptura ocorrida em setembro de 2008, agravou a situação e a crise de cofiança dos consumidores se alastrou pelo país.
    Nem uma ação ousada do Governo federal, que não resolveu aguardar as estátiscas e reduziu o IPI e o IOF, além de abrir várias linha de crédito está conseguindo recuperar a confiança dos Consumidores

    Tudo indica que será necessária além de incentivos fiscais, ampliação das linhas de crédito uma forte redução dos juros da Selic.

    Apesar das várias ferrametnas disponíveis para tentar impedir a recessão, a lentidão e a incapacidade do COPOM de responder a atual crise financeira vem assustando todos agentes econômicos, que não estão esperando as estatístticas, já começaram a demiitir de forma assutadora.

    O Problema do Brasil é o COPOM, quase cinco meses depois da ruptura econômica, e o COPOM ainda está aguardando as estatísticas para começar a reduzir mais acentuadamente os juros da Selic.

    Já deveria ter colocado um viés de baixa, mas além de deixar travado os juros da selic, ainda ameaça a cada comunicado suspender ou reduzir os cortes de juros da Selic. É totalmente assustador.

  4. Ao Roberto São Paulo.
    Meu
    Ao Roberto São Paulo.
    Meu caro,eu talvez seja o maior admirador das suas observações economicas,quando comentadas neste blog,pelas suas consistencias,e pelo embasamento de sua opinião. Hoje entretanto você escreveu algo,que soou distante da realidade,quando escreveu que “As besteiras do COPOM,entre outras coisas “diminuiu a confiança do consumidor brasileiro” Oh companheiro,isso não,pois o que foi divulgado pelo IPEA em sua última pesquisa desta coordenada,referente a dez/08,foi um surpreendente crescimento desta confiança,o que dá um certo alívio às autoridades economicas,pois este sentimento é importante nas atuais circunstancias.

    Completada a Santíssima Trindade do Raí: Deus Lula, Filho Abílio Diniz e Espírito Santo Henrique Meirelles.

  5. O problema do COPOM é a sua
    O problema do COPOM é a sua composição. Nele, só um lado dos interessados na economia tem assento, daí a sua parcialidade na análise dos fatos. Mexer no COPOM hoje é abalar a estabilidade econômica, o que ninguém deseja, mas se o órgão esticar demais a corda, não restará outra alternativa ao Presidente Lula que não reformá-lo. Seria assustador, mas não necessariamente ruim.

  6. Há uma crise de confiança que
    Há uma crise de confiança que se reflete na oferta de crédito, cujos desdobramentos, para dizer o mínimo, parecem sombrios tanto no mercado doméstico quanto mundial.
    No entanto, tomando como referência o post sobre as decisões de investimento do governo chines em infraestrutura (http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/02/02/o-salto-para-frente-da-china/), fico em dúvida sobre o peso do aspecto financeiro nessa discussão aqui no Brasil.
    Não haveria aqui em peso excessivo do aspecto financeiro na discussão sobre o enfentamento da crise em detrimento do planejamento econômico?

  7. Em termos de vendas de
    Em termos de vendas de imóveis, janeiro está fechando surpreendentemente melhor do que esperávamos em dezembro. A comparação com 2007 é muito boa.

  8. Nassif e comentadores,
    Vocês
    Nassif e comentadores,
    Vocês se preocupam demais com estes probleminhas economicos!

    Toda esta grana “perdida” foi, na verdade, escondida por um complô judaico-muçulmano-cristão-budista-confuciano-xintoista-aborígene-inuitico em um pais africano muito próspero (outrora): o Zimbabwe!

    Isto pode ser facilmente comprovado em sua moeda – veja a quantidade de zeros em suas notas aqui:

    http://www.spiegel.de/fotostrecke/fotostrecke-38895.html

    Desconsiderando o idioma, as imagens dizem tudo!

  9. o que o governo tem que fazer
    o que o governo tem que fazer agora é tentar ao máximo que o desemprego não se torne o principal assunto dos noticiários, e que começe uma onda em cadeia em todos os setores, o pequeno e medio empresário vai primeiramnete cortar seus investimentos , o que já vem fazendo ,e o segundo passo será diminuir seu quadro de funcionários e isso levará toda a economia pra baixo muito rapidamente. Precisamos com urgencia que o Governo tome atitudes que favoreçam o empregador senão será uma bola de neve e achar que os pequenos não tem força suficiente pra isso é um engano em um país com dimensões do Brasil.

  10. O Clóvis Rossi pôs um artigo
    O Clóvis Rossi pôs um artigo interessante.

    CLÓVIS ROSSI
    ENVIADO ESPECIAL A DAVOS

    O fórum de Davos começou sob o ambicioso título geral de “Moldando o mundo pós-crise”. Termina hoje com a melancólica constatação de Martin Wolf, principal colunista do “Financial Times”, o jornal que todo mundo lê em Davos e também nos gabinetes oficiais do planeta, especialmente os europeus:

    “Todos sabemos que nada sabemos”, disparou Wolf em meio a uma sessão dedicada ao “Panorama Econômico Global”.

    Poderia ser apenas mais uma tirada do humor geralmente cáustico que Wolf utiliza regularmente. Mas a frase surgiu depois que Peter Sands, executivo-chefe do grupo financeiro britânico Standard Chartered, afirmou:

    “Se me perguntarem onde estamos [na crise], eu responderei não sei”.

    Já era assim no primeiro dia, a quarta-feira, quando, em mesa com propósito idêntico, Trevor Manuel, o ministro sul-africano do Tesouro, afirmou que o grande desafio era saber o que de fato acontecera.

    Essa situação de navegação no escuro foi reafirmada ontem por outra ministra de Economia, a francesa Christine Lagarde, para quem o mundo “passou os últimos três meses navegando no escuro, sob a ameaça de colapso”.

    Três meses é uma referência a setembro, o mês em que quebrou o Lehman Brothers, o que pôs o colapso no horizonte.

    Christiane Amanpour, a repórter-estrela da CNN, trasladou a questão do “nada sabemos” ao primeiro-ministro britânico Gordon Brown, por ela entrevistado ontem no plenário do fórum de Davos. Brown não foi tão contundente quanto seu conterrâneo Sands, mas não deixou de dizer que se tratava da “primeira crise financeira global” e que, por isso, “não havia experiência anterior” que pudesse iluminar a escuridão vista por Lagarde.

    A bem da verdade, não é que Davos -ou seja, a elite econômica, governamental e empresarial do planeta que se reúne todo janeiro nessa cidadezinha dos Alpes suíços- nada saiba. Sabe o que o mundo sabe. O seguinte:

    1 – É uma crise bancária global, como repetiu ontem Gordon Brown. Ou, como prefere George Soros, o colapso do sistema financeiro.

    O que fazer? “A maior prioridade é restaurar a confiança no sistema, acima de tudo entre os próprios atores do sistema financeiro”, responde Lagarde.

    “É difícil”, retruca o banqueiro Sands, exatamente porque ele -como tantos outros- não sabe onde está. “Mas sei que não gosto de onde estou”, completa.

    2 – É preciso que a cúpula do G20 marcada para 2 de abril em Londres emita sinais claros, “sinais que têm que ser vendáveis à opinião pública, o que não é fácil quando os temas são CDS (o mecanismo financeiro chamado “credit default swap”) ou Basileia 1, 2 ou 3 (as regras sobre bancos decididas nessa cidade, também suíça, onde fica o Banco de Compensações Internacionais, o banco central dos bancos centrais)”, diz a ministra francesa.

    Quando se conversa sobre assuntos tão áridos, “três quartos da audiência desiste de prestar atenção”, diz Lagarde.

    A cúpula do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, está se transformando numa espécie de porta da esperança para todos os que navegam no escuro, na expectativa de que ela será o facho de luz que tudo iluminará.

    Não será, assim, claro, mas Christine Lagarde torce, pelo menos, para que os líderes “voltem para casa com três ou quatro ações que possam dizer que vão implementar”.

    Endosso de Roubini

    Montek Ahluwaya, presidente da Comissão de Planejamento da Índia, brinca que não basta que o público compre as decisões a serem adotadas pelo G20 sobre a nova arquitetura financeira global.

    “É preciso que Nouriel Roubini as endosse”, ironizou, referindo-se ao economista conhecido como Mr. Apocalipse que não só previu a crise antes que todos como passa o dia todo criticando todos os pacotes até agora lançados em todos os países do mundo.

    “É uma corrida contra o tempo”, adverte Lagarde, até porque ela coloca no horizonte imediato o risco de descontentamento social, que aliás começa a pipocar na Europa.

    Ou, posto de outra forma, uma questão que era financeira e virou econômica, pela contaminação do setor real da economia com o crédito estrangulado, começa a caminhar na direção da política.

    Fica fácil, nesse ambiente escuro e crítico, entender que outros “Roubinis” estejam aparecendo, fora da área da adivinhação econômica. Caso, por exemplo, de Kishore Mahbubani, reitor da Escola Lee Kuan Yew de Política Pública (Cingapura), para quem está no horizonte “o fim da dominação ocidental do mundo”.

    Esse tipo de afirmação grandiloquente é comum nos fóruns sociais como o de Belém. Que surja também em Davos é um claro sinal dos tempos.

  11. Enquanto as autoridades não
    Enquanto as autoridades não entenderem como e porque o Dollar valorizou e o petróleo ficou mais barato não existe esperança.

    Eu já contei aqui inúmeras vezes e nos forums estrangeiros mais algumas. Não existe interesse em divulgar algo que ponha areia nas engrenagens em movimento. A mídia e a acadêmia vão ficar com o Rubin que só fala das aparências enquanto as entranhas estão sendo moídas.

    O tempo é curto para diminuir o prejuízo e minimizar os danos da crise, o G20 não vai resolver nada, só mágica de primeira linha daqui prá frente.

  12. Nassif,
    O mundo capitalista,
    Nassif,
    O mundo capitalista, conforme conhecemos até hoje, ruiu. Não há salvação. O problema é que todo o esforço até o momento foi só no sentido de recuperar o modelo. Levará algum tempo até que os Estados percebam que é uma empreitada impossível. O problema é que não se discute há alguns anos nenhum modelo alternativo. A situação irá se agravar muito até que surja uma luz. Algumas saídas são claras para mim. São naturais. É hora de cada país fechar sua Economia, proteger-se e criar uma grande rede de proteção aos desamparados, enquanto desenvolve um novo modelo de desenvolvimento. A hora é de buscar soluções “caseiras” para a travessia. Uma nova globalização só será possível quando todos estiverem com seus problemas razoavelmente resolvidos, mesmo assim, o modelo não será o atual, os valores, com certeza serão mais avançados, mais de acordo com os anseios dos humanos normais e sob um controle muito mais rigido do Estados e de organismos internacionais fortalecidos. Até lá, haverá ainda muita dor e muito sangue. Nossos problemas estão só começando.

  13. Antônio Carlos,
    Você está
    Antônio Carlos,
    Você está propondo apenas uma repetição da crise de 29…
    Ou prefere voltar pro modelo comunista, que també já se provou um fracasso?

  14. Sr. Antonio Carlos! você tá
    Sr. Antonio Carlos! você tá louco! De que ala esquerdista tu és? Lulista, Fidel, Ivo Morales ou aquele doido da Venezuela!? Hugo Chaves! ou seria tudo igual! O Capitalismo ainda é o melhor sistema, precisa apenas melhorar algumas regras! Veja o estado Brasileiro, lotado de gente dentro dos setores públicos! Uma Burro-cracia enorme! Pessoas sem qualificação em todas as esferas da sociedade! Do Padeiro até o Copom! O que anda aqui ainda ocorre pela luta de pessoas empreendedoras que arriscam seu pescoço na luta por crescimento, e com a sorte de várias multinacionais que instalaram-se aqui com base na expansão economica e de crescimento! O Estado ainda que dentro da pobre democracia brasileira, permanece Estado pelas forças do Capital!

  15. Acordem! Alôoooooooo!
    O
    Acordem! Alôoooooooo!
    O problema é que com o crédito a rodo superdimensionaram os preços (Petróleo, Imóveis, etc…). Agora, os preços estão se ajustando à realidade econômica (e não financeira). O problema do crédito é simples: quais são os preços justos (do ponto de vista econômico)? Ninguém sabe ainda; logo, qual é o maluco que vai emprestar para alguém sem saber se terá o retorno desse empréstimo. O retorno está atrelado ao preço dos ativos, objeto dos investimentos. Ou tem maluco que vai emprestar para quem está endividado?!?!?!?! Enquanto não equacionarem este problema, vamos ficar discutindo se o Meireles é um bom moço ou não. Pode baixar o juros a 0% e quero ver quem é o louco que vai sair fazendo investimento (pra vender pra quem?????)

  16. urge estabelecer novos
    urge estabelecer novos parametros na economia. este sistema faliu, infelizmente. as economias vinham nadando na maionese financeira, e sem saber dos vendavais economicos, e sem a devida proteçao tecnica, tudo ruiu. há soluçoes, sim há, mais devemos apontar novos rumos menos selvagens e sem especulaçoes financeiras, onde o aplicador ganha rios de dinheiro e sem mais de uma hora para outra, fali. a soluçao vira quando o G 2O reorganizar, nao mais o G 7. novas sugestoes economicas , vindo talvez dos paises em desenvolvimento, como Brasil, India, e China, soluçoes simples e eficazes. assim na era economica vira mais justa para todos.

  17. Puxa vida! Tá danado.
    Não
    Puxa vida! Tá danado.
    Não podemos permitir que a coisa deteriore ao ponto de empatar com os índices FHC de desenvolvimento. Aí velho, nós sifu, como diria nosso Lulalá.

    Orlando

  18. Caro Carlos Roberto,
    Na minha
    Caro Carlos Roberto,
    Na minha ótica sua análise está perfeita. O que me leva a ter uma visão bastante pessimista sobre a crise é que eu presumo que existe um buraco imenso entre os preços praticados até há pouco e o preço justo, real. Se for verdade, o ajuste que Você cita só ocorrerá quando muitos já tiverem suncumbido. Há pouco tempo, li uma análise em que a proporção entre os ativos financeiros e os ativos reais no mundo seria de 5 X 1. Esta diferença tinha como lastro a confiança, confiança esta depositada principalmente nas Economias dos países desenvolvidos. A crise atual é uma crise de confiança. Não haveria lastro então para mais de 80% dos ativos financeiros mundiais. Este fato é que me leva crer que os Estados através dos BCs não consiguirão restabelecer a confiança necessária. Assim como não há confiança não existe crédito, nem entre pessoas, físicas ou jurídicas, nem entre países. Então não há plano mundial de salvamento da Economia Global, então a saída é a mais natural, a mais elementar de todas, qualquer ser vivo quando em perigo, busca auto proteger-se. Assim, penso, reagirão todos os Estados, fechamento e protecionismo. Por isso concluo que o modelo atual de Capitalismo Globalizado acabou. Por muitos anos ninguém acreditará em qualquer papel, qualquer título financeiro, logo, eu acho que nós brasileiros deveríamos estar empenhados em buscar um novo modelo, voltado pra dentro, sem contar com possíveis recursos criados pelo Obamas da vida, pois com certeza eles estão pensando exclusivamente em si, no momento.

  19. Não vejo como o Brasil sair
    Não vejo como o Brasil sair pouco arranhado desta grande crise se o comercio internacional desaba. Durante anos, surfamos na globalização e no incremento do comercio mundial, em grande parte derivado do “dinehrio virtual” do mercado financeiro. Alem da China subsidiar o consumo dos EUA. Aumento do salario minimi, bolsa familia, etc…sao apenas remendos. O Brasil sera fortemente afetado e os comentarios otimistas tendem ao fracasso, como sempre, ultimamente. Alem disso, se o sistema capitalista sobrevive(porque é da natureza humana o egoismo, a ganancia e a busca do conforto) tera que ser muito mais controlado e regulado. Acabou uma fase de decadas. E temos que ver se os titulos do tesouro dos EUA nao serao afetados. Vejam o enorme aumento do desemprego na China. Tudo esta interligado e o Estado-nacao, no caso o Brasil, pode fazer muito pouco.

  20. Realmente este modelo
    Realmente este modelo economico que esta ai esta falido, mas temos que pensar em Brasil……temos que mexer nesta reforma tributária para que tantos impostos….tudo aqui é taxado. Como uma fabrica pode se manter com tantos impostos a pagar.
    Nosso governo tem que abaixar os juros, e aplicar recursos em educação e não inchar a maquina publica com empregados imcompetentes que não sabe nem tratar os mais velhos.
    Ai esta o resultado, não investe no seu povo portanto fica ai dizendo que os outros são culpados.
    Vamos agir de uma forma que o brasil pense no seu povo. Se calcularmos o qto a maquina publica gasta com salarios , viagens , mordomias daria para pagar todas os desempregados que ai estão que alias são desempregados de multinacionacionais que vem com ofertas de muitos empregos so para ganhar insenção fiscal.
    Olha esta triste este nosso Brasil Economica….mas temos que pensar positivamente.

  21. Boa a noite a todos,o mundo
    Boa a noite a todos,o mundo não vai acabar,o problema todo é base de comparação,olhemos para o que aconteceu nos ultimos vinte anos,e todos estamos bem melhor que a vinte anos atrás(faz vinte anos que me formei em economia na PUC -sp) a conversa dessas cassandras intervercionistas não me pegam mais,se os produtores tivessem ouvidos esses analistas nós estariamos vivendo nas arvores,os produtores os assustam,porque essa crise podem ter certeza é a solução,todos nós melhoremos assim sera a solução,não por causa de um plano mágico,mas porque a nossa nececidade de sobreviver,nos fara achar a solução.Falo nesses 20 anos,justamente para não esperermos solução de quem é o problema (nosso querido governo).Pensem um pouco quem leva 38% do nosso trabalho,e não coonsegue sequer organizar a educação,esta provado que não tem capacidade para nos ajudar a sair dessa.Amigos e blogistass tenham a certeza a solução somos nós

  22. Boa a noite a todos,o mundo
    Boa a noite a todos,o mundo não vai acabar,o problema todo é base de comparação,olhemos para o que aconteceu nos ultimos vinte anos,e todos estamos bem melhor que a vinte anos atrás(faz vinte anos que me formei em economia na PUC -sp) a conversa dessas cassandras intervercionistas não me pegam mais,se os produtores tivessem ouvidos esses analistas nós estariamos vivendo nas arvores,os produtores os assustam,porque essa crise podem ter certeza é a solução,todos nós melhoremos assim sera a solução,não por causa de um plano mágico,mas porque a nossa nececidade de sobreviver,nos fara achar a solução.Falo nesses 20 anos,justamente para não esperermos solução de quem é o problema (nosso querido governo).Pensem um pouco quem leva 38% do nosso trabalho,e não coonsegue sequer organizar a educação,esta provado que não tem capacidade para nos ajudar a sair dessa.Amigos e blogistass tenham a certeza a solução somos nós.SUGESTÃO DE LEITURA GRANDES PENSADORES POR GUY SORMAN

  23. Creio que um dos principais
    Creio que um dos principais motivos para a queda de confiança dos consumidores nos Eua e na Europa, foi a incapacidade das autoridades monetária em superar a crise financeira americana, mesmo com enorme aporte de liquidez e forte redução dos juros americanos e alentidão dos Governos em promiover estímulos fiscais.

    No Brasil a persitência do COPOM em aperto um forte aperto monetário, mesmo com fim da liquidez internacional e forte queda demanda externa levaram muito consumidores, cerca 30%, a adiaraem suas compras de vens duráveis, mesmo com a rápida resposta dop Governo que concedeu incentivos fiscais, mas mesmo assim não se conseguiu ainda restabelecer a confiança do consumidores de automóveis no Brasil.

    Ou seja em condições fiscais muito melhores do que antes da crise de setembro de 2008, ainda as vendas estão em queda de mais de 20%, tamanho o aperto monetário provocado pelas atitudes do COPOM, que em nada inspira o retorno da confiança dos consumidores do automóveis,pelo contrário.

    A forte queda da produção de automóveis a forte queda da demanda externa, estão levando a uma brutal queda da atividade econômica.

    A demora do COPOM em responder a crise de confiança, levará uma queda da venda de automóveis, não mais por falta de confiança, mas porque muitos dos prováveis compradores estarão desempregados.

    Muito coisa já foi feita pelo Governo, mas o COPOM está muto atrasado.

  24. Na Alemanha o Governo diante
    Na Alemanha o Governo diante da brutal queda nas vendas de automóveis e da atividade econômica adotou uma série de medidas que se seguiram depois de um movimento de fortes quedas de juros promovidas pelo BCE.

    O governo alemão concedeu incentivos de mais de 2.500 Euros para compra de automóveis novos, no Brasil os incetivos fiscais foi de aproximadamente R$ 2.000,00, o mesmo deve ocorrer em vários países.

  25. Aqui do Alto Xingu, os índios
    Aqui do Alto Xingu, os índios informam projeções para 2009: saldo comercial: US$ 15 bi; Taxa de câmbio: US$ 2.15/2.25; exportações: US$187.5bi (-5.3%); importações: US$172.4bi (-0.5%). Menor volume de remessas de juros, roialties e dividendos e com gastos de viagem permitirão que o déficit das transações correntes caia para US$ 21 bi; se a contração da demanda mundial se agravar e se a crise financeira se aprofundar o déficit poderá até quase dobrar; os investimentos diretos estrangeiros cairão para algo entre US$ 8 bi – US$ 14 bi; assim. a balança de pagamentos encerrará 2009 praticamente no equilíbrio, com o país não registrando perdas de reservas. O PIB vai crescer algo em torno de 1%; o investimento privado será nulo; o superávit primário cairá para 3,5%; a dívida do setor público em relação ao PIB continuará em 36%; a inflação será de 4,6% e a Selic cairá mais 2%, para 10,75%. Haverá espaço para queda adicional da Selic, de até 1,5%, mas não com a atual composição do Copom…É o que os índios acham…

  26. Miriam Leitão não gostou da
    Miriam Leitão não gostou da “baderna” promovida pelos sindicalistas na frente do Banco Central na última reunião do COPOM que finalmente resolveu diminuir os juros em 1%.Miriam Leitão acha que os Meirelle´s boys se sentiram muito pressionados, só faltou falar que o correto era aumentar a taxa e não diminuir devido a pressão dos sindicalistas, atiçados segundo ela, pelo president Lula.

    Então fica aqui uma segestão: a partir da próxima reunião o lugar mais seguro para os meninos decidir qual vai ser a Taxa Básica, fica sendo a sede do FMI em Washington. Naturalmente que os vistos para os “baderneiros” da CUT e da FORÇA SINDICAL TEM QUE SER NEGADOS!!!!

    Titia Miriam ficaria feliz com essa tomada de decisão.

  27. Da Agência EFE divulgado pelo
    Da Agência EFE divulgado pelo Último Segundo
    http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/02/03/australia+rebaixa+juros+a+nivel+mais+baixo+em+45+anos+3800938.html

    Austrália rebaixa juros a nível mais baixo em 45 anos
    03/02 – 02:39 – EFE
    Sydney (Austrália), 3 fev (EFE).- O banco central da Austrália anunciou hoje corte de um ponto percentual na taxa básica de juros, aos 3,25%, valor mais baixo dos últimos 45 anos.

    O banco central já rebaixou cinco vezes os juros nos últimos cinco meses, o que representou uma queda de quatro pontos desde setembro passado.

    O presidente do banco central australiano, Glenn Stevens, disse em comunicado que o motivo do corte foi “a forte deterioração das condições econômicas mundiais no final de 2008”. EFE mg/rr

  28. A oposição e os que torcem
    A oposição e os que torcem contra o governo, a cada noticia negativista da Globo, soriem e pulam de alegria, parecendo que se a crise pegar drasticamente o Brasil eles serão vitoriosos.

    Ninguém em nenhum lugar do mundo esperava o agravamento tão intenso desta crise.

    Agora, pensem só. O brasil esta melhor que 90% dos países do mundo, porque a imprensa insiste em só mostrar o que esta acontecendo de ruim?

    Porque não dar mais enfase ao lado positivo do Brasil, perante a crise?

    A confiança do Brasileiro, seria elevada substancialmente se nossa imprensa fosse menos Serrista e terrorista.

  29. Se é que serve de consolo,
    Se é que serve de consolo, mudando um pouco a perspectiva da abordagem da crise (espero que todos sobrevivam mas não vai ser fácil), o dinheiro, ou a miragem dele multiplicado nas alavancagns, se fosse” materializado”, significaria a escravidão dos nossos netos. A crise também tem um aspecto distribuitivista a médio prazo. A questão não é recuperar o patrimônio perdido das elites e sim encontrar formas de organização da produção que prestigiem o verdadeiro patrimônio das organizações, que é o conhecimento aglutinado por quem trabalha desenvolve e cria no dia a dia.
    Com relação ao COPOM, o que vai ficar para a história é o fluxo contínuo da nossa social democracia. O governo arrecada, e o COPOM transfere aos mais abonados. Uma social-democracia às inversas, onde o Estado se endivida toda a vez que age, pois a sua receita já está comprometida com os rentistas, uma ajuda para o capitalismo concentrar, digo funcionar

  30. Caro Nassif, não sou
    Caro Nassif, não sou economista, mas, gostaria de fazer alguns comentários.
    Primeira coisa: não é falta de criatividade, ou de coragem, todo mundo falar em Estado Regulador da Especulação Mundial?
    Senão vejamos, pelo que entendo, o que move o crescimento econômico é a Especulação, aqui no sentido prático, ou seja, quem toma dinheiro emprestado para envestir, o faz porque acredita que vai ganhar, e quem empresta também acredita, ou mesmo quem investe recursos próprios?
    Então, quem teria a BOLA DE CRISTAL para determinar o momento de se controlar? O Estado? Como? Se no sistema Capitalista todos querem ganhar, veja, os Estados tentam de todas as formas aproveitar o bom momento para fazer suas economias crescerem até mais que as outras, isto representa poder, as empresas nem se fala, tanto as grandes como médias ou pequenas, até mesmo os trabalhadores e as pessoas que têm renda aproveitam para melhorar e compram o que precisam e o que não precisam. Isso me parece um movimento de MANADA INCONTROLÁVEL!
    Para ir direto ao ponto: vejo que até agora os Estados estão, com seus mirabolantes planos econômicos, tentando salvar o SISTEMA FINANCEIRO E GRANDES EMPRESAS, isso a meses e a CRISE parece não ter fim.
    Não seria o caso, de simplificar a coisa, em vez de gastar essas montanhas de dinheiro dessa forma, simplesmente usar A LEI DA SELEÇÃO NATURAL, postulada por Darwim?
    A idéia é simples, no primeiro momento os Estados não salvam ninguém, em pouco tempo quem tiver mal das pernas vai quebrar mesmo, pelo ao menos assim rapidamente teríamos a dimenssão da Crise, em minha opinião.
    Em seguida, esses Estados que teriam economizado essa montanha de dinheiro, poderiam ou deveriam investí-lo em geração de emprego e renda, isso naturalmente gera consumo e retoma novamente o ciclo de crescimento.
    Parece boba e ingenua essa idéia, mas, o que restaria, se desse certo, seria uma maneira de “controlar” ou um “mecanismo” que no futuro poderia funcionar como um “regulador natural” do movimento especulativo que é inerente ao Capitalismo, A SELEÇÃO NATURAL de Bancos, Empresas e até de Regimes Polítcos, ou seja, ” o que não tem remédio, remediado está! Até porque, exceto os que apelarem para o suicídio, todos tentaram sobreviver da melhor forma possível.
    Abraços a todos!

  31. O mundo gira,

    A Luzitana
    O mundo gira,

    A Luzitana roda

    E o Governo empaca.

    Velocidade, velocidade está é a palavra de ordem, como o Lula vai botar velocidade a seu favor é que é o problema.

  32. “Mudam-se os tempos, mudam-se
    “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
    Muda-se o ser, muda-se a confiança;
    Todo o mundo é composto de mudança,
    Tomando sempre novas qualidades.

    Continuamente vemos novidades,
    Diferentes em tudo da esperança;
    Do mal ficam as mágoas na lembrança,
    E do bem, se algum houve, as saudades.

    O tempo cobre o chão de verde manto,
    Que já foi coberto de neve fria,
    E em mim converte em choro o doce canto.

    E, afora este mudar-se cada dia,
    Outra mudança faz de mor espanto:
    Que não se muda já como soía.”

    Camões

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