Painel internacional

BCs querem que banqueiros privados moderem apetite por risco

Os banqueiros centrais manterão este fim de semana encontros com executivos do setor bancário na Suíça, em meio a preocupações de que as instituições financeiras estejam rejeitando o impulso para aumentar a regulação e moderar a tomada de risco, ao mesmo tempo em que a recente crise enfraquece. O encontro para discutir a regulamentação tomará lugar no Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) na Basiléia, de acordo com dois funcionários de bancos centrais do Grupo dos Sete (países mais ricos). O BIS convidou bancos comerciais citando preocupações de que eles estão retornando aos padrões de excesso de risco que ajudaram a desencadear a crise global em 2007, noticiou o Financial Times de hoje. A reunião ocorre um mês após o BIS instar os bancos centrais a levar mais em conta a estabilidade financeira e publicar propostas no sentido de forçar os bancos a reter mais capital e de melhor qualidade, e desencorajar a alavancagem.

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E mais:

China sobe juro e sinaliza aperto monetário

Desemprego nos EUA pode continuar, sugere ADP

Novo ministro das Finanças do Japão defende iene desvalorizado

Comitê dos EUA discute futuro do programa de estímulos


China sobe juro e sinaliza aperto monetário

New York Times

O Banco Central da China elevou levemente a taxa de juro na quinta-feira pela primeira vez em quase cinco meses, um movimento que os economistas interpretam como o início de uma ampla mudança para apertar a política monetária e evitar a inflação. Depois de levar um tranco no ano passado durante a desaceleração econômica global, a economia chinesa retomou o galopante crescimento no verão passado. Os investimentos do governo, a construção de imóveis e os gastos dos consumidores estão todos subindo fortemente graças ao aumento na concessão de empréstimos pelos bancos controlados pelo Estado. Mesmo as exportações começaram a se recuperar apesar da contínua debilidade econômica na União Europeia e os Estados Unidos, dois dos maiores mercados da China no exterior. Elevar os juros pode ajudar a desencorajar os investimentos especulativos das empresas chinesas e dos indivíduos no mercado imobiliário e outros. O dilema da China é que taxas mais elevadas também podem levar os investidores estrangeiros a redobrarem seus esforços para empurrar dinheiro na China, apesar dos rigorosos controles de capitais do país.

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Desemprego nos EUA pode continuar, sugere ADP

The Wall Street Journal

Os números divulgados na quarta-feira sugerem que a economia dos Estados Unidos continuou a perder empregos no mês passado, mas alguns economistas duvidaram da sua precisão. A operadora de folha de pagamentos Automatic Data Processing (ADP) e a consultoria Macroeconomic Advisers informaram que suas pesquisas indicaram que 84.000 empregos no setor privado foram perdidos em dezembro. Se a contagem de trabalho do governo se mantiver inalterada, isto vai implicar que o relatório do Departamento de Trabalho na sexta-feira poderá ser mais negativo do que a maioria dos analistas espera. Os economistas consultados pela Dow Jones Newswires estimam que 10.000 empregos foram perdidos em dezembro, aproximadamente a mesma queda de trabalho de 11.000 em novembro. O relatório da ADP, que se baseia em cerca de 430.000 empresas para as quais a empresa processa folhas de pagamento, recentemente ficou longe do dados oficiais. No mês passado, por exemplo, relatou que as vagas do setor privado caíram para 169.000 em novembro; dois dias depois o Departamento do Trabalho informou que a economia perdeu 18.000 empregos no setor privado. A Macroeconomic Advisers admitiu que o modelo econômico do relatório da ADP pode ficar para trás dos números oficiais.

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Novo ministro das Finanças do Japão defende iene desvalorizado

O novo ministro das Finanças do Japão está perdendo um pouco de tempo fazendo ondas, sacudindo o mercado de câmbio na quinta-feira ao clamar por um iene mais fraco na sua primeira conferência de imprensa. Em observações inusitadamente explícitas para um ministro das Finanças japonês, Naoto Kan prometeu trabalhar em estreita colaboração com o Banco Central para orientar a moeda em direção a um nível “adequado”, a cerca de 95 ienes por dólar. Ele congratulou o recuo recente do iene em relação ao dólar do seu mais alto nível em 14 anos, de 84,83 ienes atingido em novembro, mas indicou que não tinha caído o suficiente. “Espero que os mercados de moeda ainda se ajustem, enfraquecendo o iene”, disse.

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Comitê dos EUA discute futuro do programa de estímulos

As autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) discutiram se a economia está forte o suficiente para permitir que o US$ 1,73 trilhão das compras de ativos termine em março, e divergiam sobre o risco de inflação, revelam as minutas de sua última reunião. Poucos formuladores de políticas disseram que “poderia se tornar desejável, em algum momento”, aumentar ou estender as compras de títulos destinados a reduzir as taxas de hipoteca, enquanto uma pessoa optou por uma redução, de acordo com a ata da reunião de 15 e 16 dezembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) lançado ontem em Washington. Sobre a inflação, alguns funcionários disseram que o afrouxamento na economia vai arrefecer os preços, e outros viram riscos vindos dos “extraordinários” estímulos do banco central. O debate do Fed está se intensificando, enquanto o presidente Ben Bernanke e seus colegas estão tentando retirar os estímulos sem precedentes e programas de empréstimos de emergência, sem atrapalhar os esforços para sustentar uma recuperação.

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Luis Nassif

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