Painel internacional

Influência do Banco Central Europeu vai além da economia

New York Times

Goste ele ou não, Jean-Claude Trichet não é apenas o presidente do Banco Central Europeu (BCE). Trichet, 67, é também o presidente de facto da Europa, pelo menos dos 16 países que confiam no euro como moeda comum. No papel, a União Européia acaba de estabelecer um novo presidente em Bruxelas, e a exclusiva responsabilidade do Banco Central é manter a inflação sob controle. Além disso, o banco quase não tem instrumentos de política formal para ajudar um país membro enfermo como a Grécia. Mas, com o alarme dos investidores sobre o aumento do endividamento grego, espanhol e português, a crise pôs em evidência a fraqueza fundamental da União Monetária Europeia. Sem braço político forte para garantir que os membros respeitem os limites de endividamento fixados pelo tratado, a responsabilidade para tentar resolver a crise cabe a Trichet. Na situação atual, disse Jörg Krämer, economista-chefe do Commerzbank em Frankfurt, somente o presidente do banco “tem autoridade e competência” para gerir a situação. No sábado, Trichet disse aos repórteres em uma reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do Grupo dos Sete no Canadá, que estava confiante de que a Grécia reuniria novas medidas de aperto fiscal.

Clique aqui

E mais:

Economia britânica “enfrenta crise”, alerta ex-economista do FMI

Polônia deve atingir meta de déficit da Eurozona em 2012

Canadá monitora forte expansão do seu mercado imobiliário

EUA e China travam guerra de tarifas


Economia britânica “enfrenta crise”, alerta ex-economista do FMI

BBC NEWS

O Reino Unido deve ser visto na mesma categoria de países como a Grécia e a Espanha, que estão enfrentando graves problemas de endividamento, afirmou um importante economista. O ex-economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Simon Johnson, também descreveu o G7, grupo das sete principais economias, como “fundamentalmente inútil”. Seus comentários à BBC vieram com os ministros das Finanças do G7 discutindo a crise crescente em alguns países da Zona do Euro. Fontes de crédito do Tesouro dos EUA disseram que todas as três principais agências de rating reafirmaram o status de triplo A (nota máxima) do crédito do Reino Unido. Uma das principais preocupações de um país com grandes déficits orçamentários é que ele não pode gastar o suficiente para impulsionar sua economia. Embora o Reino Unido tenha oficialmente saído da recessão no quarto trimestre de 2009 – que encerrou seis trimestres consecutivos de declínio econômico – o crescimento foi de apenas 0,1%, muito inferior ao esperado. “É certo que as concessões de crédito foram autorizadas a subir para que o governo fosse capaz de proteger a economia da desaceleração global”, disse um porta-voz do Tesouro. Mas, apoiar a economia para a sua recuperação caminha lado a lado com os passos para reconstruir a solidez fiscal, uma vez que a recuperação está firmemente estabelecida.

Clique aqui

Polônia deve atingir meta de déficit da Eurozona em 2012

A Polônia pode atender a exigência da União Europeia de redução do seu déficit orçamentário para abaixo do limite de 3% do produto interno bruto (PIB), necessário para a adoção do euro em 2012, enquanto o seu crescimento econômico acelera, disse um alto funcionário do governo. O governo elevou sua previsão de crescimento para 3% este ano, saindo da estimativa anterior de 1,2%, disse o funcionário, que não quis ser identificado porque as previsões não foram oficialmente aprovadas. A produção pode expandir mais de 4% em 2011 e 2012, ajudando a cortar o déficit para 6,9% do PIB este ano e 2,9% em 2012, partindo de 7,2% em 2009, disse. O déficit se expandiu no ano passado, quando a desaceleração do crescimento refreou as receitas fiscais e o governo intensificou os gastos a fim de evitar a recessão. As previsões mais recentes fazem parte de um plano atualizado de convergência ao euro, que deveria ser enviada à Comissão Europeia na semana passada e foi adiado devido a objeções do ministro da Economia, Waldemar Pawlak. O documento aponta para um déficit de 5,9% do PIB em 2011 e 2,9% em 2012, e estimativas de crescimento de 4,5% no próximo ano e 4,2% em 2012, disse a fonte. A Comissão Europeia exige que a Polônia reduza seu déficit para dentro do limite em 2012.

Clique aqui

Canadá monitora forte expansão do seu mercado imobiliário

The Wall Street Journal

Primeiro, Dominic Carrasco tentou vender seu consultório aqui (no Canadá) em janeiro de 2009. As únicas ofertas que o massagista de 42 anos conseguiu estavam bem abaixo dos 166.900 dólares canadenses que ele pagou cinco anos antes. No mês passado, Carrasco tentou novamente. A unidade foi prontamente vendida para uma mulher pelo preço informado em um site imobiliário, por C$ 209.900 ou US$ 196.003, 40% acima do maior lance do ano passado. “Eu não podia acreditar”, diz Carrasco, que está aliviado e inquieto pela mudança de sorte. “Se meu apartamento pode subir muito mais que em um ano, não faz sentido”. Enquanto os EUA lutam para sair de sua crise imobiliária, o seu vizinho ao norte enfrenta um desafio diferente: a recuperação do mercado de habitação do Canadá tem sido tão rápida que alguns aqui estão se preocupando com uma bolha. O banco central disse no mês passado que está observando o mercado em expansão com “vigilância, mas não em alarme. No Canadá, quase 40% do produto interno bruto, historicamente, é gerado pelas exportações, principalmente para os EUA, onde a fraqueza econômica persiste. Para estimular a sua economia, o governo centrou-se sobre o mercado doméstico. No esforço para aumentar o consumo interno, (o governo) tem mantido uma taxa de juro perto de zero – resultando em taxas excepcionalmente baixas de hipotecas e oferecido vários incentivos financeiros e créditos fiscais. Os consumidores reagiram. Os preços médios das casas no Canadá aumentaram 23% desde janeiro de 2009. Os volumes de vendas de casas subiram 70% no mesmo período.

Clique aqui

EUA e China travam guerra de tarifas

sina_com

China e Estados Unidos aumentaram as tensões na sexta-feira com a troca de novas tarifas, ressaltando a crescente sensibilidade e fragilidade da mais importante relação bilateral do mundo, e que tem sido tensa nas últimas semanas. O ministério do Comércio da China anunciou taxas de importação de frango dos EUA, que Pequim acredita serem vendidos a preços injustamente baixos. Em decisão preliminar, o ministro pediu aos importadores de frango dos EUA na China para pagarem taxas alfandegárias – de até 105,4% – a partir de sábado, de acordo com uma declaração online.”As investigações mostraram que os produtores dos EUA tinham despejado produtos de frango no mercado chinês, causando danos consideráveis à indústria doméstica da China”, disse o ministério. Na última sexta-feira, os EUA revelaram sua contramedida, baixando tarifas iniciais anti-dumping de até 231,4% para caixas de presente e fitas da China, que disseram estar com preços desleais, informou a Reuters, acrescentando que os EUA estabeleceram tarifas muito menores, de até 4,54%, para Taiwan. A China respondeu por 19% das importações dos EUA no primeiro semestre de 2009, acima dos 16% em 2008, segundo dados do US Census Bureau, informou o Wall Street Journal na sexta-feira. O déficit comercial dos EUA com a China nos primeiros 11 meses do ano passado, porém, foi de US$ 209 bilhões, uma queda de 16% em relação ao ano anterior, de US$ 248 bilhões, de acordo com as estatísticas do US Census Bureau.

Clique aqui


Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador