Painel internacional

Bancos especulam com a moratória da Grécia

New York Times

As apostas de alguns dos mesmos bancos que ajudaram a Grécia a afundar na montagem da sua dívida podem estar empurrando a nação para a beira da ruína financeira. Ecoando o tipo de negócio que quase derrubou a American International Group (AIG), o crescimento de um popular seguro contra o risco de calote grego está tornando mais difícil para Atenas levantar o dinheiro que precisa para pagar suas contas, de acordo com os negociadores e gestores de recursos. Estes contratos, conhecidos como Troca de Crédito por Inadimplência (CDS, na sigla em inglês), permitem efetivamente que os bancos e fundos de hedge apostem no equivalente financeiro a um alarme de incêndio: o calote de uma empresa ou, no caso da Grécia, de um país inteiro. Se a Grécia renegar sua dívida, os operadores que possuem esses swaps obtêm lucro. “É como comprar o seguro de incêndio da casa do seu vizinho – você cria um incentivo para pôr fogo nela“, disse Philip Gisdakis, chefe de estratégia de crédito do UniCredit, em Munique. Com a situação financeira da Grécia se agravando – e minando o euro –, o papel do Goldman Sachs e outros grandes bancos em mascarar a verdadeira dimensão dos problemas do país atraíram as críticas dos líderes europeus. Mas, mesmo antes que a questão se tornasse aparente, uma empresa pouco conhecida apoiado pelo Goldman Sachs, JP Morgan Chase e cerca de uma dúzia de outros bancos criou um índice que possibilitava aos operadores de mercado apostar se a Grécia e outras nações européias iriam à falência.

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Euro está em dificuldade pela primeira vez, diz Merkel

O perigo da dívida japonesa

Banco Central do Brasil eleva compulsório

Fidel Castro tem encontro ‘emocionante’ com Lula


Euro está em dificuldade pela primeira vez, diz Merkel

O euro está em uma situação difícil pela primeira vez desde o seu lançamento, mas a moeda de 16 nações vai passar (esse desafio), disse a chanceler alemã Angela Merkel, em entrevista na quinta-feira. O euro, introduzido em 1999, sofreu, nas últimas semanas, com preocupações sobre a capacidade da Grécia, em particular, mas também de países como Espanha e Portugal, em conterem os seus grandes déficits orçamentários. “O euro está agora, pela primeira vez desde a sua introdução, em uma situação difícil, mas vai passar, disse Merkel ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung. Ela disse que a moeda foi posta à prova durante a crise financeira, e a União Europeia foi poupada de uma turbulência mais profunda, mas observou que a crise levou a um aumento da dívida pública. “Agora, de certa forma, existe a especulação contra países em que este desenvolvimento está ligado a uma posição inicial desfavorável e problemas estruturais não resolvidos“, disse Merkel, segundo o jornal. “Isso é perigoso”. As tentativas de resolver a questão devem mencionar “a sustentabilidade dos orçamentos dos países relacionados“, acrescentou. Sou da opinião que a verdadeira confiança na construção na zona do euro nos mercados financeiros só terá êxito se na Grécia e em outros países em que o déficit também é muito alto, o problema for tratado em sua raiz”.

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O perigo da dívida japonesa

Os lembretes periódicos da gravidade da situação da dívida do Japão tendem a ser esnobados por parte do governo e do mercado de títulos do governo japonês (TGJ). Segundo o Ministério das Finanças, apenas 5,8% dos TGJ em questão são mantidos fora do Japão, e a maior parte das posições está em fortes e institucionais mãos domésticas dispostas e capazes de absorver os elevados níveis de dívida envolvida. Reembolsos. O nível geral dos juros pagos pelo governo sobre sua dívida se manteve mais ou menos constante em 1,4% nos últimos cinco anos – um quarto do nível prevalecente no momento em que a bolha econômica do Japão entrou em colapso em 1991, apesar da quadruplicação do montante nominal da dívida pública desde então.

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Banco Central do Brasil eleva compulsório

Os bancos brasileiros terão de depositar um adicional de R$ 71 bilhões (US$ 39 bilhões) no Banco Central, após as autoridades desenrolarem medidas anti-crise. A ação pode aumentar os custos dos empréstimos para empresas e consumidores. O dinheiro que os emprestadores devem manter em reserva no Banco Central aumentará para quase o mesmo nível de antes da crise de crédito global empurrasse o Brasil para a recessão no último trimestre de 2008. As novas regras passam a valer em 22 de março, comunicou o banco central ontem à tarde. Os bancos terão menos dinheiro em caixa para emprestar após as medidas entrarem em vigor, o que pode retardar a expansão do crédito e aumentar as taxas para os mutuários, disse Roberto Padovani, estrategista sênior do WestLB do Brasil em São Paulo, em entrevista por telefone.

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Fidel Castro tem encontro ‘emocionante’ com Lula

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O ex-líder cubano Fidel Castro hospedou um “emocionante” encontro com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, reafirmando a estreita relação entre os países, informou a imprensa cubana. Lula está em sua última viagem oficial à ilha, antes de seu mandato como presidente expirar (no final de 2010). Ele disse a repórteres que Fidel, que governou Cuba por 49 anos antes que os problemas de saúde o obrigar a entregar o poder a seu irmão Raúl, parecia “excepcionalmente bom”. Fotografias mostram os dois amigos de longa data conversando e sorrindo ao se sentar em torno de uma mesa no quintal de uma casa de dois andares. A viagem, que é a terceira de Lula a Cuba em dois anos, destinava-se a sinalizar a importância da ilha ao seu sucessor, que assumirá o poder após as eleições em outubro, disse um diplomata brasileiro. Sob Lula, um ex-líder sindical, o Brasil tem fornecido dinheiro e músculos corporativos para Cuba num momento em que a economia cubana sofreu com a recessão global. A estatal brasileira Petrobras está estudando a possibilidade de prospecção de petróleo fora das costas de Cuba, enquanto que a construtora Odebrecht está conduzindo uma enorme reformulação do porto de Mariel, a oeste de Havana, no principal porto comercial da ilha. A Visita de Lula foi ofuscada pela morte do prisioneiro político cubano Orlando Zapata Tamayo na terça-feira, após uma greve de fome de 85 dias. Durante a visita ao projeto de Mariel ontem, Raúl expressou pesar pela morte de Zapata, na prisão desde 2003 e cumprindo uma sentença de 36 anos, mas culpou as “relações com os Estados Unidos”. Ele disse que Zapata não foi assassinado ou torturado.

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Luis Nassif

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