Painel internacional

EUA identifica vastas riquezas minerais no Afeganistão

Os Estados Unidos descobriram cerca de US$ 1 trilhão em jazidas minerais inexploradas no Afeganistão, muito além de qualquer reserva previamente conhecida e suficiente para alterar radicalmente a economia afegã e, talvez, a guerra em si, de acordo com altos funcionários do governo norte-americano. Os depósitos previamente desconhecidos – incluindo veios enormes de ferro, cobre, cobalto, ouro e metais industriais críticos, como o lítio – são tão grandes e incluem tantos minerais que são essenciais para a indústria moderna que o Afeganistão poderia eventualmente ser transformado em um dos mais importantes centros de mineração do mundo, acreditam as autoridades dos Estados Unidos.

Um memorando interno do Pentágono, por exemplo, afirma que o Afeganistão pode se tornar a “Arábia Saudita do lítio”, uma matéria-prima essencial na fabricação de baterias para laptops e BlackBerrys. A grande escala de riqueza mineral do Afeganistão foi descoberta por uma pequena equipe de funcionários do Pentágono e geólogos norte-americanos.

O governo afegão e o presidente Hamid Karzai foram recentemente informados, disseram as autoridades norte-americanas. Enquanto pode levar muitos anos para desenvolver uma indústria de mineração, o potencial é tão grande que os funcionários e executivos da indústria acreditam que poderiam atrair investimentos pesados antes mesmo de as minas serem rentáveis, oferecendo a possibilidade de trabalhos que podem afastar gerações de guerra. “Há um potencial impressionante aqui”, disse o general David H. Petraeus.

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BP pode perder licenças nos EUA como punição por vazamento
Escritório de orçamento do Reino Unido corta previsão de crescimento
Taxa de inflação da Índia tem maior alta em dois anos
Separatistas belgas obtém grande vitória em eleição

BP pode perder licenças nos EUA como punição por vazamento 

A British Petroleum (BP) pode perder o controle de seus poços de petróleo e gás natural nos EUA e ser impedida de fazer negócios com o governo federal, como castigo para o pior vazamento de petróleo na história dos EUA, disseram analistas de indústria e regulamentação. O presidente Barack Obama e os legisladores estão debatendo sanções que alijariam a capacidade de a empresa fazer negócios nos EUA, enquanto a indignação pública aumenta. Além da culpabilidade da BP no derramamento do Golfo do México, uma explosão em 2005 na refinaria da BP em Texas City matou 15 trabalhadores e um vazamento de tubulação em 2006 que despejou 200 mil litros de petróleo em Prudhoe Bay, Alaska, vão aparecer no debate, disse Michael Wara, professor adjunto de direito ambiental da Universidade de Stanford em Palo Alto, Califórnia. “O governo pesa se há existência de um padrão e prática”, disse Wara. “Eles vão analisar se a BP gerencia esses sistemas incrivelmente complicados, onde os acidentes podem e às vezes acontecem, ou se a empresa tem uma cultura que desfavorece a segurança e o cumprimento da legislação ambiental.” Os EUA podem revogar o estatuto da BP como operadora de poços de produção no Golfo do México como o Thunder Horse, ou contratos de arrendamento em Prudhoe Bay, disse David Pursell, diretor-gerente da Tudor Pickering Holt & Co., um banco de investimentos de Houston. Separadamente, o Congresso está considerando medidas para barrar a BP em contratos com o Departamento de Defesa e a Agência de Proteção Ambiental.
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Escritório de orçamento do Reino Unido corta previsão de crescimento

O novo conselho fiscal do Reino Unido revisou para baixo na segunda-feira as previsões de crescimento para os próximos anos, em um movimento que provavelmente exigirá do recente governo a aceleração do ritmo da consolidação fiscal. O Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR, na sigla em inglês) também elevou a estimativa do déficit estrutural que o Reino Unido enfrenta – o intervalo orçamentário restante após o retorno da economia à taxa de crescimento – em outra jogada provável para direcionar mais rapidamente os esforços de redução da dívida. No entanto, o OBR baixou as expectativas de empréstimos do governo ao longo do período de previsão. O OBR manteve a previsão de crescimento de 1,3% para 2010, mas revisou para baixo as estimativas de crescimento para 2011 a 2014. A previsão de crescimento do OBR é de 2,6% para 2011, 2,8% para 2012 e 2013 e 2,6% para 2014. O novo governo do primeiro-ministro David Cameron marcou o OBR como peça central da reforma fiscal, como parte dos esforços para salvaguardar o rating triplo A do Reino Unido e aparar um déficit orçamentário gigantesco de 156 bilhões de libras (US$ 226,63 bilhões). As previsões econômicas serão utilizadas como base para o orçamento de emergência em 22 de junho próximo.
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Taxa de inflação da Índia tem maior alta em dois anos

A inflação indiana cresceu na maior alta em dois anos, aumentando a possibilidade de subida na taxa de juros. O índice de preços ao atacado subiu para 10,16% em maio, a maior alta desde 2008. O aumento dos custos dos alimentos e dos combustíveis levou a taxa para bem acima das previsões, que estavam perto de 9%. O governo diz que os preços vão cair em breve. O aumento da taxa de inflação vem depois que a Índia registrou em abril o mais rápido crescimento na produção em pelo menos 15 anos. Diferentemente da maioria dos países, a Índia calcula a inflação no preço de atacado de uma cesta de 435 produtos básicos, o que significa que os preços reais pagos pelo consumidor são muito maiores.
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Separatistas belgas obtém grande vitória em eleição

A Bélgica vai se separar? Um partido que gostaria de considerar (essa possibilidade) já marcou um grande placar nas urnas no domingo, colocando nova ênfase nas longas e fervilhantes tensões entre as populações de língua holandesa e francesa do país. A Nova Aliança Flamenga (N-VA), partido que solicitou independência para a região de Flandres, de língua holandesa, tornou-se o maior partido no Parlamento. Com 27 assentos, o partido deterá cerca de um quinto do poder no organismo legislativo de 150 membros. Em Flandres, o partido obteve mais de 30% dos votos, batendo os democratas cristãos conservadores. Enquanto isso, o partido separatista Vlaams Belang, de extrema-direita, teve 12,5% dos votos flamengos. “Ganhamos as eleições hoje”, declarou Bart De Wever, presidente do partido N-VA. “Somos o maior partido de Flandres.” Ele não fez, no entanto, declarações de que seu partido buscará formar um governo ou se tentará se tornar primeiro-ministro. “Nós queremos avançar nas reformas necessárias o mais rapidamente possível, e temos de criar ordem em nossas finanças.” Os perdedores nas eleições foram os liberais e os conservadores. Os democratas-cristãos (CDV, na sigla em inglês), conduziram o país no governo mais recente, com Yves Leterme como primeiro-ministro, mas o partido só obteve 17,5% dos votos flamengos. A presidente do partido, Marianne Thyssen, que havia sido considerada uma favorita, admitiu a derrota no domingo. Na Valônia francófona os socialistas venceram, marcando 30% dos votos, com os liberais à sua direita. O chefe do Partido Socialista na Valônia, Elio Di Rupo, surge agora como um possível candidato ao cargo de primeiro-ministro – de fato, De Wever, disse que poderia aceitar Di Rupo, filho de imigrantes italianos, se chegar a um acordo para formar um governo. Politicamente, porém, pouco une os socialistas e o N-VA, e achar entendimento provavelmente será extremamente difícil.
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Luis Nassif

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