Mercados aguardam Bernanke para orientação
Neil Irwin
Com o mercado imobiliário se retraindo, desemprego prolongado e altos funcionários do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) em desacordo aberto sobre o que fazer, o seu presidente, Ben S. Bernanke, está sob crescente pressão para oferecer soluções no discurso de sexta-feira, que provavelmente será o seu mais importante desde a fim da crise financeira.
Os propósitos da política do banco central têm sido extraordinariamente confusos nos últimos dois meses, segundo uma opinião generalizada entre economistas e pessoas do mundo financeiro. Eles disseram que não está claro quão provável o Fed fará de grandes novos esforços para tentar apoiar a economia, que condições econômicas tais ações provocariam e de que forma seriam executadas.
Enquanto isso, cresce a evidência de que a recuperação econômica está se descolando. Na quarta-feira, o Departamento de Comércio informou que as vendas de novas residências em julho bateu no ponto mais baixo de todos os tempos. Os pedidos de bens duráveis, uma espécie de grande despesa que vinha alimentando o crescimento econômico, aumentou uma fração do que os especialistas previam.
Com estatísticas aguardadas na sexta-feira que se esperam mostrar que a economia cresceu muito menos do que o previsto no segundo trimestre do ano, os observadores do Fed estão esperando que os comentários posteriores de Bernanke nesse dia, em Jackson Hole, Wyoming, instile confiança de que ele tem um plano e possa agir decisivamente se a economia continuar a se deteriorar. Eles advertem que os recentes sinais contraditórios de pessoas próximas ao Fed possam até mesmo contribuir para a fraqueza econômica, assustando os mercados financeiros.
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Bolha de títulos, ruína do dólar – John Reese
África do Sul quer se unir ao BRIC
Apple e Google se preparam para guerra de anúncios em celulares
Petrobras vai a Dakota do Sul para produzir etanol – Christopher Helman
Bolha Bolha de títulos, ruína do dólar
Do Blog da Forbes
John Reese
A formação da bolha de títulos
O autor e professor da Universidade de Wharton, Jeremy Siegel, disse que uma bolha está se formando no mercado de títulos, e que aqueles que continuam a correr em direção a essas obrigações estão cometendo o mesmo tipo de erro que os investidores fizeram durante a bolha de tecnologia da década de 1990. Siegel disse à CNBC que os investidores estão demonstrando uma “tremenda aversão ao risco” da ordem que mostraram na semana seguinte ao colapso do Lehman Brothers, mesmo que as coisas não estejam tão ruins como eram naquela época. Siegel também foi recentemente co-autor com Jeremy Schwartz do artigo “A Grande Bolha Norte-americana de Títulos” no Wall Street Journal.
O Colapso do dólar
Em seu comentário mais recente de mercado, o mega-gestor de fundos John Hussman continua a expressar uma visão pessimista, e diz que quanto mais afrouxamento quantitativo (injeção de dinheiro na economia via recompra de títulos) do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), mais suscetível será de provocar um “colapso abrupto no valor cambial do dólar dos EUA”.
Hussman oferece algo parecido com uma cartilha de taxas de câmbio, e conclui dizendo o seguinte: “a política de afrouxamento quantitativo provavelmente forçará um grande ajuste no dólar norte-americando, porque o Fed está escolhendo colocar uma mão mais pesada no mercado de títulos do Tesouro do que o que resultaria das condições econômicas solitárias”, diz. “A mudança resultante das taxas de juro e as perspectivas de inflação em longo prazo combinam para reduzir drasticamente a atratividade do dólar. Uma desvalorização significativa e relativamente abrupta em seguida é necessária, em uma quantidade suficiente para criar expectativas de valorização do dólar em algum momento.”
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África do Sul quer se unir ao BRIC
A África do Sul quer estar entre os líderes do mundo em desenvolvimento juntamente com Brasil, Rússia, Índia e China, disse seu presidente, incitando sua entrada na agremiação que vem crescendo em influência global. O presidente Jacob Zuma disse aos jornalistas na quarta-feira, durante uma visita de Estado à China, que a África do Sul discutiu seu interesse em aderir ao grupo informal dos quatro grandes países em desenvolvimento, conhecido como BRIC, com cada membro do governo.
As quatro nações trabalham para impulsionar o comércio entre si e pediram que os países em desenvolvimento tenham um papel maior nas grandes decisões financeiras globais, principalmente dentro de instituições como o Fundo Monetário Internacional. Alguns analistas prevêem que o conjunto das economias do Brasil, Rússia, Índia e China, será maior que o Grupo dos Sete países desenvolvidos, que inclui os EUA, dentro de 25 anos se não mais cedo, tornando-os a força dominante global em tudo, desde o comércio até as finanças.
Zuma já visitou o Brasil, Rússia e Índia para fazer lobby por um papel no grupo, o que poderia ajudar a aumentar a influência política e econômica da África do Sul. “Acreditamos que eles vão tomar uma decisão favorável (a nós)”, disse Zuma. “Pensamos que o BRIC expressa um agrupamento muito importante no mundo em mudança de hoje.” Zuma disse que atualmente não há nenhum membro africano no grupo informal. A participação da África do Sul “no BRIC significa que todo um continente, que tem uma população de mais de 1 bilhão de pessoas, seja representada”, disse.
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Apple e Google se preparam para guerra de anúncios em celulares
O mercado de publicidade em telefonia móvel é insignificante. Mas não digam ao Google e à Apple. Os anunciantes estão a caminho de gastar apenas US$ 1 bilhão em publicidade móvel neste ano, comparado com os US$ 45 bilhões de todos os anúncios online, de acordo com Sandeep Aggarwal, analista da consultoria Caris & Co. Assim, pode surpreender algumas pessoas que o Google e a Apple estejam fazendo uma aposta importante em propaganda móvel. Em janeiro, a Apple comprou a agência de publicidade móvel Quattro Wireless por US$ 275 milhões. Em maio, o Google completou a aquisição da rival da Quattro, AdMob, por US$ 750 milhões.
No Mobile World Congress de Barcelona, em fevereiro, o presidente executivo do Google, Eric Schmidt, anunciou que a nova regra da empresa é o “celular em primeiro”, com o objetivo de garantir que cada novo produto do Google considere a experiência móvel em primeiro e mais importante lugar. O executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, usou um pedaço considerável de sua apresentação do iPhone 4, em junho, discutindo a nova plataforma de anúncios da companhia, o iAd. Mas apesar do hype desses dois gigantes da tecnologia, a telefonia móvel ainda tem que conquistar a atenção dos anunciantes por uma série de razões.
Mesmo os mais vibrantes smartphones têm navegadores e velocidade mais lentos do que os PCs (computadores pessoais), fazendo com que alguns anúncios chamativos sejam difíceis de carregar em um telefone. As pequenas telas também tornam muitos anúncios complicados de detectar. E as pessoas passam menos tempo navegando em um telefone que em um PC. Ainda assim, há sinais de que o Google e a Apple não estão totalmente malucos em suas apostas em anúncios para celular.
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Petrobras vai a Dakota do Sul para produzir etanol
Do Blog da Forbes
Christopher Helman
A gigante petrolífera brasileira Petrobras anunciou ontem que está investindo US$ 11 milhões no projeto inicial do produtor de etanol celulósico KL Energy. Em dezembro passado, escrevi uma história sobre a Rapid City, empresa que desenvolveu um método para produzir etanol de lascas de madeira. Esta é uma forma mais inteligente de produzir etanol do que usando milho altamente subsidiado, especialmente nas zonas arborizadas do país, com milhões de acres de árvores mortas pela praga em curso de besouros do pinheiro.
O acordo com a Petrobras irá financiar a expansão da fábrica experimental da KL em Upton, Wyoming, e ajuda as empresas na exploração, caso o processamento de árvores da KL também funcione para o bagaço de cana – os talos e outras partes que sobram após a cana ser colhida. A outra parte do plano é integrar a tecnologia da KL em uma usina sucroalcooleira a ser construída pela Petrobras no Brasil.
A Petrobras tem grandes esperanças, contando que a tecnologia da KL possa aumentar a produção de etanol em 40% a partir dos campos de cana existentes. Se funcionar, este seria um grande negócio não apenas para a Petrobras, que fabrica 240 milhões de litros de etanol por ano, mas para o Brasil – que produz um total de 6,75 bilhões de litros. Muitos carros funcionam com qualquer mistura de etanol, de E20 (20% de etanol e 80% combustível) a E100 (100% de etanol) – em comparação, os EUA utilizam cerca de 11,5 bilhões de litros por ano.
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