Preço da gasolina puxa IPCA-15 em fevereiro, segundo IBGE

Prévia da inflação oficial atinge 0,48%, maior resultado para o mês desde 2017; variação em 12 meses chega a 4,57%

Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) chegou a 0,48% no mês de fevereiro depois de atingir 0,78% em janeiro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado para a prévia da inflação oficial atingiu seu maior resultado para o mês de fevereiro desde 2017, quando chegou a 0,54%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,57%, acima dos 4,30% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Os transportes aceleraram em relação ao resultado de janeiro, passando de 0,14% para 1,11%, sendo assim o grupo com maior impacto (0,22 pontos percentuais) por conta da alta dos preços dos combustíveis (3,34%).

Segundo o IBGE, o maior impacto individual no índice do mês (0,17 p.p.) veio da gasolina, cujos preços subiram pelo oitavo mês consecutivo (3,52%). Também houve altas nos preços do óleo diesel (2,89%), do etanol (2,36%) e do gás veicular (0,61%).

A maior variação veio de Educação (2,39%), que contribuiu com o segundo maior impacto – 0,15 ponto percentual no resultado do mês, por conta dos reajustes anuais aplicados no início do ano letivo e a retirada de descontos praticados por algumas instituições de ensino ao longo de 2020, no contexto da pandemia de Covid-19.

A pressão negativa veio da Habitação (-0,74%), que reverteu o avanço de 1,44% visto em janeiro, devido à redução nas tarifas de energia elétrica (-4,24%) por conta da mudança das bandeiras tarifárias de vermelha patamar 2 ,em dezembro, para amarela, em janeiro e fevereiro, considerando os períodos de referência e base do IPCA-15.

Outro impacto negativo vem do grupo Alimentação e bebidas, que passou de 1,53% em janeiro para 0,56% em fevereiro, com impacto de 0,12 ponto percentual, graças à redução dos preços de alimentos como a batata-inglesa (-5,44%), leite longa vida (-1,79%), óleo de soja (-1,73%) e arroz (-0,96%). 

Na análise regional, todas as regiões à exceção de Goiânia (-0,03%) apresentaram variação positiva em fevereiro. O maior índice foi observado na região metropolitana de Fortaleza (0,95%).

Redação

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