Presidente do BC mantém discurso e diz que política cambial não muda

Presidente do BC não recua e mantém política cambial até dezembro
Jornal GGN – Mantendo o discurso da semana passada, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que a política cambial adotada para conter a volatilidade do dólar em meses anteriores será mantida.
 
Segundo ele, o cenário externo continua instável, pendendo para o aumento da volatilidade da moeda norte-americana e, por precaução, o BC continuará com seu programa de oferta de dólares ao mercado até o fim de 2013. O caixa para estas operações de leilões de swap, criados em meio à alta do dólar em agosto, está em torno de US$ 60 bilhões.
 
O discurso de Tombini diverge das ideias do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que na quarta-feira passada, afirmou que a política cambial adotada pelo Brasil no momento de urgência seria cessado e que o dinheiro seria “poupado”.
 
O pronunciamento de Mantega aconteceu na sequência do anúncio do Federal Reserve norte-americano, que recuou e manteve os estímulos de US$ 85 bilhões na economia, frente à instabilidade dos números da economia local e para acalmar investidores em todo o mundo.
 
Além disso, Tombini afirmou que a percepção de muitos agentes econômicos ainda está mais pessimista do que a realidade dos números, uma vez que os investimentos estão se expandindo, a taxa de desemprego está historicamente baixa e há geração de novos postos de trabalho. Ele citou também o crescimento do crédito, com redução da inadimplência e do comprometimento da renda das famílias. “A indústria apresenta retomada gradual. O setor de serviços continua a se expandir, mas em ritmo menos intenso de que em anos anteriores. O setor agrícola continua a apresentar safras recordes”, acrescentou.
 
O presidente do BC reforçou que a economia brasileira tem apresentado retomada gradual. Ele disse também que o BC atuará no combate à inflação como forma de ajudar a melhorar a confiança do setor produtivo e das famílias.
 
Segundo Tombini, a inflação ainda está “em patamares desconfortáveis”, mas já retomou trajetória de declínio. Segundo ele, a recente alta do dólar leva a aumento da pressão inflacionário no curto prazo. Por isso, o BC terá que conduzir a política monetária para evitar que haja transmissão da alta do dólar para a inflação. Tombini enfatizou ainda que o objetivo do BC é fazer com que a inflação convirja para o centro da meta, 4,5%. “Não existe outro objetivo para o Banco Central”, disse.
 
 
 
Com informações da Agência Brasil
Redação

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