Projeção para IPCA ao fim do ano chega a 10,38%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A projeção das instituições financeiras para a taxa oficial de inflação ao fim de 2015 subiu pela 11ª semana consecutiva: segundo os dados do relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central, os números para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegaram a 10,38%, ante os 10,33% vistos na semana passada.

Para 2016, a estimativa para o IPCA segue em 6,64%. No boletim publicado na segunda-feira passada (23), a projeção ultrapassou o limite da meta, de 6,5%, pela primeira vez. O centro da meta de inflação é 4,5%. Por conta das indefinições e alterações na política fiscal do governo, o BC espera que a inflação fique na meta somente em 2017.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que avançou pela décima terceira semana e passou de 10,90% para 10,91%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 10,38% para 10,77% ao fim deste ano, em seu décimo terceiro ajuste. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) permanece em 10,32%, este ano.

A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim deste ano passou de 3,15% para 3,19%, no segundo ajuste consecutivo. A variação para 2016 caiu pela oitava semana consecutiva, de -2,01% para -2,04%.

Segundo a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), as indefinições e mudanças ocorridas na meta fiscal alteram as perspectivas para a variação da inflação e criam uma percepção desfavorável quanto ao ambiente econômico.  Antes de adiar o objetivo de levar a inflação ao centro da meta, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Na reunião de setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano. Para 2016, os números subiram pela segunda semana consecutiva, de 13,75% para 14,13% (a média também subiu pela segunda semana, de 14,16% para 14,25%).

Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 7,5%, este ano, e de 2,3% em 2016. Os números para a balança comercial subiu de US$ 14,95 bilhões para US$ 15 bilhões, e a variação para 2016 passou de US$ 31,78 bilhões para US$ 31,68 bilhões.

A projeção para o dólar permanece em R$ 3,95, ao final deste ano (média estável em R$ 3,39 pela segunda semana), e a variação para 2016 seguiu em R$ 4,20 pela quinta semana consecutiva (média subiu pela segunda semana, de R$ 4,09 para R$ 4,11%). O volume de investimento direto no país estimado para 2015 foi mantido em US$ 62,802 bilhões pela segunda semana, e os dados para 2016 foram de US$ 59 bilhões para US$ 58 bilhões.

Os números para o déficit em conta corrente passaram de -US$ 64,35 bilhões para -US$ 64,70 bilhões, enquanto a variação para 2016 foi de -US$ 39,10 bilhões para -US$ 39,68 bilhões. Os dados para a dívida líquida do setor público foram mantidos em 35,50% do PIB pela segunda semana, e os dados para o próximo ano seguiram em US$ 40 bilhões. A estimativa para a alta dos preços administrados passou de 17,43% para 17,50%, este ano, e 7% para 7,08%, em 2016.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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