Projeto da Disney no Rio de Janeiro

Não deixa de ser uma história interessante, ainda mais pensando que parques da série existem também na França, no Japão, em Hong Kong e em breve na China continental. Uma Disneylândia também tem de ser pensada pelo tanto de empregos que gera como pela força impulsionadora que agrega (o exemplo da cidade de Orlando, na Flórida, é clássico do impacto gerado pela construção de Walt Disney World).

Na Cidade Maravilhosa em si, o impacto da hipotética implantação seria menor, uma vez que já conta com uma série de outros atrativos, ainda que se esteja pensando no que pode reservar o pós-2016. Porém, em Itaboraí haveria um impacto talvez tão grande quanto aquele que houve em Orlando, guardando aqui as devidas proporções e contextos (aliás, há a curiosidade de o número de habitantes de Itaboraí e Orlando ser inclusive razoavelmente parecido).

Quem ler a notícia também verá que, a exemplo da Disneylândia de Tóquio, seria um empreendimento praticamente de franquia, em que a Disney entraria mais com o nome e suas exigências de padrões, enquanto investidores locais é que seriam os responsáveis pela implementação, o que significaria na prática ser investimento local licenciando marca estrangeira conhecida.

Vale lembrar que a coisa toda tem possibilidades de transcender o simples parque de diversões e pode entrar também em outros tipos de implementos, tal qual ocorre com outros lugares em que há parques da Disney, uma vez que a coisa passa a ganhar visibilidade mundial, quer queira ou não. As Disneys francesa, japonesa e de Hong Kong obviamente não são tão badaladas quanto as originais de Anheim (Califórnia) e Orlando, mas são importantes pontos turísticos inclusive em cunho mundial (a matéria lembra que a Disney de Tóquio é o oitavo ponto turístico mais visitado do mundo).

Pensando no contexto do quão concentrada ainda é a população brasileira (e aqui falando da diferença de tamanho que há entre nossas metrópoles e a média das outras cidades), é também do tipo de implemento com potencial de incentivar a desconcentração demográfica por causa de seu poder de atração de gente. Quem já esteve em algumas cidades brasileiras fora do eixo Rio-São Paulo já notou que está havendo um significativo afluxo de gente inclusive de cantos bem mais distantes de onde estão sendo implantados grandes empreendimentos. De minha parte, como falei aqui em outras ocasiões, em minha viagem a Pernambuco no ano passado, houve vez em que eu estava em uma roda de gente na praia de Boa Viagem com gente que morava no Recife e o que menos havia na tal roda era pernambucano. O motivo? Suape e pode acreditar que com as outras etapas do polo em questão (como, por exemplo, a fábrica da Fiat e mais implementos navais), cenas como essa ficarão ainda mais comuns.

Mais sobre a possibilidade de uma Disney em que o Zé Carioca teria de obrigatoriamente estar mencionado e com um belo destaque pode ser ser lido abaixo:

Do iG

Projeto da Disney no Rio ganha força com Copa e Olimpíada

Parque, que custaria mais de R$ 1,5 bi, poderia ser financiado por investidores e manteria fluxo de turistas depois dos eventos

Claudia Facchini

Disney e Universal estão abrindo parques na Ásia e Oriente Médio

O projeto de trazer a Disney para o Rio de Janeiro vem ganhando mais e mais defensores. A inauguração de um parque de diversões da grife americana é considerada por especialistas uma das melhores alternativas para aproveitar, no futuro, os investimentos que estão sendo feitos em infraestrutura na cidade para a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016.

Em um artigo publicado no livro “Rio – A Hora da Virada”, que acaba de chegar às livrarias , o economista e diretor do BNDES, Fábio Giambiagi, e o engenheiro Lucas Ferraz, criador do site Clube Brasileiro de Montanhas-Russas, mostram que a Rio-Disney é um sonho viável e que o projeto poderia ser uma “peça-chave na manutenção do turismo gerado pelos eventos esportivos nos próximos anos. “

“O Rio precisa começar desde já a se planejar para o pós-2016”, afirmam os autores. Na América Latina, o Rio de Janeiro é a cidade mais mais conhecida, assim como são as marcas Nova York, Tóquio, Paris ou Barcelona.

A Disney vem se expandindo internacionalmente desde os anos 80 e é provável que comece a incluir a América Latina em seus projetos. “Sabe-se que os parques de Orlando estão buscando novos horizontes, em novas terras”, afirmam os autores.

A Disney já possui cinco parques fora dos EUA, dois na França, dois no Japão, um em Hong Kong, e está construindo mais um na China, em Xangai.


Parque da Disney em Hong Kong

Outros grupos americanos de parques de diversão também estão buscando negócios no exterior. A Universal Studios já abriu parques no Japão (2001) Cingapura e Dubai (2010) e está construindo um complexo na Coreia do Sul, que está orçado em US$ 2,7 bilhões e deve ser inaugurado em 2014. O Sea World está prospectando projetos na China e Sudeste Asiático.

Viabilidade econômica

O investimento para construção de uma Disney no Rio, porém, seria de bilhões de reais. De acordo com estudo feito pelos autores, estima-se que os parques de Paris e Hong Kong tenham custado entre US$ 1 bilhão (R$ 1,5 bilhão) e US$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões), sem considerar toda a infraestrutura em torno dos empreendimentos, como hotéis, lojas, centros de convenções e campos de golfe.

Mas, via de regra, não é a Disney quem entra com os recursos para bancar a construção dos projetos. A multinacional, por exemplo, não desembolsou um único centavo para construir a Disney de Tóquio, inaugurada em 1983. O projeto custou US$ 750 milhões e os recursos vieram da Mitsui Estate Development e Keisei Electric Ry. Co.

A Walt Disney Company receberá 10% de royalties sobre os ingressos e 5% sobre as vendas do parque japonês até 2024, o que lhe garante uma a entrada de US$ 25 milhões em seus cofres por ano.

Locais para a Disney-Rio

Ferraz e Giambiagi destacam três locais onde a Disney-Rio poderia ser construída, tomando por base o tamanho dos parques no exterior.

Um dos locais possíveis seria uma área na Barra da Tijuca, próxima à avenida Ayrton Senna, que seria de fácil acesso para vem da Zona Norte quanto da Zona Sul. O terreno comporta um resort do tamanho do complexo da Universal Studios de Orlando.

Outro local seria Guaratiba, após a descida da serra, que comportaria um resort do tamanho da Universal Studios do Japão. O local é próximo à Av. Brasil.

O terceiro local proposto pelos autores ficaria no município de Itaboraí, a cerca de 40 Km do centro do Rio, no encontro das rodovias BR-101 e RJ-116.

Locais mais visitados no mundo

Marca Rio é conhecida e teria poder atração para Disney

O poder de atração dos parques de diversão da Disney é inquestionável. Em uma lista dos 10 lugares mais visitados do mundo, elaborada pela Forbes Travel, o Magic Kingdon da Disney, em Orlando, figura em terceiro lugar. S[o fica atrás da Time Square, em Nova York, e do National Mall & Memorial Parks, em Washington.

A Trafalgar Square, em Londres, aparece em quarto no ranking e, abaixo dela, está a Disneyland Park, na Califórnia , à frente das Niagara Falls, no Canadá.

Outra Disney ainda aparece na lista dos 10 lugares mais visitados: o parque de Tóquio, que está em oitavo lugar.

Luis Nassif

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