Jornal GGN – A indústria brasileira apresentou um recuo de 7,8% no mês de outubro em relação ao comparado com 2020, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Já é o terceiro resultado negativo neste indicador e o mais intenso dessa sequência”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo.
A comparação com os dados de 2020 aponta resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 60,7% dos 805 produtos pesquisados.
Macedo listou ainda alguns pontos que contribuíram com esse resultado, como o arrefecimento da produção da indústria ao longo de 2021; o efeito-calendário negativo, uma vez que outubro desse ano teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior; e uma base de comparação mais elevada.
No indicador acumulado do ano, observa-se crescimento de 5,7%, mas vale destacar a perda de intensidade nos últimos meses, por conta da redução observada no ritmo de produção – até setembro, essa expansão era de 7,6% e em maio estava em 13,2%.
Na análise das atividades, as principais influências positivas vieram de produtos alimentícios (-17,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-14,5%).
Outras contribuições negativas vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-23,4%), indústrias extrativas (-4,7%), produtos de metal (-12,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,7%), bebidas (-9,2%), couro, artigos para viagem e calçados (-19,0%), produtos de borracha e de material plástico (-9,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-16,0%), produtos têxteis (-18,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,6%), móveis (-23,2%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-22,8%) e de produtos de minerais não-metálicos (-4,7%).
Por outro lado, ainda frente a outubro de 2020, entre as sete atividades em alta, outros produtos químicos (4,2%) e máquinas e equipamentos (4,1%) exerceram as maiores influências sobre a indústria. Outros impactos positivos importantes foram os de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%) e de metalurgia (2,9%).
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