Senado confirma Gabriel Galípolo como o novo presidente do Banco Central

Indicado por Lula, economista recebeu 66 votos favoráveis e seis contrários à presidência da autarquia; ele assume o posto em 2025

Crédito: Edilson Rodrigues/ Agência Senado

O Senado aprovou, nesta terça-feira (8), a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central. O economista foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vai responder pela autarquia entre 1° de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2028.

Galípolo recebeu 66 votos favoráveis e cinco contrários, em votação secreta – o melhor resultado no Congresso nos últimos 22 anos.

O economista substituirá Roberto Campos Neto, que ao longo dos dois últimos anos foi criticado pelo governo Lula e economistas renomados sobre a condução da Selic. 

Atualmente, Galípolo é diretor de Política Monetária do Banco Central. Ele também foi o braço direito de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda no início do governo Lula.   

Na TV GGN, Galípolo integrou os depoente da série Nova Indústria, participou ativamente dos debates e análises econômicas junto a Luis Nassif. Relembre uma das entrevistas, junto ao economista André Lara Resende, que foi ao ar em junho de 2021:

Sabatina

Mais cedo, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central por unanimidade, após sabatina na qual o novo presidente respondeu as perguntas de forma equilibrada, na avaliação de Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE. Ser economista também favoreceu o candidato, pois representa a tranquilidade de que a instituição será bem conduzida.

Uma das perguntas que Galípolo teve de responder foi sobre o reajuste da taxa Selic para conter a inflação.

“Não se controla mais inflação, em política monetária, pela quantidade de moeda que foi impressa pelo governo, mas sim pela taxa de juros, que tem o papel de desempenhar justamente essa função. Ela fornece uma remuneração sem riscos, ou seja, sem risco de crédito, para que os bancos reduzam o quanto eles vão jogar de liquidez no sistema e, assim, você reduz a facilidade que você teria para consumir, tomar crédito ou mesmo investir numa intenção de controlar o ímpeto do crescimento econômico ao observar o equilíbrio harmonioso entre oferta e demanda”, afirmou o economista. 

Ao senador Marcos Pontes (PL-SP), Galípolo teve de explicar ainda que a “taxa básica de juros é uma das principais formas que o Banco Central usa para retirar ou colocar mais moeda na economia e, assim, controlar a inflação”.

Sobre a autonomia do Banco Central, o provável novo presidente teve de garantir a Jorge Seif (PL-SC) que nunca sentiu qualquer pressão por parte do governo, além de reafirmar o compromisso de seguir o mandato legal e institucional da autarquia. Galípolo ressaltou ainda que suas decisões serão técnicas, baseadas no interesse da população.

LEIA TAMBÉM:

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador