Setor de serviços começa 2022 em queda, segundo IBGE

Indicador interrompe dois meses de alta e fica em -0,1% no mês de janeiro; setor segue 5,2% abaixo do pico da série, de novembro de 2014

Photo by Petr Macháček on Unsplash

O setor de serviços interrompeu o recente ciclo de alta e começou 2022 em queda ao fechar janeiro em -0,1%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, o segmento ficou 7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, mas se encontra 5,2% abaixo do pico da série, registrado em novembro de 2014.

Três das cinco atividades pesquisadas perderam força no mês, com destaque para serviços de informação e comunicação (-4,7%). Nessa atividade, o segmento de tecnologia da informação caiu 8,9%, e o de telecomunicações, -1,1%.

“O segmento de tecnologia da informação contribuiu decisivamente para o resultado de -0,1% do setor de serviços. É o segmento que mais se destaca desde janeiro de 2011, com aumento do ritmo de crescimento a partir de maio de 2020, alcançando em dezembro de 2021 o ponto mais alto da série”, diz Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

Ainda dentro do setor de serviços de informação e comunicação, o segmento de telecomunicações não só se encontra abaixo do nível de fevereiro de 2020 (-5,6%) como também atingiu o piso de sua série – ou seja, está 18,1% abaixo de outubro de 2014.

Ainda na análise setorial, o segundo impacto negativo foi visto nos serviços prestados às famílias, que caiu -1,4% no mês de janeiro e interrompeu uma sequência de nove taxas positivas, onde acumulou 60% de alta entre abril e dezembro do ano passado. Apesar disso, ainda se encontra 13,2% abaixo de fevereiro de 2020 e 23,3% abaixo do ponto mais alto da série, em outubro de 2013.

O terceiro impacto negativo ficou com o segmento de outros serviços, que caiu 1,1%, com destaque para administração de fundos por contrato ou comissão e corretoras de seguros, de previdência complementar e de saúde. A atividade está 0,6% abaixo do patamar pré-pandemia e 11,5% abaixo do ponto mais alto da série, registrado em agosto de 2011 e em janeiro de 2012.

Pelo lado das altas, o destaque ficou com os transportes, que cresceram 1,4% em janeiro, terceiro resultado positivo seguido, acumulando aumento de 6,6%. A atividade, que atingiu o ponto mais baixo da série em abril de 2020, está 13,1% acima de fevereiro de 2020 e 2,7% abaixo do pico da série, em fevereiro de 2014.

Já os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 0,6%, com uma sequência de três taxas positivas, acumulando ganho de 5,3%. A atividade encontra-se 1,4% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 19,5% abaixo do ponto mais alto de sua série, em julho de 2012 e setembro de 2014

Regionalmente, 12 das 27 unidades da federação tiveram retração no volume de serviços entre dezembro e janeiro, com impacto mais importante vindo do Distrito Federal (-9,1%), Rio de Janeiro (-1,2%) e Minas Gerais (-1,9%). Em contrapartida, São Paulo (0,6%) e Goiás (4,5%) registraram os principais avanços.

Leia Também

Saiba por que onde estatal de energia foi privatizada o povo sofre com falta de luz

Na indústria, 10 estados registram queda e 4 apontam alta, por Luis Nassif

Os aumentos de preços se espalham pela economia, por Luis Nassif

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador