Setor extrativo puxa indústria no mês de junho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Apenas sete ramos e uma categoria econômica apresentou crescimento durante o período, segundo dados do IBGE

Foto: Grant Durr via Unsplash

Os dados mensais da indústria brasileira mostram que apenas uma das quatro grandes categorias econômicas e sete dos 25 ramos pesquisados melhoraram sua produção na passagem de maio para junho, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na análise entre as atividades, o destaque ficou com o segmento de indústrias extrativas, que avançou 2,9% no mês de junho depois de crescer 1,4% em maio, acumulando assim cinco taxas positivas em seis meses.

Segundo o IBGE, o avanço na extração de minério de ferro e de petróleo foi decisivo para impulsionar o setor, um dos poucos que estão com desempenho acima do visto pré-pandemia, com 7% de alta acima do visto em fevereiro de 2020.

Outros setores que influenciaram o resultado mensal foram confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,9%), de produtos de borracha e de material plástico (1,2%) e de produtos de metal (1,2%).

Entre as 16 atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,0%) e máquinas e equipamentos (-4,5%) exerceram os principais impactos.

Produção avança 0,3% na comparação com junho de 2022

O crescimento da indústria em 0,3% na comparação com junho de 2022 foi puxado por duas das quatro grandes categorias econômicas, 8 dos 25 ramos, 34 dos 80 grupos e 41,7% dos 789 produtos pesquisados.

Entre as atividades, o destaque também fica para indústrias extrativas, com avanço de 11%, seguido por segmentos como produtos alimentícios (4,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), impressão e reprodução de gravações (23,7%) e outros equipamentos de transporte (10,1%).

Entre as 17 atividades em queda, chama a atenção os resultados das atividades de produtos químicos (-9,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,0%), máquinas e equipamentos (-7,3%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,6%), que exerceram as maiores influências.

Na análise entre as categorias econômicas, o setor de bens intermediários teve a maior alta, avançando 1,8%. O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) também teve resultado positivo no mês, embora menos intenso do que a média da indústria (0,3%).

Por outro lado, houve quedas em bens de consumo duráveis (-3,9%) e bens de capital (-10,3%).

O setor produtor de bens intermediários cresceu 1,8%, segunda taxa positiva consecutiva mas abaixo do visto no mês anterior (3,1%). A produção de bens de consumo semi e não duráveis teve variação positiva de 0,1%, também registrando a segunda alta seguida.

Por fim, o segmento de bens de consumo duráveis teve queda de 3,9% em junho de 2023 na comparação com junho de 2022, interrompendo cinco meses consecutivos de crescimento, enquanto o setor produtor de bens de capital recuou 10,3% e marcou a 10ª taxa negativa consecutiva nessa comparação.

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