Jornal GGN – O setor público consolidado (União, estados e municípios) apresentou um déficit primário de R$ 18,1 bilhões durante o mês de maio, bem acima das perdas de R$ 6,9 bilhões vistas no mesmo período de 2015, segundo dados divulgados pelo Banco Central. O Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), os governos regionais e as empresas estatais apresentaram déficits respectivos de R$ 17,8 bilhões, R$ 212 milhões e R$147 milhões. O resultado é considerado o maior para o mês na série histórica apurada pelo BC, iniciada em 2001.
No ano, o déficit primário acumulado chega a R$13,7 bilhões, ante superávit de R$25,5 bilhões no mesmo período de 2015. No acumulado em doze meses, registrou-se déficit primário de R$150,5 bilhões (equivalente a 2,51% do PIB – Produto Interno Bruto), 0,18 ponto percentual (p.p.) do PIB superior ao valor observado em abril.
Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$ 42,5 bilhões, comparativamente a R$23,3 bilhões em abril. De acordo com o BC, os dados foram afetados pelo maior número de dias úteis no mês e a perda de R$3,1 bilhões em operações de swap cambial, comparativamente ao ganho de R$12,3 bilhões no mês anterior. No ano, os juros nominais somam R$151,2 bilhões, comparativamente a R$198,9 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$454 bilhões (7,57% do PIB), reduzindo-se 0,21 p.p. do PIB em relação ao observado em abril.
Já o resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, apresentou um déficit em R$60,6 bilhões em maio. No ano, o déficit nominal chega a R$164,9 bilhões, comparativamente a déficit de R$173,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$604,6 bilhões (10,08% do PIB), reduzindo-se 0,03 ponto percentual (p.p) do PIB em relação ao valor registrado em abril.
De acordo com o BC, o déficit nominal registrado em maio foi financiado mediante expansões de R$ 59,6 bilhões na dívida mobiliária e de R$2,8 bilhões na dívida bancária líquida, compensadas, parcialmente, pelas reduções de R$ 1,5 bilhão nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, e de R$ 228 milhões no financiamento externo líquido.
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