Superávit primário é o menor para o mês desde 2004

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Superávit acumulado ao longo de 2016 chega a R$ 4,4 bilhões

Jornal GGN – Após dois meses consecutivos de queda, o setor público consolidado (União, estados e municípios) encerrou o mês de abril com um superávit primário de R$ 10,182 bilhões, segundo levantamento divulgado pelo Banco Central. Este é o menor resultado positivo para o mês desde 2004, quando o saldo foi de R$ 9,567 bilhões.

Ao longo do período, o Governo Central (Tesouro Nacional e Previdência Social) e os governos regionais apresentaram superávits de R$ 8,7 bilhões e R$ 1,6 bilhão, respectivamente, enquanto as empresas estatais apuraram um déficit de R$131 milhões.

No ano, o superávit primário acumulado chega a R$ 4,4 bilhões, bem abaixo do saldo de R$ 32,4 bilhões contabilizado no primeiro quadrimestre de 2015. Em doze meses, registrou-se deficit primário de R$139,3 bilhões (2,33% do PIB – Produto Interno Bruto), 0,05 p.p. do PIB superior ao valor observado em março.

Segundo informações da Agência Brasil, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, abril costuma ser um mês “favorável”, com maior recolhimento de tributos como o Imposto de Renda. Apesar disso, em abril de 2015, o superávit primário de todo o setor público foi maior: R$ 13,445 bilhões. Maciel destacou que a queda da atividade econômico tem levado à redução de receitas recolhidas pelo governo. 

Os juros nominais, apropriados por competência, registraram despesa líquida de R$ 23,3 bilhões em abril, comparativamente a receita líquida de R$ 648 milhões em março. De acordo com o BC, a trajetória foi afetada pelo ganho menor em operações de swap cambial em abril (R$12,3 bilhões) comparativamente ao mês anterior (R$42,7 bilhões). No ano, os juros nominais somam R$108,7 bilhões, comparativamente a R$146,1 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$464,4 bilhões (7,76% do PIB), elevando-se 0,32 p.p. do PIB em relação ao observado em março.

Já o resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$13,2 bilhões em abril. No ano, o deficit nominal soma R$104,3 bilhões, comparativamente a deficit de R$ 113,6 bilhões no mesmo período ano anterior. No acumulado em doze meses, o deficit nominal alcançou R$ 603,7 bilhões (10,08% do PIB), elevando-se 0,37 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em março.

De acordo com a autoridade monetária, o déficit nominal de abril foi financiado mediante expansão de R$ 39,3 bilhões na dívida mobiliária, compensada, parcialmente, pelas reduções de R$25,2 bilhões na dívida bancária líquida, de R$ 608 milhões no financiamento externo líquido e de R$ 355 milhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.

 

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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