Taxa de juros para crédito segue em elevação, diz BC

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As taxas de juros continuaram a subir durante o mês de setembro, de acordo com dados do Banco Central (BC): a taxa de juros cobradas das pessoas físicas subiu 1,1 ponto percentual de agosto para setembro, quando ficou em 62,3% ao ano. As empresas pagaram 0,6 ponto percentual a mais, com taxa anual de 29,3%.
 
De acordo com a autoridade monetária, as taxas que mais subiram para as famílias foram a do cartão de crédito e do cheque especial, que chegaram a 414,3% ao ano e a 263,7% ao ano. A taxa do cheque especial subiu 10,5 pontos percentuais e a do rotativo do cartão de crédito, 10,8 ponto percentual, de agosto para setembro.
 
A taxa para a compra de veículos subiu 0,8 ponto percentual para 25,6% ao ano. Já a taxa do crédito consignado caiu 0,2 ponto percentual para 27,6% ao ano. Tais dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
 
No caso do direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa média de juros caiu 0,1 ponto percentual para pessoas físicas (9,8% ao ano) e 0,8 ponto percentual para as empresas (9,7% ao ano). A taxa de inadimplência do crédito direcionado ficou estável tanto para empresas (0,7%) quanto para pessoas físicas (1,9%).
 
A inadimplência das famílias, considerados atrasos superiores a 90 dias, subiu 0,1 ponto percentual para 5,7%. Já para as empresas, a inadimplência caiu 0,1 ponto percentual para 4,1%.
 
Fatores como a renda menor, o aumento do desemprego e os juros mais altos reduzem a demanda das famílias por crédito dos bancos, na avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. “De uma maneira geral, o crédito para consumo mostra um arrefecimento em relação a períodos anteriores. O próprio ciclo econômico é uma explicação para isso. Outro fator é a própria cautela das famílias em termos de endividamento e comprometimento de renda futura”, disse, segundo informações da Agência Brasil. Além da maior cautela dos consumidores, os bancos também estão mais seletivos na oferta de crédito de 2012, quando houve aumento da inadimplência.
 
Em setembro, comparado ao agosto, o saldo total do crédito com recursos livres (bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros) para as famílias ficou estável, em R$ 795 bilhões. No caso do crédito para a compra de veículos, houve queda no saldo de 1,1% e chegou a R$ 166,691 bilhões. Também houve redução no saldo dos gastos à vista no cartão de crédito (R$ 112,604 bilhões), de 1,9%. Segundo Maciel, a redução do saldo do crédito para a compra de veículos e das compras a vista no cartão de crédito é “indicativo de fragilidade de consumo”.
 
 
(Com Agência Brasil)
 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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