Texto de tratado global termina sem acordo de negociação da OMC

Jornal GGN – As negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio) a respeito do primeiro acordo global de livre comércio foram abandonadas na madrugada desta segunda-feira (25) sem um acordo sobre o texto a ser apresentado no mês que vem numa reunião ministerial em Bali. O destino do acordo que simplifica procedimentos alfandegários e acelera o comércio global parece, agora, depender de um acordo direto entre os ministros que irão se reunir na conferência bienal da OMC, a ser realizada na ilha indonésia.
 
A Câmara Internacional de Comércio diz que o acordo agregaria US$ 960 bilhões à economia mundial e criaria 21 milhões de empregos, 18 milhões deles em nações em desenvolvimento. O pacto também reavivaria a confiança na OMC como um fórum para negociações comerciais.
 
O acordo proposto inclui elementos da Rodada Doha de negociações comerciais, que foi iniciada em 2001, mas fracassou repetidamente na busca por um acordo na década subsequente.

O diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, forçou os diplomatas dos 159 países membros a passarem por árduas dez semanas de negociações, na esperança de definirem o texto a ser aprovado pelos ministros. Na semana passada, Azevêdo disse ter esperança de concluir um acordo no fim de semana. Mas a sessão final de negociação em Genebra terminou às 7h (4h em Brasília) sem acordo. Pessoas envolvidas nas negociações disseram que os participantes chegaram perto, mas que o progresso em alguns momentos foi glacial.

 
Questões não resolvidas incluem um plano indiano para estoque de safras que estaria isento das regras da OMC sobre subsídios, e uma contestação ao embargo econômico dos EUA (Estados Unidos) a Cuba. A Turquia também tem preocupações sobre as novas regras a respeito de trânsito de mercadorias, e a América Central resiste à eliminação dos despachantes aduaneiros.
 
Azevêdo falará aos embaixadores da OMC durante uma reunião do Conselho Geral do organismo na terça-feira (26), quando o trabalho será formalmente apresentado à conferência ministerial.
 
Com informações da Reuters
Redação

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