Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Vale, Eletropaulo, Oi: a privatização também fracassa, por Andre Araujo

No Brasil, privatizações não visam interesse público, mas agradar mercado financeiro. Nos EUA não se são privatizados serviços públicos essenciais. Neoliberais escondem que seus aeroportos, metrôs, represas, serviços de água e esgoto são estatais

Por Andre Motta Araujo

É curiosa a ideia espalhada pelos neoliberais de que privatização é sempre coisa boa. A idéia é uma fantasia, de quem acredita em Branca de Neve.

Muitas privatizações são péssimas para os consumidores, para a população em geral, para o Estado. Causam prejuízo às finanças públicas e nenhum ganho ao Estado, enquanto beneficiam os compradores de primeira e segunda mão e, em um nível mais amplo, o chamado “mercado”, onde todos se lambuzam: bancos de investimento, consultores, avaliadores, advogados, lobistas, em resumo, quem ajuda no processo sempre tira uma lasca dele.

CASO VALE

Um desastre em grande escala. A Vale nasceu privada, pelas mãos do grande (e controverso) financista Percival Farquhar como Itabira Iron. Foi estatizada pelo Presidente Arthur Bernardes e se desenvolveu como empresa estatal, transformada em Companhia Vale do Rio Doce.

Já era uma empresa grande e bem administrada quando foi privatizada de forma irresponsável, porque seu foco era e é uma riqueza mineral do povo brasileiro. Não havia razão alguma para privatizá-la que não fosse ideológica.

Assim, a Vale foi comprada por financistas aventureiros e depois de várias ginásticas especulativas foi parar na mão do Bradesco, banco sem dono que produziu duzentos milionários, diretores que começaram como faxineiros se aposentam com dez fazendas.

Foi indicado para a presidência da Vale um gerente de agência do Bradesco que não tinha a mais remota noção do ramo de mineração. Assim foi o início de uma fileira de CEOS “genéricos”, gente que só conhecia, e mal, números de balanço.

Entre várias barbaridades, sempre cobertas por um lucros estratosféricos de retirar minério que a natureza produziu sem custo para a companhia, esse CEO do Bradesco comprou na China 8 navios de 310.000 toneladas cada que, curiosamente, estavam proibidos de atracar em portos chineses, pelos riscos ambientais de seu tamanho, sendo a China o maior cliente da Vale.

Os primeiros grupos compradores, como em tantos leilões de privatizações, entraram no jogo com pouco é nada e já na primeira virada de troca de ações subiram bilionárias às custas de um patrimônio do povo, mas essa ginástica só é permitida para quem está próximo do poder.

As tragédias das barragens da Vale É FRUTO DA PRIVATIZAÇÃO, do conceito de maximizar o lucro com corte agressivo de custos porque seu único senhor é o acionista. Não há mais nenhum interesse público a preservar, é só lucro e bolsa, no meio do caminho absurdos “bônus” depois de aberrantes honorários de diretoria.

O gerente de agência do Bradesco que virou CEO ficou bilionário e lamentavelmente morreu, ele e a família, em desastre com a queda de seu avião particular. De lá para cá, se sucederam CEOs genéricos e mortes genéricas por corte de custos na manutenção das barragens – o maior desastre mundial de fracasso de uma privatização sob a lógica do interesse público que perdeu muito, em mais de 300 vidas, cidades destruídas, famílias desfeitas. Mas o mercado não tem do que se queixar, a Vale continua queridinha do mercado, mesmo depois de encher um cemitério.

ELETROPAULO

Empresa de distribuição de energia modelo, com funcionários leais e de elevado espírito de corpo, orgulhosos de suas oficinas e serviços de manutenção.

A empresa, quando foi privatizada, tinha 27.000 funcionários, adequados a um universo de 7 milhões de consumidores e uma imensa área de concessão que inclui não só a cidade de São Paulo mas também cidades vizinhas.

Foi privatizada em ótimas condições operacionais e virou uma ruína. Paradas de fornecimento de energia que antes duravam uma, duas ou raramente três horas passaram a ser de 16, 24 horas e, muitas vezes, de até 4 dias, PORQUE se demitiram as ótimas equipes de manutenção treinadas e motivadas e TERCEIRIZOU-SE TUDO.

A Eletropaulo passou a ter pouco mais de 3.000 funcionários para um universo de consumidores que aumentou mais de 25% desde a privatização de 1996. A antiga sede em São Paulo foi trocada por prédios cada vez menores e insignificantes, as grandes lojas de atendimento foram fechadas e milhões de clientes têm que se enfileirar em instalações improvisadas tipo “pé sujo”, indignas de uma empresa importante e uma das maiores cidades do mundo.

Reduzir custos não é tudo, uma empresa também precisa se apresentar dignamente. Hoje a sede é prédio beira de estrada de 5ª categoria em Barueri. Foi o prédio mais barato que acharam para alugar, o sonho deles é terceirizar também o escritório central, ser uma empresa virtual geradora de dividendos, o consumidor que se vire com geradores com velas e baterias.

Comprada por dois bilhões de Reais, a Eletropaulo remeteu em dividendos de mais de 5 bilhões de Reais e foi revendida em 2018 por 8 bilhões de Reais. Um negócio espetacular PARA OS INVESTIDORES, mas o que a população ganhou com isso? A queixa dos consumidores da ELETROPAULO, hoje Enel.

Mudaram o nome para vê ser limpam a reputação. É generalizada campeã nacional em queixas por más condições de serviço. Uma joia de empresa virou um escombro.

Enquanto a SABESP, até agora estatal, tem excelentes serviços, boas lojas para os consumidores serem atendidos, ao contrário dos cortiços da Eletropaulo, aliás Enel, faz imensos investimentos continuamente, tem reputação mundial por excelência de gestão, mas paira no ar uma ameaça de privatização.

Oi

Privatização escandalosa desde o início, com grupos piratas comprando sem dinheiro (a “telegangue”, expressão de Mendonça de Barros, então presidente do BNDES).

Até o dinheiro do sinal do leiloeiro foi emprestado às pressas pelo BNDES, ninguém pôs dinheiro MAS TODOS SAÍRAM DA AVENTURA COM BILHÕES DE REAIS LIMPOS, os grupos Jereissati (La Fonte), Andrade Gutierrez, Opportunity se lambuzaram em ganhos, sangraram a empresa “privatizada” até a QUEBRAREM.

Não ganharam só eles, ganharam muitos bancos de investimento, consultores, prestadores de serviços com altas comissões, advogados e lobistas, todos se lambuzaram nessa privatização, MENOS o povo brasileiro, que não ganhou nada.

Aos ingênuos que repetem que a privatização da telefonia criou um mundo novo para os consumidores, esse mundo novo NÃO TEM NADA A VER COM PRIVATIZAÇÃO E SIM COM TECNOLOGIA, que existiria com ou sem privatização. FOI O CELULAR QUE REVOLUCIONOU A TELEFONIA E NÃO A PRIVATIZAÇÃO.

PORQUE PRIVATIZAÇÕES FRACASSAM?

Porque eles nunca visam o interesse público. Seu objetivo é AGRADAR O MERCADO FINANCEIRO e não beneficiar a população e PRIVATIZAÇÕES SÃO O PARAÍSO DOS AVENTUREIROS E DOS FINANCISTAS PIRATAS. É um campo de “negócios” para quem tem poder político mas quem paga a conta com preços mais caros, precariedade de serviço, desemprego é sempre a população.

NOS EUA NÃO SE PRIVATIZA SERVIÇO PÚBLICO ESSENCIAL

Os neoliberais escondem que os AEROPORTOS, PORTOS, SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTOS, METRÔS, ÔNIBUS COLETIVOS, REPRESAS, TRENS DE PASSAGEIROS, RODOVIAS, nos Estados Unido são estatais, não são privatizados.

Os AEROPORTOS são estaduais ou municipais. No Brasil vão ser todos privatizados.

Seremos campeões mundiais em privatização de bens públicos, vamos rivalizar com a Rússia, onde as privatizações produziram 300 bilionários que moram em Londres. É o chamado “capitalismo-pirata” que acompanha todo processo de privatização em país mal organizado.

Para justificar as privatizações é essencial divulgar a lenda do BRASIL QUEBRADO, mas vamos deixar essa tema para outro artigo.

AA

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

18 Comentários

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  1. Não esquecer da Light no Rio de Janeiro, que fornece energia para O Grande Rio, que foi a primeira a ser privatizada durante o governo FHC. Que proporciona até hoje aos seus usuários quedas de energias constante, risco de explosão de bueiros e queda de poste.

  2. A vale era uma bagunça antes da privatização, era usada para lobby político, lucrava menos que o seu potencial, não tinha investimentos, funcionários ganhavam dinheiro sem produzir isso sem contar os políticos que se lubazavam com grandes quantias de dinheiro. A empresa foi privatizada mais o acionista majoritário continua sendo o governo, durante o mandato do Agnelli a Vale se tornou a maior mineradora do mundo, os navios Valemax atracam no porto de São Luiz e de Vitória. Se não fosse a privatização teríamos o petrolao e o Minerao. Esquerdistas gostam de estado e viver as custas de dinheiro dos outros.

  3. Mais uma aula do André Araújo. Acrescento à lista o crime lesa pátria que foi a privatização do Banespa, marca de incomensurável valor. Com relação à Vale, faço apenas uma ressalva, não foi bem a financeirização que causou as tragédias, mas sim a não responsabilização dos CEOs, o que leva a uma questão de agência. Sugiro a leitura do livro “Arriscando a própria pele”, do grande Nassim Taleb. Forte abraço.

  4. Parem de querer enganar as pessoas, a Itabira iron ore foi estatizada na ditadura Vargas e renomeada como CVRD. Após a privatização a Vale se transformou na maior mineradora do mundo, e as barragens a montante são da época de Vale estatal em que não investia em melhores condições e só usavam a empresa para lobby política.

  5. Já relatei esse fato anos atrás, mas vou reiterar. No auge do processo de privatizações – governo FHC – Carlos Jereissati, irmão de Tasso Jereissati, acionista majoritário da La Fonte, se gabou, em reportagem da Revista VEJA(ainda existe?), ter “entrado” no processo de privatização da então Telemar com U$ 40 e “saído” com U$ 400 milhões. Está lá, bem estampado. Só não lembro agora o número da edição.
    Claro que poderia ser apenas exagero de um capitalista caipira-deslumbrado, mas que as privatizações da Era FHC encheram as burras de alguns, isso é fato.
    Nesse sentido, ainda ressoa nas mentes dos não desmemoriados, a já clássica expressão de cinismo do então Vice-Presidente do BB, Ricardo Sérgio, em confabulação telefônica com o na época “xerife” das privatizações na área, Mendonça de Barros. Abaixo a transcrição do famoso diálogo:

    “Mendonça de Barros liga para Ricardo Sérgio pedindo uma carta de fiança do Banco do Brasil para o consórcio liderado pelo Banco Opportunity. Ricardo Sérgio diz que acabou de dar. E afirma estar no “limite da nossa irresponsabilidade”.

    Ricardo Sérgio – Alô.
    Mendonça de Barros – Oi.
    Ricardo Sérgio – Fala, jovem.
    Mendonça – Não, o seguinte. ‘Tá tudo acertado, os dois consórcios, né? Agora, o de lá está com problema com carta de fiança, entende? Não dá para o Banco do Brasil dar, ô Ricardo?
    Ricardo Sérgio – Luiz Carlos, eu acabei de dar.
    Mendonça – Dá? Deu?
    Ricardo Sérgio – É o seguinte…
    Mendonça – ‘Tá vendo como eu conheço você? (Risos.) Não é Embratel? É Telemar, né?
    Ricardo Sérgio – Não, é o seguinte. O que que eu fiz? O Daniel (Dantas, do Opportunity) conversou comigo…
    Mendonça – ‘Tá…
    Ricardo Sérgio – Ele falou: “Eu tenho para a Stet pro Citibank e pros fundos”.
    Mendonça – Isso.
    Ricardo Sérgio – Então eu dei pra Embratel e dei R$ 874 milhões para a…
    Mendonça – ‘Tá perfeito.
    Ricardo Sérgio – … Para a…
    Mendonça – ‘Tá perfeito.
    Ricardo Sérgio – ‘Tô viabilizando tudo.
    Mendonça de Barros – Eu sei, meu filho. Por isso que eu conto com você.
    Ricardo Sérgio – Nós estamos indo no nosso limite de irresponsabilidade…
    Mendonça – Não, não…
    Ricardo Sérgio – (Ri alto.) Eu dei uns três bi de fiança aqui hoje.
    Mendonça – (Ri alto também.) Não, mas olha…
    Ricardo Sérgio – Se der 30, só vai valer um pouco.
    Mendonça – É lógico. Mas isso aí nós ‘tamos juntos, pô.
    Ricardo Sérgio – Não, a hora que der merda, a gente diz: “Estamos juntos desde o início”. Escuta, estou aqui no BB e vou ficar aqui até sete e meia, oito horas. O telefone, em vez de ela estar ligando no meu celular, o telefone direto é 532…
    Mendonça – 532?
    Ricardo Sérgio – 55.
    Mendonça – 55.
    Ricardo Sérgio – 31.
    Mendonça – 31
    Ricardo Sérgio – Que às vezes o celular…
    Mendonça – ‘Tá, ‘tá bem, eu ligo aí.
    Ricardo Sérgio – ‘Tá bom?
    Mendonça – ‘Tá bom.

    Fonte: Folha de São Paulo. 25/05/1999

  6. A Oi não foi cria da privatização, mas foi cria dos CAMPEÕES NACIONAIS da era Lula/Dilma.

    Além de empréstimos do BNDES até a Lei geral das Telecomunicações foi mudada para permitir que a Telemar comprasse a BrT e virasse a OI.

    Em São Paulo a Telefonica oferece um serviço de qualidade. Por que não usa a Telefonica como exemplo? Já liguei de manha e antes do meio-dia tinha técnicos consertando o problema.

    Devo lembrar que Luis Nassif foi um entusiasmado defensor dos campeões nacionais da dilma/Lula e não faltam post dele aplaudindo a política.

    Sobre o que é melhor, manter privatizado como os EUA e privatizar, gostaria de lembrar que não estamos nos EUA meu caro André. Quem vai administrar as empresas estatais brasileiras por acaso serão gestores públicos norte-americanos, ou sindicalistas tupiniquins?

    Comparar uma empresa estatal norte-americana com uma estatal brasileira é covardia. Aqui no Brasil até submarino ja afundou NO PORTO NA NOITE DE NATAL.

    Com gestores públicos do naipe de Pedro Barusco, Antonio Zelada, Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Sergio Gabrieli, Graça Foster, Bendine o que seria da Vale, da Oi e da Eletropaulo?

  7. Exemplo da OI mostra claramente como somos enganados pelos que defendem privatizações…
    caso em que tivemos praticamente ZERO de capital privado

    Como podemos ver na comparação entre privatização e avanço tecnológico, os que defendem privatizações não gostam de governo que chega ao preço final através do custo real do serviço e não da propaganda enganosa. Enganosa porque apenas “embelezam” e encarecem um serviço que é sempre o mesmo, barato.

    o truque é não dar tempo para o governo assimilar os avanços tecnológicos

  8. Caro André ,consta que a Eletropaulo foi vendida , mas não foi paga por conta da falência da Enron, um grupo de “investidores ” com empresas em paraisos fiscais , deu parte da empresa ao BNDES como entrada , mas nunca quitaram o resto alegando que o BNDES ” SÓCIO ” , poderia confirma o caso ?

  9. Caro André , poderia contar com riqueza de detalhes a privatização da eletropaulo a Enron , que faliu logo depois e a empresa foi assumida por espertalhões que venderam o vasto patrimonio em imoveis que pertenciam a estatal , só aquele terreno no bairro do Cambuci vale horrores !

  10. Nem é preciso lembrar a ausência total de investimentos em pesquisa e desenvolvimento destas companhias. Enquanto a China, os EUA e a Alemanha estã desenvolvendo a tecnnologia 5G, o Brasil ainda não conseguiu implantar a 3G(!!!) em todo o seu território… E o pior, importamos caro tecnologias ultrapassadas. Uma vergonha! O Brasil deveria estar na vanguarda da ciência mundial. Temos boas universidades, capital humano qualificado, mas um completo divórcio entre a ciência e a sociedade.

  11. Para ver a eficiência da nova Enel, recebi esta semana a quarta carta aviso de desligamento prolongado de 8 horas para domingo dia 14 de abril. As outras 3 também foram emitidas para a manutenção programada mas não foram realizadas. Ninguém mais acredita que essa nova vai ser realizada!

  12. Não adianta nada privatizar sem abrir o mercado senhor André Araújo. Esses casos citados são modelos de concessão, e portanto não significa uma abertura de mercado. Pelo contrário, eh um monopólio gerado pelo Estado, privilegiando um grupo. Chamamos isso de monopólio. Ao contrário do que dizem os marxistas, o monopólio vem do estado, nunca do mercado livre.

  13. Esclarecendo:
    Monopólio
    Em economia, monopólio designa uma situação particular de concorrência imperfeita, em que uma única empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço, conseguindo, portanto influenciar o preço do bem comercializado.
    Mais em Wikipedia (PT)

    A função do estado é atuar nos setores considerados estratégicos de modo a preservar a sua segurança enquanto estado em uma situação de guerra ou de calamidade mantendo a exclusividade nessa atuação.
    Nenhum estado livre e confiável abre mão dessa exclusividade que v. chama de monopólio.
    É uma questão de segurança nacional.
    Cita o André:
    “Nos EUA não se são privatizados serviços públicos essenciais. Neoliberais escondem que seus aeroportos, metrôs, represas, serviços de água e esgoto são estatais”
    Eles sabem porque.

    Os estados fortes que impõem o neoliberalismo aos seus satélites os convencem a privatizar esses setores se fortalecem duplamente:
    1- em termos estratégicos, podendo controlar a população do estado enfraquecido que com setores privatizados, ficam sujeitos a crises de energia, de abastecimento, de transporte, de infraestrutura, ficando sujeitos a fome, envenenamento de suas águas, rompimento de pontes, barragens, interferência no ir e vir da população;
    2- em termos econômicos os neoliberais ainda conseguem altos lucros com as ações de empresas estratégicas privatizadas comercializadas na bolsa.
    O capital se beneficia duas vezes, portanto.
    Ainda sobre as privatizações:
    Também não podem ser privatizadas: a previdência, a assistência social, a saúde, a educação básica, a segurança pública, a justiça, entre outros, porque indispensáveis ao bem estar da população e ao funcionamento do estado, não comportam exploração comercial e nem objetivo de lucro. Esses setores não poderiam nem mesmo se constituir como empresas particulares.
    Privatizados esses setores, desconstitui-se o estado e o povo é posto à mercê da exploração do capital numa circunstância em que só sobrevive quem pode pagar pelos serviços que seriam de obrigação do estado.

  14. Falando besteira, a Vale continua na mão do governo, ele detém 49% (através dos fundos de pensões de estatais)das ações as reArantes estão pulverizadas. Tanto é que quem nomeia o presidente da empresa é o governo federal.
    Você acha mesmo que teríamos tecnologia na telefonia, somente por existir o sistema móvel? O senhor tem idade pra lembrar do plano de expansão, onde havia sorteio para se ter uma linha e quando você mudava de residência, apesar de ter a linha, não conseguia instalar no novo endereço. Havia até um mercado paralelo para compra e venda de linha. Meu pai comprou nosso apto. Na época e deu como parte de pagamento uma linha, que custava uma fortuna.

  15. http://www.econoinfo.com.br/governanca-corporativa/perfil?codigoCVM=15091

    Quem controla a Vale é a Valepar e quem controla esta é a Litel, quem escolhe o presidente é o
    mercado e não o Governo, há um complexo acordo de acionistas, ao fim o Bradesco comanda a Litel
    Quem escolheu o Fabio Schwartesman foi um head hunter e não o Governo, portanto não manda.
    @AraujoSão Paulo , qualquer novidade me informe pelo twitter.
    Quanto a telefonia fixa, não foi a privatização que mudou o mundo, foi a invenção do celular.

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