Vencimento de opções pode começar a afetar pregão da bolsa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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As negociações de quinta-feira fecharam o dia em queda e tudo indica que a sexta-feira não deve ser muito diferente, embora o vencimento de opções na próxima segunda-feira possa fazer com que as negociações apresentem um volume mais forte.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) fechou o dia em queda de 0,30%, aos 54.772 pontos e um giro financeiro de R$ 7,861 bilhões. Com isso, a variação acumulada no mês aponta uma perda de 2,03%, ao passo que a desvalorização em 2013 chega a 10,14%.

“A bolsa começou sem viés definido, com o PIB do Japão apresentando um forte crescimento, mas com a bolsa de Tóquio fechando em queda após recordes sucessivos. Não houve nada de novo na Europa e, nos Estados Unidos, o índice de novas construções perdeu força, mas de qualquer forma o índice Dow Jones perdeu força e a bolsa acabou seguindo”, explica Pedro Galdi, analista-chefe da corretora SLW. Nem mesmo a inflação mensurada pelo IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) com deflação ajudou a melhorar o humor dos agentes.

Para o analista gráfico Daniel Marques, da Ágora Invest/Bradesco Corretora, atualmente o mercado está enfraquecido e “qualquer coisa ruim derruba as operações”. Apesar disso, o suporte de pontuação da bolsa é considerado bem elevado – 54.140 pontos para queda e 57 mil pontos para alta. “Caso o mercado atinja esse patamar, pode-se segurar a queda ou ver a bolsa subir. Nesse espaço, pode acontecer absolutamente qualquer coisa que a configuração dos negócios não será alterada. O curtíssimo prazo é uma incógnita”. Por conta disso, o analista recomenda que não se tome nenhuma decisão importante enquanto a bolsa não sair dessa zona de variação.

Além disso, a sucessiva sequencia de alta das bolsas internacionais pode trazer um volume grande de capital internacional, uma vez que a bolsa aqui está descolada e mostra algumas oportunidades para quem acompanha o longo prazo. Mas essa é apenas uma hipótese.

Para sexta-feira, são esperados poucos indicadores, mas com peso importante. Entre eles, o índice de confiança do consumidor medido pela universidade de Michigan (EUA), os dados antecedentes dos Estados Unidos e, no Brasil, os números de inadimplência da Serasa Experian (o que será útil para saber se o comportamento do pagador encontra-se favorável, em meio a onda de melhora do crédito) e a confiança da indústria.

Também se deve ter em mente que a bolsa tem vencimento de opções na próxima segunda-feira (20), e por isso as negociações com opções devem ter mais força nesta sexta-feira, principalmente envolvendo os papéis de Petrobras e Vale.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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