As vendas do comércio varejista subiram 1,1% entre os meses de agosto e setembro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este é o primeiro avanço apurado nos últimos cinco meses.
Com isso, o setor acumula um crescimento de 0,8% no ano, e uma queda de 0,7% no período de 12 meses. Na comparação com setembro de 2021, o varejo avançou 3,2% – segunda melhora consecutiva. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o comércio não apresentava crescimento desde o mês de maio.
“Esse mês também registrou o ponto mais alto desde a passagem de fevereiro para março, quando foi de 1,4%. Esse ano, a série está exibindo uma volatilidade menor do que nos anos anteriores e estamos começando a ver um comportamento mais parecido ao que era antes da pandemia, sem muita amplitude na margem”, pontua Santos.
Seis segmentos melhoram desempenho
Seis das oito atividades pesquisas melhoraram as vendas entre agosto e setembro: Livros, jornais, revistas e papelaria (2,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,7%), Combustíveis e lubrificantes (1,3%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%), Tecidos, vestuário e calçados (0,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (0,6%).
As atividades que perderam força foram Móveis e Eletrodomésticos (-0,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%).
Ao mesmo tempo, as duas atividades que formam o varejo ampliado apresentaram estabilidade entre agosto e setembro: Veículo e motos, partes e peças com -0,1% e Material de construção, com 0,0%.
Vendas avançam em 18 unidades da federação
As vendas do comércio varejista aumentaram em 18 unidades da federação na passagem de agosto para setembro, com destaque para Paraíba (4,5%), Rio de Janeiro (3,1%) e Pernambuco (2,3%).
Por outro lado, das nove atividades pressionaram negativamente, destacam-se Mato Grosso do Sul (-1,7%), Espírito Santo (-1,5%) e Roraima (-1,2%). Tocantins apresentou estabilidade (0,0%).
Frente a setembro de 2021, houve resultados positivos em 24 estados, com destaque para: Paraíba (41,6%), Amapá (13,7%) e Roraima (13,2%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-3,1%), Bahia (-2,5%) e Pernambuco (-2,1%) exerceram pressão negativa.
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