Volume de vendas no varejo sobe pelo segundo mês consecutivo

Setor avança 1,1% em fevereiro e já está acima do patamar pré-pandemia, segundo IBGE; variação no ano é de -0,1%

Foto: Eduardo Soares on Unsplash

As vendas no comércio varejista brasileira avançaram 1,1% em fevereiro, em sua segunda alta consecutiva – em janeiro, o aumento foi de 2,1%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, o setor está 1,2% acima do patamar pré-pandemia, e 4,9% abaixo do pico da série (outubro de 2020). No ano, o varejo acumula variação de -0,1%. Já nos últimos 12 meses, cresceu 1,7%.

Seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas positivas em fevereiro, sendo que as principais contribuições para o resultado do varejo em fevereiro vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%).

Outros segmentos com bons resultados foram outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%).

Já o volume de vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria recuou 5,6% frente a janeiro, depois de três altas seguidas. O setor de equipamentos e material para escritório informática e comunicação ficou estável (0,0%).

Contudo, o avanço de 42,8% apurado pelo setor de livros, jornais, revistas e papelaria é um ponto fora da curva, uma vez que a atividade do setor vem perdendo importância ao longo do tempo por conta dos grandes marketplaces, que vendem livros online, mas não estão inseridos nessa categoria.

No comércio varejista ampliado, o avanço de 2% no volume de vendas foi influenciado pela taxa positiva de veículos, motos, partes e peças (5,2%). Material de construção teve variação negativa de -0,4%.

Na comparação com fevereiro de 2021, o varejo avançou 1,3% graças a seis das oito atividades pesquisadas: livros, jornais, revistas e papelaria (18,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,4%), tecidos, vestuário e calçados (8%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%) e combustíveis e lubrificantes (0,1%).

Já equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-7,2%) e móveis e eletrodomésticos (-12,6%) registraram queda.

Considerando o comércio varejista ampliado, para a mesma comparação, veículos e motos, partes e peças subiu 1,4% e material de construção caiu 8%.

Na comparação com janeiro, o volume de vendas do comércio varejista foi positivo em 26 das 27 unidades da federação, com destaque para Amapá (8%), Rondônia (8%) e Acre (5,9%). Somente Tocantins teve resultado negativo (-3,7%).

Já frente a fevereiro de 2021, o varejo teve resultados positivos em 18 unidades da federação, principalmente Amazonas (21,5%), Roraima (17,8%) e Acre (16,5%). No campo negativo, estão nove unidades da federação, como Pernambuco (-7,7%), Sergipe (-7%) e PiauÍ (-5%).

Leia Também

O maior IPCA de março desde 1994, por Luis Nassif

Indústria avança em 11 de 15 locais no país em fevereiro

INPC teve alta de 1,71% em março

Inflação oficial crava 1,62% em março, a mais alta para o mês desde 1994

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador