A classe média não compreende o desespero do pobre

Por Mário Lima Jr.

Na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro, crianças pobres que fazem malabarismo e vendem doces nos sinais de trânsito pintaram o rosto e estão usando o gorro do Papai Noel na cabeça. Tudo pra chamar a atenção de quem tem grana. Os motoristas se irritam com a presença delas. Reclamam que prejudicam o trânsito. Fecham os vidros do carro. Dizem que não passam de pivetes. Não compreendem a humilhação que elas sofrem pra ter o que comer.

Há algumas semanas, no mesmo bairro, alguns limpadores de para-brisas, moleques descalços, sem camisa e magros de fome, impediram o roubo de um veículo. Os moradores da Barra comemoraram. “O Brasil está melhorando”, publicaram nas redes sociais. “Ainda existe honestidade”. O amor pelo dinheiro cega as pessoas.

O Brasil estaria melhorando, amigos, se não houvesse adolescentes limpando para-brisas nem crianças vendendo doces nos sinais de trânsito. Meu filho de seis anos percebe, mas as classes mais favorecidas da sociedade brasileira, aquelas que tomam decisões que influenciam a vida de todos, não compreendem o desespero do pobre.

Acreditava que a pobreza que vemos nas ruas fosse resultado de um passado colonial perverso. Não. As escolhas políticas do presente mantêm as desigualdades. Escolhas feitas no dia a dia de cada indivíduo, não só em Brasília. Com tristeza reconheço que muitos brasileiros não se importam com nada além de si mesmos e adoram ser servidos pelo pobre.

Motorista, garçom, porteiro ou faxineiro. Alguém pra ser recebido com desprezo, que abra a porta do carro, estacione, traga a refeição e limpe o banheiro (sem o direito de usá-lo). A classe média ainda impõe que funcionários do departamento de serviços gerais de um prédio utilizem o elevador de serviço. Ela odeia o Bolsa Família, programa assistencial de reconhecimento internacional. E chama de organizações criminosas movimentos de extrema importância para a justiça social do País, como o MST.

A existência de pobres é uma anomalia inaceitável em qualquer país do mundo. De acordo com um estudo do IBGE divulgado dia 15/12, o Brasil tem 52 milhões deles. Quantidade deplorável e vergonhosa, uma multidão de gente sem acesso aos direitos humanos mais básicos. Pessoas que sobrevivem com R$ 387 por mês. Elas pegam do chão e levam para os filhos em casa os restos das feiras livres. Deixam de comprar remédio pra comprar arroz ou feijão. Praticamente não ingerem carne, eventualmente uma salsicha. Suportam goteiras do teto quando chove. A solução proposta pelos hipócritas é fazer crescer o bolo da riqueza para reparti-lo depois. Bolo que vem sendo comido por poucos há séculos em um país violento que pratica uma concentração de renda imoral.

As condições para uma vida igualitária e digna nunca existiram no Brasil. Os barracos de madeira se alastram e se aproximam dos condomínios de luxo. As casas sem reboco dominam os morros. Os viadutos viraram abrigo. A opressão contra o negro permanece.

Não há sinais de revolta social além daquelas registradas na História, embora as provas de segregação tenham aumentado. Na Linha Amarela, via que dá acesso à Barra da Tijuca, painéis laterais estampam meninos e meninas se divertindo jogando bola, morros cariocas coloridos, a própria favela pintada em traços finos pra esconder de quem passa de carro a favela real do outro lado, de traços grossos, incompreendida.

Redação

29 Comentários

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    1. Antes de ferver, quando

      Antes de ferver, quando começar  “chiar”, eles deixam algum partido de centro, com cara de esquerda, desde que seja bem republicano, governar mais um periodo para esrfriarem os animos! Depois tudo volta a normalidade!

      “O estado de exceção predomina. A democrecia é que foi excepcional!” 

        1. Por enquanto! Ele não fez

          Por enquanto! Ele não fez nenhuma cartinha pedindo permissão para governar! A meu ver, prefiro um centro , com discurso de centro, do que um governo dito de esquerda que dá mais dinheiro aos rentistas do que governos de direita.

          E pior! O PT ao invés de convocar o povo para enfrentamento da elite, preferiu se juntar aos picaretas do PMDB para manter governabilidade.  Porquê não fez campanhas clareando para o povo que precisava de deputados para apoiar suas medidas? Porquê não foi a televisão explicar a queda dos valores das comodities e suas consequências para a economia? Iria “magoar” seus “aliados” picaretas.

          Realmente não precisamos de uma esquerda que tem medo e quando no poder se alia ao financismo internacional!

          Não vou saber te dizer nada sobre a Venezuela, mas só o fato de o Maduro estar fazendo eportações para a China em Yuan, e agora criar uma moeda lastreada no petroleo e alguns produtos Venezuelanos, mostra a distância dos “culhões” de um real esquerda  a dita esquerda brasileira!

          De outra parte, posso te garantir que muitos que se dizem de esquerda, vários leitores aqui do blog foram este ano “macaquear” em Miami e fazer deferência ao sistema colonizador! 

           

        2. Por enquanto! Ele não fez

          Por enquanto! Ele não fez nenhuma cartinha pedindo permissão para governar! A meu ver, prefiro um centro , com discurso de centro, do que um governo dito de esquerda que dá mais dinheiro aos rentistas do que governos de direita.

          E pior! O PT ao invés de convocar o povo para enfrentamento da elite, preferiu se juntar aos picaretas do PMDB para manter governabilidade.  Porquê não fez campanhas clareando para o povo que precisava de deputados para apoiar suas medidas? Porquê não foi a televisão explicar a queda dos valores das comodities e suas consequências para a economia? Iria “magoar” seus “aliados” picaretas.

          Realmente não precisamos de uma esquerda que tem medo e quando no poder se alia ao financismo internacional!

          Não vou saber te dizer nada sobre a Venezuela, mas só o fato de o Maduro estar fazendo eportações para a China em Yuan, e agora criar uma moeda lastreada no petroleo e alguns produtos Venezuelanos, mostra a distância dos “culhões” de um real esquerda  a dita esquerda brasileira!

          De outra parte, posso te garantir que muitos que se dizem de esquerda, vários leitores aqui do blog foram este ano “macaquear” em Miami e fazer deferência ao sistema colonizador! 

           

          1. prefiro um centro , com discurso de centro

            Boa sorte!

            O povo que votou Osmarina pensava igual. Os que preferiam o Dudu, do avião, idem.

            A diferença entre a Venezuela (Chaves e Maduro) e o Brasil (de Lula e Dilma) é o exército. E a Telesur.

            Ciro será o candidato da direita. O sr. verá na Globo.

  1. Essa classe de merda que

    se acha rica e não acha que é domninada vai compreender rapidinho o desespero dos pobres, pois os golpistas estão transformando esse país em terra arrasada e com isso esse país terá só duas classes: os ricos e os miseráveis. Vou ver muita gente de classe méda passando fome e não vai demorar.

     

     

  2. Qual o páis que não tem

    Qual o páis que não tem pobre,classe média,ricos  e mega ricos ?

    Não há  solução pra isso.

    O comunismo já foi testado 357 milhões de x e não deu certo.

    O capitalismo tbm não.

    Então o que fazer ? Parar de encher o saco com retóricas e demagogia.

      

     

    Indecifrável

     Não tentem desvendar
    E decifrar
    Os segredos que habitam no
    Interior do meu ser…

    Não existem
    Fórmulas ou teoremas capazes
    De decifrar
    Aquilo que é indecifrável…

    Sou como a esfinge que sobrevive
    Através dos tempos
    Com seu hermetismo…

    Podem até depredar-me
    Para tentar decifrar-me,
    Mas atingirão apenas minha casca,
    Minha matéria
    Que serve de mansão pra
    Minh’Alma,
    Esta é imortal e indecifrável,
    Só pode ser sentida…

    Jamais rasgarão o véu que
    Encobre os segredos que nela
    Habitam e mesmo após a
    Morte da matéria e ela ser coberta
    Pelo pó ou a areia do deserto
    Que a constituiu, minha Alma
    Continuará intacta na história…

    Só Deus tem as chaves
    Que podem desvendar
    Estes segredos!

    Elias Akhenaton”Eterno aprendiz, um peregrino da Vida

     

    1. Ninguem

      Achava que no inicio de 2003 que Lula teria o sucesso que alcançou com seu governo social democrata. FHC imaginava o povo de joelhos pedindo a volta do seu governo. odos pseudos economistas não acreditavam ser o Brasil passível de ter uma distribuição de renda e melhora significativa social sem afetar o andar de cima. Para eles o Brasil era no máximo para 1/4 ou 1/3 da população, O resto teria nascido para comer o pão que os tucanos amassaram. Lula mudou este conceito e conseguiu ganhar 4 eleições seguidas, o suficiente para que a  direita mais estupida e brutal do mundo perder a paciência e dizer chega apelando para o golpe mais primário do mundo juntando o andar de cima com a vassalagem justiça, policia e mídia. ; Então não vem com este papo M…. do andar privilegiado que isto é natural. Desejo a sua prole o mesmo que você deseja aos pobre brasileiros. Ainda quero estar vivo para ver os tucanos canalhas pagarem o pato de verdade

  3. Gostei do artigo
    Mário Lima e todos leitores do bem,
    Gostaria de fazer boas ações como vocês.
    Gostaria de exemplos do que vocês fazem em prol dos pobres.
    Precisamos mostrar as ações concretas.

    1. soberba

      Quem tem oportunidade de “cometer” ações concretas em favor daqueles do” andar de baixo” não tem que sair por aí comentando, basta o ato em si. Aliás, o tal comentário seria uma péssima demonstração de soberba.

      Não faltará gente para gostar do artigo, mas só que da boca prá fora.

  4. mundo real

    Mário Lima Jr.

    Seu corretíssimo texto não diz exatamente nada para a casagrande mais hipócrita e canalha do planeta., apenas traduz à perfeição como ela percebe o “outro”, o da “outra classe social”, como percebe aquele que jamais poderá ter acesso a direitos básicos como os oferecidos por aquela aberração chamada Bolsa Família – R$ 150 bi prá meia dúzia da Selic pode, mas R$ 28 bi prá 40 milhões do BFamília não pode, este raciocínio é imutável.

    Esta vergonha ocorre há séculos, e por séculos continuará presente neste brasil pandeiro, e uma daz razões para isto vem, por maís incrível que possa parecer, do tal “outro” que votou na chapa formada pelo notável ladrão aecim e seu vice terrorista assaltante de banco nunes ferreira, e não satisfeito, deixou na estrada um excelente prefeito prá votar nesta excentricidade chamada dória jr.

    Os efeitos desta impressionante reforma trabalhista ainda não foram percebidos pela maioria, imagine como será a partir de 2037, quando começarão a terminar as aposentadorias com valor de 1 S.M., uma vez que praticamente ninguém ( não falo dos apaniguados, mas dos que vivem o mundo real) será capaz de obter o benefício de uma aposentadoria daqui a vinte anos. Imagine como seria isto aqui sem os aposentados e pensionistas de 1 S.M., algo bem próximo de um banho de sangue.

    Quando uma sociedade passa a aplaudir o alcagüete, a pedir por mais prisões na base do”primeiro prende, depois a gente descobre o motivo da prisão”, isto tudo em pleno 2017, torna-se bastante difícil uma perspectiva positiva de futuro.

    Este meu texto não é apropriado para a época de Natal, mas preferi o dito cujo à omissão. 

  5. A melhor forma que alguém da classe abastada, como eu, ….

    A melhor forma que alguém da classe abastada, como eu, de compreender o desespero do pobre é se colocar não no dia a dia no sua vida, mas sim olhar a dificuldade que os pobres tem em situações de emergência, explico melhor.

    Quando eu, ou alguém de minha família, está doente que eu faço, pego o MEU pequeno automóvel (que apesar de pequeno está em dia com as revisões e funciona normalmente) e levo-os ou numa emergência que atenda o meu convênio ou mesmo num médico conveniado. Simples né, porém para um pobre já no deslocamento começa o problema, daí por diante continua o calvário.

    Quando meus pais morreram, fui até uma agência funerária e simplesmente encomendei o serviço, para depois leva-los ao cemitério onde já possuía um lugar correto.

    Quando quero me mudar, ou contrato uma empresa de mudanças ou contrato um transportador autônomo, quando o pobre quer simplesmente transportar um armário que ganhou de segunda mão ele tem que achar um parente ou amigo para fazer o transporte.

    Quando acontece qualquer coisa de excepcional, além da excepcionalidade não se passa mais nada, para um pobre a excepcionalidade vem junto com uma série de percalços comuns que existem na vida de quem não tem recursos.

    …..

    …..

    Pensem nisto que fica mais fácil entender o que se passa com um pobre além do desemprego, da fome, de problemas de alojamentos e centenas de outros problemas.

  6. No programa PAINEL da

    No programa PAINEL da Globonews de ontem, a participante Zeina Latif, economista chefe da XP Investimentos dizia que a economia em 2018 tem tudo para ir bem, aliás já está indo bem, ela acha que a politica não vai atrapalhar porque o cenario já está dado.

    Na CBN de quinta-feira bate bola entre Carlos Alberto Sardenberg e Alexandre Schwartsman já com os numeros de 2019 na ponta da lingua, tudo certo e encaixado, o proximo presidente é um detalhe, o cenario já está montado, eles não conseguem sequer supor que um novo Presidente posso mudar a politica economica, que eles consideram certissima.

    NENHUM deles sequer tocou na situação de 76% da população brasileira que ESTÁ MAL de vida., segundo levantamento do IBGE (jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, 21.12.2017, pg.B4). Para eles o TOTAL da economia é Bolsa e cambio, nada mais.

    1. Não me importo
      Primeiro levaram os negros
      Mas não me importei com isso
      Eu não era negro

      Em seguida levaram alguns operários
      Mas não me importei com isso
      Eu também não era operário

      Depois prenderam os miseráveis
      Mas não me importei com isso
      Porque eu não sou miserável

      Depois agarraram uns desempregados
      Mas como tenho meu emprego
      Também não me importei

      Agora estão me levando
      Mas já é tarde.
      Como eu não me importei com ninguém
      Ninguém se importa comigo.

  7. Chega de Guerra Fria ou Filantropia, Gente!
    Nassif, essa polarização entre classe média e pobres não passa de manobra diversionista, pois na verdade pobres e remediados divididos é que fazem a opulência da elite. Na minha infância, entre MG e o NE paulista, pude perceber que entre os restos de senzalas e o casario simples das colônias destinadas aos imigrantes e refugiados que aqui aportavam havia um fator de esperança. O professorado havia sido promovido à condição de autoridade civil por GV e era ele quem preparava as crianças para um mundo mais justo, ganhando em respeito o que faltava em salário. Ainda adolescente, coube à nossa geração enfrentar a ditadura, não com cartilhas marxistas ou polarização entre esquerda e direita, mas reivindicando o direito à igualdade através do combate às medidas impostas por Bob Fields, que só ampliavam a distância entre os que iam à Africa comprar trofeus de caça, passando por Orlando na volta, e aquela massa humana de refugiados da seca nordestina e dos programas econômicos que privilegiavam quem vivia de rendas, como se dizia então. Contra a carestia, o grande inimigo, a filantropia dos mais ricos se desmoralizou e durante a industrialização selvagem a CLT getulista fez a diferença. Não queríamos esmolas, mas, sim, o que nos era devido ou subtraído de acordo com cálculos aritméticos simples e nada ideológicos – como apregoavam os milicos e uma polícia civil empenhada em rotular os inconformados com a injustiça econômica como inimigos da ordem social, ou seja, do DEOPS e DOI-CODI. Apesar de extintos, estes dois últimos ganharam a batalha e continuam a dar as cartas, digo, os rótulos. Sindicalista virou esquerdista ou comunista e o professorado perdeu o respeito público e, o que é pior, o auto-respeito, depois de mais de meio século de aviltamento de sua função na sociedade e deterioração salarial, conformando-se em serem cuidadores de crianças em escolas-creches de onde até a merenda infantil é roubada pelos governantes – que contam com o silêncio obsequioso da mídia que mantêm com nosso dinheiro ou anúncios. Essa mesma mídia, que antes lutava pela venda em banca ou audiência, competindo entre si para cativar leitores, ouvintes ou espectadores, agora se auto-basta e prospera graças à omissão e/ou deformação da realidade dos fatos. Tudo isso deve ser somado ao abastardamento da sociedade civil que, sem Educação digna desse nome, procura aparentar ser o que não é – independente e democrática – e continua a manter esqueletos no armário, como é o caso de um Ministério Público que finge ser defensor dos direitos básicos dessa cidadania relegada à latrina por ele e pelo Judiciário. O fingimento, a falsidade e a falsa dicotomia entre esquerda e direita num país cindido entre ricos e remediados nos deixa impotentes e inapetentes, é mais fácil imputar ao PT os nossos males do que reagir à legalização do banditismo de colarinho branco e togas nigérrimas e pôr fim ao golpismo. Para tanto, sem guerra civil, a eleição é a salvação, desde que Lula/Dilma possam disputá-la, já que todos seus erros e desacertos são menores do que a redução das desigualdades sociais que proporcionaram à nação. Mas, contra o voto popular que vai certamente reeleger a dupla, temos a Operação Lavagem em andamento, destinada a servir restos deteriorados e malsãos à maioria, como se fossemos todos suínos confinados num chiqueiro semelhante ao Congresso Nacional; destinada a esconder os 30/60 milhões de brasileiros que deixaram a miséria nos governos petistas e a ela estão retornando agora, não por culpa da esquerda, mas, com certeza, por culpa dessa polarização marquetológica que tenta recriar o embate ideológico entre esquerda versus direita em pleno 2017/2018, reinstaurando uma Guerra Fria de há muito desaparecida em todo mundo.

  8. de acordo.

    Não há como discordar do autor.

    São decadas de preconceito, das supostas vantagens do individualismo, cada um por si de Deus por todos, pobre é pobre porque não se esforçou, o mundo sempre foi assim  e outras barbaridades…

    Menos tendo consciencia disso tudo isso vai contaminando a alma, o pensamento, a ação.

    Eu mesmo também tenho piorado!!!!. Pelo menos tenho consciencia disso. Preciso mudar.

     

     

  9. Solidariedade

    Dar esmolas é importante, necessário e até indispensável, diante da miséria a que assistimos e que, depois do golpe, se acentua. Mas não é suficiente. Cabe a nós, que temos a voz e a vez de que os muito pobres não dispõem, defendê-los. Em outras palavras, lutar por seus direitos. Como? No dia-a-dia ou, no mínimo, na hora de votar. De escolher quem nos vai representar. Não custa lembrar aquela famosa declaração do inesquecível Dom Helder Câmara: “Se eu dou comida aos pobres, eles me chamam de santo. Se eu pergunto por que os pobres não têm comida, eles me chamam de comunista”. Quem são eles? Justamente os que não compreendem o desespero dos pobres.

  10. Sou classe média. Tenho

    Sou classe média. Tenho convicção que 99% dela é composta por asnos completos. Não sabem o quem fazem, não sabem em que pais vivem e não tem noção de nada. A única coisa que sabem é que dinheiro evita a pobreza. E por ele tudo fazem. O resto é um amontoado de ignorância, preconceito, hipocrisia e burrice, tanta burrice que se deixar um monte de alfafa perto deles some tudo.

     

  11. É… Não têm a menor ideia. E
    É… Não têm a menor ideia. E acham que se aproximar desta problemática, contamina, atrai. Este Natal foi emblemático: todos numa m* de fazer gosto. Mas a culpa é – SOMENTE – da gestão do Cabral e sucessor. NADA DE MISTURAR COM POLÍTICA! É incrível ver a cegueira (acho que negação se aplica com mais propriedade) quanto às relações de causa e efeito que existem entre RJ X LJ X PB. Aliás se houvesse vontade de entender não estaríamos afundando tão rapidamente… 2037? Se o Universo for bom comigo, vai ter me levado de volta às minhocas bem antes disso.

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