Após ataque terrorista, autoridades se solidarizam com Barcelona

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Andreu Dalmau/Agência Lusa/EPA
 
Jornal GGN – O ataque terrorista com uma van, em importante avenida de Barcelona, na Espanha, gerou 14 mortes nesta quinta-feira (17). Entre as vítimas do atentado estão dois italianos e uma portugues, além de cerca de 100 feridos. Aos poucos, passadas 24 horas do ataque, novas informações confirmam as vítimas e identidades.
 
Em comunicado, autoridades, líderes e representantes de países emitem apoio e solidariedade às famílias das vítimas. “A liberdade ganhará da barbárie do terrorismo”, escreveu o presidente do governo italiano, Paolo Gentiloni, em sua conta no Twitter.
 
O presidente da França, Emmanuel Macron, emitiu apoio ao chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmando que o país está disposto a contribuir “com toda ajuda necessária”. Em carta, o papa Francisco condenou o ataque como “violência cega”. 
 
“Barcelona, você tem a nossa determinação e apoio diante desse ataque covarde. Estamos juntos contra o terrorismo onde quer que aconteça”, disse também a ex-secretária Hillary Clinton.
 
Da Agência Brasil
 
 

Menos de 24 horas após o ataque terrorista com uma van que avançou sobre pedestres na avenida turística Rambla, de Barcelona, deixando 14 mortos, as manifestações de apoio e solidariedade aos espanhóis, bem como de condenação ao terrorismo continuam. Na manhã de hoje (18) manifestaram-se o presidente da França, Emmanuel Macron; o papa Francisco; a ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton; e o grupo xiita libanês Hezbollah.

O presidente francês transmitiu, em comunicado, ao chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, a solidariedade de seu país, após os atentados na Catalunha. Ele disse que seu país está disposto a contribuir “com toda ajuda necessária”.

Segundo comunicado do governo francês, Macron e Rajoy falaram por telefone sobre a situação das vítimas, das “circunstâncias” dos ataques perpetrados em Barcelona e na vizinha Cambrils (Tarragona), e da investigação em curso. As autoridades dos dois países “estão em contato sobre a resposta que deve ser dada ao ocorrido”, diz o governo da França.

O comunicado diz ainda que Macron e Rajoy farão uma nova análise da situação “nas próximas 48 horas” e lembrou que o ministro de Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, viaja hoje a Barcelona para visitar os franceses feridos e expressar também à população e às autoridades espanholas seu apoio.

Em um telegrama enviado ao arcebispo de Barcelona, o cardeal Juan José Omella, o papa Francisco condenou nesta sexta-feira “a violência cega” dos atentados de ontem.

“O papa Francisco deseja expressar a sua mais profunda dor pelas pessoas que perderam a vida em uma ação tão desumana e oferece orações pelo seu eterno descanso”, diz o telegrama assinado, como é habitual, pelo secretário de Estado, Pietro Parolin.

A mensagem continua: “Nestes momentos de tristeza e dor, ele quer enviar também o seu apoio e proximidade aos muitos feridos, às suas famílias e a toda a sociedade catalã e espanhola”.

O pontífice também “condena, mais uma vez, a violência cega, que é uma ofensa gravíssima ao Criador, e eleva a sua oração ao Altíssimo para que nos ajude a continuar trabalhando com determinação pela paz e a concórdia no mundo”.

“Com estes desejos, a sua santidade invoca sobre todas as vítimas, seus familiares, e o querido povo espanhol a bênção apostólica”, conclui o texto.

Já a ex-secretária Hillary Clinton postou seu apoio a Barcelona no Twitter: “Barcelona, você tem a nossa determinação e apoio diante desse ataque covarde. Estamos juntos contra o terrorismo onde quer que aconteça”, escreveu a ex-candidata presidencial democrata.

Ontem, diversos políticos americanos demonstraram solidariedade, entre eles o presidente, Donald Trump, e o seu antecessor no cargo, Barack Obama.

O grupo xiita libanês Hezbollah também condenou hoje os atentados e afirmou que o objetivo do Estado Islâmico (EI) é “difamar os princípios da Jihad e do Islã”.

Em comunicado, o grupo xiita afirmou que “este novo crime é outra prova da tendência criminosa”, pois sua “ideologia está baseada no ódio e tem como objetivo matar e destruir”.

Além disso, o grupo sublinhou que atacar civis faz parte do esquema “satânico desses criminosos”.

O grupo xiita libanês acrescenta que “dado que os ataques terroristas estão se estendendo por todo o mundo, é um dever eliminar a organização e enterrar suas ideias destrutivas”.

Ataque

No final da tarde de ontem, uma van invadiu uma das principais vias turísticas de Barcelona e atropelou dezenas de pedestres ao longo de 600 metros, deixando 13 mortos e cem feridos. 

Horas depois, no município de Cambrils, 130 quilômetros ao sul de Barcelona, outro veículo também atropelou pedestres deixando uma mulher morta. Durante um tiroteio, agentes policiais mataram quatro terroristas relacionados a este ataque.

*Com informações da Agência EFE

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. Infeliz coincidência

    Não sou daqueles que acham que coincidências são sempre devidas a alguma conspiração.

    Por isso mesmo não faço ilação nenhuma a respeito.

    Observo apenas que, lamentavelmente, os acontecimentos de Barcelona eclipsaram os de Charlottesville.

    Donal Trump agradece ter sido tirado do foco do noticiário.

    Mas ele volta. Voltará sim. Ele é persistente.

     

  2. Quanto mais vale uma vida europeia?

    Pouquíssimo destaque esta notícia ABAIXO teve, na mídia capitalista e pró-imperialista, e, salvo melhor juízo, nem apareceu neste blog. OCORREU HÁ DOIS DIAS!

    Os perpretadores são, como sempre, os fanáticos salafistas/wahhabistas, adeptos da versão virulenta do Islã, oficial na “amiguinha” Arábia Saudita e que conta com a simpatia de outros monarcas absolutistas da Península Arábica e Golfo Pérsico. E são os mesmos que compõem as tropas de solo da chamada “oposição síria”, sustentada até recentemente pelos imperialismos dos EUA e União Europeia:

    ‘Três mulheres fazem-se explodir na Nigéria provocando 28 mortes

    “Três mulheres accionaram os seus cintos explosivos à entrada de um campo de deslocados, fazendo 28 mortos e 82 feridos”, disse Baba Kura, membro das milícias civis que lutam contra o grupo jihadista Boko Haram, citada pelo Notícias ao Minuto.

    A primeira mulher rebentou o cinto cerca das 18:00 (19h em Moçambique) no mercado que está à entrada do campo, disse a mesma fonte.

    A fonte, citada pela agência de notícias France Press, disse que a explosão provocou o pânico e que quando os comerciantes estavam a fechar as lojas as outras duas mulheres fizeram-se explodir.

    Ibrahim Liman, outro dos chefes das milícias civis, confirmou o triplo atentado e disse que os feridos foram levados para o hospital de Maiduguri.

    Fontes hospitalares falaram de “um grande número de pessoas que chegaram” ao fim do dia.

    A região tem sido alvo de inúmeros ataques do grupo Boko Haram, uma organização fundamentalista islâmica que desde 2009 já provocou mais de 20.000 mortes e levou 2,6 milhões de pessoas a deixarem as suas casas.’

    http://opais.sapo.mz/index.php/internacional/56-internacional/46143-mulheres-bomba-matam-28-pessoas-na-nigeria.html

    O Estado Islâmico de que tanto se fala já existe! Foi estabelecido, logo após a 1ª Guerra, com apoio britânico e se chama Arábia Saudita:

    http://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/por-que-ninguem-fala-do-apoio-da-arabia-saudita-ao-terrorismo-mundial/

     

     

  3. ‘Essa guerra não ocupa as

    ‘Essa guerra não ocupa as manchetes da grande mídia burguesa pelo fato de estar sendo fortemente financiada pelo imperialismo norte-americano, aliado da monarquia saudita. Todas as bombas, armas e logística utilizadas pela Arábia Saudita são disponibilizadas pelos Estados Unidos, que ainda colocam seus serviços de inteligência ao lado dos sauditas.’

    http://averdade.org.br/2017/02/iemen-uma-guerra-esquecida/

     

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