Assassinato de Marielle é um tiro na intervenção militar, por Luis Nassif

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) foi um xeque na intervenção militar no Rio de Janeiro.

Primeiro, por comprovar que o combate ao crime organizado não reside nessa farsa de ocupação de territórios. O crime está instalado no comando do PCC e na Polícia Militar. Dias antes, Marielle denunciou especificamente as violências cometidas pelo 41º Batalhão da PM.

Depois, por ser um desafio ostensivo à intervenção militar no Rio – que, entre suas missões mais relevantes, incluiu a limpeza da Polícia Militar.

Escolheram um personagem símbolo. Marielle era uma unanimidade entre todas as pessoas que a conheceram, dotada de uma empatia única. Jornalistas alternativos, políticos, advogados e procuradores de direitos humanos, todos a retrataram não apenas como a líder política que emergia, mas como uma personalidade cativante.

Os tiros que a atingiram miraram diretamente o interventor militar.

Em suas primeiras entrevistas, o interventor, general Souza Braga, aparentava ser uma pessoa de bom senso. Impediu o showbiz da mídia, não fez desfiles de tanques na avenida Rio Branco, alertou que ocupação de território não funcionava, que o essencial seria a unificação das ações policiais com a supervisão militar.

De certo modo, sabia a armadilha que o governo Temer armou. Mas não soube escapar da sinuca em que o meteram. Deveria inaugurar a intervenção com condenação prévia enfática da truculência e das arbitrariedades contra a população. Antes do primeiro passo, deveria enquadrar a violência.

Em vez disso, a polícia e o exército passaram a praticar a identificação invasiva de pessoas, a invasão de casas e outros procedimentos de exceção – que são regras para as populações mais pobres. Exigiram tribunal militar para crimes de militares contra civis, anunciaram que não haveria comissão da verdade nas favelas – e Marielle trabalhava justamente na montagem dessa comissão.

Esses sinais atiçaram ainda mais os animais que habitam a alma dos justiceiros, das milícias à parte podre da Polícia Militar – claramente hegemônica na corporação. Marielle foi não apenas a consequência desse aumento da violência, como um desafio aberto das milícias e da PM contra o interventor.

Para vencer o desafio, o general terá não apenas que identificar e prender os dois criminosos, como enfrentar uma força armada do 41º batalhão da PM.

Aliás, das pirações institucionais do Rio não escapou nem o italiano Maurizio Giuliano, diretor do Centro de Informações da Organização das Nações Unidas para o Brasil. Entrevistado, afirmou que “infelizmente não chega a surpreender quem acompanha as estatísticas de violência do Estado. No Brasil, um jovem afrodescendente é morto a cada 21 minutos”, disse Giuliano em entrevista à BBC Brasil, por telefone, na noite desta terça”.

Uma vereadora símbolo das lutas sociais é executada em plena cidade, o episódio torna-se objeto de comoção internacional, e o bravo Giuliano reduz tudo a uma estatística, Ganha o título de o sem-noção do ano.

 

Luis Nassif

109 Comentários

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  1. Perdoem-me a redundancia, mas

    Perdoem-me a redundancia, mas o Brasil, a cada dia que passa, vai se transformando (melhor seria dizer) confirmando o seu status de país de fancaria, esculambado, um verdadeiro laboratória de canalhas e corruptos que mostram que o país é mais abjeto do que aquilo que imaginamos.

    É tudo de mentirinha: a justiça é de mentirinha, as FFAA são de mentirinha, a polícia é de mentirinha, os protestos são de mentirinha, boa parte da esquerda é de mentirinha, o ensino é de mentirinha, a saúde é de mentirinha. A verdade verdaeira é a corrupção em níveis elevadíssimos, sobretudo aquela que se esconde sob a moralidade de uma classe média que nos dá ânsia de vômito.

    Um país sem governo, à deriva e que vai aos poucos mostrando para o mundo a sua verdadeira (falta) de vocação para o exercício da democracia. Um país covarde.

    Descanse em paz Marielle. Os que são como você estão condenados à morte nesse país de infelizes e incapacitados seres humanos que não conhecem a solidareiedade e a justiça social.

  2. 1888
    Acrescento o óbvio: esse modus operandi é o mesmo dos tempos do cativeiro. O Brasil do poder e dos privilégios sempre tratou seu futuro à bala.

  3. Aécio e Temer foram punidos? Os assassinos da Marielle tb serão
    Ao Camarada Dimitrov, quando lutou diante do Tribunal fascista em Leipzig*(Brecht)

    Camarada Dimitrov!
    Desde o dia em que lutastes diante do tribunal fascista
    a voz do comunismo, cercada pelos bandos de matadores e bandidos da SA
    através do ruído dos chicotes e cassetetes,
    fala bem alto e nítido
    no centro da Alemanha.
    Voz que pode ser ouvida em todas as nações da Europa,
    que através das fronteiras ouvem o que vem
    do escuro, elas mesmas no escuro,
    mas também pode ser ouvida
    por todos os explorados e espancados e
    incorrigíveis lutadores
    na Alemanha.
    Com avareza utilizas, camarada Dimitrov, cada minuto
    que te é dado, e o pequeno lugar que
    ainda é público, utiliza-o
    para todos nós.
    Mal dominando a língua que não é a tua
    sempre advertido aos gritos,
    várias vezes arrastado para fora,
    enfraquecido com as algemas,
    fazes repetidamente as perguntas temidas.
    Incriminas os criminosos e
    leva-os a gritar e te arrastar e assim
    confessar que não têm razão, apenas força.
    Embora não tão visíveis
    milhares de combatentes, mesmo os
    ensangüentados em suas celas
    que podem ser abatidos
    mas nunca vencidos.
    Assim como tu, suspeitos de combater a fome,
    acusados de revolta contra os exploradores,
    incriminados por lutar contra a opressão,
    convictos da causa mais justa.

  4. Um sistema que produz Sérgio

    Um sistema que produz Sérgio Moro, Dallaghol; PF e MPF de Curitiba reverberado, ribombado, Brasil afora e que conta com apoios dolosos ou culpáveis, dá no que dá.O crime organizado, revestido de legalidade, energizado,  campeia como nunca.

  5. Assassinato de Marielle é um tiro na intervenção militar

    -> Assassinato de Marielle é um tiro na intervenção militar

    nós da tribo arkx acabamos de falar a mesma coisa aqui: a responsabilidade é do interventor!

    militares existem para travar guerras. só existe uma única guerra a ser travada: a luta pela libertação do Brasil!

    cruzamos mais uma fronteira de não retorno. cruzamos mais uma fronteira de não retorno. 1968 chegou, já temos um novo Edson Luís…

    just about live

    .

  6. Isso remete a dois dados alarmantes:

    Isso remete a dois dados alarmantes:

    1- A PM como entidade avessa ao enquadramento pelo Exército e totalmente obediente e servil a linha ideologia narrativa truculenta e anti-negros, anti-glbt, anti-mulher, anti-esquerda, anti-progresso, anti-povo e anti-civilização de Jair Bolsonaro. 

    2- A mexicanização do Brasil, com contaminação do Exército pelo crime organizado, inclusive com soldados se viciando em cocaína….outros elementos da mexicanização: narcogoverno, eliminação da resistência, inclusive com decapitação de jornalistas que denunciam o crime organizado….

    1. Pois é. aqui no Rio, o

      Pois é. aqui no Rio, o pessoal fala que o Governo inventou essa intervenção pra segurar Terceiro Comando e CV pro PCC poder se espalhar com mais tranquilidade….

    2. Mas seria hipocrisia

      Mas seria hipocrisia julgá-los. O negócio não era ganhar dinheiro? Quem não quer ganhar dinheiro? Poder? Fama? Quem nunca deu caixinha ao guarda da esquina?

    3. Desculpe a truculência.

      Mas você acha mesmo que o evento é prova de que a PM não pode ser enquadrada pelas FFAA (nesse caso, o EB)?

      (risos).

      Então as PM são o maus e o EB as vítimas que perderam o controle dos selvagens (risos novamente)?

      Ao contrário do que disse o Nassif, o general não foi atingido, mas foi ele que ajudou a puxar o gatilho!

      Essa obediência e modus operandi atende exatamente aos limites que os comandantes militares desenharam desde 1988 e talvez antes, na chamada “transição democrática”.

      Está na CRFB a condição de força auxiliar, que muito mais que um diplma lega abstrato, remete a realidade de que as FFAA nunca, eu repito, NUNCA deixaram de influenciar as polícias estaduais.

      A GLO desde 1992 é prova disso.

      A manutenção da tortura como e com método, idem, corroborando o esforço dos militares em sabotar, com apoio de nossos iluminados juízes do stf, qualquer punição dos atos criminosos praticados após 64.

      Meu caro, não há enquadramento, há simbiose.

      O item 2 é de uma ingenuidade atroz.

      O Exército não se contamina pelo crime organizado, ele é, como em todo estado capitalista periférico, o início, o fim e o meio das orgzanição criminosas, embora algumas não recebam esse nome na verdade.

      1. Assassinato de Marielle é um tiro na intervenção militar

        -> O Exército não se contamina pelo crime organizado, ele é, como em todo estado capitalista periférico, o início, o fim e o meio das orgzanição criminosas, embora algumas não recebam esse nome na verdade.

        correto sua abordagem.

        mas tem mais coisa aí. este assassinato me parece mais complexo do que apenas os interesses imediatos que apertaram o gatilho. acho que a coisa desandou de vez.

        parece um delírio nas espirais do tempo se contorcendo e insistindo em retornar:

        1968 e o assassinato do estudante Edson Luís…

        1976 e o assassinato de Manoel Fiel Filho…

        .

        1. O RIOCENTRO que deu certo?

          Vamos embarcar:

          Você como eu sabe que agora pouco importa o motivo, o crucial é controlar a narrativa do evento.

          Ela pode ter sido morta por “N” motivos, desde uma causa passional, o interesse de algum grupo, a vaga que ocupava (já vi suplente executar o mandatário), etc, etc, etc.

          Mas o que vai valer é a tese do ato político.

          Sei, mas vamos” viajar mais”:

          – Pode ter sido uma “cagada” de PM que perderam a noção, como no caso da Accioly, ou do pessoal que matou e sumiu com Amarildo e o cara da FIOCRIZ (1992)? Pode. Dentro desse ambiente conflagrado, esses eventos são bem mais comuns que se imagina.

          Um grupo se reúne, chateado com o incômodo que a vítima causa, e plic, plac e pum! Já era.

          – Isso seria uma tremenda burrice, porque avaliaram mal o que chamam na polícia de “preço do cadáver”.

          – Nesse tempo de semiótica e pós-verdade, os caras deveriam saber que “ia dar merda”. 

          Mas exigir pensamento refinado da PM é só para quem acredita que eles são parte de crime organizado, banda podre, etc.

          Agora vamos ao o que eu acho:

          – Se foi um ato político, foi um ato terrorista de estado, e como tal, nunca aconteceria sem a anuência ou omissão dos escalões de cima.

          Se a PM é uma máquina de matar em nome das elites e do Estado que elas controlam, um morte como essa pode ser acidente, mas isso é uma chance remota.

          A máquina só anda com comando.

          Outra coisa: A PM não precisa mandar recado algum, nem suas facções mais letais, todos estão com a faca e o queijo nas mãos.

          O bode expiatório não são os PM dos grupos de extermínio, os capitães nascimentos gozam de interira simpatia de seus superiores e da sociedade em geral (bandido bom, é…)

          O alvo é a chamada “caixinha”.

          Então, PM violentos não precisam matar a moça para legitimar suas práticas…não tem sentido.

          Acho que o cadáver da moça está dando o que se espera dele:

          Um monte de gente (inclusive aqui) dizendo que foi uma afronta, um tiro no general e sua invernada carioca, que foi a banda podre.

          Justamente os argumentos que darão cara e corpo ao espantalho, o exército como antagonista da banda podre da PM, como “salvadores” do Rio, ou como incapazes de fazê-lo sem o aprofundamento do golpe e da exceção do regime.

          Um RIOCENTRO que deu certo, ou está dando.

          Nassif já disse, e muitos outros, que caberá ao general “limpar” e prender os autores dessa afronta.

          Viu?

          Porém, eu acho que só eu e você correremos o risco (risco verdadeiro) de acreditar nessa “loucura”.

          1. ou como incapazes de fazê-lo
            ou como incapazes de fazê-lo sem o aprofundamento do golpe e da exceção do regime.

          2. em trânsito

            nas ruas. sentindo o clima na Cinelândia. conversando com pessoas, inclusive com algumas que nem conheço. jovens consternados aos prantos. agora sabem como é a Diitadura: matam na cara-dura, à luz do dia ou na frente de todo mundo, e ainda assinam. como sempre fizeram com o povo pobre e negro. pessoas choram abraçadas. calor infernal. mergulhamos outraz vez nos porões de chumbo da ditadura que nunca acabou. foi execução. não foi nem a polícia nem a milícia. foram profissionais. ” arregaçaram a cabeça da neguinha”. deixaram uma testemunha sobreviver. chqoue e pavor.

            .

          3. Em trânsito e em transe…

            Deixando a zona metropolitana do Rio.

            Saindo do inferno…

            Os tiros foram de 09 mm. Quem atirou manuseia muito bem as armas…

            Milícia e/ou polícia do 41º BPMERJ (Irajá), como alegam, não iam se expor a um risco de deslocamento desse para agir em uma área que conhecem (ou dominam) pouco, como o centro do Rio…

            Para fazerem isso teriam que manter todas as viaturas do entorno (inlcuindo aí o quartel general da PM, na Evaristo da Veiga) inertes, e isso é pouco provável…

            Milícia e polícia agem perto dos territórios onde dominam, salvo raras exceções…

            Até porque, se fosse o caso de retaliar ela por intromissões indevidas, sua morte teria que ser “encenada” próximo a comunidade onde a intromissão se deu…

            Não creio que milicianos ou grupos de extermínio teriam sofisticação para matar a moça longe das sua áreas para criar uma ação diversionista…

            Miliciano vai de fuzil e “larga o aço” em dó…!

            é mais ou menos por aí…

          4. A comoção honrosa não é
            A comoção honrosa não é levante. Não é revolta. Não é ação. É reação. É culpa. É medo.

            Conheço bem a área e todo o simbolismo do ato. O cheiro é de medo e vergonha antecipada: recado “não se atrevam” recebido e assimilado. E vai, passada a comoção, dissipar…

            Carpir faz parte e é o tributo merecido.

            Mas, e a seguir?

            Mesmo JÁ MORTOS a vida segue. E passa por cima.

    4. Assassinato de Marielle é um tiro na intervenção militar

      TODOS NÓS JÁ ESTAMOS MORTOS. isto tudo já aconteceu. déjà-vu.

      nossa luta não é para mudar o futuro, e sim para mudar o presente.

      just about live

       

      .

       

       

    5. A entrada de vários novos nicks no blog

      para defender a farda prova que estamos num estágio avançado de mexicanização: os grupos ligados á extrema direita, fardada ou não, já tem sistemas eficientes de ação na web. Isso custa…

      Logo serão os jornalistas as vítimas de “assassinatos passionais” como escreveu um dos nicks.

  7. Raul Jungmann,

    vamos ver agora, na prática , se o Ministério de Jungmann tem alguma serventia. Vamos ver se a intervenção tem culhão para ir a fundo e apurar o papel da banda podre da PM nesta execução !

    Ocupar territórios, posar para  a Globo e  séquito é fácil !

    Revistar mochilas de crianças é fácil !

    Ou  acusarão e prenderão os suspeitos de sempre  ?

  8. Além da morte da valoroza

    Além da morte da valoroza companheira, o que causa temor é de que o golpe e seu entorno tenha avançado mais uma etapa inaugurando a violência como método político.

    Não há dúvidas tratar-se de um crime político emoldurado no contexto de um golpe de estado que simplesmente fez do país uma terra sem lei.

    É preciso que as esquerdas e os democratas estejam unidos para elucidar e punir os criminosos, e sobretudo os mandantes e beneficiados pela morte da vereadora.

  9. mandante

    -“identificar e prender os dois criminosos,”-

    Não acredito que dois elementos, vulgares e anônimos, decidiram, planejaram e executaram o covarde crime.

    Da mesma forma que não acredito que na  Petrobrás, Parente tinha caneta para assinar o cheque de 3 bilhões de dólares para o fundo sediado nos EUA.

    Nos dois casos grau mais alto de hierarquia foi requerido.

  10. Olá Colegas. Lembrei do

    Olá Colegas. Lembrei do atentado ao RioCentro durante o Gov.Figueiredo. O inquérito falso, a conclusão mentirosa e a impunidade dos criminosos. Fico pensando se isso irá acontecer de novo.

  11. manchete no G1

    Polícia investiga SE vereadora Marielle Franco foi executada e ouve testemunhas

    Porra! Levou 4 tiros na cabeça e a polícia acha que foi o quê? Bala perdida?

  12. Esgoto a céu aberto: seguidores do “Messias” Bolsonaro comemoram

    Esgoto a céu aberto: seguidores do “Messias” Bolsonaro comemoram execução da parlamentar do PSOL.

    Mais cedo a mim se apresentou um video de um destes deformadores de opinião, quando notei que aquilo era o velho bláblá anti-Maria do Rosário e anti-civilização, desliguei a reprodução do mesmo, haja estômago…

    A Globo é responsável por esse exército de sem noção, o Judiciário e lavajateiros  com STF dentro tmbm…a que ponto chegamos… tempos atrás a pauta era pré-sal, submarinos, aviões hipersônicos, talentos da matemática e do Ciência Sem Fronteiras e, hoje, a comemoração da morte…prisões-espetáculo….entrega do patrimônio nacional a paises estrangeiros: a vida deu lugar à morte, paira sobre nós uma nuvem que exala um odor de cemitério…o nosso pais virou essa merda, fruto de grave déficit cogntivo

    CRUÉIS! Eleitores do Bolsonaro comemoram morte de vereadora do PSOL

    http://www.centralpolitico.com.br/2018/03/crueis-eleitores-do-bolsonaro-comemoram.html

     

  13. Pois é…sobre déficit cognitivo e humanitário…e ae Globo….

     

      

    Rosangela Paula D Lima

    23 h ·  

    Triste … desesperador! Mais um cidadão de bem, que apoia Bolsonaro e a sociedade armada, matou hoje a ex-namorada por não aceitar o fim do relacionamento. 
    (Alysson Fonseca Naves)

    A imagem pode conter: 1 pessoa, atividades ao ar livre e texto 

     

    1. Que deus nos livre duma

      Que deus nos livre duma campanha tão baixa

      ABOMINO Bolssonaro  ..mas se formos tentar entender o que leva os 30% do eleitorado mais jovens (a parte da sociedade idealista, imediatista, inocente, inexperiente, simplista, IGNORANTE, crente na existência de heróis, milagres, de paladinos etc etc )..

       ..se formos tentar ententer, cativar e RESGATAR esta populçação (este eleitor e cidadão) com considerações e ilações desse tipo (ligando o assassino ao fato de votar no fascista)  ..olha, acho que tamo fudid?s e mal pagos

      1. Nâo há como ignorar que a

        Nâo há como ignorar que a Globo é a grande responsável por essa disseminação do fascismo, a Lava Jato idem

         

        1. Certa esta a colega Cristina

          Certa esta a colega Cristina que disse AQUI que os GOLPISTAS nos legaram ANTES de TUDO o caos, a anomia que acompanha estas violências  ..a quebra de leis e regras (LAVA JATO por ex) e de acordos formais e/ou tácitos

          Imprensa mentirosa, tendeciosa  ..Justiça partidarizada, fulanizada ..sensação de insegurança surgindo em todas as áreas ..tudo isso é verdade  ..mas culpar a Globo como a grande responsável por esta situação, de fato não posso concordar  ..a GLOBO é um titere da casa grande, mais que isso é supervalorizá-la

          LULA um dia teve 85% de aprovação  ..como perdemos tal apoio ? Ali a Globo existia e urdia, a ROLHA e Estragão de SP tb  ..e nem vou falar da Veja, da Quanto é  

          Não não colega  ..melhor fazermos a mea culpa pra entendermos qual a nossa cota parte nisso tudo  ..quais foram e são os fenômenos históricos e mundiais envolvidos

          ..repito o que venho dizendo e dou-lhe uma pista pra refletir  ..o exagero em se escolher de INIMIGOS, o eterno nós contra eles, pra mim, mais colecionou adversários e insatisfeitos, do que soldados propensos a defender nossos nobres anseios (o combate a miséria por exemplo)

          ps – e sem querer distorcer

           

      2. Qual é, Romanelli… Tem TUDO a ver

        O cara é a própria defesa da truculência, e especificamente do desrespeito com as mulheres. O que vc espera de quem vota nele? Talvez nem todos cheguem ao assassinato, OK. Só uns tabefes, né, resolveria… E nao se importam com o assassinato de “alguns” (negros e favelados, sobretudo). 

        1. Não vou fazer uma extensa

          Não vou fazer uma extensa analise antropológica da violência  que versa contra a mulher   ..nem vou tentar provar pra vc o qto abomino nas correntes fascistas (de direita e esquerda)..

           ..mas garanto pra vc que este tipo de argumento poderia ser muito bem usado por CAVAJESTES contra muitos eleitores de LULA  ..ridiculo  ..vamos melhorar o nível 

          1. Nada disso Desde qdo Lula já defendeu violência contra mulheres?

            Tb detesto argumentos pela lateral. Me lembro de quando muita gente de esquerda falava contra o Collor por ele usar cocaína, e, embora eu ache que nao é adequado um presidente usar cocaína, eu sempre contraargumentava dizendo que nao era por isso que eu era contra Collor. Mas o caso aqui é diferente. O fato de Bolsonaro ser um misógino é sim UM dos motivos pelos quais sou contra ele. Além do mais, vc tinha dito que nao havia relaçao entre alguém votar em Bolsonaro e assassinar a namorada, e tem sim. Claro que nem todos os que votam nele sao assassinos, mas sao a favor da violência, donde tem TUDO A VER.

      3. Com esse narcogoverno

        Com esse narcogoverno que ai está e sua superestrutura e lideranças como o “MB”, não há menor chance de restage para os bolsomitos.

        E ainda vai piorar, pois com a retirada de Lula do cenário politico, ficará um vazio: quem vai ocupar esse vazio senão nova leva de fascistas  bolsomitos.

        Nem se trata de resgatar pessoas e sim de destruir o sistema que levou a isso….trocando em miúdos: um resgate dessa natureza começaria pelo fechamento puro e simples da Globo, produtora dessa deformação que ai está….

         

  14. tudo no texto eu concordo,

    tudo no texto eu concordo, exceto dois pontos mal tabulados

    1. Sobre a COMISSÃO da VERDADE – não foi por falta de aviso que muitos alertaram os eternos conflagadores, de que NÃO daria certo, após anos de anistia e de tentativa de se desarmar os espíritos de muitos vivos, que uma comissão mirasse prioritariamente um lado da moeda que se julga, até hoje, como tendo sido vitima, o lado defensor da ordem e da legalidade da época, o lado agredido.

    Vdd é que muitos estercorários (de ambos os lados) não sossegaram enquanto não viram o esparramo começar a reincerir a cisania entre o povo (que à época até sonhava em superar passivos seculares, em ser um Bric e a ostentar a 5a economia do planeta)  ..e ali, deu no que deu, INOCENTES pensando que a democracia se sustenta por si e seus valores, sem necessitar de maiores cuidados e respeito aos tratos feitos, logo viriam a perceber (mais precisamente apartir de 2015) que a coisa não era bem assim

    Fato é que a tal comissão abriu feridas desnecessárias para a contemporaneidade do BRASIL  ..e deste “trauma”, alguns que sequer foram alvejados, já tratariam ali de tentar afstar seus medos e fantasmas 

    ..pra pessoas bem intencionados, um FIO DO BIGODE é suficiente  ..pra mal intencionado, nenhuma lei, ou acordo tácito,  atende  ..essa é a dura realidade

     

    2. CRIME de MILITARES contra CIVIS – EU Vi oficiais dizerem que se MARGINAIS fossem flagrados portando, usando e ostentando armas exclusivas, que era um desejo das Forças Armadas e Policiais poder ABATER estes indivíduos que estariam aterrorizando não só as forças e agentes públicos, como colocando toda a sociedade em risco..

    ..na mesma época vi gente dizendo que o que se pedia era carta branca pra poder matar pobre e negro  ..como ?!

    ..aqui sou sincero, se DEVIDAMENTE documentado (filmado de forma clara e cabal, por exemplo), diante dum ato explícito de GUERRA, não vejo porque não se permitir que um mal maior prospere

    Aliás, quem viu a fuga da tal V.Cruzeiro e aquela orda de de marginais fugindo quase que sem serem intimidados, deve lembrar um pouco da revolta que deu na IMENSA maioria da população do país  ,,maioria que diga-se, saiu dos 85% que um dia apoiaram LULA, e que depois de 2 anos bateriam panela contra DILMA (e não to falando da classe média paulista não, viu abestado ?!)

    https://www.youtube.com/watch?v=PDPMPesOaQg

     

     

      

  15. Assassinato de Marielle é um tiro na intervenção militar

    A morte de Marielle escancara a verdade.

    Nos anos recentes, já no julgamento de exceção do mensalão petista a legislação tem sido violentada ao sabor dos interesses do conservadorismo reacionário.

    Gritante verdade é a impunidade de Azeredo em comparação com o rigorismo ilegal da a AP 470. Não dá para fugir.

    De lá para cá foram se disseminando no aparato policial e jurídico as ações justiceiras contra o povo e seus interesses.

    O Golpe de 2016 foi o marco que assinalou o descalabro canalha do Legislativo e Judiciário.

    Tivemos o caso Delcídio, afastado e preso em contraponto com o multi denunciado Aécio, ainda senador livre , leve e solto. Mais aberrações.

    No Executivo o governo que temos nada mais é que um bando de cafetões a administrar o puteiro que virou o Brasil. Inventaram uma intervenção fajuta para prover o abrigo confortante da gendarmeria.

    Agora temos o assassinado aberto e público de uma defensora dos direitos humanos.

    O monstro está solto a devorar seus oponentes.

    Tanto violentaram inflando os piores instintos que não se preocupam com a dissimulação. O recado agora é claro e preciso.

    Como reza a lenda, um dia a criatura destroi o criador.

     

     

        1. não penso que estou

          não penso que estou distorcendo nada não  ..mas apenas tentando acrescentar MAIS ELEMENTOS, fatos e verdades históricas que envolvem este tipo de acontecimento  ..coisa que parece que perturba um pouco a sua lógica sociológica que, tudo indica, prima pelo primitivismo e simplicidade das causas

    1. “Como reza a lenda, um dia a

      “Como reza a lenda, um dia a criatura destroi o criador.”

      O criador e os que alimentaram a criatura por admiração e inveja do monte de dinheiro que tem o criador:

      “Dinheiro, sim! E digo mais: dinheiro em dólar e em bitcoins, tá?”

  16. O crime do “guarda da esquina”

    Sinceramente lamentável. Mas seria hipocrisia fingir surpresa: alguém já viu um golpe de estado “bonzinho”?

    O Rio é apenas o laboratório do Brasil. E o assassinato de Marielle, nada além do crime do “guarda da esquina”. Que, sem surpresas, está estabelecido desde ’64 e até antes disso.

    Serão presos os “suspeitos de sempre”, no máximo os verdadeiros executores. Mas os mentores e as pessoas que mantêm esse jeito de viver ainda estarão livres, ganhando dinheiro, holofotes, faixas e medalhas. Ainda terão mansões no Lago Sul, helicocas, jatinhos do BNDES, amizade com doleiros (o dólar, o dólar, o dólar…) e toda sorte de criminosos. Continuarão atravessando imóveis populares, ganhando dinheiro e fama para entreter trabalhadores capitães-do-mato. Tácita ou explicitamente se acumpliciarão mutuamente: “Ora, vá… não seja infantil. Todo mundo quer ficar rico e famoso.”

    Daqui a dez anos uma comissão popular, autorizada pelas autoridades, fará a conta dos mortos e  dará no Fantástico ou no Jornal Nacional. Todos fingiremos que não sabíamos que poderia ser esse tanto. Seremos autorizados pelas autoridades a votar em algum daqueles a quem o poder econômico – quem mais é a autoridade? – projeta na mídia tecnológica então na moda, que perdoará os mortos e os assassinos. E autorizados pelas autoridades, diremos satisfeitos: “Nossas autoridades são democráticas. Agradecemos a elas.” E torceremos pelos guardas das esquinas que, afinal, só matam pobres e a gente é… rico? Err… não exatamente. Mas, oras, somos classe média limpinha, falamos inglês, até! Tá pensando o que?

    Boa pergunta. Que será que a gente pensa, que será que a gente vive?

    1. Golpe é Golpe e, acredito que

      Golpe é Golpe e, acredito que muita gente boa, não avaliou bem as consequências desse golpe, especificamente. Permitir que Temer chegasse ao poder blindado, por MPF/STF carregando para seu ministério uma renca de figuras associadas ao narcotráfico e, ainda, se dando ao luxo de plantar uma delas na Corte que, entubou caladinha o novo parceiro já que um já tinha ido pro saco.  Um outro tb foi pro saco pra que um outro expoente do grupo pudesse ter o caminho pra presidência facilitado. O império, não precisou fazer muita força, dessa vez. As armas já estavam aqui, os grandes centros já estavam sitiados.  O judiciário/Mídia e MPF, no bolso…. Não precisam fazer nada, basta largar o país, como está, sem comando. Instituições falidas, ou seja, funcionando normalmente, como diz Carminha e, com a população tentando sobreviver em meio a guerra de narcotraficantes disputando territórios. Pro pessoal que tava achando que JB, Moro, DD, etc… estavam barbarizando o Direito para combater a corrupção do Petê, tá aí uma má notícia. O que esssa turma fez foi tirar o PT da frente pros narcotraficantes disputarem o país em paz. Engraçado que a classe média que mais se empolgou com o golpe é a que mais se borra de medo do bicho que criou. Eu quero ver é esses juízes e promotores mauricinhos alegando importância na hora que bicho pegar, mesmo. OSTF atirou o país na treva!

      1. O golpe não tem fim

        É isto, Cristiana. O golpe foi dado por “inocentes” que pensaram que os eternos golpistas queriam apenas destruir o LULA e pt. Agradar a globo é tão bom, né? Simples. 

        Não atentaram que golpe destroi democracia, constituição e direitos humanos, e que depois dele vem o caos. 

        Não vejo a luz no final do túnel, e perde o país e eles, que aceitaram o golpe e foram aos holofotes dos golpistas que por sua vez obedeciam a …. ( the book is on the table), que por sua vez queriam isto mesmo, destruir o país, se destroem. Cada dia mais um pouquinho. Como vemos.

        E aqueles cujo dever era impedir, e não dar uma ajudazinha fundamental? E agora?

  17. assassinato….

    Querer fazer palanque politico com a vida das pessoas, também não ajuda nada. E nem vitimizar a bandidagem. Mas a Vereadora é a nova Juíza Patricia Aciolly. Denunciou o que até as pedras sabem, enquanto nossas Elites e nossa Mídia, vendem e se mancomunam com o Carnaval Carioca e os bondosos Bicheiros, que nada fazem fora um loteria despretenciosa. E tem gente que diz não entender nossa politica, suas ideologias e este Brasil. Impressionante. O CRIME ORGANIZADO é obra de 3 ou 4 Congressistas comandado a partir do Gabinete do Governador. A estrutura que a protege e subjulga, qualquer desvio deste bilionário mercado é o braço armado da PM. E outras Polícias. Quem foi o “Gênio” que fez esta revelação? Apenas o Ministro da Justiça. Armas e Drogas entram por Aeroportos, feudos de Waldemar da Costa Neto. Por Portos, feudos de Covas e Temer. São transportadas por Helicópteros Senadores Perrellas. Não é culpa, nem responsabilidade de fronteiras paragiuaias, colombianas ou bolivianas. Nossos vizinhos e parceiros, a quem acusamos hipocritamente e canalhamente. Nós é quem exportamos a criminalidade até seus territórios. A merda foi jogado no ventilador. Não tem mais como esconder. Assassinato de Juizes, Vereadores,…O que mais falta na mediocridade desta latrina? O Brasil é de muito fácil, mas muito fácil expliucação.    

  18. Aproveite o gancho, Nassif.

    Prezado  Nassif, prezados leitores.

    Coloquem máscaras, protejam olhos nariz e boca e dêem uma olhada na caixa de comentários dos veículos do PIG/PPV e da extrema direita nazifascista. Não percam a oportunidade de denunciar os que fazem apologia ao crime, assim como a de desmascarar essas pesquisas e leis fajutas, sobre fake news, cujo objetivo oculto é censurar os veículos não alinhados com o golpe com os golpistas.

     

  19. Pra quem tinha duvidas……

    De “como e pra quem” estão “funcionando” as instituições……….e quem tinha duvidas se vai haver eleições “mais ou menos” justas, mesmo sem Lula, é questão de abrigar o equino das intempéries e começar a pensar no medio prazo…….esse “novo normal”, não tem pudor de baixar o pau em professorinhas(mesmo prof aposentadas …..) em sp, na base de bomba de gaz, bala de borracha e soco na cara…..e no rio, matar uma jovem vereadora com 9 tiros……….Que porra de pais estamos virando? Que mata e agride mulheres, sem o menor problema……..essa gente nasceu de proveta? não tem mãe?

    Policiais em sp, e é bem provavel que na morte de Marielle, tenha meganha no meio tambem…..e sem ser cinico, acho que vai ser mais uma morte que vai ficar por isso mesmo, com milico ou sem milico……é como disse o Izais….é tudo de mentirinha…….

    intempéries
    “intempéries”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/intemp%C3%A9ries [consultado em 15-03-2018].
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    “intempéries”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/intemp%C3%A9ries [consultado em 15-03-2018].
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    “intempéries”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/intemp%C3%A9ries [consultado em 15-03-2018].
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    “intempéries”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/intemp%C3%A9ries [consultado em 15-03-2018].intempérie
    “intempéries”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/intemp%C3%A9ries [consultado em 15-03-2018].intempérie
    “intempéries”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/intemp%C3%A9ries [consultado em 15-03-2018].
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    “intempéries”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/intemp%C3%A9ries [consultado em 15-03-2018].

     

    1. Me explico…

      o “tudo é de mintirinha” não se refere a morte da vereadora que é bem real e muito triste, evidentemente…..o que é de “mintirinha” são FFAA, policias, justiça e assemelhados, combate à violencia e outras lorotas do mesmo calibre, estamos numa “estranha” ditadura, mas que é, para min, sem nenhuma duvida, ditadura…..temos que nos organizar para a resistencia no medio prazo….dessas eleições de 2018 não sai nada….não tem a menor chance….hora de pensar no medio/longo prazo…..   

  20. Problematizando o problema.

    É dífícil comentar um evento desses.

    Por várias razões, a primeira óbvia: 

    Sem uma narrativa resultante da apuração dos fatos, ainda que saibamos que tais narrativas também vêm impregnadas de interesses às vezes escusos, é evidente que não se pode colocar o carro na frente dos bois, apesar da suposta comoção.

    Por outro lado, há comentaristas que detêm informações de bastidores (pode ser o caso aqui), e comentam com alguma propriedade, mas é justo supor que não podem dizer que as detêm, portanto, acabam no (mesmo) campo pantanoso da futurologia e especulação.

    Vamos ao texto:

    O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) foi um xeque na intervenção militar no Rio de Janeiro.

    Comentário: Estranho dizer que a intervenção está em xeque (mais abaixo confirmaremos isso). Se olhada por suas causas, sua natureza e seus (supostos) objetivos divulgados a “intervenção” tem dois aspectos cruciais:

    a) Nenhuma intervenção desse tipo, em nenhum lugar do mundo, deu ou dará certo, por um simples motivo: A violência decorrente da proibição de venda de substâncias pscioativas é incontrolável, assim como a própria atividade (tráfico) que lhe dá causa.

    Então, honestamente, quem promoveu essa cretinice já a sabia como tal.

    b) Aqui uma especulação (“leviana”?) de minha parte: Sabedores disso, a “intervenção” é só mais um degrau na escalada do golpe de 2016. Ela prepara o campo para novos decretos (estado de defesa?) e o cancelamento das eleições de 2018.

    A morte da moça vereadora, portanto, não é tão ruim para aumentar a histeria coletiva.

    Tem os ingredientes corretos para alimentar o intenso debate de surdos e cegos que seguirá: 

    De um lado, os punitivistas tentando desmerecer a luta política dela (um truque é chamá-la de “defensora de vagabundos”, e outros rótulos) e de outro, o pessoal da classe média chamada “progressista”, brandindo os mesmos preconceitos e esterótipos de sempre contra a polícia e policiais, esquecendo o básico: 

    A polícia é instrumento de controle social de Estado, e serve às classes que o controlam e agem conforme essa lógica. 

    Estado (e sociedade) violento, racista, misógino e etnocida, polícia idem.

    Primeiro, por comprovar que o combate ao crime organizado não reside nessa farsa de ocupação de territórios. O crime está instalado no comando do PCC e na Polícia Militar. Dias antes, Marielle denunciou especificamente as violências cometidas pelo 41º Batalhão da PM.

    Depois, por ser um desafio ostensivo à intervenção militar no Rio – que, entre suas missões mais relevantes, incluiu a limpeza da Polícia Militar.

    Comentário: Erro bem primário. Crime organizado, digno desse nome, usa muito pouco a violência, que quando acontece (violência) reflete alguma disputa nas suas cúpulas. 

    Exemplo: Jogo do bicho. Tão incorporado, tão legitimado que nem seu ouve mais falar dele, apesar de hoje estar estruturado em escolas de samba, futebol, entretenimento, diversas outras formas empresariais e agora, no Rio, podem voltar as dar as cartas, como fizeram quando os militares mandavam em 64.

    São aliados preferenciais dos milicos, por serem extremamente conservadores e detentores de uma extensa rede de alcaguetes.

    Crime organizado é o sistema financeiro, bancos e banqueiros em seus gabinetes felpudos, a mídia que a tudo isso enconbre, enquanto mira nas favelas, enfim, crime organizado não vai para a cadeia, e portanto, raramente saberemos quem são seus comandantes.

    Não entendi a alusão ao PCC. 

    O PCC não é (ainda) organizado, mas somente o mais estável e rico (claro, sua base é  Estado mais rico da Federação) das falanges de zérruelas.

    É mais uma ideia que uma estrutura, são tantas as ramificações e subdivisões, e adesões por todos os lados, que ninguém poderá defender que essas células ajam por obra de algum comando central organizado.

    É mal comparando, como a Al Qaeda ou o ISIS. 

    Há uma identificação que leva a filiação a esses grupos, que agem de forma autônoma, embora possam ser identificados como integrantes.

    Por isso as polícias têm batido cabeça, porque agem com a lógica de “crime organizado” que veem nos filmes de Hollywood ou nos comentários da mídia.

    Depois veio o termo “limpeza da Polícia Militar”. Santo Deus, quantas vezes ouviremos mais essa patacoada?

    A PM, criada em 1808 por D. João, nasceu e tem em seu DNA a proteção do Estado (e do Rei, que na época era príncipe, e sua Corte). 

    Nada mudou desde então, quando os brancos portugueses morriam de medo da negrada solta pelas ruas do Rio. Depois, esses negros foram empurrados para a Providência (ali a primeira favela, nome da planta que havia no Rio e se parecia ou era a que havia em Canudos), com rejeitos do massacre contra Conselheiro (Antônio) e seus seguidores.

    Como limpar algo que vem fazendo tão bem seu serviço?

    Ahhhh, a corrupção…sim, mas então a gente pergunta, se a PM deve ser limpa, porque o judiciário e o mp não passam pelo mesmo processo? Ué, se considerarmos que só há pretos e pobres presos, que os crimes de morte contra esses mesmos porbres e pretos são quase impunes (como denunciava a moça) e que os ricos jamais (ou pouco) vão para as cadeias, o problema é só da PM?

    Nada, a PM é só um balcão mais barato, onde se olharmos de forma sincera, acontece uma “democratização” de algo (corrupção) que só pode ser exercida através de “despachantes” junto a juízes superiores e procuradores, mas que por serem eles quem são, recebem o nome de “advocacia”.

    Um PM que recebe um “faz-me rir” é uma esperança de que não só senadores mineiros donos de helicópteros carregados da rainha branca saiam livres, leves e soltos por aí.

    Digamos, ironicamente, que a chamada corrupção policial é um “estágio civilizador” das relações violentas entre o Estado (e seus donos, as elites) e os pobres.

    Escolheram um personagem símbolo. Marielle era uma unanimidade entre todas as pessoas que a conheceram, dotada de uma empatia única. Jornalistas alternativos, políticos, advogados e procuradores de direitos humanos, todos a retrataram não apenas como a líder política que emergia, mas como uma personalidade cativante.

    Os tiros que a atingiram miraram diretamente o interventor militar.

    Comentário: Não comento os dotes pessoais da moça, não a conhecia nem a sua militância. Mas por tudo que já dissemos, o tiro não atingiu o verdugo de verde oliva, mas de forma exagerada podemos dizer que foi dispardo também por ele, e por todos que acreditam (ou finjam que acreditam) que haja alguma chance fazer política de segurança pública sem:

    A Completa reforma do estamento normativo brasileiro, das polícias e suas atribuições e enfim, da manutenção da política proibicionista!

    Pela visão do Nassif, o general é apresentado como “vítima”! Ele também foi atingido, e por esse raciocínio, DEVE REAGIR. Pensamento perigoso, ainda mais divulgado por um “progressista”.

    Agora uma forçação de barra minha: Essa lógica do “também foi atingido” dá a legitimação que os verdugos queriam. O bem contra o mal. Sopa no mel, não? E dá-lhe semiótica!

    Em suas primeiras entrevistas, o interventor, general Souza Braga, aparentava ser uma pessoa de bom senso. Impediu o showbiz da mídia, não fez desfiles de tanques na avenida Rio Branco, alertou que ocupação de território não funcionava, que o essencial seria a unificação das ações policiais com a supervisão militar.

    De certo modo, sabia a armadilha que o governo Temer armou. Mas não soube escapar da sinuca em que o meteram. Deveria inaugurar a intervenção com condenação prévia enfática da truculência e das arbitrariedades contra a população. Antes do primeiro passo, deveria enquadrar a violência.

    Comentário: Olha, quem faz parte de um governo golpista, e sendo quem é (do aparato militar) lhe dá sustentação e embarca nessa palhaçada não pode receber nenhuma indulgência (mas agora ele também foi atingido). 

    “Unificação das ações policiais com a supervisão militar”. Arf, que os golpsitas empreguem esses slogans para a mídia e o consumo geral eu entendo, mas aqui???? 

    Inaugurar a intervenção condenando a truculência? (risos). Mais ou menos como inaugurar um bordel falando das virtudes da monogamia e do sexo dentro do casamento.

    A intervenção é a violência per si, caro Nassif. Você é muito mais que isso, não se deixe levar pela comoção, por favor. Já temos datenas demais!!!

    Em vez disso, a polícia e o exército passaram a praticar a identificação invasiva de pessoas, a invasão de casas e outros procedimentos de exceção – que são regras para as populações mais pobres. Exigiram tribunal militar para crimes de militares contra civis, anunciaram que não haveria comissão da verdade nas favelas – e Marielle trabalhava justamente na montagem dessa comissão.

    Comentário: Só quem vive longe das favelas do Rio (ou de qualquer outro local pobre DO MUNDO) para desconhecer que as “arbitrariedades” praticadas pelos imbecis de verde oliva são exercidas todos os dias contra os pobres.

    O autoritarismo tem previsão constitucional e o nosso assentimento cotidiano. A CRFB/88 coloca a PM como força auxiliar das FFAA, e claro, quem é do ramo sabe o que isso significa.

    O espanto acontece só porque tem esse circo dos golpistas.

    Em 1992, na ECO-92, o rapaz da FIOCRUZ foi abduzido durante a ocupação militar das ruas para o evento, e até hoje nada. 

    Desde 2007 estamos sob intervenção “branca” (GLO) das FFAA e do auge da escalada da militarização das polícias. Não à toa, ano que as milícias “ajudaram” a manter a pax para o Pan nos locais ao redor das instalações desportivas, como a Zona Oeste.

    E tantos outros Amarildos existem por aí. Uns conseguem chegar ao patamar de repúdio propagado pela mídia, mas a maioria morre duas vezes: quando morre e quando é esquecido!

    Esses sinais atiçaram ainda mais os animais que habitam a alma dos justiceiros, das milícias à parte podre da Polícia Militar – claramente hegemônica na corporação. Marielle foi não apenas a consequência desse aumento da violência, como um desafio aberto das milícias e da PM contra o interventor.

    Comentário: Esses animais não são apenas policiais, Nassif, esse animal habita cada um de nós. E não interessa o grau de instrução. O juiz walter maierovitch, trabalhando então como czar anti-drogas (desculpe a brincadeira com o correlato do DEA, porque copiamos tudo mesmo) de ffhhc, promoveu e o sociólogo promulgou a lei do abate, aquela que é uma verdadeira pena de morte. Lula e Dilma idem, não mexeram uma linha sequer no enorme monstro autoritário e sanguinolento que abate milhares de pretos e pobres, empurrando para baixo do tapete o que deveria ser feito, tudo em nome do “apelo popular” da guerra às drogas.

    A criação de uma Força Nacional aparece como uma piada de péssimo gosto.

    E as UPP, festejadas e celebradas como “solução”. Um tipo de “intervenção light”, que deu no que deu, justamente porque partia de uma premissa errada, onde tal premissa era a própria razão de existir do finado “projeto”. Ocupar militarmente como signo de “pacificação”!

    Outra piada trágica.

    É preciso ter responsabilidade para falar em “parte podre” da PM ou de qualquer outro órgão repressor. Toda nossa sociedade está doente e apodrecendo, meu caro! E não acharemos tratamento começando pela ponta final do problema.

    Para vencer o desafio, o general terá não apenas que identificar e prender os dois criminosos, como enfrentar uma força armada do 41º batalhão da PM.

    Comentário: Vai fazer o de sempre para atender a demanda da comoção expressa por você: Identificar as autores, isolar a conduta deles como um “grave desvio que não será tolerado”, usá-los como bodes expiatórios, e manter a máquina azeitada para novos ataques.

    General prender parece uma frase saída de 1964. E olha que é o Nassif que está falando nisso, não é o bolsonaro (risos)!

    Aliás, das pirações institucionais do Rio não escapou nem o italiano Maurizio Giuliano, diretor do Centro de Informações da Organização das Nações Unidas para o Brasil. Entrevistado, afirmou que “infelizmente não chega a surpreender quem acompanha as estatísticas de violência do Estado. No Brasil, um jovem afrodescendente é morto a cada 21 minutos”, disse Giuliano em entrevista à BBC Brasil, por telefone, na noite desta terça”.

    Uma vereadora símbolo das lutas sociais é executada em plena cidade, o episódio torna-se objeto de comoção internacional, e o bravo Giuliano reduz tudo a uma estatística, Ganha o título de o sem-noção do ano.

    Comentário: Nesses dois últimos parágrafos, só mais do mesmo! Superficialidade a serviço do clima de histeria.

    O sincericídio do comedor de macarrão, que deveria ter cuidado ao lidar com um “povo tão emotivo (sanguinário, mas emotivo, como não?) e a indignação de quem se feriu com o comentário, partindo de uma lógica que só sustenta esses dados cruéis: A morte de uma vereadora (de alguém que “é alguém”) não pode ser reduzida a estatística, que na verdade, é.

    Fecha o pano.

  21. Chamada do Jornal da Globo de
    Chamada do Jornal da Globo de ontem… Vereadora morta a tiros. Pode ter sido uma execução. Próxima: as milícias do Rio de Janeiro… Tudo pautadinho, linkadinho, resolvido e decretado. As OG decidem o avanço econômico, as ações válidas e invalidam quem incomoda.

    A mim, cheira a uma ode à intervenção: a repressão vai escalar e os tacões vão cantar no lombo dos que ousarem se manifestar. Esse episódio legítima versões sobre a condução das ações de repressão mais do que as prejudica, acho…

    A escuridão se intensifica e se aproxima mais e mais…

  22. A execução como recado para o futuro do Rio

    Executaram Marielle.

    Bom, toda execução é um recado público de “não mexam conosco”, “olha o que acontece com quem se mete conosco”. Por isso toda execução é, necessariamente, pública, à vista de todos, e de gente cuja luta possa servir de exemplo… e cuja morte possa servir para impor o medo.

    Já sabemos, então, que a execução de Marielle é um recado. E sabemos que o recado foi dado pela banda podre da Polícia Militar. Só falta decodificarmos o recado.

    Minha leitura é simples: a banda podre da PM está avisando de manera explícita que, para atingir os objetivos da intervenção (sejam os midiáticos, sejam os dos inocentes úteis, sejam até o dos que sonham em trocar os chefes da favela, dos grupos organizados de traficantes para milicianos e PCC), é necessário que o interventor não mexa com eles, que o interventor trabalhe com eles.

    De passagem, mandam outro recado: tal e qual no Sul da Itália e no Norte do México, quem trabalhar contra esta “nova ordem” no Rio de Janeiro vai ser executado. Máfia, Los Zetas, …?

    1. E não estão a sós…

      E não estão a sós…pelo contrário, há uma sofisticada superestrutura, um sistema muito bem urdido, dando apoio a atos deste tipo, com STF e tudo dentro……e ainda há quem acredite em resgate dessa gente que, face a nossa “Primavera” até sentem orgulho em expressar tamanha barbaridade….se há saída, aguardo a sua receita…..;;;

      ….segue post que acabou de ser publicado no site DCM e tire sua própria conclusão: há conserto para mentes tão deformadas….e deformadoras

      ?????????????????

      …estou esperando a receita….

      “Colheu o que plantou”: comentaristas do blog Antagonista culpam vereadora do PSOL por sua morte, por Diário do Centro do Mundo:

      O site de extrema-direita antipetista Antagonista deu algumas notas sobre a execução da vereadora Marielle Franco do PSOL no Rio de Janeiro. Os leitores deles, fascistas que apoiam o deputado Jair Bolsonaro e vivem suas vidas miseráveis atacando o PT na internet, culpam a própria parlamentar por sua morte.

      Eis alguns dos comentários que comprovam a excrescência extremista de direita.

           

        

      A Empiricus é sócia do site de extrema-direita Antagonista, destes três patetas. Foto: Reprodução

      https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/colheu-o-que-plantou-comentaristas-do-blog-antagonista-culpam-vereadora-do-psol-por-sua-morte/

      1. Pois é… Acabei de comentar
        Pois é… Acabei de comentar no Twitter sem ter visto estas pérolas. Não peguei tão pesado mas o discurso vai nesse diapasão. …”Vão dizer que ela “não deveria andar desacompanhada pela cidade à noite”, é perigoso. Assaltos, estupros, sequestro. Execução… Não vai dar em nada. Fomos abandonados à própria sorte neste campo sob butim.”

        :

      2. Tio Rei

        Há também o atual antagonista dos antagonistas, o tio rei.

        Pretendendo se desmarcar daquilo que agora denomina de direita xucra, tio rei começa seu discurso “deixando claro” que não está acusando a vítima, mas perguntando a quem este crime favorece, dirige sua metralhadora giratória à esquerda em geral, ao PSOL, e, entre outros, a Gregório Duvivier.

         Antagonistas e tio rei, embora pareçam pertencer a times opostos, são uma única e mesma coisa.

        É pelos comentaristas que ambos atraem que podemos constatar o quanto foram responsáveis pela incitação a este ato covarde. Nenhum discurso hipócrita lhes tira essa responsabilidade.

    2. Marielle é o Riocentro que deu certo?

      Olha, até agora, NINGUÉM poderá afirmar os motivos os quais a moça foi assassinada!

      Mas como sabemos (eu e você, e todo mundo aqui)  valerá o debate sobre a versão que mais nos apraz para justificar o ato.

      Então, não importa o porquê ela foi morta, mas qual a versão que contaremos antes.

      Só isso já é grave.

      Vivemos em um ambiente onde a morte de uma vereadora já é, antes de qualquer apuração, classificada como um ato político ou, nas suas palavras, um “recado”!

      E se for crime passional?

      Bom, então vamos nos ater a lógica do “recado”. Na conceituação correta, seria então um ATO TERRORISTA!

      E VOU MAIS ALÉM, SE FOI UM ATO TERRORISTA, FOI UM ATO DE TERRORISMO DE ESTADO, tal e qual aqueles que esses mesmos militares esconderam bem longe do alcance de qualquer comissão da “verdade” (risos).

      Não, meu caro, a PM não tem uma banda podre e uma banda boa.

      Isso é uma tolice inventada por quem quer esconder a função precípua e perene da polícia no aparato estatal-judicial do capitalismo de periferia:

      Matar pretos e pobres e funcionar como força de dissuação interna, e nesse quesito, como correia de transmissão das FFAA, como está na CRFB.

      Não se mandou recado algum, as FFAA já cnohecem e sustentam as PM como milícias regionais faz tempo.

      Comparar o que acontece aqui com o sul da Itália é desconhecer os processos históricos que se deram por lá, desde a unificação, os efeitos das duas guerras, a presença maciça dos EUA nos pós-guerra (45), etc, etc, e etc.

      Se fosse um recado, com todo respeito a memória e a militância da moça, o alvo seria outro.

      Para corroborar sua tese do “recado”, assim como em toda a apuração de fatos dessa natureza, é preciso perguntar:

      – Quem ganharia com isso e o alvo é válido para pretender esse ganho?

      Nem uma coisa, nem outra.

      A PM (toda ela, deixe essa bestagem de dizer que há mocinhos e banidos lá) não precisa mandar recado, ela toma café, almoça, janta e dorme com os militares.

      Desde 1808. Aliás, por rigor histórico, tivemos antes a PM que um exército, é bom dizer. 

      Insisto:

      Dizer que foi um recado, ou que os generais foram “atingidos” pelo tiro é exatamente o que esperam que façamos, porque aí, seremos nós e os militares verdes e bons (EB) contra os militares maus de azul (PM).

      Bom, se você quiser considerar que esse pode ser o real sentido desse atentado, aí eu “deliro” contigo.

    3. Recado sim, sem dúvida

      Recado sim, sem dúvida nenhuma. Se fosse execução “sem mensagem” iriam simular assalto. Foi feito de forma que até a Globo tenha que dizer em alto e bom som que foi execução.

      Agora é tratar de ler o recado, como diz o colegar. Ainda estou digerindo, o terror entrou em outro patamar.

  23. Tudo Dominado

    O assassinato da vereadora Mairelle do PSOL é também um pedaço de nós que também morre. A esquerda burra, míope e  até omissa pede uma investigação séria pra o esclarecimento desse crime. Pura hipocrisia. Tudo foi muito bem planejado e jamais saberemos a verdade completa. Ponham nesse saco as mortes de Eduardo Campos, Teori Zavaski e de dezenas de mortes de líderes comunitários, indígenas e dos movimentos sociiais. Isso é só o começo, isso é o produto de uma país dominado por uma quadrilha que se instalou no planalto e de onde não deverá sair tão cedo. Quem imagina que eleições resolverá o problema acredita em Papai Noel. Esses atos e desagravos são apenas um bálsamo para que esquçamos mais uma morte estúpida. Ou o povo resolve essa parada com luta, suor e sangue ou jamais seremos um país livre.

  24. Pode piorar? Pode sim

    Sei que o momento é inadequado para tratar disso, o momento é traumático, de revolta, indignação, perplexidade e tristeza.  Mas na semana que vem a vida retoma seu curso, e a Câmara Municipal (e tem outra?) do Rio de Janeiro cumprirá uma formalidade institucional, dar posse ao primeiro suplente da Marielle, coligação PSOL/PCB, que não é outro senão o Babá, que obteve 6.661 votos em 2016. É o que se pode chamar de tragédia redobrada. 

    Resultado de imagem para Babá PSOL

    1. Nada a ver com o piçol

      O piçol deve estar indignado com a coragem e a ousadia de Marielle Franco. É um acidente ela estar nesse partidinho da falsa esquerda.

  25. Porte de Arma para legítima defesa

    Defendi à época o desarmamento… Mudei de idéia.

    Um povo desarmado é vítima indefesa da violência fascista, dos tiranos.

    A um povo desarmado só resta chorar seus filhos assassinados, submeter-se à violência da tirania.

     

    1. Posso, sem armas, revoltar-me?

      A Flor e a Náusea

      (Carlos Drummond de Andrade)

       

      Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta.
      Melancolias, mercadorias, espreitam-me.
      Devo seguir até o enjôo?
      Posso, sem armas, revoltar-me?

      Olhos sujos no relógio da torre:
      Não, o tempo não chegou de completa justiça.
      O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
      O tempo pobre, o poeta pobre
      fundem-se no mesmo impasse.

      Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
      Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
      O sol consola os doentes e não os renova.
      As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.

      Vomitar este tédio sobre a cidade.
      Quarenta anos e nenhum problema
      resolvido, sequer colocado.
      Nenhuma carta escrita nem recebida.
      Todos os homens voltam para casa.
      Estão menos livres mas levam jornais
      e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

      Crimes da terra, como perdoá-los?
      Tomei parte em muitos, outros escondi.
      Alguns achei belos, foram publicados.
      Crimes suaves, que ajudam a viver.
      Ração diária de erro, distribuída em casa.
      Os ferozes padeiros do mal.
      Os ferozes leiteiros do mal.

      Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
      Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
      Porém meu ódio é o melhor de mim.
      Com ele me salvo
      e dou a poucos uma esperança mínima.

      Uma flor nasceu na rua!
      Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
      Uma flor ainda desbotada
      ilude a polícia, rompe o asfalto.
      Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
      garanto que uma flor nasceu.

      Sua cor não se percebe.
      Suas pétalas não se abrem.
      Seu nome não está nos livros.
      É feia. Mas é realmente uma flor.

      Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
      e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
      Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
      Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
      É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

    2. Não é por aí, não mesmo

      Disparate. Tragédias como essa serão centenas diariamente, só quem vai lucrar com o morticínio serão as funerárias e os fabricantes de caixão de defunto. 

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      1. Quem não tem meios para

        Quem não tem meios para defender seus direitos, de propriedade à vida, e depende de servidores públicos, não tem direitos, tem ilusões de direitos que dependem da boa vontade dos servidores públicos.

        Sua casa só será asilo inviolável se quem estiver de fora tiver medo do que estiver dentro. Sua vida só será inviolável se quem pretende ameaçá-la tiver medo da reação. 

    3. Sempre falo da chacina de Unaí…

      Se um, apenas um dos colegas que foram mortos naquele dia estivesse armado, e tivesse disparado um, apenas UM tiro, a estória seria totalmente diferente. Pistoleiro é tudo bicho covarde. Se escutarem um traque saem correndo com medo.

  26. Leitura corretíssima

    Trata-se de um desafio à autoirdade, já vinhos o mesmo ocorre em Vigário Gderal e Queimados. 

    É a técnica do emparedamento. Se o general não identificar e punir assassinos e mandantes de modo exemplar, perde o comando e liberou geral. Se punir e não tiver o apoio da corporação, começará a ser minado sileinciosamente. se tornará o “inimigo interno”.

    É necessária a indignação da população repercutida pelo meios de comunicação para desautorizar os milicianos e fortalecer e cobrar o general.

    Reparemos no comportamento dos jornais, se tudo não passar das condolências de praxe, os milicianos venceram

     

    1. Excelente, por ai mesmo.

      São as condolencias de praxe, pelo que vi na Band e Globonews. Falam da pessoa, do cargo e do currículo, da indignação dos famosos, das emoções dos artistas, dos discursos protocolares das autoridades. Mensagens para fazer a população olhar pro lado errado, fazer sua catárse.

       

      A vereadora foi a infeliz que teve de carregar uma mensagem muito especifica: “General, o sr precisa conversar com a gente, o Sr. não é tudo que pensa que é e pode muito menos do que pensa que pode”.

       

      As partes estão conversando na linguagem da morte, do massacre e da chibata. Chegarão a um acordo.

       

       

       

  27. Giuliano com razão

    “Uma vereadora símbolo das lutas sociais é executada em plena cidade, o episódio torna-se objeto de comoção internacional, e o bravo Giuliano reduz tudo a uma estatística, Ganha o título de o sem-noção do ano.”

    Giuliano só ressaltou que a violência contra os negros é endêmica no Brasil, e que Marielle é mais uma vítima. Onde está o erro???
     

    ““infelizmente não chega a surpreender quem acompanha as estatísticas de violência do Estado. No Brasil, um jovem afrodescendente é morto a cada 21 minutos”

    Um dos erros é não nos protegermos da violência mais do que provável. Marielle e todos os defensores populares do Brasil são mortos feito moscas. Eles não podem se expor dessa maneira.
     

  28. Nassif está é confuso.

    Esses sinais atiçaram ainda mais os animais que habitam a alma dos justiceiros, das milícias à parte podre da Polícia Militar – claramente hegemônica na corporação. Marielle foi não apenas a consequência desse aumento da violência, como um desafio aberto das milícias e da PM contra o interventor.

    Se o assassinato foi feito pela [“parte podre” da]  PM, e o fizeram por estarem “atiçados”, ou melhor, acreditando que o aumento a opressão as comunidades defendidas pela vereadora é a ordem do dia, então como entender que esses assassinos fizerem esse ato como um “desafio” contra a intervenção???

     

  29. As camadas de violência que vivemos no Brasil

    Essa execução é um recado direto a todos que se contraporem à intervenção militar no Rio. Minha preocupação aumenta inda mais diante da possibilidade de Bolsonaro ser eleito. Pouco provavel, mas existe essa possibilidade. Ainda mais com Lula sendo retirado de campo.

    Outro dia citei a escritora turca Asli Erdogan ( não é parente do presidente da Turquia. Ao contrario, é perseguida pelo sistema), que morou durante dois anos no Brasil e um dia vendo uma cena que para ela era violenta, ela se perguntou “quanto posso suportar disso?”

    Quanta violência justaposta nos brasileiros podemos suportar? Ja dizia a historiadora Emilia Viotti da Costa que o brasileiro tem uma historia de autoritarismo e que ele vive numa sociedade muito autoritaria, por conseguinte, de extrema violência em todos niveis.

    Espero que esse momento tão ruim no Brasil seja expurgado de uma vez por todas e que nos possamos enfim mudar essa Historia de violência moral, fisica e ética à que somos submetidos.

    1. A mão de Bolsonaro, esse

      A mão de Bolsonaro, esse canalha estúpido, está envolvida nesse assassinato. Seu discurso de ódio apoiado pelos coxinhas que idolatram essa polícia corrupta e violenta e desde sempre impune (lembra do massacre do Carandiru?) faz germinar assassinatos como esse..

  30. O RIOCENTRO e a “Invernada Carioca”

    Vou tentar sistematizar e resumir:

    – A narrativa da afronta, da banda podre da PM só favorece a…a intervenção (Invernada Carioca), por criar coesão em torno de que só as FFAA conseguirão cumprir a missão de reorganizar as polícias. Essa versão alimenta a percepção tão cara a momentos como esse: Nós (os bons) contra eles (os maus);

    – Essa narrativa parte de uma premissa falsa: A polícia é o problema central da violência. Isso é falso. A polícia é parte importante, mas não é causa exclusiva, todos sabem disso, mas parecem ter esquecido;

    – A PM e sua facção exterminadora não precisam mandar recado algum, elas detêm legitimidade e consenso desde os mais ricos, até os pobres das favelas, já que a tônica bandido bom é bandido morto é jargão nacional transclassista. Que o diga os fãs que se excitam com capitães nascimentos;

    – A PM não criaria um “cadáver tão caro” sem a anuência ou omissão dos eixos centrais de comando;

    – Claro que tudo pode ser um “acidente”, tipo Patrícia Accioli, o cara da FIOCRUZ, o Amarildo e outros tantos. Mas mesmo assim, o controle da narrativa dos eventos que vem sendo desenhado revela que:

    Se não foi ou não um ato deliberado, o fato é que está sendo “aproveitado” como tal, e seria irônico se assim fosse:

    No RIOCENTRO, os milicos tentaram um atentado para justificar a regressão do regime, mas acabaram explodindo o próprio saco.

    Agora, podem não ter nada a ver (diretamente) com o caso, mas vão conseguir o que querem (SEMPRE): criar um clima de terror para se apresentarem como solução de segurança.

    Pobre Wilson Dias Machado, perdeu as bolas porque não conhecia a semiótica. 

  31. É um tiro no Brasil enquanto

    É um tiro no Brasil enquanto socieade organizada em que “instituições funcionam”, Nassif. É um grande passo em direção ao bang-bang. O faroeste sem lei dos filmes americanos que os heróis da moralidade tanto gostam.

    Chamem o cherifão Bretas para ir atrás dos bandidões. Um duelo ao pôr do sol. Mas ele não vai, está ocupado com figuras perigosissimas como o almirante Othon. Moro també não, ainda não encarcerou o Lula the Kid.

    Mas o tiro real foi numa mulher negra e favelada. Qual o recado, de quem quer seja, polícia, milicia, interventores e etc? “Mulher negra dos morros, minha filha, ora, vem fazer faxina aqui em casa”. Foi se meter no que não era para ela, deu no que deu. O mesmo vale para Lula.

  32. Comissão da Verdade

    A execução política de Marielle e Anderson exige a imediata instituição de uma COMISSÂO DA VERDADE para apurar as barbáries da intervenção militar no RJ.

    Cinco tiros no rosto, sendo que ela estava no banco de trás do carro. Esse crime não é serviço de profissional. É trabalho de elite.

    Comissão da Verdade já!

  33. A polícia militar tem que acabar

    Corrupta, incompetente e assassina. Só em repúblicas das bananas para ainda existir polícia militarizada contra a população civil.

  34. Muita polêmica
    Mas o fato é um só : foi morta uma pessoa com ligação direta com a intervenção. Foi um assassinato. Ou é apurado ou liberou geral, não tem meio termo.

  35. Preocupado com a investigação

    Além de achar triste e querer prestar solidariedade às pessoas próxima a ela, gostaria de saber como vão investigar isto?

    Eu teria medo de ter qualquer coincidência com os criminosos, com essa Polícia, MP e Juizes que aceitam indícios e provas circunstanciais.

    Quem tem carro similar ao dos executores e passou pela região no momento tem motivo para ter medo. Se as autoridades só apresentarem provas circunstanciais (= indiciárias) e à confissão dos criminosos após policiais ficarem só com os criminosos, vou desconfiar.

  36. POR ISSO DEFENDO A UNIÃO DE
    POR ISSO DEFENDO A UNIÃO DE TODOS MOVIMENTOS SOCIAIS E SINDICAIS EM “BLITZES PELA DEMOCRACIA”,A SEREM FEITOS POR REGIÕES OU MICROREGIÕES,TD EM BLOCO, EM UM SÓ DIA,MANHÃ OU SÓ A TARDE,SE DER PRINCIPALMENTE NAS PERIFERIAS PARA ORIENTAR O POVÃO!
    Obs: Inspiração baseada em exemplo dos coletores de lixo q em determinado fim de ano passaram em uma rua dizendo q passariam UMA HORA DEPOIS e se desse,separássemos a caixinha do Natal,resultado,”arrebentaram na caixinha,panetones, champanhe,o detalhe fez a diferença !

  37. Tradição violenta

    Infelizmente a violência é uma das principais marcas da vida de um país chamado Brasil. Náufragos, traficantes e degregados por aqui começaram a mandar muito antes que chegassem religiosos e governantes.
    Há uma tradição histórica de as forças militares combaterem a própria população e disseminarem o medo e o terror. O curioso é que as forças militares são formadas em sua grande maioria por pessoas pobres e de origem humilde como Marielle. Mas vestem uma farda e colocam uma arma na cintura e pronto, se acham no direito de bater e matar.
    Parece haver aí um grande ressentimento dos militares quanto ao êxito de pessoas da sociedade civil como a vereadora, negra, nascida numa comunidade pobre e eleita com expressiva votação no Rio de Janeiro. Ou seja, uma mulher bem sucedida naquilo que ela se propôs a ser.
    Isso foi demais para os homens com pistola na mão.
    Somos um país doente, muito doente.

     

     

    1. Isso é reflexo de uma esquerda perversa e sofismatica.
      Sou Militar e Negro. Você não conhece as Forças Armadas.Queremos só cumprir nossa missão. Não olhamos cor.

      1. Concordo.
        Todos aqui demonizam as Forças Armadas e a Polícia Militar e esquecem que quem garante o atual modo de vida nessa República de bananas, somos nós. Sabemos que tem corrupção em tudo nesse país, mas com certeza, não é nas forças policiais. Perguntem a Carmen Lúcia ou A Raquel Dodge se vão falar algo sobre a morte dela! Pergunto também aos comentaristas de plantão, se algum de vocês se pronunciaram sobre a morte de mais de 100 policiais ano passado? Ou será que são apenas número? Só quero ver quando a última barreira protetora da sociedade cair. Aí eu quero ver. Acho melhor vocês chamarem a Liga da Justiça pra morrerem por essa sociedade hipócrita.

        1. Também não entendi…

          “Sabemos que tem corrupção em tudo nesse país, mas com certeza, não é nas forças policiais.”

          Vc acredita nisso?

      2. Militar negro, acredito
        Militar negro, acredito sinceramente que você quer cumprir sua missão, e que você não olha a cor do “inimigo”.
        Mas os seus chefes olham.
        E não é a sua.

      3. Na mosca!

        Sua intervenção (sem trocadilhos) é um tratado completo de ciência social, e serve para ambos os lados:

        – É a cega obediência a cumprir missões que determina o papel político das FFAA na nossa História política, considerando que desde sempre a missão sempre foi atacar o chamado “inimigo interno”.

        Claro que vocês não olham “a cor”. A “cegueira de cor”, ou a desconsideração de que há diferenças de tratamento entre as diferentes cores (pretos e brancos) leva vocês a matar (ou ajudar a matar) os pretos achando que não há viés de racismo nessa ação!

        Ou seja: para não terem problemas de “consiciência” é preciso negar esse atributo a vocês!

        Claro que não se espera de um militar que “pense” sobre a natureza da missão quando na execução dela, isso seria um contrassenso.

        Mas aqui, nesse espaço você poderia nos poupar de expor em cores tão claras um fato: A burrice é o principal combustível da obediência heirárquica!

         

        Agora aos seus adversários:

        Justamente por não entendermos isso é que nos afastamos da conquista de corações e mentes das FFAA.

        Eles cumprem a MISSÃO.

        Então, devemos disputar a hegemonia para determinar essa MISSÃO, e não reclamar da obediência cega deles, ao contrário, o que a esquerda nunca fez (Chavez entendeu isso na Venezuela) foi controlar ideologicamente as FFAA, trabalhando com eles na linguagem que eles entendem!

        A mesma coisa serve para as polícias.

        Por isso estamos nessa merda toda!

        Por isso Zé Genoíno foi preso e aniquilado, pois ele era o único entre nós, ou ao menos o único com estofo, para fazer essa ligação!

         

  38. Morte da vereadora
    E se for provado que foi coisa pessoal,ou mesmo questão política,o que eu percebo, são muitas opiniões,sem bases técnicas, mais por questões pessoais.Desse jeito envolve tantos outros fatores.Policia, milícias, governante.Tem que se olhar no geral a situação, pra que tudo seja resolvido,e os verdadeiros culpados sejam punidos.Agora é pensar nas famílias dela e do motorista.Meus respeitos a eles e que Deus possa consolar seus corações.

    1. 5 tiros de pistola de 9 mm

      5 tiros de pistola de 9 mm sendo 3 tiros na cabeça e você acha que pode ser coisa pessoal? É questão política.

    2. Modo irônico ativado – Deve
      Modo irônico ativado – Deve ter sido mais um crime passional – modo irônico desativado – É cada sem noção que aparece…

    3. Um assombro!

      Cara Hercília, o modo de operação sugerido, ou seja  a forma de executar o crime, indica que foi uma ação de gente treinada para tanto.

      No entanto, ainda que pouquíssimo provável, nenhuma linha de investigação deve ser afastada, inclusive a menos provável (questão pessoal/passional), porque dependendo do grau de sofisticação dos autores, nada impede que ajam de forma a criar uma percepção falsa sobre o evento, o que chamamos de ação diversionista.

      O que me espanta não é o seu comentário, que parece ser sincero, mas a “coragem” dos “especialistas” que te retrucaram que, imagino eu, com “anos e anos” de “experiência em investigação de homicídios (devem assistir a um monte de filmes do assunto, e por isso se acham os xerloques), já decretaram as respostas as clássicas perguntas que nos ensinam nas academias de polícia:

      “Quem, quando, onde, como e por que”.

      Para que polícia? Basta perguntar aos “colunistas policiais” do Nassif (risos).

      Vamos as possibilidades:

      1- A chamada “banda podre” da PM ganharia algo com a morte dela?

      Não. Primeiro o erro conceitual, a banda da PM não é mais nem menos podre do que a sociedade que lhe dá consentimento para matar 50 a 60 mil pretos e pobres por ano. Claro que quando “morre alguém importante”, esse consenso é ligeiramente esquecido e os cães de caça viram bodes expiatórios, atendendo ao roteiro traçado pelo nosso esporte nacional: A hipocrisia!

      A chamada versão exterminadora das polícias não precisava de um cadáver desses para se legitimar. A mera presença do Exército nas favelas é a certeza deles que o ambiente propício para a continuação do etnocídio está intacto. A indústria da morte no Brasil vai bem, obrigado!

      2- A Marielle é uma mártir.

      Errado, ela não morreu, como dissemos aí em cima, por defender as comunidades pobres e seus direitos, mas morreu porque é fácil matar no Rio e no Brasil, o que nos leva a três outras sub-possibilidades:

      a) Ou não calcularam o risco político das mortes e mataram porque é fácil matar mesmo e sair impune;

      b) Sabiam do risco e assumiram esse risco porque o resultado e a repercussão afastaria a suspeita sobre os verdadeiros motivos e suas identidades (como está acontecendo);

      c) Ou foi ato deliberado mesmo, com a intenção de criar um consenso em volta da intervenção, usando também a tese da mártir cuja morte não pode ficar impune, então somos nós (incluindo aí os golpistas) contra eles (os maus, seja lá quem for escolhido para viver esse papel).

      Hercília, ainda assim todos nós podemos estar errados, e isso é comum em todos os lugares do mundo, com todas as polícias!

      Mas eu repito, o que me espanta aqui é a “certeza” de nossos “especialistas”.

      Um abraço.

  39. Estou esperando uma

    TODA VEZ QUE UM JUSTO GRITA
    UM CARRASCO O VEM CALAR
    QUEM NÃO PRESTA FICA VIVO
    QUEM É BOM, MANDAM MATAR
    QUEM NÃO PRESTA FICA VIVO
    QUEM É BOM, MANDAM MATAR

    Marielle, querida, permita-me homenageá-la com os versos de Cecília Meirelles dedicado a Tiradentes, outro grande brasileiro.

    Estou esperando uma manifestação das duas mulheres nos cargos de maior poder no Brasil sobre a morte de Marielle. Carmén Lucia e Raquel Dodge que encontraram Temer fora da agenda oficial será que encontrarão tempo para se manifestar sobre a execução de Marielle? Marielle era feminista. Carmén se diz feminista, se bem que não se envergonhou de ofender a Dilma e entende a luta feminista como um homem ajoelhado a seus pés.

    Não. Elas não se manisfestarão  sobre essa violência contra uma militante feminista, pacifista e de esquerda que atinge todos nós, mulheres. São muito importantes e o poder na sua opressão não tem sexo. Portanto não há porque  “se curvar” perante uma mulher de origem pobre cujo fuzilamento sequer mereceu manchete na primeira página do Globo.

    É brutal a situação do país. E nessa selvageria todos os golpistas que demonizaram a esquerda, elevando à condição de lider das facções de direita um bárbaro como Bolsonaro, tem as mãos sujas do sangue de Marielle e do motorista Anderson. 

    STF – presente

    PGR – presente

    Michel Temer – presente

    República de curitiba com Moro e Dallagnol a frente – presente

    Imprensa brasileira com Globo à frente – presente

    Cúmplices do Temer no Poder Legislativo – presente

    Forças Armadas comandadas pelo Jungmann – presente

    Lemanns, setubals e comparsas – presente

    Mbl, vem pra rua e comparsas – presente

    Coxinhas, patos e sapos – presente

     

     

     

     

     

     

  40. Sem entrar no mérito, mas
    Sem entrar no mérito, mas como um veículo de notícias pode adjetivar (erroneamente) a intervenção federal no RJ como militar? Isso gera uma falsa interpretação da realidade política e jurídica.

  41. Esse crime tem culpados. Em

    Esse crime tem culpados. Em primeiro lugar a Rede Globo, depois todos os coxinhas idiotas, retardados mentais que apoiaram o golpe. Só depois vem Temer e a escumalha que o cerca, de deputados a juízes imbecis que infestam o STF e porcarias parecidas.

  42. Assassinato da vereadora pelo PSOL no RJ
    A cada dia q passa desconheço o povo brasileiro. Quanta comoção… indignação…pelo assassinato brutal contra um ser humano. Até aí, normal. Mas essa vereadora foi ou será a última? Evidente que não. A propósito, quantos e quantos tiveram também suas vidas ceifadas…e nem por isso houve tanta manifestação. Inclusive há os que associam o crime a “intervenção federal” quanta estupidez… maledicência…ah tenha dó. São os verdadeiros urubus em busca de carniça.Ah me ajudem aí brasileiros…Torcemos para que amanhã não seja nosso dia, pois ontem foi o de nossa agora saudosa vereadora.

  43. Assassinato de Marielle é um tiro na intervenção militar

    Brasil em Transe: execução de sentença

    calor infernal no Rio de Janeiro. um calor muito estranho, parece sair do interior das paredes, dos objetos, do solo, das pessoas.

    muitas pessoas associaram a gigantesca manifestação aos atos de Junho de 2013.

    conversei com militantes do PCO e do PSTU, para saber quais suas leituras, e dos partidos, sobre o fato.

    parabenizei Cyro Garcia, com o qual não tenho parentesco, a quem conheço e respeito há décadas, em que pese nossas algumas divergências políticas. Cyro defendeu em sua intervenção a necessidade da auto-defesa.

    não havia ninguém do PT que eu tivesse visto na multidão com quem valesse a pena conversar.

    em manifestações deste tipo é preciso estar junto com as pessoas, embrenhar-se no aglomerado. sentir na pele o clima atravessando o ar.

    muita consternação, principalmente entre os mais jovens. surpreendi-me com a quantidade de pessoas. muita juventude. muitas mulheres, em maioria. muitos negros. também algumas pessoas da geração das Diretas Já, em número bem menor.

    uma professora que leciona no Complexo da Maré, de onde Marielle pertence, me informa que a favela foi praticamente cercada, inclusive com dois helicópteros sobrevoando todo o tempo.

    curiosamente não havia policiamento na manifestação, em momento algum. como não havia polícia, não aconteceu qualquer tumulto.

    enquanto recuaram a polícia no Centro, fizeram a contenção na favelas para impedir que os moradores aderissem.

    se a execução política é consensual, ninguém sabe ao certo explicar os motivos e os mandantes.

    concordam que foi trabalho de profissionais, não de PM e milicianos.

    Marielle não era considerada um alvo. não fez denúncias específicas ou sobre nenhum assunto inédito. sua atuação na fiscalização da intervenção ainda era inicial.

    afinal, a quem serve? quais os usos políticos do fato?

    como a intervenção militar reagirá?

    muito coro pedindo o já tradicional “fim da polícia militar”. seria um gancho para a intervenção se legitimar? ao operar um relativo expurgo na polícia para mostrar serviço e angariar apoio.

    dizem-me que nas favelas a população, após as ocupações militares anteriores, não mais faz diferença entre a PM e as FFAA, pois ambas estão ali para matar o morador, e não para protegê-lo.

    a professora conta que seus alunos fogem ao ver um carro da polícia, sempre visto como ameaça de vida.

    para os moradores das favelas, a intervenção militar vem de longe, desde os megaeventos, mesmo desde antes.

    apontei similaridades com Edson Luís em 1968, Manoel Fiel Filho em 1976 e o Atentado do Riocentro, em 1981.

    afinal o que aconteceu no Riocentro em 1981? a bomba explodiu acidentalmente, ou foi detonada pela contra-inteligência?

    em 1976, Manoel Fiel Filho foi assassinado no DOI-CODI do II Exército, em SP. consta que por causa deste crime Geisel enquadrou os porões da Ditadura, mais tarde chegando a exonerar o comandante da unidade.

    como Geisel usou o fato político a seu favor, a quem agora interessa capitalizar a morte de Marielle? aos interventores?

    existe de fato uma divisão nas FFAA? de um lado os agrupados em torno do general sionista, verdadeiro comandante em chefe do governo usurpador, e de outro os supostos “legalistas” liderados pelo atual comandante do exército?

    há mesmo uma fissura na base da PM carioca, fartos de serem não apenas a polícia que mais mata mas também a que mais morre?

    comentei que a proposta correta seria a ocupação permanente da Cinelândia, como um novo “Ocupa Câmara”.

    a execução de Marielle é a fagulha que vai por pelos ares o barril de pólvora do Rio de Janeiro?

    .

    1. Os fatos, ora me deem os fatos!

      Caro Arkx, com todo respeito:

      “(…)muitas pessoas associaram a gigantesca manifestação aos atos de Junho de 2013.(…)”

      Sim, a semelhança é proposital, e não mero incidente.

      Tanto faz se foram 0,20 centavos, como tanto faz quem e porquê matou a moça.

      A apreensão da narrativa pela classe média (culpada ou cínica, ou tudo junto?) e pelas suas plataformas de comunicação e reverberação dos seus discursos está em curso.

      A Espanha, a Europa, o stf, a ONU, as casas legislativas ao redor do Brasil e até Chico Buarque apareceram.

      Olha, eu nem duvido até que donald trump expresse sua indignação com as mortes! E quem sabe aproveite para dizer que se o Brasil tivesse porte de armas liberado, quem sabe a moça e/ou seu motorista tivessem chance?

      Impossível resistir a tamanho consenso! Lembra algo?

      Pois é.

      Mais uma vez a o piçol servindo de “mula” para o golpe! Pena que ao custo de um cadáver!

      E mais uma vez, como diz o ótimo Wilson Ferreira (cinegnose.blogspot.com), vamos perder a guerra semiótica.

      Sua frase dizendo que há consenso de que foi uma execução política é outro assombro. Tudo que não poderíamos ter em um momento como esse é “consenso”, simplesmente porque ele está sendo fabricado na cozinha do golpe.

      Ninguém prestou atenção ainda na máfia dos ônibus, a moça foi integrante da CPI que investigou essa máfia.

      Justamente esse grupo econômico que alimenta TODOS os governos de TODAS as matizes ideológicas há décadas.

      São tão influentes que mantém até integrantes do alto escalão do judiciário na algibeira.

      Mas como eu venho dizendo desde que os debates começaram, os fatos não interessam!

      Um abraço!

      1. Assassinato de Marielle é um tiro na intervenção militar

        -> Ninguém prestou atenção ainda na máfia dos ônibus, a moça foi integrante da CPI que investigou essa máfia.

        muito bem lembrado!

        -> Tudo que não poderíamos ter em um momento como esse é “consenso”, simplesmente porque ele está sendo fabricado na cozinha do golpe.

        descrevi o que consegui perceber durante o ato, mas pode ter certezas: não há este tipo de “consenso” a que vc alertou, todos tem muito mais perguntas do que respostas. sendo que quanto a ter sido uma execução não resta qualquer dúvida.

        “O tráfico não opera da forma como Marielle foi executada”, diz delegado

        vídeo: EXCLUSIVO _ VÍDEO EXECUÇÃO DA VEREADORA

        [video: https://www.youtube.com/watch?v=sb0kGg6R8ok%5D

        .

  44. um tiro no parlamento

    p>Exécito debela estudantes em protesto pela morte de Edson Luis de Lima Souto (Abril de 1968, foto, https://www.theatlantic.com/photo/2018/01/50-years-ago-in-photos-a-look-back-at-1968/550208/). Em dezembro do mesmo ano, por não haver retaliação ao deputado Marcio Moreira Alves (do MDB, que discursara contra a ditadura da tribuna), por parte do Congresso Nacional, é instuído o AI5 (https://pt.wikipedia.org/wiki/1968_na_pol%C3%ADtica)

  45. Na época da ditadura existia

    Na época da ditadura existia a PM-2, que era a policia secreta da PM. Ele tinha até poder de investigação. Com o fim da democracia e retorno da democracia, as PM-2 foram extintas. Na verdade as PM-2 nunca acabou e atuam por todo pais e, agora, em conluio com milicianos.

    “(…) Dois policiais do 2ª Batalhão de Polícia Militar, em Taguatinga, foram indiciados por usurpação de função pública na terça-feira (31/1). O caso foi registrado pelo delegado Thiago Boeing Schemes da Silva, plantonista da 12ª DP (Taguatinga Centro). Na ocorrência, ele chegou a chamar os militares de “milicianos” e afirmou que, se os PMs seguirem com os trabalhos de investigação, Brasília pode voltar “aos tempos de ditadura militar”.

    https://www.metropoles.com/distrito-federal/seguranca-df/delegado-chama-policiais-militares-de-milicianos-e-notifica-mpdft

  46. considero…

    os assim chamados e/ou nomeados interventores no RJ, … assim como o presidente da República, …suspeitos desse homicídio, … 

  47. considero…

    os assim chamados e/ou nomeados interventores no RJ, … assim como o presidente da República, …suspeitos desse homicídio, … 

  48. Assassinato de Marielle, “uma morte entre as outras”?

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    Alemanha, 1942. Um judeu é morto numa câmera de gás. Um membro da Resistência é capturado e fuzilado. Um médico ariano apolítico é morto num assalto. Pode-se dizer que são mortes equivalentes, e deveriam todas despertar a mesma indignação, já que “vidas são vidas”?

    União Soviética, década de 50. Um dissidente democrata é fuzilado por contestar o estalinismo. Um médico apolítico é morto num assalto. Pode-se dizer que são mortes equivalentes, e deveriam ambas despertar a mesma indignação, já que “vidas são vidas”?

    África do Sul, 1976. Um militante negro anti-appartheid é assassinado pela polícia. Uma médica branca de família abastada é morta num assalto. Pode-se dizer que são mortes equivalentes, e deveriam ambas despertar a mesma indignação, já que “vidas são vidas”?

    Esse raciocínio diluidor e deliberadamente diversionista é ainda mais absurdo se aplicado ao caso Marielle.

    Circula um post tentando fazer equivaler seu assassinato ao de uma jovem médica branca e abastada, morta num assalto em plena Linha Vermelha, RJ. O post termina com a afirmativa: “os assassinos da médica vão bem, obrigado” – com evidente intenção de acirrar o ódio punitivista aos criminosos. Ora, quem comete um crime tão estúpido como o assassinato da médica, com tamanho risco para tão pouco resultado, só pode ser bandido pé-de-chinelo, para quem a vida (própria e alheia) não vale coisa nenhuma. Isso nos remete aos “suspeitos de sempre” – e reafirma seu estatuto de impunemente matáveis. Com isso, o post realimenta a dinâmica do crime que alega combater!

    Marielle foi assassinada por estar lutando contra as verdadeiras causas da criminalidade violenta, inclusive a que abateu a médica branca. Devia estar incomodando os abutres que se nutrem dessa criminalidade, e extraem da mesma dinheiro e poder.

    A criminalidade violenta massiva não resulta de um déficit moral inato aos criminosos. Resulta da desigualdade de renda e riqueza; resulta da exclusão, da humilhação dos mais pobres.

    Tentar combater a criminalidade violenta acirrando a exclusão e humilhação dos mais pobres é contribuir para aumentar a criminalidade violenta. Quem o faz sabe disso. Conta exatamente com essa espiral da violência para aumentar o próprio poder, e engordar os lucros que extrai disso.

    Os que gozam de privilégios sociais, raciais e econômicos não se sentem responsáveis pela exclusão e humilhação dos mais pobres. Acreditam que ocupam o topo da pirâmide por “meritocracia”. Pela mesma lógica, julgam que os mais pobres devem resignar-se a sua condição de párias, e culpar a si mesmos por não terem sido inteligentes e esforçados o bastante para galgar os degraus da prosperidade.

    Infelizmente, essa estória da carochinha não cola. Alguns jovens nascidos em condições sociais muito adversas preferirão o caminho suicida do crime a resignar-se com um destino de privação e humilhação.

    Armas e poder de fogo são muito eficientes para impressionar as garotas. Adolescentes não se importam em arriscar as próprias vidas para ganhar prestígio e conquistar meninas bonitas – especialmente se não enxergam nenhum outro meio para atingir esse fim. Sem dinheiro para comprar os itens de ostentação no vestuário, os gadgets da moda; sem acesso a capital simbólico; sujeitos a episódios públicos de abuso físico e humilhação cotidiana… quantos não se deixarão seduzir pelo caminho curto do crime, para ganhar “moral” consigo mesmos e com as “minas”?

    Inútil tentar combater esses fatos com cortinas de fumaça moralistas, racistas ou fascistas. O jovem favelado esculachado pelos milicos ou pela PM é o mais provável candidato a engrossar as fileiras do tráfico e da criminalidade violenta, para recuperar sua auto-estima e a admiração das moças. Quem tem ou teve filho adolescente, se não estiver muito cego pelo seus ódios de classe e de raça, saberá que isso é verdade.

    Inútil sonhar que seria possível gozar privilégios oriundos da exclusão de multidões sem nada pagar por isso. Inútil sonhar que os excluídos seriam, todos eles, dóceis e servis. A humanidade não funciona como formigueiros e cupinzeiros, já advertia Freud. Escravidão e servidão produzem revolta. Racismo, segregação, exploração e humilhação geram ódio e reação violenta – homicida e suicida.

    Marielle lutava contra o racismo, a segregação, a humilhação e o esculacho da juventude negra e favelada carioca. Lutava, portanto, contra as CAUSAS da criminalidade violenta.

    Comparar seu assassinato com o de qualquer outra vítima da criminalidade violenta, no contexo brasileiro da atualidade; e tomar esse argumento como álibi para legitimar… o racismo, a segregação, a humilhação e o esculacho da juventude negra e favelada significa não só aviltar a memória de Marielle; significa contribuir para AUMENTAR AS TAXAS DE CRIMINALIDADE VIOLENTA.

    Quem o faz é, na melhor das hipóteses, um inocente útil. Um cego que não quer ver. Um manipulado.

    Ou alguém que LUCRA com a criminalidade violenta; e, por isso, quer jogar uma cortina de fumaça sobre suas verdadeiras causas.

    Trata-se, nesse último caso, de um abutre que se alimenta dos corpos resultantes da “guerra à criminalidade”: policial da “banda podre”. Miliciano. Ou grande traficante de armas e drogas – morador de cobertura, onde jamais os milicos entrarão com “pé na porta”; intocável pela Justiça.

    Mas nem mesmo estes estarão cem por cento protegidos contra os resultados sinistros de seus próprios negócios, por mais que recorram à indústria da “segurança”. Bala perdida, “queima de arquivo”, assalto no engarrafamento, traição de cúmplice… a violência acha um jeito de engolir inclusive os trouxas que crêem se dar bem às custas dela. Triste Justiça poética, que por si mesma nada produz de novo.

    Só milhões de Marielles poderão fazer alguma diferença nesse território de brutalidade e estupidez. Sejamos essas milhões de Marielles!

     

     

     

     

     

     

     

     

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