Atos contra cortes de Bolsonaro na educação e contra a reforma reúne 1,5 milhão em 204 cidades

De norte a sul, manifestações se realizaram unindo estudantes e trabalhadores, contra os ataques do governo à educação e em defesa das aposentadorias

Em Brasília, e em todo o país, milhares de estudantes e trabalhadores protestam contra os cortes na educação (MARCIELE BRUM / PCDOB NA CÂMARA)

São Paulo — As manifestações em defesa da educação e contra a política de cortes do governo de Jair Bolsonaro(PSL) levaram dezenas de milhares de pessoas às ruas em 204 cidades em todos os estados do país. Os cortes no Ministério da Educação (MEC) e o contingenciamento no orçamento das universidades e institutos federais já ultrapassam R$ 6 bilhões. Estudantes e trabalhadores protestaram também pela defesa da aposentadoria e dos direitos que estão sendo retirados com a “reforma” da Previdência. Do asfalto para o ambiente virtual, ao longo de quase todo o dia, a hashtag #Tsunami13Agosto manteve-se em primeiro lugar no Twitter, no Brasil.

São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre realizaram manifestações que se espalharam por 204 cidades do país, mobilizando cerca de 1 milhão de pessoas, segundo balanço da União Nacional do Estudantes (UNE).

Em Fortaleza, o ato se concentrou na Praça da Gentilândia e seguiu pelas ruas do centro até finalizar a caminhada na Praça do Ferreira. Também esteve na mira dos manifestantes o programa Future-se, lançado pelo governo Bolsonaro e que pretende ampliar a participação de recursos da iniciativa privada nas instituições públicas de ensino superior. 

“São três pautas muito importantes para os estudantes e para nós, trabalhadores e trabalhadoras. Desde o começo do mandato, Bolsonaro tenta nos atacar de todas as formas, seja no acesso a direitos sociais, à educação ou ao movimento sindical, incansável na luta diária em defesa da democracia e da classe trabalhadora. Precisamos continuar assim, unidos e fortes, lutando por um país mais justo e igualitário, para todos e todas”, afirmou Wil Pereira, presidente da CUT Ceará.

Estudantes, professores, servidores públicos e movimentos sociais também realizar atos pelo interior do estado, em cidades como Cascavel, Crateús, Iguatu, Juazeiro do Norte, Morada Nova, Russas, Sobral, entre outras. Ainda no Nordeste, uma multidão também tomou as ruas de João Pessoa, Salvador, Recife e Aracaju. 

Manifestações de estudantes e trabalhadores também ocorreram na região Norte, em cidades como Manaus, Belém e Marabá (PA).

Na região Sul, mesmo com o forte frio, uma caminhada reuniu cerca de 30 mil pessoas nas ruas do centro de Porto Alegre. Houve também manifestações em Florianópolis e Curitiba.

Na região Centro-Oeste, estudante e trabalhadores saíram às ruas em Goiânia para protestar contra os cortes na educação e a “reforma” da Previdência.

Redação

3 Comentários

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  1. É lei, diz que possoa viva não pode dar nomes a escolas, lei 6454/77, caso ocorra há perda de mandato, cadê o congresso para agir ? Bolsonaro quer dar o nome a escola em Parnaíba,

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