Brasil é referência mundial no combate à fome, diz ONU

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou nesta terça-feira, que mais de 805 milhões de pessoas passam fome no mundo. No Brasil, anuncia a Organização, esta situação é bem diferente. Segundo a FAO o Brasil caminha na contramão desta estatística graças aos seus programas, ações e estratégias, o que o alçou ao posto de referência mundial no combate à fome.

“O Brasil é um grande exemplo nesse aspecto porque estabeleceu essa causa como uma prioridade nacional”, disse Eve Crowley, representante adjunta da FAO para a América Latina e Caribe. “Ele provou que um país grande pode reduzir a insegurança alimentar e ainda influenciar toda uma região e o mundo”, completou ela.

Tanto a América Latina como o Caribe tiveram o melhor desempenho no combate à insegurança alimentar dos últimos anos. Atualmente, concentra-se nesta região 6,1% das pessoas com insegurança alimentar, bem abaixo dos 15,3% registrados em 1992.

O Brasil mereceu destaque especial no estudo realizado pela FAO. O país se tornou modelo para promoção de experiências exitosas, como transferência de renda, compras diretas para aquisição de alimentos e capacitação técnica de pequenos agricultores. Com estas medidas, o Brasil conseguiu diminuir em 50% o número de pessoas que passam fome.

“Insegurança alimentar” é quando existe restrição ao acesso aos alimentos e pessoas nesta situação consomem alimentos de forma difusa, sem saber quando será a próxima refeição, explicou o diretor do Centro de Excelência para a Fome do PMA, Daniel Balaban.

No cenário brasileiro, o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) foi uma iniciativa que contribuiu diretamente para a redução da insegurança alimentar do brasileiro, destacou Balaban. Ele apontou que, com o programa, os agricultores tiveram a garantia da venda de seus produtos para o governo e instituições como escolas e hospitais.

“No Brasil, os pequenos produtores sofriam de insegurança alimentar. Eles largavam suas terras rumo aos grandes centros urbanos em busca de emprego. O grande mérito do programa foi incentivar todo esse grupo a permanecer no campo, estimulando a produção e oferecendo demanda para ele. Cerca de 70% do nosso consumo interno é abastecido pela agricultura familiar”, disse Balaban.

O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil

O relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil – Um Retrato Multidimensional – é um dos sete casos de países específicos estudados pela FAO, lançado paralelamente ao relatório anual da Organização, O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2014.

O documento sobre o caso brasileiro aborda as estratégias de governança adotadas pelo país com o objetivo de garantir o acesso de todos à alimentação, além de uma análise sobre a produção e disponibilidade de alimentos e outros aspectos como saúde.

Para ilustrar o sucesso das medidas brasileiras, a FAO reuniu diversos indicadores da segurança alimentar, entre eles, o Indicador de Prevalência de Subalimentação, medida empregada pela FAO há 50 anos para dimensionar e acompanhar a fome em nível internacional. Hoje, o país tem 3,4 milhões de brasileiros que passam por insegurança alimentar, o que representa 1,7% da população brasileira. A porcentagem de 5% é o limite estatístico determinado que representa se um país superou o problema da fome.

“O relatório mostra a situação da insegurança alimentar e as tentativas de eliminar a fome da Terra. Ele ressalta os nossos avanços, mas mostra que ainda há muito para fazer. Mesmo com a disponibilidade de alimentos e tecnologia, temos mais de 800 milhões de pessoas com risco de insegurança alimentar. Temos que reconhecer que a fome é a maior inimiga em todos os territórios do mundo e manter o compromisso de combater esse problema”, afirmou  o coordenador residente do sistema das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek.

A insegurança alimentar é um tema complexo, que não se resolve apenas com o aumento da produção ou da distribuição de alimentos, mas com uma multiplicidade de ações e programas que o Brasil vem desenvolvendo muito bem, avaliou Chediek.

“O Brasil precisa continuar nesse caminho, de chegar aos que estão fora do ‘sistema’, e aprimorar a coordenação de programas sociais. Por conta desse compromisso, o país teve um resultado admirável. O IDH, que inclui elementos de saúde e renda, melhorou mais de 50% nos ultimos 20 anos”, destacou ele.

Discurso da fome e a desigualdade social

O relatório também parabeniza o governo brasileiro por importantes passos institucionais e implementação de marcos legais que possibilitaram os avanços no combate à fome no Brasil.

Entre os destaques, a incorporação à Constituição Federal, em 2010, do direito humano à alimentação adequada e, em 2011, da institucionalização do Plano Nacional de Segurança Alimentar, com destaque ao lançamento da Estratégia Fome Zero, e a implementação, de forma articulada, de políticas de proteção social – como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar – e de fomento à produção agrícola – como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar – PAA.

Segundo o estudo, os gastos federais (em 2013) com programas e ações de segurança alimentar e nutricional no Brasil totalizaram cerca de 78 bilhões de reais. Os investimentos em programas sociais aumentaram mais de 128% entre os anos de 2000 e 2012, enquanto a parcela desses programas no Produto Interno Bruto aumentou 31%.

Em 2013, os programas relacionados à proteção social chegaram a aproximadamente um terço dos gastos federais em programas e ações de segurança alimentar e nutricional, enquanto os programas relacionados com a produção e distribuição de alimentos, inclusive os destinados à promoção da agricultura familiar, foram responsáveis por um sexto do total de dispêndios.

O resultado desses investimentos trouxe números positivos para erradicar a extrema pobreza e a fome no país, compromisso assumido através do primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM1) e na Cúpula Mundial sobre Alimentação (CMA). Apenas com o Bolsa Família, cerca de 22 milhões de brasileiros foram retirados da extrema pobreza desde 2011.

A consultora da FAO, Anne Kepler, que apresentou o relatório sobre o caso brasileiro, acredita que o avanço do país está também no seu discurso sobre a fome, atrelado à desigualdade social.

“Nos Estados Unidos, também há insegurança alimentar, também há fome, mas o tratamento é muito diferente do que vemos hoje no Brasil. A fome não está relacionada ao fato de a pessoa não se interessar por trabalho, como muitos dizem. Aqui, estamos provando que esse déficit na alimentação está ligado a uma diferença de classes, a uma desigualdade social que vem diminuindo”, disse Kepler, nascida nos Estados Unidos, mas residente do Brasil há 20 anos.

Crowley ressaltou que o mundo está vivendo um período histórico, onde o progresso no combate à fome é evidente. “Se firmarmos um compromisso, poderemos erradicar a fome dentro da nossa geração”.

Para a elaboração deste documento, a FAO contou com a colaboração do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, além de pesquisadores e acadêmicos.

Com informações da ONU

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

22 Comentários

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  1. FHC

    Entendi agora porque o ex presidente proferiu essa perola ontem…

    “Precisamos nos indignar porque estão arruinando o País inclusive moralmente”

    1. tb ouvi isso aí, parece que

      tb ouvi isso aí, parece que ele falava

      (aos artistas no teatro casa grande, do rio, )

      da grande mídia dita golpista, que atazana 24 horas por dia só com  notícias  ruins..

  2. É muito triste saber que

    É muito triste saber que nesse mundo de Deus ainda tem gente, que passa fome. Deveriam formar um grande grupo do mundo todo, com ajuda de quem tem dinheiro e com boa vontade, para buscar soluções para que isso um dia acabe, que todo mundo faça três refeições por dia. 

  3. Olha a mágica. No ano passado

    Olha a mágica. No ano passado (2013) os dados da FAO, agência da ONU para agricultura e alimentação, indicavam que 7% da população brasileira passavam fome. Passado um ano, agora em 2014 os famintos caíram para 1,8%. Realização do governo? Não, mudança dos critérios.
    A nova metodologia da FAO para calcular a fome no mundo passou, este ano, a considerar a alimentação das pessoas fora do domicílio, incluindo restaurantes populares e, principalmente, a merenda escolar, que no Brasil atende à 43 milhões de crianças e jovens.
    Resultado: somando-se as calorias e proteínas ingeridas fora de casa, os famintos despencaram. Mesmo assim, ainda somam 3,4 milhões de pessoas.
    Está certa a FAO, comandada pelo brasileiro José Graziano da Silva, em aprimorar sua metodologia. O fez, entretanto, num momento delicado, em meio ao processo eleitoral por aqui. Permitiu, assim, se é que não combinou, que o governo manipulasse a informação, escondendo da opinião pública as verdadeiras razões da queda. A FAO, caprichosamente, serviu à mentirosa propaganda oficial do PT. lamentável.

    http://www.observadorpolitico.com.br/2014/09/a-manipulacao-oficial-da-fome-no-brasil/ 

     

    1. Caro Walker
       
      Esta turma é

      Caro Walker

       

      Esta turma é muito criativa com os números.

      Veja só os números da economia que ninguem no mundo acredita.

      Tambem tem um detalhe, aparelharam a ONU, tem um companheiro se alto elogiando no esquema.

      SDS

      1. É cada uma ! Não chega a

        É cada uma ! Não chega a mídia piguenta e ainda temos de conviver com  s/ noções  no Blog do Nassif ! Pq vc não aproveita e coloca aqui os nºs do crescimento do PIB em toda a Europa e que a imprensa esconde. Faria um grande favor em esclarecer como anda a economia do mundo todo.

    2. É o fim mesmo!

      Engraçado a FAO aceitar a mudança de metodologia de cálculo justamente em período eleitoral, para beneficar o partido q está no poder. Voces estão querendo ser mais realista que o Rei e mais mentirosos que o PIG. Faça-me um favor. Por aqui o sr. não conseguirá um mísero voto p/ seu/sua candidato(a).

  4. essa matéria mostra como

    essa matéria mostra como foi

    e é

    e será importante esse programa de segurança alimentar.

    o mais importante é que ele tem uma abrangencia

    economica que, na minha opinião, mereceria ser estudado com mais profundidade.

    não só pela abrangencia ao  influenciar em todas as áreas economicas,

    resultando em benefícios a todos os egmentos

    como o fato de que passa a ser um grande exemplo de inovação na área científica,

    se a área social tb for assim considerada….

    poucos lembram:

    no tempo da ditadura, na década de 70,

    a famosa proissão dos   volantes bóias-frias 

    que aldir blanc poetizava como  “faraós embalsamados”,

    numa linda canção com joão bosco,

    que a globo divulgava em forma de simulacro com o seu padrão de qualidade,

    tudo limpinho e bonitinho,

    tudo cenografia. …

    naquele tempo os bóias-frias  expulsos 

    saíam do campo inundando as cidades e criando mais favelas

    e problemas até hoje não solucionados inteiramente.

    hoje muitos retornaram e retornam produzindo alimentos, adquiridos para escolas e hospitais, por exemplo…

    fazendo girar o comércio local, criando mais empregos.

    ironicamente, esses benefícios a essa gente cria um certo ódio da classe média

    que não consegue mais explorar mão de obra barata e semi-escrava para beneficiá-la…

    um absuro, dizem alguns dessa classe média,

    saudosos da época do fhc quando conseguiam mão-de-obra

    barata para construir seus chalés em chácaras chiques

    ou nas suas praias quase particulares. .

    baita ironia, não?

    alguns deles não veemm a importancia desse crecimento humano

    e salarial dos pobres inclusive para seus próprios negócios….

    conheci  um cara que tem um bar  e escrachava o bolsa família

    usando a frase tucana de que o bolsa família seria bolsa esomola.

    até eu tentar explicar  a ele que o estabelecimento dele

    sempre estava cheio justamente por isso e pelo aumentos salariais.

    depois disso calou…

    certamente foi a grande mídia consorciada ao psdb e seus interesses que impregnaram a cabeça dele de preconceitos.

    é bom destacar tb aqui a importancia do pronaf –

    agricultura familiar – criado na verdade

    por técnicos ligados à agronomia no governo lula…  

  5. Outros dados – no site do Globo Rural

    Agrifam 4 (Foto: Sérgio de Oliveira/Globo Rural)

    Programas sociais e aumento da renda dos mais pobres contribuíram para a redução (Foto: Sérgio de Oliveira/Globo Rural)

    De 2002 a 2013, a população de brasileiros considerados em situação de subalimentação caiu em 82%

    Por Sérgio de Oliveira – Redator chefe de Globo Rural comenta o universo da agricultura familiar brasileira.

    O Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome em 2014, segundo o relatório global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado hoje (16) em Roma. De 2002 a 2013, caiu em 82% a população de brasileiros considerados em situação de subalimentação.

    O relatório mostra que o Indicador de Prevalência de Subalimentação, medida empregada pela FAO há 50 anos para dimensionar e acompanhar a fome em nível internacional, atingiu no Brasil nível menor que 5%, abaixo do qual a organização considera que um país superou o problema da fome.

    O Brasil é destaque no Relatório de Insegurança Alimentar no Mundo de 2014 por ter construído uma estratégia de combate à fome e ter reduzido de forma muito expressiva a desnutrição e subalimentação nos últimos anos. Segundo a FAO, contribuíram para este resultado:

    • Aumento da oferta de alimentos: em 10 anos, a disponibilidade de calorias para a população cresceu 10%;
    • Aumento da renda dos mais pobres com o crescimento real de 71,5% do salário mínimo e geração de 21 milhões de empregos;
    • Programa Bolsa Família: 14 milhões de famílias;
    • Merenda escolar: 43 milhões de crianças e jovens com refeições;
    • Governança, transparência e participação da sociedade, com a recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
    “Sair do Mapa da Fome é um fato histórico para o país”, comemora a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. “A fome, que persistiu durante séculos no Brasil, deixou de ser um problema estrutural”, completa ela.

    De acordo com a ministra, atualmente a fome é um fenômeno isolado, existe ainda em pequenos grupos específicos que são objeto de Busca Ativa. “Continuaremos trabalhando com a Busca Ativa enquanto houver um brasileiro com fome”, destaca a ministra.

    Segundo Campello, com base nos dados da FAO, “chegamos a um percentual de 1,7% de subalimentados no Brasil. Isso significa que 98,3% da população brasileira tem acesso a alimentos e tem segurança alimentar”, destaca. “É uma grande vitória.”

    O Relatório Brasil, publicação da FAO/Brasil, é revelador deste novo momento do país e da importância da estratégia brasileira, salienta a ministra. O relatório é denominado O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil, um retrato multidimensional – o oposto do título do relatório mundial.

    http://revistagloborural.globo.com/Colunas/sergio-de-oliveira/

  6. Estados Unidos

     

    O Colossal Fracasso da Guerra Contra a Pobreza

    Portrait of Robert Rector

    Robert Rector  | 16 de setembro de 2014

    Hoje, os U.S. Census Bureau vai lançar o seu relatório anual sobre a pobreza. Este relatório é notável porque este ano marca o 50º aniversário do lançamento do da guerra contra a pobreza pelo presidente Lyndon Johnson. Os liberais afirmam que a guerra contra a pobreza falhou porque não investiu o dinheiro suficiente, mas os fatos mostram o contrário.

    Desde o seu início, os contribuintes norte-americanos gastaram 22 trilhões de dólares americanos (cotação em 2012) na guerra de Johnson conta a pobreza. Considerando-se este valor ajustado pela inflação, verifica-se que é três vezes mais do que foi gasto em todas as guerras militares desde a Revolução Americana.

    O governo federal executa atualmente mais de 80 programas de bem-estar oferecendo condições e recursos. Esses programas oferecem dinheiro, alimentos, habitação e cuidados médicos para americanos de baixa renda. Os gastos federais e estaduais sobre esses programas foram de 943.000 milhões dólares no ano passado- estes números não incluem os gastos com o Medicare, a Segurança Social, e o Seguro Desemprego.

    Mais de 100 milhões de pessoas, cerca de um terço da população dos EUA, recebeu ajuda de pelo menos um programa de bem-estar, a um custo médio de US $ 9.000 por beneficiário em 2013, Se convertido em dinheiro, os recursos gastos correntes é de cinco vezes a quantidade necessária para eliminar toda a pobreza em os EUA.

    rectorchart

    Mas hoje o Censo quase certamente irá proclamar que cerca de 14 % dos norte-americanos ainda são pobres. A taxa de pobreza presente é quase exatamente a mesma de 1967, poucos anos após o início da guerra contra a pobreza. Os dados do censo de fato mostram que a pobreza piorou nos últimos 40 anos.

    Como isso é possível? Como podem os contribuintes gastar 22 trilhões de dólares para ampliar o bem-estar, enquanto a pobreza se agrava?

    A resposta é que isso não é possível. O Censo considera que uma família situa-se na abaixo da linha da pobreza se a sua renda fica abaixo dos limites especificados. Mas no cálculo da “renda familiar” o Censo ignora quase todo investimento de 943 bilhões de dólares no ‘Welfare State’.

    Para a maioria dos americanos, a palavra “pobreza” significa a privação material significativa, cristalizada na incapacidade de uma família ser alimentada com os nutrientes necessários e receber roupas adequadas em abrigo razoável. Mas apenas uma pequena parte dos mais de 40 milhões de pessoas, classificadas como pobre pelo Censo se encaixa nessa descrição.

    Os meios de comunicação frequentemente associam a idéia de pobreza com os sem-tetos, porém, menos de dois por cento dos pobres se encaixam na classificação como sem-teto. Apenas um em cada dez famílias vive em casas móveis. A típica casa ou apartamento do pobre está em bom estado de conservação e sem aglomeração e é realmente maior do que a habitação média de não-pobres franceses, alemães ou ingleses.

    De acordo com pesquisas do governo, a família típica que o Censo identifica como pobre tem ar condicionado, TV a cabo ou satélite e um computador em sua casa. Quarenta por cento têm uma HDTV de tela plana e outros 40 por cento têm acesso à Internet. Três quartos dos pobres possuem um carro e cerca de um terço têm dois ou mais carros. (Estes números não são o resultado das más condições da economia atual, que estão empurrando as famílias de classe média para a pobreza, em vez disso, eles refletem uma melhoria constante das condições de vida entre os pobres há muitas décadas.)

    Infographic by Kelsey Harris/The Daily Signal

    A ingestão de proteínas, vitaminas e minerais por crianças pobres é praticamente idêntica à das crianças da classe média alta. De acordo com as pesquisas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a maioria esmagadora das pessoas pobres relata que não passavam fome, mesmo durante um único dia durante o ano anterior.

    Podemos ser gratos de nos certificarmos que os padrões de vida de todos os americanos, incluindo os pobres, subiram na metade do século passado, mas a guerra contra a pobreza não conseguiu fazer um acordo com a meta original de Johnson. O objetivo de Johnson não era conduzido para sustentar o padrão de vida, fazendo mais e mais pessoas cada vez mais dependentes de um Estado paternalista. Em vez disso, Johnson procurou aumentar a auto-suficiência, a capacidade de uma família para sustentar-se fora da pobreza, sem dependência da assistência social. Johnson afirmou que a guerra contra a pobreza seria realmente diminuir a assistência social e transformar os pobres de “taxeaters” em “taxpayers”.

    Julgado por esse padrão, a guerra contra a pobreza tem sido um fracasso colossal. O estado de bem-estar tem prejudicado a auto-suficiência, ao desencorajar o trabalho e penalização do casamento formal. Quando a guerra contra a pobreza começou, sete por cento das crianças nasciam fora do casamento. Hoje, são 42 por cento das crianças. Por corroer o casamento e assegurar o estado de bem-estar, os programas têm feito muitos americanos menos capazes de auto-sustentação do que eram quando a guerra contra a pobreza começou.

    Bono Quote, free enterprise

    Obama planeja gastar $ 13 trilhões de dólares em recursos para o bem-estar ao longo da próxima década. A maior parte dessa despesa vai fluir através de programas assistenciais tradicionais que desencorajam as chaves estabelecidas para a auto-suficiência e promover o trabalho e o casamento formal.

    Em vez de condenar os erros do passado, devemos reestruturar o Estado de bem-estar em torno da meta original de Johnson: aumento da capacidade de auto-sustentação dos americanos. O bem-estar não deve mais ser uma via de mão única e os destinatários do dinheiro, alimentação e moradia através dos programas governamentais, devem ser obrigados a trabalhar ou se preparar para o trabalho como condição para receber ajuda. As penalidades de dos programas de bem-estar contra o casamento devem ser reduzidas. Ao retornar à visão original estabelecida para ajudar os pobres a ajudar a si mesmos, podemos começar, nas palavras de Johnson, “substituir o desespero pela oportunidade”

    >>> Relatório Completo: A Guerra Contra a Pobreza Após 50 Anos

  7. A FAO, dirigida por um

    A FAO, dirigida por um brasileiro, só existirá e terá mega orçamentos SE HOUVER FOME NO MUNDO. Portanto é do interesse da imensa burocracia da FAO, sempre EXAGERAR o problema que é a razão de sua existencia.

    Bacana é o precioismo de 805 milhões, obviamente conta de estatistica baseada em criterios arbitrarios, nesses modelos estatisticos dá para se achar qualquer coisa que se queira provar.

    A FAO, assim como a UNESCO e a UNCTAD fazem parte do “Espaço dos Pobres” do guarda chuva da ONU, tradicionalmente dirigidas por personagens da esquerda de salão, burocratas ultra bem pagos e apreciadores dos bons vinhos Borgonha safrados mas sempre colocando a culpa de tudo nos EUA e no capitalismo.

    1. Mas que papo mais furadinho esse hein!

      “A FAO, dirigida por um brasileiro, só existirá e terá mega orçamentos SE HOUVER FOME NO MUNDO”.

      “Os organismos financeiros mundiais, dirigidos por banqueiros, só existirão e terão mega ganhos e auto bônus SE HOUVER POBREZA NO MUNDO”.

    2. “Espaço dos pobres”. Esta

      “Espaço dos pobres”. Esta frase é dígna do Motta Araújo,  aquele que quer pq quer ser americano. Pensa como Americano  e olha o mundo com a ótica dos americanos. Tenho dó do sr. Motta Araújo e tb desprezo por uma pessoa que pensa tão pequeno.

  8. Triste eh saber que tudo isso

    Triste eh saber que tudo isso pode acabar, caso um Aecio, ou uma Marina se torne presidente.

    Tucanos e PSDbistas nao devem ver a hora chutar o pau da barraca e desmantelar esses programas de assistencia alimentar e agricultura familiar, substituindo-so por alguma coisa gerida por grandes corporacoes do agro-negocio, onde poucos ganharao muito e muitos perderao o pouco que tem. Esses partidos nao creem e nem querem a participacao popular.

    1. Agricultura familiar existe

      Agricultura familiar existe há 500 anos e abastece as cidades, não foi criada pelo PT e nem por governos, basicamente são japoneses que trablham desde a madrugada em terra COMPRADA e não tomada, invadida ou doada, o Brasil tem 5 milhões de propriedades, 99% são de agricultura familiar, o agronegocio é na nova fronteira agricola do Cerrado, nunca poderia estar em pequenas propriedades dos cinturões verdes das cidades, portanto esse perigo é inexistente.

      1. sr. Motta Araújo.

        Minha formação básica é nutricionista e depois saúde Pública. Portanto eu não acho nada, eu conheço ao vivo e a cores o grande problema que enfrentava o Brasil, pela desnutrição de adultos e principalmente de crianças. Eu me formei na década de 1970, (1978) e cansei de ver nos hospitais onde trabalhei, o que era a desnutrição em todas as suas formas. Os japoneses já estavam  por aqui ,( se não me engano desde a década de 30 )e o Brasil vivia o seu “milagre econômico”. E olha que trabalhava em São Paulo-capital, com seu famoso “cinturão verde”. Ninguém vê o que não deseja ver !

  9. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK…. Puseram o Xico Graziano lá e a primeira coisa que ele fez foi mudar o método do cálculo.

    É MUITA CARA DE PAU!!!!

  10. Tempos atrás estive numa chácara, pouca terra, mas o suficiente

    Tempos atrás estive numa chácara, pouca terra, mas o suficiente para o casal e filho se manterem o que, segundo eles, era impossível na Era FHC. Procurei saber pq ele estava dizendo isso e o mesmo me relatou que na Era FHC era impossível eles terem energia elétrica na propriedade sendo que, com Lula, a energia chegou de graça, na era tucana eles não davam conta de pagar sequer um poste de luz, que era caríssimo. Outra coisa que foi boa para eles foi a compra da produção excedente pelo governo, via CONAB, para abastecer as creches, escolas asilos. Eles moram na área rural de Silvânia-GO, para onde levam a produção que é comprada pelo Pão de Açucar, do DF. O eleitorado não sabe disso pq a imprensa sempre boicotou qualquer notícia sobre as realizações de Dilma, fixando-se apenas, em durante estes 4 anos, apenas nas notícias ruins e, por seu lado, houve uma apagão de comunicação no governo, não foi dado o devido combate aos propagadores do pessimismo que, hoje, assanhados na iminência de tomarem de assalto o cofre, prometem o pior dos mundos, como por exemplo a autonomia do Banco Central e sem que se possa criticar isso porque o Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, vê nisso(na crítica) um crime..,,,sei

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