Buscas por fascismo, racismo e xenofobia aumentam na internet

A palavra "fascismo" teve um aumento de 233% nas buscas da internet, entre abril e maio deste ano

Com a pandemia atingindo o Brasil, comentários racistas foram disparados nas redes – Foto: Reprodução

Jornal GGN – A palavra “fascismo” teve um aumento de 233% nas buscas da internet, entre abril e maio deste ano. A pergunta “o que é fascimo” triplicou, “racismo” aumentou 82%, “xenofobia” teve 123% mais buscas, assim como outros termos ligados a reinvindicações. É o que mostra uma pesquisa realizada pela empresa de marketing digital SEMrush, divulgada nesta terça (21).

O levantamento foi feito com o objetivo de avaliar o quanto os brasileiros estavam buscando os termos relacionados a fascismo e racismo nas redes, devido aos recentes protestos mundiais. A descoberta foi que o aumento se deu não somente a estas palavras, ligadas ao aumento de protestos antirracistas e antifascistas, como também cresceu as buscas sobre xenofobia e violência doméstica.

“O termo fascismo, por exemplo, cresceu 233% entre abril e maio, de 165 mil para 550 mil buscas. A taxa de aumento foi a mesma para a pergunta “o que é fascismo” no período, que foi de 27,1 mil para 90,5 mil. O antifa, antes pouco conhecido e pesquisado, apenas 7,3 mil vezes na média mensal dos últimos 12 meses, teve 165 mil buscas em maio, evolução de impressionantes 2160%”, revelou.

A palavra racismo foi amplamente buscada nos últimos 12 meses, com uma média de 100 mil pesquisas, com maior pico (246 mil vezes) no mês da consciência negra, em novembro do ano passado.

Ao contrário das expectativas dos pesquisadores, o termo “xenofobia” não teve ápice nos meses em que o coronavírus tinha como foco a China e Europa, entre janeiro e março deste ano, mas passou a ser mais buscada (aumento de 123%), com a pergunta “o que é xenofobia”, em maio no Brasil.

Em março, no início da quarentena no país e no mês da mulher, a palavra “machismo” aumentou de 44 mil até janeiro para 74 mil em fevereiro e 90,5 mil buscas em março. A palavra “feminicídio” também dobrou entre fevereiro e março. E “violência doméstica” cresceu 82% entre fevereiro e março.

 

Redação

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