Carl Jung e a existência de Espíritos, por Marcos Villas-Bôas

Carl Jung e a existência de Espíritos

por Marcos Villas-Bôas

Em texto anterior, citamos Carl Jung como um médium que passava por inúmeros fenômenos espirituais e que documentou alguns deles no seu último livro: Memórias, Sonhos e Reflexões.

Leitores do blog que estão entre os mais incrédulos reclamaram do fato de o livro não ter sido citado, mas estava, sim, referido, desde a primeira versão publicada, ao final da transcrição de um trecho dele. Parece que, quando não se quer enxergar (aceitar) algo, até a visão física fica abalada e termina-se não enxergando bem (em sentido estrito).

Como Jung é um nome mais conhecido fora do meio científico, parece que esses incrédulos se assustaram com o peso dele em favor da existência dos Espíritos. Dedicaremos, então, um texto inteiro ao livro dele, uma homenagem a esses nossos leitores, tão ou mais importantes do que os mais crédulos ou menos incrédulos. Seus comentários, por sinal, quando não nos divertem pela graça, ajudam a focar nos pontos de maior dúvida deles, sendo muito bem vindos.  

Jung abre um capítulo chamado “Sobre a vida depois da morte” e inicia dizendo que sua obra em geral está permeada pela sua tentativa de dar explicação às “interferências entre o ‘além’ e o ‘aquém’” (p. 27). Segundo ele, não seria possível propriamente explicar a sobrevivência após a vida, então ele iria “mitologizar” (p. 28).

Pouparemos os incrédulos das repetições das críticas. Eles desviam dos fatos trazidos nos textos para se apegarem a suas visões espremidas da ciência e afirmarem que nada neles é científico, que não há prova científica etc. Observem que o mais importante aqui não é necessariamente convencer ninguém, apesar de que, normalmente, quando se escreve sobre um tema, se pretende convencer o leitor de algo.

O mais relevante é expor conhecimento sobre os Espíritos de uma forma crítica, trazendo grandes pensadores da ciência e permitindo que mais pessoas, dispondo desse conhecimento, possam, quando necessário, pedir ajuda, pois o objetivo principal do Espiritismo é o amor, a caridade para com o próximo, mesmo quando esse próximo seja um crítico insistente e deseducado. Incrédulos que passam um dia inteiro escrevendo inúmeras críticas sobre o mesmo texto, muitas vezes grosseiras, por exemplo, são grandes candidatos a necessitarem de atendimento espiritual.

Esses parênteses são para dizer que Jung afirma repetidamente acreditar na existência de Espíritos e conta fenômenos contundentes, alguns brevemente narrados aqui, porém ele, por receio do meio científico da sua época, prefere colocar tudo num tom de narrativa de “Memórias, Sonhos e Reflexões”, título do livro. Repita-se: importa, acima de tudo, que ele atesta a existência dos Espíritos. Sobre haver prova ou não, científica ou não, essa é uma questão muito mais conceitual e subjetiva, como já explicamos em textos anteriores.

Para os incrédulos que usam a artimanha materialista de afirmar que haverá prova científica apenas quando se demonstrar casos de peso, medição etc. em laboratório, se não serviram ainda as experiências de Camille Flammarion, aguardem até tratarmos dos testes do gênio científico William Crookes. A esses incrédulos, no momento, deixamos a crítica de Jung:

“A razão crítica parece ter há pouco eliminado, juntamente com numerosas outras representações míticas, também a ideia de uma vida após a morte. Essa eliminação foi possível porque os homens, hoje, se identificam frequentemente apenas com a consciência e imaginam ser apenas aquilo que conhecem de si próprios. Ora, todo homem que de leve suspeita o que seja a psicologia poderá facilmente imaginar que este saber é muito limitado. O racionalismo e a doutrinação são doenças do nosso tempo; pretendem ter resposta para tudo. Entretanto, muitas descobertas que consideramos impossíveis – quando nos colocamos de um ângulo limitado – serão ainda feitas” (p. 28-29).

Como se nota, cauteloso, mas certo do que estava por relatar, Jung critica aqueles que pensam tudo saber, que supõem ser a ciência um círculo já fechado de ideias e carente apenas de algum aprofundamento. A falta de intuição e de abertura para o que se chama de metafísico, mas que é físico, é uma das características mais marcantes em pensadores que cometem muitos erros, como muitos da Economia, que não seria uma ciência na concepção dos materialistas.  

Como diz o Espírito Joanna de Angelis, guia do seu médium psicógrafo Divaldo Franco, muito interessado na obra de Jung, o século XXI será o de religação entre ciência e religião, de absorção por aquela de boa parte daquilo que se pensava ser apenas objeto desta, e vice-versa. A fé deve ser raciocinada, deve estar de acordo com a razão, mantendo coerência com o que diz a ciência.

“Afinal, a ciência não tem sido propriamente criadora de nada, porquanto tudo aquilo que apresenta de alguma forma é cópia imperfeita do que observam os cientistas nos painéis grandiosos da Criação.

Lentamente, mas com segurança, os fatos que antes eram presunçosamente ignorados começaram a chamar a atenção de tal forma, que outra alternativa não tem havido senão a de examiná-los, estudá-los e concluir pela realidade do fenômeno imortalista, pela preexistência e sobrevivência do Espírito à morte, pela ordem universal criada por Deus e pelo sentido ético-moral de fundamental importância para a existência feliz” (Dias Gloriosos, p. 9).

“Os cientistas do passado, na sua ingenuidade, possuíam respostas rápidas para quase todas as interrogações que lhe eram apresentadas, nem sempre, porém, correspondendo à realidade dos fatos. A medida que a percepção do Universo se dilatou e as sondas penetraram na intimidade das partículas atômicas e subatômicas, mais difíceis se tornaram a compreensão e utilização racional das suas possibilidades quase infinitas” (Dias Gloriosos, p. 12).

“A física quântica já desmistificou a matéria, avançando gloriosamente para a energia, alcançando as tecelagens sutis do Espírito, que é o princípio inteligente do Universo, quase logrando identificar o mundo causal de onde tudo procede” (Dias Gloriosos, p. 13).  

“Chega lentamente o momento em que a Ciência e a Religião dar-se-ão as mãos, completando-se mutuamente, apoiadas nos fatos, na razão e na lógica que deverão ser o sustentáculo de ambas, avançando velozmente na conquista de mais profundos valores e interpretações a respeito da vida e do Infinito” (Dias Gloriosos, p. 14).

Como bem lembra Joanna de Angelis, Espírito que parece ter sido Clara de Assis e Joana Angélica, a ciência não se restringe a experimentos sobre a matéria, mas qualquer círculo de conhecimento baseado em princípios e métodos próprios, que esteja pautado “nos fatos, na razão e na lógica”. Não fosse assim, como já dito anteriormente, as Ciências Sociais não seriam consideradas ciências, a não ser, talvez, pela parte em que se pusesse pessoas em laboratório e se analisasse suas comunicações.

Voltemos, enfim, às experiências de Jung. Ao longo das páginas 34 e seguintes, ele conta casos de premonição, mas esses, ainda que curiosíssimos, não são suficientes para satisfazer os curiosos que leem este blog por conta dos Espíritos.

Segue uma das experiência de Jung, que ainda não é a mais marcante:

“Tive outra experiência sobre a evolução da alma após a morte quando – quase um ano depois do falecimento de minha mulher – acordei repentinamente uma noite e soube que fora até onde ela estava, no sul da França, na Provença, onde tínhamos passado um dia inteiro juntos. Ela fazia nessa região estudos sobre o Graal. Isso me pareceu muito significativo, porque ela havia morrido antes de terminar o trabalho que empreendera sobre esse assunto.

A explicação, a partir do que se tratava – a saber, que minha anima não tinha terminado o trabalho a ela imposto – nada me esclareceu; porque sabia muito bem que não tinha ainda terminado minha tarefa. Mas a ideia que após sua morte minha mulher trabalhava para continuar seu desenvolvimento espiritual – como quer que se conceba esta ideia – me pareceu plena de sentido e, por isso, esse sonho me foi bastante apaziguador” (p. 49).

É muito interessante como Jung trabalha ideias depois mais claramente explicadas nos livros espíritas, como nas obras de André Luiz psicografadas por Chico Xavier, nas quais ele explica que o homem encarna na Terra para “expandir” a sua consciência, para aprender, progredir, mas essa tarefa continua também no mundo espiritual. Acontece que, mesmo semelhantes, cada dimensão tem suas características específicas e, portanto, seu próprio poder de aprendizagem. Ainda segundo Jung:

“O grau de consciência atingido, qualquer que seja ele, constitui, ao que me parece, o limite superior do conhecimento ao qual os mortos podem aceder. Daí a grande significação da vida terrestre e o valor considerável daquilo que o homem leva daqui ‘para o outro lado’ no momento de sua morte. É somente aqui, na vida terrestre, em que se chocam os contrários, que o nível de consciência pode elevar-se. Essa parece ser a tarefa metafísica do homem, mas sem mythologein (“mitologizar”) apenas pode cumpri-la parcialmente” (p. 53).

Numa altura dessas, os mais incrédulos já perderam toda a admiração que tinham por Jung. Ele deixou de ser o gênio que era e se transformou num maluco que acredita ter contatos espirituais. Ao menos, para esses, ele admite que não pode constituir prova científica a partir dessas experiências:

“Apesar de não ser possível apresentar uma prova válida no que diz respeito à sobrevivência da alma depois da morte, há fatos que dão o que pensar. Considero tais fatos como indicações sem ter a audácia, no entanto, de conferir-lhes o valor de conhecimento” (p. 54).

Vamos, então, ao fato espiritual que nos pareceu mais interessante:

“Uma noite eu não conseguia dormir e pensava na morte repentina de um amigo, enterrado no dia anterior. Sua morte me preocupava muito. Subitamente tive a impressão de que ele estava no meu quarto, ao pé de minha cama e que me pedia que fosse com ele. Não julgava tratar-se de uma aparição; pelo contrário, formara do morto uma imagem visual interior e tomei-a por fantasia. Mas, honestamente, foi-me necessário perguntar: ‘Que prova tenho de que se trata de uma fantasia? E se não for? Caso meu amigo esteja presente, não seria inconveniência de minha parte tomá-lo por uma figura imaginária?’ Mas também não tinha qualquer prova para acreditar que ele estivesse realmente diante de mim. Então disse a mim mesmo: ‘Em lugar de considerar que se trata apenas de uma fantasia, posso, da mesma maneira, aceitá-lo como se fora uma aparição, pelo menos para ver o que disso resultaria’. No mesmo momento em que tive esse pensamento, ele se dirigiu para a porta e fez que eu entrasse no jogo. Isso certamente não estava previsto. Foi-me então necessário fortalecer a argumentação. Então somente o segui em imaginação.

Ele me conduziu para fora de casa, ao jardim, à rua e finalmente à sua própria casa. (Na realidade apenas algumas centenas de metros a separavam da minha). Entrei, introduziu-me em seguida em seu escritório e, subindo num tamborete, indicou-me o segundo volume de uma série de cinco, encadernados em vermelho; eles se encontravam muito alto na segunda prateleira. Então a visão se dissipou. Não conhecia sua biblioteca e ignorava que livros possuía. Por outro lado, não poderia de onde estava ler os títulos dos volumes que indicara, pois se encontravam na prateleira superior.

Esse fato me pareceu tão estranho que, na manhã seguinte, fui à casa da viúva e pedi autorização para entrar na biblioteca do meu falecido amigo para uma verificação. Realmente, havia debaixo da prateleira vista em minha imaginação, um tamborete e, já de longe, percebi os cinco volumes encadernados em vermelho. Subi no tamborete para ler os títulos. Eram traduções dos romances de Zola. O título do segundo era: O Legado de uma morta. Se o conteúdo me pareceu desprovido de interesse, o título era, por outro lado, muito significativo pela relação com o que se passara”.

Como Jung, que nunca havia estado na biblioteca do amigo, teria visto o tamborete e a coleção de livros vermelhos? O incrédulo, do alto do seu orgulho e da sua arrogância, já encontrou diversas explicações neste momento, como o fato de Jung ter ido lá antes enquanto seu amigo estava vivo e não se lembrar, pois julga o gênio da Psicologia um bobo, um ingênuo, enquanto ele próprio seria um sóbrio, inteligente e compenetrado, aquele que não se abala por fantasias.   

As experiências contadas por Jung são repetidas, marcantes e ganham certa sistematização dentro do pensamento dele. A literatura espírita veio explicar mais tarde muito do que aconteceu com Jung ao tratar de desdobramentos do Espírito em relação ao corpo físico, seja no sono, seja acordado, assim como a literatura espiritual não propriamente espírita, a exemplo daquela sobre projeção astral.

Waldo Vieira, médium espetacular que trabalhou com Chico Xavier por um tempo e depois seguiu caminho próprio, tem obras magníficas sobre experiências semelhantes às de Jung e com um viés científico interessante.

Jung não conhecia essa literatura e, provavelmente, também não conhecia as experiências realizadas antes mesmo que ele escrevesse o livro aqui em análise. Por isso, a cautela dele ao tratar do tema sob um ponto de vista científico, que não o impediu, contudo, de afirmar categoricamente a possibilidade de comunicações entre o consciente e o mundo espiritual a partir do nosso inconsciente. Encerremos, então, com esse seu entendimento:

“Em decorrência de sua relatividade espaço-tempo, o inconsciente tem melhores fontes de informação que a consciência, a qual apenas dispõe de percepções sensoriais. Por esse motivo, estamos reduzidos, no que se relaciona com o mito de uma vida post-mortem, às escassas alusões do sonho e a outras manifestações espontâneas do inconsciente. Não podemos, já dissemos, outorgar a essas indicações o valor de conhecimentos ou de provas; mas elas podem servir de base adequada para amplificações míticas; elas permitem ao intelecto indagador esse âmbito de possibilidades absolutamente necessárias à sua atividade vital. Não havendo o mundo intermediário da fantasia mítica, o espírito fica ameaçado de congelar-se no doutrinarismo. Mas, inversamente, o interesse por tais germes míticos constitui um perigo para espíritos fracos e sugestionáveis, que poderão tomar esses pressentimentos por conhecimentos e hipostasiar fantasmas” (p. 63).  

Enfim, nem tanto à incredulidade, nem tanto à credulidade. Ciência com abertura ao novo e fé pautada na ciência, eis o nosso objeto neste blog.

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Redação

61 Comentários

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  1. Fatos Espíritas

    Primeiramente parabéns pelo tema Marcos Villas Boas. VocE^tem toda tazão, para os incrédulos, deveria apresentar um artigo sobre o livro “Fatos Espíritas” – William Crookes, mas não pode deixar de fornecer a biografia do autor do livro, William Crookes foi um grande cientista condecorado com a medalha de Sir.

    Na parte cientifica de “catalogação” de fatos e fenômenos espíritas ou anímicos o italiano Ernesto Bozzano também tem um trabalho muito interessante. Em seu livro “A Crise da Morte”, ele, Ernesto Bozzano, faz um levantamento sobre o que existe de comum nos relatos de Espíritos logo após a desencarnação, por exemplo, todas as mensagens dos espiritos falam do que Bozzano chamou de “Visão Panorâmica”, ou seja, a vida inteira da pessoa passa por sua mente no memento da desencarnação. Dessa maneira, Bozzano vai buscar, mais ou menos como Allan Kardec, nos fatos repetidamente narrados pelos espíritos a prova ou tese de que há vida depois da morte.

    Abraços!

     

    1. Falácia da autoridade:

      “”…para os incrédulos, deveria apresentar um artigo sobre o livro “Fatos Espíritas” – William Crookes, mas não pode deixar de fornecer a biografia do autor do livro, William Crookes foi um grande cientista condecorado com a medalha de Sir….”

  2. Vixe, lá vem paulada…

    Daqui a pouco estará lotado de comentários dos que se acham os donos da verdade científica, dos titulares do Departamento de Autorizações para Falar e Escrever e dos que vão exigir aos berros “levanta uma pedra de 1 tonelada no meio da Praça da Sé, que eu quero ver!”…

    1. Alan, bem baixinho,

      Alan, bem baixinho, sussurrando, “levanta uma pedra de 1 tonelada no meio da Praça da Sé, que eu quero ver !”

      Me leve a mal não, respeito, e muito, o que você escreve, e a crença de todos. Inimaginável que pudesse ser diferente. É que esse assunto dos espíritos aqui no GGN está um pouco OT e repetitivo, sem coisas novas. Parece certas notícias da “grande” imprensa, requentadas, requentadas, requentadas e servidas fria. E lendo os comentários, inclusive o que estou fazendo, fica claro que desta discussão não nascerá luz alguma.

  3. Fantasmas existem?

    Fantasmas existem?

    Publicada originalmente na LiveScience  http://www.livescience.com/26697-are-ghosts-real.html

     

    Fantasmas existem?

    http://hypescience.com/fantasmas-existem/

     

    Se você acredita em fantasmas, certamente não está sozinho. Eles estão entre os fenômenos paranormais mais bem aceitos, e existem em culturas de todo o mundo.

    A ideia de que os mortos permanecem conosco em espírito é antiga, aparecendo em inúmeras histórias, da Bíblia a Shakespeare. Ela faz parte de uma teia maior de crenças paranormais, incluindo a experiência de quase-morte, a vida após a morte e a comunicação espiritual.

    Talvez seja uma ideia tão amplamente difundida porque oferece conforto às pessoas: quem não quer acreditar que nossos amados falecidos estão olhando para nós, ou conosco em nossos momentos de necessidade?

    O início da busca

    A busca por fantasmas é antiga. Clubes dedicados à procura de evidências fantasmagóricas formaram-se em universidades de prestígio, incluindo Cambridge e Oxford, centenas de anos atrás.

    Em 1882, a organização mais proeminente, a Society for Psychical Research, foi criada. Uma mulher chamada Eleanor Sidgwick se tornou uma investigadora (e mais tarde presidente) desse grupo, e pode ser considerada a “ghostbuster” original. Nos Estados Unidos, no final dos anos 1800, muitos médiuns psíquicos alegaram falar com os mortos – mas foram posteriormente expostos como fraudes por céticos como Harry Houdini.

     

    Uma dificuldade em avaliar cientificamente fantasmas é que uma surpreendentemente ampla variedade de fenômenos é atribuída a eles, de uma porta fechando-se por conta própria a chaves perdidas a uma área fria em um corredor a uma visão de um parente morto.

    Quando os sociólogos Dennis e Michele Waskul entrevistaram pessoas que supostamente “viram” fantasmas para seu livro de 2016 “Ghostly Encounters: The Hauntings of Everyday Life” (Temple University Press), eles descobriram que “muitos participantes não tinham certeza de terem encontrado um fantasma e permaneceram inseguros de que tais fenômenos fossem até mesmo possíveis, simplesmente porque não viram algo que se aproximasse da imagem convencional de um ‘fantasma’. Em vez disso, muitos dos nossos entrevistados estavam simplesmente convencidos de que haviam experimentado algo estranho – algo inexplicável, extraordinário, misterioso”.

     

    A falta de definição

     

    Experiência pessoal é uma coisa, evidência científica é outra. Parte da dificuldade em investigar fantasmas é que não há uma definição universalmente estabelecida do que é um fantasma.

    Alguns acreditam que são os espíritos dos mortos que, por qualquer motivo, se “perderam” no caminho para o Outro Lado; outros afirmam que os fantasmas são, em vez disso, entidades telepáticas projetadas para o mundo por nossas mentes. Ainda outros criam suas próprias categorias especiais para diferentes tipos de fantasmas, como poltergeists, assombrações, espíritos inteligentes etc.

    Isso é como especular sobre diferentes raças de fadas ou dragões: há tantos tipos de fantasmas quantos você quer que existam.

    Existem muitas contradições inerentes às ideias sobre fantasmas. Por exemplo, eles são materiais ou não? Eles podem mover-se através de objetos sólidos sem perturbá-los, ou eles podem fechar portas e jogar objetos através da sala? De acordo com a lógica e as leis da física, é uma coisa ou outra.

    Também, se os fantasmas são almas humanas, por que aparecem vestidos e com objetos inanimados (presumivelmente sem alma) como chapéus e bastões – para não mencionar os muitos relatos de trens, carros e carruagens fantasmas?

     

    Não é ciência

     

    Caçadores de fantasmas usam muitos métodos criativos (e duvidosos) para detectar presenças dos espíritos, muitas vezes incluindo psíquicos.

    Praticamente todos os caçadores de fantasmas dizem ser científicos e a maioria dá essa aparência porque usa equipamentos de alta tecnologia como contadores Geiger, detectores de campos eletromagnéticos (EMF), detectores de íons, câmeras infravermelhas e microfones sensíveis.

    No entanto, cientificamente, não está provado que nenhum destes equipamentos pode realmente detectar fantasmas. Durante séculos, as pessoas acreditavam que as chamas se tornavam azuis na presença de fantasmas. Hoje, poucas pessoas aceitam esse “fato”, de forma que é provável que muitos dos sinais tomados como evidência pelos caçadores de fantasmas de hoje sejam vistos como igualmente errados séculos depois.

     

    Outros pesquisadores afirmam que a razão pela qual a existência de fantasmas não foi provada é que simplesmente não temos a tecnologia certa para detectar o mundo espiritual. Isso não parece ser correto: se os fantasmas existem e aparecem em nosso mundo físico, devem poder ser detectados nesse mesmo mundo. Se os fantasmas existem, mas não podem ser cientificamente detectados ou gravados, então todas as fotos, vídeos, áudios e outras gravações alegadas como evidência de fantasmas não podem ser fantasmas.

    Com tantas teorias contraditórias básicas – e tão pouca ciência envolvida -, não é surpreendente que, apesar dos esforços de milhares de caçadores de fantasmas durante décadas, não tenha sido encontrada uma única boa evidência de fantasmas.

     

    Mas também não é sobre ciência

     

    Muitas pessoas acreditam em fantasmas por causa de alguma experiência pessoal, seja porque cresceram em uma casa onde a existência de espíritos (amigáveis) era considerada normal, seja porque tiveram alguma experiência estranha que não puderam explicar.

    No entanto, também existem muitas pessoas que acreditam que a existência de fantasmas pode ser confirmada pela física moderna. É amplamente alegado que Albert Einstein sugeriu uma base científica para a realidade dos fantasmas, ligada à Primeira Lei da Termodinâmica: se a energia não pode ser criada ou destruída, pode apenas mudar de forma, o que acontece com a energia do nosso corpo quando morremos?

    Parece uma suposição razoável, mas a resposta é mais simples que “viramos fantasmas”. Depois que uma pessoa morre, a energia de seu corpo vai para onde a energia de todos os organismos vai após a morte: para o ambiente. Ela é liberada sob a forma de calor, e transferida para os animais que nos comem (animais selvagens se nossos corpos não são sepultados, ou vermes e bactérias se formos enterrados) e as plantas que nos absorvem.

    Enquanto os caçadores de fantasmas amadores gostam de se imaginar na vanguarda da pesquisa sobre fantasmas, eles estão realmente envolvidos no que os folcloristas chamam de ostensão, uma forma de representação em que as pessoas “encarnam” uma lenda.

    Se os fantasmas forem reais, então sua existência será descoberta e verificada pelos cientistas por meio de experimentos controlados. Mas, em última análise, a caça aos fantasmas não é sobre evidências científicas (se fosse, a busca teria sido abandonada há muito tempo). Em vez disso, trata-se de se divertir com os amigos, contar histórias e procurar o desconhecido

  4. não foge não

    Várias questões cientificas foram levantadas com relação ao texto anterior sobre a experiência das cadeirinhas e permanecem sem resposta. É dessa maneira arrogante e prepotente que autor espera impor sua doutrina ?

  5. Assim seja… Ou amém, pouco importa…

    Se este site passar a ser local de proselitismo religioso, é bom então abrir espaço para todas as crenças existentes na sociedade brasileira. Não esquecer também dos ateus. Crer por crer, é só uma questão de fé e de religião e o Brasil tem coisas mais urgentes em sua agenda do que bates bocas religiosos para divulgação proselitistas de catecismos religiosos (mesmo que seja o catecismo positivista do Comte).

    Só não pode continuar distorcendo as teorias de Jung para que ela se encaixe no kardecismo, porque, assim, qualquer distorção religiosa será válida para provar suas crenças (é o que o fundamentalismo faz com a escatologia constantemente, distorce os fatos históricos para que eles se encaixem nas supostas profecias sobre os fins dos tempos; ou seja, de acordo com este autor que defende o proselitismo de sua religião, a “prova retórica”; ou seja, sofisma serve para qualquer coisa que se queira provar).

    Conheci um kardecista que argumentava comigo que a expressão “faz sentido” era prova de alguma coisa. Disse-lhe que as mentiras “fazem sentido” (se encaixam na narrativa) mas não são verdadeiras. Bem sabia a propaganda nazista, como qualquer propaganda política de direita. Fazer sentido, entrentanto, não é critério da verdade porque a verdade não é só questão de palavras e de discursos. É algo mais, que está além das expressões idiomáticas (que são apenas representações sobre a realidade, representações bem limitadas, mas não a realidade em sia mesma).

    Se querem citar Jung, com seu conceito de inconsciente coletivo que está mais para o platonismo do que para o kardecismo, então que se mostre toda a obra deste autor que não pode ser usada para a validação do kardecismo, já que Junga também estudava o budismo tibetano com seriedade e o hinduísmo, além do catolicismo, sendo ele filho de pastor protestante calvinista suíço. Além disso, não se pode citar Jung sem mostrar a relação indissociável que ele tinha para com Freud e a psicanálise.

    E não vale aqui usar o jargão kardecista aborrecido de que são “céticos”, “incrédulos” etc. Isto só é válido nos sistes kardecistas e religiosos. Aqui é um espaço secularizado e não local apropriado para discussões religiosas infrutíferas sem fima, típica sde doutrinários dogmáticos que só querem demonstrar que estão certos e ganharem, supostamente, a discussão. Na ciência contemporânea não há tal possibilidade. A verdade sempre é parcial e provisória, porque o objeto de estudos é infinitamente maior do que o entendimento humano jamais poderá conceber (e isto não é um dogma religioso, é só a constatação realista de que o universo onde vivemos é infinito).

    Cansativo esta tentativa de conversão de todos ao espiritismo kardecista.

    Tenho mais o que fazer de minha vida.

  6. Negar a Deus é negar o óbvio.

    Platão , Einstein ,Max Planc ,Spinosa , Jean-Paul Sartre , Arthur Compton, Decartes , Sócrates entre outros , acreditavam em Deus , como Criador do Universo. Achar que Deus criou o ser humano ,com ódio e amor, empáfia e humildade ,rico e pobre ,e as demais diferenças , e com poder de definir o seu presente e futuro ,e repentinamente desaparecer para sempre , é tornar Deus um qualquer. , um de nós inferior.

    1. Pode tirar Einstein dessa lista

      http://hypescience.com/carta-de-einstein-sobre-deus-e-leiloada-no-ebay/

      Além disso, se algumas pessoas acreditam em deus, por mais inteligentes que sejam, isso não torna o tal deus real.

      ————

      Um ano antes de morrer, o célebre físico Albert Einstein escreveu, em 3 de janeiro de 1954, uma carta ao filósofo judeu Eric B. Gutkind, expressando sua visão sobre o povo judeu, as religiões e a existência de Deus. O documento foi leiloado no eBay de 8 a 18 de outubro, e foi vendida por US$ 3 milhões (mais de R$ 6 milhões).

      (…)

      Einstein x Deus e as religiões

       

      A carta era uma resposta do físico ao livro de Gutkind “Choose Life: The Biblical Call to Revolt” (“Escolha a Vida: A Chamada Bíblica à Revolta”), no qual o filósofo sustentava a ideia de que os judeus eram um povo de “alma incorruptível”. “A alma do povo judeu nunca foi uma alma de massas. A alma de Israel não poderia ser hipnotizada; nunca sucumbiu a ataques hipnóticos (…). A alma de Israel é incorruptível”, escreveu.

      Einstein não concordava: “Para mim, a religião judaica é, da mesma forma que todas as outras, uma incarnação das superstições mais infantis. E o povo judeu, ao qual eu pertenço com boa vontade, e que tem uma mentalidade com a qual tenho uma afinidade profunda, não tem, para mim, uma qualidade que o difere de qualquer outro povo. Até onde minha experiência vai, ele também não é melhor que outros grupos humanos, embora esteja protegido dos piores cânceres por falta de poder. Fora isso, não consigo ver nada de ‘escolhido’ sobre ele”.

      No final de sua vida, Einstein se mostrou contrário às religiões. Mas ele acreditava em Deus? Não exatamente, como se lê em uma carta escrita em 24 de março daquele mesmo ano: “Foi, é claro, uma mentira o que você leu sobre minhas convicções religiosas, uma mentira que foi repetida de forma sistemática. Eu não acredito em um Deus pessoal, nunca neguei isso, mas expressei de forma clara. Se algo em mim pode ser chamado de religioso, é minha ilimitada admiração pela estrutura do mundo que nossa ciência é capaz de revelar”.

      Na carta a Gutkind, Einstein disse que a palavra “Deus” nada mais era do que “a expressão e produto da fraqueza humana, e a Bíblia, uma coleção de honoráveis, porém primitivas lendas que eram no entanto bastante infantis”.

  7. refrescando a memória

    Segundo o maitre Villas – Bôas experiencias espiritas como a da mesa flutuante já contam com mais de 100 anos e são reprodutíveis em centros espíritas pelo mundo a fora. Ou seja, já houve tempo mais que suficiente para colherem alguns dados cientificos. Por favor maitre Villas- Bôas nos responda : o material que constitue a mesa influencia na experiência ? Há alguma variação de pressão ou temperatura ambiente durante o fenômeno ? Algum campo elétrico ou magnético foi verificado ? o peso faz diferença ? 

  8. Indicação de leitura

    Para esse texto indico a seguinte leitura:

    Crenças extraordinárias: Uma abordagem histórica de um problema psicológico. Editora da UNESP. Autor Peter Lamont. ano 2017. 

    http://editoraunesp.com.br/catalogo/9788539306619,crencas-extraordinariasresenha da editora

    Este livro toma como ponto de partida a missão de responder a duas perguntas:”você já se deparou com alguma coisa que não conseguiu explicar?” e “por que as pessoas acreditam no paranormal?”. Um dos argumentos comuns feitos por aqueles que estudam crenças no paranormal é afirmar que o assunto merece ser estudado porque podemos colocar a primeira pergunta de lado e nos concentrar na segunda. Ou seja: mesmo que os fenômenos não existam, muitas pessoas acreditam em tais coisas; portanto, a segunda pergunta deveria ser o foco de nossa análise. Porém, nota-se que também para a segunda as respostas não vêm sendo conclusivas. É preciso retroceder e considerar: quais
    são essas crenças que desejamos explicar e por que tentamos explicá-las há tanto tempo? Fazer isso demanda uma perspectiva histórica – e esse é o objetivo deste livro: fornecer uma abordagem histórica de um problema psicológico, examinando os fenômenos nos quais as pessoas acreditam, as crenças que têm sido manifestadas em relação a esses eventos e as tentativas de compreendê-las.

    Livro

     

    1. mais um
                   

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

      Resultado de imagem para po que as pessoa acreditam em coisas estranhas

       

       

      POR QUE AS PESSOAS ACREDITAM EM COISAS ESTRANHAS

       

      SHERMER, MICHAEL

       

      Poucos podem falar com mais autoridade pessoal das crenças humanas do que Michael Shermer. Ele conta que se tornou cético depois de uma odisseia de dez anos pelo mundo da saúde alternativa e das terapias para melhorar a aptidão física. Em seu livro, Shermer aborda sob uma ótica estritamente científica temas como a negação do Holocausto, o criacionismo, as experiências de quase morte e a paranormalidade. Segundo ele, nada supera o método científico, que envolve a obtenção de dados para formular e testar as explicações dos fenômenos naturais, desenvolvido inicialmente nos séculos XVI e XVII.Para Shermer, as pessoas acreditam em coisas estranhas porque faz parte da natureza humana procurar padrões, conexões de eventos, mesmo onde na verdade não existe nada. Seu livro serve como uma bússola ajudando a navegar pelo “frequentemente confuso desfile de afirmações e crenças que nos são apresentadas como histórias e padrões que fazem sentido”. Mas, acima de tudo, o autor demonstra que o cético não é um cínico nem um niilista. “O ceticismo é uma abordagem provisória das afirmações, é a aplicação da razão a todas as ideias”, diz. “O ceticismo é um método, não uma posição. Os céticos não entram numa investigação fechados à possibilidade de que o fenômeno seja real ou a afirmação seja verdadeira. Quando dizemos que somos céticos, queremos dizer que precisamos ver evidências concretas antes de acreditar.”

  9. Mais blá blá blá …

    … de pseudo ciência.

    Traga provas concretas e consistentes que aí sim acreditaremos.

    Linguagem pseudo culta e textos longos não provam absolutamente NADA, a não ser a pretensão de ser dono da verdade.

  10. a tolerância e o reconhecimento de nossa finitude

    e de nossa incapacidade em explicar tudo. Tem uma frase final que demonstra finitude e presunção disfarçada de ecletismo e abertura de mente: afirmar que o intuito do autor é que a ciência não seja estática. Meu Deus, isso anula a vontade de levaar a sério pra ler quaisquer textos que, certamente de boa fé, e de boa vontade, o autor nos traz. Qualquer não crente sabe que dinamismo é característica de ciência. Por outro lado, o endeusamento da ciência é outra bobagem bem intencionada. Gilberto Freyre escrevia alguns artigos em jornal,um deles já publiquei aqui umas duas vezes faz tempo, talvez pela web se encontre “O misticismo e o número 13”,bem humorado. Dói admitirmos que não existe espírito, nem vida pós-morte, e tome-lhe ilusões. (Freyre aquele que é criticado por quem nunca o leu ou leu superficialmente ou trechos convenientes…).

    1. Endeusamento das ciências.

      Os autores do post acima estão certo: a ciência é tão endeusada que os espíritas querem/desejam, que o espíritismo seja ciência.

  11. “A propósito do misticismo e do número 13” – Gilberto Freyre

    A propósito do misticismo e do número 13  – Gilberto Freyre ( * )

    “(…) Lamentava Gonzaga de Sá não haver conhecido intimamente uma costureira; lamento eu não ser íntimo de saga ou cartomante. Das cartomantes pode aprender o indivíduo o pouco que sabem os professores de psicologia e os sábios da psicanálise, além do muito que eles ignoram. A natureza humana deixa de si menos retalhos num laboratório de psicologia experimental que sobre o pano roxo ou negro duma mesa de bruxam (…)”.

    -1-

    Sucede que chego ao nº. 13, desta série, absolutamente sem veneta para coisas de cabala ou olho mau. Vejo-me diante do número fatídico como em face de um intruso. De um orador, por exemplo. O número, entretanto, impõe, esta vez, o assunto.
    .
    Haverá indivíduo para quem o sobrenatural não exista, nem sublimado nem deformado? Em cujo sistema nervoso não tenha alguma vez corrido a agonia do “What am I; and Whence; and Whither” de Carlyle? Ou o medo a um pio de coruja? Duvido.
    .
    Houve uma vez um homem que inventou u’a máquina para esvaziar o cérebro de superstições e misticismos. Um encanto de precisão, a tal máquina. Aplicou-a o homem – sábio e livre-pensador – ao próprio cérebro. Dias e noites a fio esteve a máquina a funcionar, esvaziando o cérebro daquele experimentador desdobrado em paciente. Mas houve um resíduo contra o qual operou em vão o sutil engenho. Não se desprendia. Rodava o dínamo 2.500 vezes por segundo, e nada. O “transformer” a 2.000 “volts”, e nada. O resíduo era a última das superstições: a de supor-se um homem livre de superstição.
    .
    Garanto a autenticidade da história. Vi a máquina. Conheci o sábio, meses depois de sua estranha aventura, todo voltado para o sobrenatural, às voltas com Swedenbrog e Sir Oliver Lodge.
    .
    Ora, o que este homem fez, já o fizera outro homem. Um sábio francês, morador à Rue Monsieur le Prince , em Paris. É certo que sem a mesma precisão mecânica. Mas a tentativa estava feita: o homem da Rue Monsieur le Prince conseguira, tanto quanto possível, uma religião sem o sobrenatural. Um como esperanto de cosmogonias e éticas.

    O Positivismo, na sua técnica, é um sistema que admiro, como admiraria uma caricatura da Gioconda no Punch Ou em Simplicíssimus. A caricatura, na sua esfera, pode ser maravilha. Apenas a caricatura não nos satisfaz a fome de beleza. Nem o Positivismo, que é o racionalismo vulgar trepado em pernas de pau, a ânsia mística.
    .
    A ânsia mística, estou que todos a possuímos. Pode variar, em ardor, de temperamento a temperamento. Ou de um clima a outro clima. Ou de uma época a outra. Diminuiu, por exemplo, com a nossa, de intelectualidade industrializada, depois de se ter aguçado na flecha da Catedral Gótica. As estatísticas mostram-se fluidamente variando de inverno a verão. Mas ausente, nunca.
    .
    Do misticismo não estão livres as puras inteligências à la Fradique. O pró-prio Fradique, impermeável ao sobrenatural cristão, teria sido capaz, em dadas circunstâncias, de cair ludicamente ajoelhado ante rude bruxedo como qualquer braquicéfalo da África equatorial. A exemplo do “homem cultíssimo hodierno” , de que nos fala Tobias. E haveria de fazê-lo Fradique, dizendo, como diante da vasta bacalhoada que ele e os amigos foram comer numa taverna da Mouraria: “ Nada de idéias!! Nada de idéias !”.
    .
    -2-
    .
    De Eça positivamente se sabe que conservou, a vida toda, pegados às paredes do cérebro, retalhos de superstições infantis: o medo às bruxas, ao azeite derramado, ao pio das corujas, ao uivar dos cães. E era filho, e dos mais depurados, do século que engraçadamente se chamou das luzes.
    Aliás o século XIX, se não teve a superstição das bruxas, nem a da alqui-mia, nem a dos santos. Louros como os sóis. vencendo dragões, verdes como o lodo, nem nenhuma das que contribuíram para o pitoresco da vida medieval, foi supersticioso ao seu jeito. Deslocou o misticismo das catedrais para os laboratórios, mas continuou místico. Prosaicamente místico. Endeusou a Ciência, que passou a escrever com C maiúsculo; fez da Origem das Espécies um como Santíssimo Sacramento; da Evolução, Dogma; do Copo Graduado, Custódia. E sua mania de verdade, palpável e papável como um lombo de porco, outra coisa não foi senão lúbrico misticismo.
    A esse misticismo de laboratório, vastamente superior é o dessa grande “officina artis spiritualis” que é a Igreja Católica. Abstraindo-se o espírito de análise. De preferências emotivas, ver-se-á que pertencem à mesma esfera bentinhos de Nossa Senhora e Equatoriais, Corações de Jesus e Retortas.
    .
    Quanto a mim, sempre me pareceu mais interessante uma catedral que um laboratório. Mesmo as caricaturas de catedral, como a de Olinda, ganham em interesse e excedem em encanto aos laboratórios mais aparatosos.
    Entretanto, o século XIX teve a petulância de cantar, sujo de fuligem das suas fabricas de azeite, de suas turbinas e dos ácidos dos seus laboratórios, sua superioridade sobre os demais. Cantou-a? Anunciou-a aos berros de leiloeiro. Ficaria para o Sr. Leon Daudet a tarefa um tanto iconoclasta de fazer o inventário do século que com menos retórica e mais verdade, que fora Le Stupide.
    .
    Distanciei-me do assunto.
    Mas que poderia dizer do “ 13” propriamente?
    Dele sei o que todo mundo sabe.
    .
    Lamentava Gonzaga de Sá não haver conhecido intimamente uma costureira; lamento eu não ser íntimo de saga ou cartomante. Das cartomantes pode aprender o indivíduo o pouco que sabem os professores de psicologia e os sábios da psicanálise, além do muito que eles ignoram. A natureza humana deixa de si menos retalhos num laboratório de psicologia experimental que sobre o pano roxo ou negro duma mesa de bruxa.
    .
    Penso às vezes que o sucesso, entre nós, de João do Rio – aquele gênio fácil e plástico de Reportagem – deveu-o ele à sua intimidade com as artes negras. Donde se poderia concluir que no Brasil estas, e não as artes liberais, abrem e até escancaram ao indivíduo de algum talento e muito “savoir faire”, as portas do sucesso.

    ———————————

    (Diário de Pernambuco, 15-7-1923, Gilberto Freyre

    ‘in’  “Tempos de Aprendiz”, coletânea de artigos em jornal e parte de seu diário, 1979 )

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  12. William Crookies

    Cientista valoroso ,em 1861 descobriu o elemento quimico tálio, pioneiro na construção de aparelhagem cientifica como tubos de vácuo, instrumentação de radiatividade, pioneiro no estudo do plasma. Com a morte prematura de seu irmão Philip aos 21 anos busca no espiritismo conforto e alega a descoberta de novas forças desconhecidas. Com aparelhagem sofisticada alega presenciar alteração de peso de corpos, movimentação de corpos a distância (tiptologia), levitação, surgimento de objetos luminosos, surgimento de figuras fantasmagóricas, escrita sem intervenção humana tudo sugerindo atuação de inteligência externa.

    Crookies era descrito por psicólogos como Leonard Zusme como ingênuo. Cientistas da época atestam que suas experiências entre espiritas carecem de aparelhagem adequada e suficiente. O antropólogo Edward Clodd relata que Crookies tinha uma péssima visão. Foi várias vezes enganado por farsantes declarados como Anna Eva Fay, William Hope, Florence Cook, Daniel Douglas Homes.

  13. Meu único comentário, se isso

    Meu único comentário, se isso seria considerado como tal, foi querer saber o nome da obra, porque lia tudo sobre Jung e cadê o título do livro? Hoje, finalmente, ele está contido o início do post. 

    Não sou do tipo que sai citicando nenhum credo, Sempre respeito os fieis de qualquer seguimento religioso ou filosófico, ou ambos juntos, que parece ser a proposta de Kardec.

    De Kardec, li os livros principais, e andei lendo O Novo Lar. Assisti ao filme também. Mas, é por aquele livro que eu me ponho mais em dúvida sobre todas as explicações quanto ao que pode suceder ao desencarnado, que chamo de morto. Não entra na minha cabeça aquele mundo tão igual a este. 

    Enfim, não estou em condições de me explicar sobre esse tema tão complexo, porque realmente nada saberia expremir, senão o que realmente sinto a respeito dessas teorias.

     

    1. Mesa gigantes mesas falantes
      Pode dizer qto “ectoplama” foi roubado de reler humanos e por quanto tempo sem autorização precedente para tal demonstração espetaculosa?
      Um circo divertidíssimo este de antigravidade em viajante do tempo a impor novo credo q antecipou era tecnológica e romper limites desbradores do espaço físico do céu e do inferno, não é mesmo?!…
      Qta ironia perceber

  14. Ponto de dúvida?

    Marcos Villas Bôas finalmente teve coragem para se dirigir a mim, nos três primeiros parágrafos.

    Adverto-o que que a dúvida é procediementio científico, pois sober a explicação da realidade não é nem a priori nem por dogma, ou certeza absoluta. Sobre o que é ciência e filosofia afirmei com certeza, pois estes saberes e seus procedimentos, já foram, por afimação, refutação e falseabiliadade, definitiviamente consolidadas, por meio de inúmeros pensadores que debateram entre si.

    Enquanto docente há mais de trinta anos,estou feliz, pois não é facil ensinar a um aluno temeiso e empacador como Marcos Boas.

    Ele, poderão os demais leitores desses contos de fadas dele, ler os posts anteriores, e atestar que ele corrido atrás das críticas e autores que indico para iluminar sua ignorância espírita.

     

  15. Ponto de dúvida?

    Marcos Villas Bôas finalmente teve coragem para se dirigir, nos três primeiros parágrafos, a mim.

    Adverto-o que que a dúvida é procediementio científico, pois a explicação da realidade não é nem a priori nem por dogma, ou certeza absoluta. Sobre o que é ciência e filosofia afirmei com certeza, pois estes saberes e seus procedimentos, já foram, por afimação, refutação e falseabiliadade, definitiviamente consolidadas, por meio de inúmeros pensadores que debateram entre si.

    Enquanto docente há mais de trinta anos,estou feliz, pois não é facil ensinar a um aluno teimoso e empacador como Marcos Boas.

    Dele, poderão os demais leitores ler seus contos de fadas nos posts anteriores, e atestar sua corrido atrás das críticas e autores que indico para iluminar sua ignorância espírita.

     

  16. Ponto de dúvida?

    Marcos Villas Bôas finalmente teve coragem para se dirigir, nos três primeiros parágrafos, a mim.

    Adverto-o que que a dúvida é procediementio científico, pois a explicação da realidade não é nem a priori nem por dogma, ou certeza absoluta. Sobre o que é ciência e filosofia afirmei com certeza, pois estes saberes e seus procedimentos, já foram, por afimação, refutação e falseabiliadade, definitiviamente consolidadas, por meio de inúmeros pensadores que debateram entre si.

    Enquanto docente há mais de trinta anos,estou feliz, pois não é facil ensinar a um aluno teimoso e empacador como Marcos Boas.

    Dele, poderão os demais leitores ler seus contos de fadas nos posts anteriores, e atestar sua corrido atrás das críticas e autores que indico para iluminar sua ignorância espírita.

     

  17. Mais aula amanhã!

    Marcos, amanhá cedo fragilizo e exponho mais um pouquinho de seus arguumentos pueris e fantasiosos”

    Que Exu lhe safisafaça os desejos.

  18. FATOS:
    1 – Uma INTELIGÊNCIA

    FATOS:

    1 – Uma INTELIGÊNCIA SUPREMA criou e governa o Universo.

    2 – UMA CÉLULA  QUE É UM SER VIVO NÃO CONHECE OU COMPREENDE POR COMPLETO O CORPO A QUE SERVE E EM NADA A INTELIGÊNCIA QUE NELE HABITA E O CONTROLA.

    6 – O corpor humano é constituido de moléculas, moléculas são associações de átomos e átomos são energia. RESUMO, O CORPO É UM COMPLEXO ELÉTRICO regido por UMA INTELIGÊNCIA. Chamada de ESPÍRITO.

    7 – O ESPÍRITO AINDA POUCO EVOLUIDO, QUE ESTAGIA NOS MUNDOS INFERIORES, TAL QUAL A CÉLULA QUE NÃO COMPREENDE O CORPO NÃO CONHECI A SI MESMO. CONFUNDE A SI MESMO COM O CORPO.

     

  19. por mais que eu tente…

    jamais conseguirei me afastar dessas leituras…………………………………

    com as experiências de quase morte, deixei de me preocupar com o que vem depois da morte, ou mais exatamente se vem ou não vem, e passei a me preocupar com o que ocorre com o que vem depois da morte

    hipótese 1 : como tudo na natureza, se espíritos existem, cientificamente existem para a manutenção da vida

    hipótese 2 : há moradas ou formas de vida para qualquer um deles e somos a primeira delas

    quase morte é tudo que falta para melhor entender e acreditar, afastando-se dos dois lados como alma………………………………………………….uns muito, outros pouco

    1. acredito que há quem durma sem se desligar…

      para mais detalhes leiam sobre gatos…………………….

      bem mais interessante que sobre humanos, porque humanos apenas dormem

      1. não se desligar é……………………………..

        antes de duvidar, adentrar com a cara e coragem……………………………….não há nada bonito de se ver do outro lado

        muita fantasia no que já escreveram sobre, desejos daqui ou desse lado

        e para quê? só para confortar e atrair seguidores

        1. Grata pelo seu comentário
          É sempre muito animador encontrar quem ñ tema expressar suas opiniões
          Tipo o patinho feito encontrando seus iguais

          1. eu que agradeço, Célia Oliveira…

            dessas coisas aí eu não temo nada mesmo……………………..e, saiba, eu já nasci assim

            me colocando à disposição para qualquer teste, ou seja lá como vocês chamam este ” tira dúvida “

            única diferença é que já fui “bom” e “mau”, já percorri os dois extremos disso aí, mas sempre vendo, ouvindo e sentindo, jamais lendo

            porque, afinal, criança que não lê nada teme…………………é preciso iluminar, não melhor, mais ” o crescer “

            tudo tão simples, natural, e os entendidos a complicarem……………………………………………………..

             

  20. Ciência espírita
    Por hora, apenas retórica religiosa e Pseudo científica.
    Não estou vendo uma discussão séria com base em experimentação científica.
    O autor, de início, nos primeiros artigos, se apresentou como estudioso da ciência espirita, depois, em outros textos, foi enveredando, definitivamente, pelo caminho da religiosidade pura e simples.

    1. lá no Ramatis foi a mesma coisa………………

      de tudo estudei, ainda lendo e ouvindo………………………………………………….

      e só no primeiro contato e demonstração que pude perceber, simples seguidores do que está escrito

      mas o que me afastou mesmo de tudo isso foi uma visita a um orfanato…………………………………………………………..

      balas e guloseimas sendo jogadas em um pátio repleto de crianças, e todos os que jogavam a sorrir como que com os seus animalzinhos lindos e angelicais

      caí fora dessa merda rapidinho…………………………hoje vago por aí à procura do que já escreveram

      e até hoje não encontrei nenhum dos que descrevem

  21. Atéia Descrente > ñ existe espíritos
    Há uma série de questões
    1¤ meus pais católicos tornaram-se kardecista em minha infância
    2¤ quem originou centros em Duque de Caxias era Jandir Mota enfermeiro PM do RJ e ator da Globo
    3¤ meus pais e parentes, afins e outros insatisfeitos com a liderança abriram várias outras casas
    4¤ fui dirigente din (dirogente de infância) uma das casas
    5¤ segui anteriormente as etapas de estudos infância e juventude, era atuante no movimento
    6¤ a realização de culto no lar foi estendida a meu lar junto com meus filhos
    7¤ jandir mota tb fazia caso especial da globo
    8¤ minha avó paterna rezadeira integrante de igreja metodista, terreiro, integrante ieve e de berćo católico
    9¤ tornei-me ateia após acompanhar visitar e conhecer diversos seguimentos de crenças para meu conhecimento e respostas qto a crenças que eu buscava (pequeno, porém grande detalhe, de uma gira ou hare krishina estive com meus a cada instituição para que pudéssemos conhecer)
    10¤ durante o período que trabalhei com projetos de Cultura e educação compreendi a inter relação de contos ao redor do planeta, nas mais diversas culturas a correlação das manifestações de magias, deuses, gênios, aparições míticas
    11¤ por razões que aplicavam na religiosidade apresentavam discursos e elegiam bandidos para proteção feito deus cristão – “a culpa é da vítima” vc sofreu abuso do seu avó pq foi ruim n’outra vida”
    12¤ com olhares estranhos dirigidos a mim ouvia:a 3¤ revelação Ñ será personificada, a reencarnação será comprovada no próximo século e a religião q ñ aceitar, acabará
    13¤ reencarnação na verdade é clone > ciência é exata!
    14¤ diriam q uma chamada como truman das Américas, o show da vida, cuja corporação com hipnose aos pais teriam a gravides rejeitada aos propósitos e fins da maestria da cia -veja YouTube: a ONU diz que a mídia… e Vera q os militares receberam suborno de U$6 milhões da cia
    *há uma série de implementos q ñ votarei aqui!
    15¤ em lote xv durante minha infância vi uma figura luminosa hoje sei ter visto uma HOLOGRAFIA projetada em meu quarto e com a falta de conhecimentos da população na década de 70, os escusos atos militares e as projeções futuras à esta nação e a ação global em progressão já ordenaram o q ora acarretam – ñ há anjo santo espírito no decorrerdos fatos e contos!
    16¤ onde está a prova da ciência com som e imagem ou a diversidade de manifestações descritas no livro dos médiuns?
    17¤ discordo amplamente tratar-se de “caridade” tal crença! aberradora/aterradora/atentada condição alegar missão ou debito a ser resgatado em vida como misérias doenças efermidades das mais diversas fisicas morais e intelectuais. Que projeçao o paraditanismo é a acomodação dessas explicações para carencias e sentimentos atrela cérebros por gerações? P q ter de repassar o q norteia provocadad estirpações políticas?
    17¤ o q o doutor queria dizer e que com o saltar do tempo temos os dias atuais uma cadeira da medicina fiel aos laboratórios – a psiquiatria!
    18¤ onde está a prova da divindade? Se usarmos usar os fias fé hj para chegarmos aos tempos remotos encontraremos os mesmos estigmas. P q nos dias de hj sem céu ou inferno (já desbravafos) o q torna ao homem a dependência dessa droga de deus/ópio da humanidade? Nascer viver e morrer. “o Sr da vinha é os trabalhadores da primeira e última hora” p q a mídia Insite em desesperar com tempos sufocantes e ñ o da promoçãona carne de vida melhor ou de vida na carne melhorando com o passar dos tempos e só trazem terror feito deus? Anunciamento de fim dos tempos é a mídia sufocante da bíblia! TRABALHAM para gozar no pó. A gozação de quem melhor vive e reserva riqueza aos herdeiros é consagrada!
    19¤ se não tem provas e só efeitos emocionais devido a traumas em carreira na linha do tempo de vida de cada um, ñ é o termo da superação q define. -o q impulsiona um átomo trocar valências com outro? Onde vai parar um elétron q desaparece na sua constância de movimentos? Se ele é tão menor assim como estamos para os múltiplos universos p q haveria uma causa primária ditando vida eterna?
    20¤ uma cobra pode hipnotizar sua caça (outros animais tb o fazem) q ou ql questão ñ compreendeu?
    Ñ existe deus é como controlar a massa pra ñ ser um cada um por si, se a farinha é pouca o meu pirão vem primeiro ” espertalhões servem-se e ñ importa Sr são 13 testas de ferro para famílias dominantes atravessando eras com seus agentes do destino!
    Vou parar um pouco e volto a dormir
    Ah! Aguardo contato, ou vc faz como deus recebe as ondas la do futuro de onde tudo vê e faz suas correções com efeito borboleta descrevendo o roteiro, os seus planos para manter os varões q levaram até ele as riquezas acumuladas por ser herdeiro da Terra?!…

  22. Ciência não tem credo, tem dúvida.

    Acima Marcos me chama de incrédulo. Esta certo – não creio – , ou seja – minha vontade e intelecto não determinam a existência das coisas: o  que é é, ou seja existe. Se eu crer que na minha conta foi depositado por alguém cem milhões de reais, a crença nisso não torna tal desejo existente. A crença é manifistação psíquica libidinal que busca compensar a perca de algo (pai, mãe, esposa) ou dar ao desejo existência (cura de doença, comprar carro novo – “propriedade de jesus” – se lê automóveis.

    Mas, isso aqui não importa.O que estou criticando é mentira espírita que essa religião é ciência.

    1. gostei muito dessa sacada…

      “Ciência não tem credo, tem dúvida”

      outra de que gostei muito também

      “Assim que for confirmado cientificamente, o espiritismo estará confirmando o cristianismo”

  23. Como sempre pergunto nas

    Como sempre pergunto nas postagens desse cidadao, e infelizmente nao tenho resposta.

     

    Se os espíritos sao uma realidade comprovada cientificamente, cadê os produtos tecnológicos derivados dessa área da ciência? Do eletromagnetismo do século XIX surgiu a energia elétrica e todas as suas aplicaçoes, da mecânica quântica no séculoXX surgem os transistores, que sao o elemento base dos computadores modernos, sao muitas as aplicaçoes. Tendo sido o espiritismo desenvolvido no século XIX, seria de se esperar que sendo uma descoberta científica teríamos nos dias de uma série de equipamentos cujo funcionamento se baseia nessa suposta realidade. Eu pergunto por um, APENAS UM, que tenha o seu funcionamento baseado em qualquer ‘descoberta’ de espíritos. Por favor meus caros colegas espíritas, nao há necessidade de ficar com raiva do comentário, eu só gostaria de uma resposta bem fundamentada, só isso.

    1. Resposta

      Eu vou responder isso pelo menos eu sei. Vários cientistas de renome debruçaram-se sobre os fenômenos estudados nas sessões espíritas. Entre uma das invenções extraordinária estão os raios catódicos desenvolvido por william crookes.

      Pode pesquisar: 

      https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=z4jgYK8xHSsC&oi=fnd&pg=IA1&dq=william+crooke+spirit&ots=ChHpa3tZ7e&sig=ZTY4yLqM5A-VWR6fWqSQwvvuw00#v=onepage&q=william%20crooke%20spirit&f=false

      https://www.youtube.com/watch?v=RR7PsHzQZa8   “Documentário da BBC”

      “Duvidar de tudo ou crer em tudo. São duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam, ambas de refletir.”

      Henri Paincore

        

  24. O incauto Marcos mordeu a isca – Jung e espírito.

    Joguei a isca quanto a Jung: Marcos mordeu. Consultou um trecho qualquer – “um capítulo” de Jung -, não citando o livro de qual foi tirado. Ok. A internet está ai. Diferenciando alma de espírtiro, aquele no corpo e esse fora dele, indicando a estruturação da psique a partir da líbido, isto mediante simbolos, Jung escreveu: 

    “Os espíritos são complexo do inconsciente coletivo que tomam um lugar de adaptação perdida ou tentam subsitutir uma atidade inadequada de todo um povo por uma nova atitude. Os espíritos são ou o fruto de fatansias patológicas ou ideias novas mas ainda desconhecidas”. (JUNG, Carl Gustav. A Natureza da Psique. Petrópolis: Vzes, 2000, p.)

    A ignôrancia espírita é abjeta!!!

  25. O que é ciência, caro Marcos?

    Desde que evagenlizador kardecista Marcos Villas passou a postar bobagens espíritas sobre ciência, tenho lhe perguntado:

                   O que é ciência?

    No texto acima, ele não respondeu, mas informou sobre uma espécie de ciência:

                   Afirmou que existe a ciência estreita!

                         Será que também existe a ciência larga ou alargada?

    Escrever por adjetivação de metáforas é próprio de quem não desenvolveu satisfatoriamente capacidade reflexiva. 

        1. Errou o Deus.

          É ATON, não Amon. Quer que eu indique um livro cientifico? Ou seja – arqueológico e histórico.

          A ignorância espírita é abjeta.

      1. uau………………gostei muito disso também

        finalmente encontrei algo que posso considerar, para melhor visualizar, como portais íntimos………………………..

        já andei às voltas ao tentar entender o que é ser ingênuo e o que é ser inocente…………………………

        às vezes duvido se devo guiar, ou aconselhar, ou não…………………………………..

        àqueles que me responderam não, que queriam ficar, parece que fiz bem ao responder simplesmente então fique

        nada pode atingir ou alterar um inocente………………………que aí, pelo que alcancei ao ler, é puro

        agradeço muito por este momento de leitura diferenciada

  26. Jung: do politeísmo ao monoteísmo (espírita, por certo).

    Tratando da produção pelo inconsciente dos simbolos, por origem onírica, Jung citou Amenófis, que se sabe hoje foi o inventor do monoteismo – Moíses descaradamente plagiou o deus Aton, o deus único, pois viveu no Egito. Mas vejamos: 

    “Sabemos que isto é verdadeiro quanto à escolha dos deuses. Esta antiquissima função do símbolo está presente também em nossos dias, apesar do fato de que, por centena de anos, a tendência da evolução da inteligência humana foi no sentido de reprimir  a formação individual dos símbolos. Um dos primeiros passos nessa direçaão foi a de estabelecer uma religião oficial do Estado, e um passo posterior foi a exterminação do politeismo, tentada pela primeira vez na reforma empreendida por AMENÓFIS V”. (JUNG, A Energia Psíquica. Petróp.: Vozes, 2002, p. 57) 

  27. Jung não tinha a mesma visão
    Jung não tinha a mesma visão dos espíritas kardecistaa de um contato inteligente com esses personagens. Para ele, essas eram manifestações de energias psiquicas que pairavam numa instância do inconsciente de dificílimo acesso e bastante primordial. Eram como gravações, só que sempre enriquecidas e capazes de se transformar com o tempo,
    capazes de interagir e se modificar conforme necessidades maiores. Não era essa visão tao simplista de que seriam pessoas que já viveram encarnadas na terra vivendo em outros lugares.

  28. Muito bom o texto
    querido, ótimo post, adorei ter lido. Trabalho com arteterapia junguiana e pude perceber que o caminho através da arte inevitavelmente acaba se cruzando com as faculdades do espírito. Leon Denis escreveu um livro sobre a arte , interessantíssimo.Vou lhe dar uma sugestão: não leve para o lado pessoal o que as pessoas falam. A maioria do povo brasileiro não sabe nem gerenciar o que lhe acontece,quanto mais
    vai saber refletir sobre algo que não chegue já mastigado… como aqui é um portal de noticias variadas, atrai todo o tipo de publico,desde alguém interessado no assunto, até trolls cheios de odio. Muita paz e luz pra ti

  29. Acho interessante o argumento, mas você alegar que o Jung era médium, acaba por afirmar exatamente o que ele era contra. Já li a obra e estudei muitas coisas de Jung, provavelmente você não leu a natureza da psique, no qual ele afirma que a mediunidade, para ele, em primeira, tratava-se de uma dissociação de um complexo autônomo e faria parte de algo primitivo no homem, como no caso dos antigos acreditarem que os espíritos dos antepassados os fariam mal, o que vai de acordo com a prática terapeuta de constelação familiar, o que nada tem a ver com o espiritismo. Também acho engraçado como vocês tratam o incrédulo, de maneira irônica, lembrando que a incredulidade é o primeiro passo para você chegar à verdade. Se não fosse assim, a igreja católica, os estados absolutistas, as crenças primitivas e irracionais ainda estariam mais vivas do que nunca. Ainda é importante lembrar que o espiritismo ainda é recente, não podendo negar filosofias muito mais antigas que ele, que inclusive tem mais aceitação na área cientifica como o Budismo, que está trabalhando em conjunto com a neurociência e de acordo com a psicologia. Estude a obra completa dele, não apenas esta obra, assim como a vida de Jung, você verá que ele não concordaria, inclusive ficaria contrariado com o argumento de que ele era um médium. Não vejo problema em alguém professar a sua fé, mas usar argumentos incompletos e afirmar que a sua crença é uma verdade absoluta e de maneira a inferiorizar o argumento de um incrédulo, só demonstra a tamanha ingenuidade que está crença, que se intitula a rainha da verdade, ainda possui. Lembrando que a fé cega não é algo positivo, muito pelo contrário, a história demonstra o contrário. Então não há motivos para tratar um incrédulo como alguém que está errado.

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