Chefe de redação do WikiLeaks comemora arquivamento de processo contra Assange

Segundo o chefe de redação do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, isso vai permitir que seus apoiadores "se concentrem nas ameaças contra as quais Assange denuncia há anos: as ações belicosas dos Estados Unidos".

O fundador do WikiLeaks Julian Assange compareceu pela primeira vez ao tribunal de Westminster, em Londres, em 21 octobre 2019. Julia Quenzler/Handout via REUTERS

do RFI

Chefe de redação do WikiLeaks comemora arquivamento de processo contra Assange

Segundo o chefe de redação do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, isso vai permitir que seus apoiadores “se concentrem nas ameaças contra as quais Assange denuncia há anos: as ações belicosas dos Estados Unidos”.
Assange, agora com 48 anos, sempre negou essas acusações, que vão prescrever em 17 de outubro de 2020.

“Anuncio minha decisão de encerrar esta investigação. Todos os recursos da investigação foram esgotados sem evidências claras de uma acusação formal”, disse a vice-procuradora sueca.

Eva-Marie Persson, disse a repórteres que, em parte devido a quantos anos se passaram desde o incidente, “as evidências se enfraqueceram de tal maneira que não há mais motivo para continuar a investigação”.

Em um SMS enviado à AFP, a advogada da vítima disse que ela “não compartilha a análise da procuradoria e vai pensar sobre um eventual recurso”.

A autora da ação, que na época dos eventos tinha cerca de 30 anos, acusou o australiano de ter mantido relações sexuais enquanto ela dormia e sem camisinha, apesar de ter rejeitado qualquer relação desprotegida em várias ocasiões.

Prisão em Londres

Em 2012, o fundador do site Wikileaks, então investigado em Estocolmo por este caso, refugiou-se na embaixada do Equador em Londres para evitar extradição para a Suécia ou para os Estados Unidos, onde é acusado de hackear documentos secretos vazados pelo WikiLeaks.

Após sete anos na representação diplomática, ele foi expulso pela polícia britânica em 11 de abril deste ano, com o consentimento de Quito. Ele foi imediatamente preso e condenado a 50 semanas de prisão em 1º de maio por violar as condições de sua liberdade provisória.

A investigação sueca foi arquivada uma primeira vez em 2017 por não vislumbrar a saída de Assange da embaixada antes da prescrição dos fatos, mas acabou sendo reaberta com a detenção por Londres.

Pena de até 175 anos

Julian Assange continua sob ameaça de extradição para os Estados Unidos, onde pode ser condenado a uma pena de até 175 anos por espionagem.

As autoridades americanas o acusam de colocar em risco algumas de suas fontes quando publicou, em 2010, 250 mil telegramas diplomáticos e cerca de 500 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

O relator da ONU sobre a tortura, Nils Melzer, expressou sua preocupação com o estado de saúde de Assange, dizendo que “sua vida está em perigo”, enquanto seu pai, John Shipton, disse este mês que seu filho “pode morrer na prisão”.

Numa audiência em Londres em 21 de outubro, Assange pareceu confuso e gaguejante. O pedido de extradição será avaliado em fevereiro.

Na Suécia, Assange também foi alvo de uma denúncia de agressão sexual contra outra jovem em Estocolmo, mas os fatos foram prescritos em 2015.

(Com informações da AFP)

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Não sei se essas informações são corretas mas relação sexual enquanto ela dormia, sono pesado, hein ! E mesmo assim, enquanto dormia, percebeu que ele estava sem camisinha. Pensando bem acho que sei sim, faltam informações nessa notícia. Mas a vice-procuradora sueca, que não é filha do januário, seguramente sabe o que está julgando. É uma má notícia para “lavajatistas” britânicos, suecos e americanos.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador