Cinegrafista húngara pede desculpas e diz que não é racista

Jornal GGN – Petra Laszlo, cinegrafista que foi flagrada agredindo refugiados durante cobertura na Hungria, publicou carta assumindo responsabilidade pelo ocorrido e pedindo desculpas. Ela diz que ficou em pânico quando viu centenas de refugiados romperem a barreira policial. “Fiquei com medo. É difícil tomar decisões certas quando se está em pânico”. Petra trabalhava para a emissora N1TV e foi demitida após o episódio.

Enviado por Paulo F.

Da Deutsche Welle

“Não sou uma cinegrafista racista e sem coração”
 
Húngara demitida após agredir migrantes na fronteira diz ter entrado em pânico quando centenas romperam barreira policial. Em carta publicada em jornal, ela pede desculpas e assume responsabilidade pelo ocorrido.
 
A cinegrafista húngara que foi demitida nesta semana da emissora em que trabalhava após ter sido flagrada agredindo migrantes em Röszke, perto da fronteira da Hungria com a Sérvia, se desculpou publicamente. Numa carta publicada no jornal conservador de direita húngaro Magyar Nemzet, a cinegrafista tenta justificar sua atitude.

“Eu lamento sinceramente o que aconteceu”, escreveu, segundo trechos da carta publicados nas versões eletrônicas da revista alemã Spiegel e do jornal Süddeutsche Zeitung desta sexta-feira (11/09).

 cinegrafista assumiu a responsabilidade pelo ocorrido e afirmou que entrou em pânico quando centenas de refugiados romperam a barreira policial. “As pessoas corriam na minha direção e pensei que estava sendo atacada. Fiquei com medo. É difícil tomar decisões certas quando se está em pânico”, argumentou.

Ao mesmo tempo, ela se disse chocada com as reações ao episódio. “Não mereço que seja feita uma caça às bruxas política contra mim”, escreveu, afirmando ter recebido ameaças de morte.

A húngara disse que não é uma cinegrafista racista e sem coração que ataca crianças. “Sou apenas uma mãe de uma criança pequena que agora está desempregada e que, em pânico, tomou uma decisão errada. Realmente sinto muito.”

A cinegrafista pode ser vista em vários vídeos enquanto filmava confrontos entre forças de segurança e refugiados para a N1TV. Nas imagens, ela aparece derrubando um refugiado que corria com uma criança pequena no colo e dando pontapés em crianças refugiadas.

 

Redação

26 Comentários

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  1. Ha, ha, ha… enfim podemos

    Ha, ha, ha… enfim podemos dizer que Ali Kamel tem uma discipula na Hungria. Petra Laszlo certamente leu o livro dele. Ha, ha, ha… 

  2. É preciso desculpar as

    É preciso desculpar as pessoas, principalmente nestes tempos de intolerância, local, regional, nacional e mundial.  Pediu desculpas? Tá desculpada.

    No entanto, o pedido de desculpas, não anula, necessariamente, a pena.

    Vendo os videos  daqui de longe pode-se  perceber que não havia tanto pânico assim. Dá pra perceber também que a cinegrafista não estava se defendendo. Estava chutando deliberadamente as pessoas que passavam , inclusive, crianças. Atitude, na minha opinião,  estúpida por parte dela.

    Portanto,  e de novo, pediu desculpas? Tá desculpada.

    Mas, deve  pagar pelo que fez de acordo com as “regras do jogo” de lá.

    Saudações 

     

  3. Petra terá uma agenda cheia

    Virá ao Brtasil em breve ministrar um workshop aos profissionais da Globo: “Como aplicar chutes e rasteiras em pobres, pretos, putas e petistas”

  4. Muito difícil acreditar…

    …que a rasteira dada no senhor com a criança no colo foi algo intempestivo.

    Perdeu malandra, o mundo inteiro te viu.

    Agora aguente as consequencias e pense numa explicação mais plausível para os seus filhos e netos.

    Porque esta de “entrei em pânico” não cola.

  5. Quem tem medo de gente não

    Quem tem medo de gente não pode ser jornalista, repórter. Contra fatos não há argumentos. Se está hoje a dizer que não é racista, poderia ter pensado melhor, não aceitando a tarefa que lhe foi atribuída. Que doravante ela fique em casa fazendo tricô, ou cuidando da casa, de onde não deveria ter saído.

    1. Precisa ser machista na censura? Arre!

      Por que ficar “fazendo tricô” ou cuidando de casa? Ora! Nao tem nada pior do que machismo em boca de mulher.

      1. O outro cara é que tinha razão

        A sra. é uma chata de galocha mesmo, madame.

        Quer dar conta do que sai no blog, dar conta da opinião dos outros, dar conta do que os outros dão estrelinha. Madame, deixa de ser tretaísta, a sra. quer ser dona do mundo?

        1. Nao. Só reajo a preconceitos. Combato-os sempre

          E vc nao passa de um grosso mal educado, como eu já disse (para o “outro” — outro vc, né?). Passe ben,

  6. Desculpas de araque…

    Ela mente descaradamente ao dizer que “se assustou” e “tomou uma decisão errada”. Li no Dayli Mail  que ela afirmou que “tropeçaram” nela. Essas desculpas só reforçam o caráter deformado dessa mulher!

  7. “A húngara disse que não é

    “A húngara disse que não é uma cinegrafista racista e sem coração que ataca crianças”:

    De fato, ela nao eh cinegrafista mais nao…

  8. A Rússia poderia dar um

    A Rússia poderia dar um exemplo ao mundo. Já que o país atravessa por problemas de baixa população, sendo inclusive motivo para implantação de leis homofóbicas, deveria acolher essas centenas de milhares de refugiados, ambos sairiam ganhando.

    Neste aspecto, parabéns a Dilma e o Governo brasileiro.

    1. Querido, a Rússia já tem

      Querido, a Rússia já tem problemas demais com minorias muçulmanas.

      Essas minorias que insistem em receber dinheiro estrangeiro para financiar seu país na terra dos outros.

      Que tal deixar quem LUCROU com as CAUSAS do exodo lidar com o problema?

    1. Sei não, o mercado anda meio saturado, por aqui.

      Raquel Sheherazade, Danilo Gentili, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliane Cantanhêde et caterva.

      E bota caterva nisso.

  9. Hitler, se tivesse tido a

    Hitler, se tivesse tido a mesma oportunidade, diria que não era anti-semita.

    Certas vezes, a concessão do perdão é o bônus para cometimento de novas barbaridades.

    A propósito, Mantega perdoou seus detratores.

    A intolerância avança porque os tolerantes toleram em demasia!

  10. Desabafo comovente.

    “Eu lamento sinceramente o que aconteceu”

    “Não sei o que deu em mim”

    “Como pude ser tão tola?”

    “Não percebi que estava sendo filmada”.

  11. Quem está em pânico numa

    Quem está em pânico numa multidão corre ou se finge de morto. A reação dela não foi de pânico. Pelo contrário, foi de alguém muito tranquila e centrada, consciente de que nada a atingiria. 

  12. Talvez esta troglodita não

    Talvez esta troglodita não saiba, mas muitos húngaros da geração dos bisavós e avós dela dela fugiram para o Brasil quando a situação política, social e econômica húngara esteve péssima após o final da primeira guerra e dissolução do império áustro-húngaro. Quantos húngaros vieram para cá naquela época? Será que os avós e bisavós desta gente foram tratados a pontapés no Brasil e em outros países para onde foram?

  13. Não sei porque…
    … me lembrei da garota gremista gritando “macaco” para o goleiro do Santos, quando vi o vídeo pela primeira vez.

    As desculpas ficaram parecidas, também…

    Acho que é o “espírito” do tempo em que vivemos…

    O que não falta é boçal, ignorante e imbecil, aqui e alhures.

  14. Não foi uma reação de pânico, mas certamente irracional

    A explicação que ela deu não convenceu, mas a versão do racismo também não encaixa direito. Um racista assumido iria ao local junto com uma turma de baderneiros gritando palavras-de-ordem. Ela estava ali como profissional, e certamente sabia que fazer uma sandice como a que ela fez era jogar o emprego pela janela. O ato foi tão lamentável quanto irracional.

    O que terá se passado na cabeça dela? Um assomo de racismo “instantâneo”, despertado pelo susto? Um instinto básico vindo das profundezas do cérebro reptiliano? Quem poderá dizer?

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