Com a pandemia, cem milhões cairão na extrema pobreza, diz FMI

Nas últimas duas semanas, 75% das infecções ocorreram em "dez países, entre os Estados Unidos e o Sudeste Asiático". A pandemia na África está piorando

Foto: Getty Images

Da Agência ANSA

Alerta do FMI. A OMS afirmou que a pandemia está piorando no mundo

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a crise do coronavírus pode levar cerca de 100 milhões de pessoas à extrema pobreza, segundo a diretora geral desse organismo, Kristalina Georgieva. A representante também enfatizou que as autoridades “devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para promover um crescimento mais inclusivo”.

Entretanto, para a chefe do FMI, a “boa notícia” é que governos em todo o mundo implementaram medidas extraordinárias no valor de 10 trilhões de dólares. Nesse contexto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma reunião com representantes dos estados membros da Agência da ONU, disse que a pandemia está piorando no mundo.

Nas últimas duas semanas, 75% das infecções ocorreram em “dez países, entre os Estados Unidos e o Sudeste Asiático”. A pandemia na África está piorando, observou a OMS, de acordo com declarações do diretor regional dessa organização na África, Matshidiso Moeti.

Na sua opinião, o vírus está se espalhando para fora das capitais e a falta de exames e outras medidas médicas são obstáculos para uma resposta eficaz. Até agora, a África tem sido o continente menos atingido pelo Covid-19, com a África do Sul registrando mais de um quarto dos casos e confirmando um alto número de infecções e mortes nas províncias do Cabo Oriental e Cabo Ocidental, disse Moeti, em uma conferência de imprensa em Genebra.

Moeti acrescentou que o surto na província sul-africana do Cabo Ocidental parece semelhante aos recentes na Europa e nos Estados Unidos. O país possui um dos sistemas de saúde mais avançados da África, mas teme que um aumento acentuado de casos possa sobrecarregá-lo.

Enquanto isso, o número de pacientes infectados por coronavírus nos Estados Unidos excedeu a marca de dois milhões. O New York Times informou que os casos estão subindo novamente em pelo menos 21 estados, enquanto o número de mortos é de 113.000.

Embora exista muita preocupação com a disseminação do coronavírus, o primeiro comício de Donald Trump desde o início da pandemia nos Estados Unidos ocorrerá em Tulsa, Oklahoma, em 19 de junho. Conforme anunciado pelo próprio presidente, outros seguirão na Flórida, Arizona e Carolina do Norte. O magnata se convenceu a reduzir os tempos após as últimas pesquisas que mostram o crescente candidato da oposição, o democrata Joe Biden.

Na América Latina, por outro lado, a pandemia está se expandindo e se intensificando, pois nas últimas 24 horas os contágios atingiram 1.458.386 (+55.127), enquanto as mortes são 71.709 (+2.519). Os analistas agora estão se perguntando se a curva está se aproximando ou não do pico esperado para essas semanas. O país latino-americano que lidera os contágios é o Brasil, que nesta quinta-feira adicionou mais de 40 mil mortes e avançava rapidamente para 800 mil casos positivos.

No Peru, havia 208.823 e 5.903 infectados e mortos; no Chile 148.496 e 2.475; no México 129.184 e 15.357, no Equador 44.440 e 3.720, na Colômbia 43.682 e 1.433, na República Dominicana 20.808 e 550, na Argentina 25.987 e 735, no Panamá 17.233 e 403), na Bolívia 14.644 e 487, na Guatemala 7.866 e 289 e em Honduras 6.935 e 271.

 

 

Redação

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