Jornal GGN – As Comissões de Direitos Humanos da OAB se juntaram em repúdio às falas do presidente Jair Bolsonaro contra o presidente nacional da entidade Felipe Santa Cruz. Todas as Comissões subscreveram a nota de repúdio por declarações feitas, surpreendentemente, por um presidente da República.
Leia a nota a seguir.
Comissões de Direitos Humanos da OAB repudiam ofensas a Felipe Santa Cruz, presidente nacional da entidade dos advogados
O presidente da República, Jair Bolsonaro, ofendeu, nesta segunda-feira (29/07), o presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), advogado Felipe Santa Cruz, ao vilipendiar a memória de seu pai, Fernando Santa Cruz Oliveira, que foi sequestrado e assassinado pelo braço repressivo da ditadura militar e permanece até hoje como um dos desaparecidos políticos do regime de 1964.
Bolsonaro afirmou: “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele.” O desaparecimento de Fernando Santa Cruz Oliveira é um crime, cujos efeitos são permanentes. Seu corpo nunca foi encontrado. Seus autores não foram investigados, nem punidos. Ao dizer que sabe como Fernando foi morto, Bolsonaro associa-se aos autores do crime de que ele foi vítima. Faltando com a verdade, o presidente da República acusou Fernando de ter participado “do grupo mais sanguinário e violento da guerrilha em Pernambuco”, afirmação sem nenhum fundamento.
É ainda mais grave constatar que esses absurdos foram proferidos por Jair Bolsonaro como forma de retaliação e constrangimento à OAB, em virtude de a entidade ter defendido as prerrogativas do advogado de Adélio Bispo dos Santos, autor do atentado à faca contra o presidente. Bolsonaro ignora que tentativas de ameaçar e oprimir a OAB estão historicamente destinadas ao fracasso.
Diante disso, manifestamos nosso repúdio às declarações de Bolsonaro e nossa solidariedade ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, e sua família.
Comissão Nacional de Direitos Humanos OAB
Hélio Leitão
Eduarda Meyka Ramires Yamada
Leilane Soares de Lima
Glen Freitas
Carlos Nicodemos
José Robson Santos de Barros
Maurício Silva Pereira
Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL
Anne Caroline Fidelis de Lima
Comissão de Direitos Humanos da OAB/AM
Epitácio da Silva Almeida
Comissão de Direitos Humanos da OAB/BA
Jerônimo Luiz Plácido de Mesquita
Comissão de Direitos Humanos da OAB/CE
Ana Virginia Porto
Comissão de Direitos Humanos da OAB/DF
Soraia Mendes
Comissão de Direitos Humanos da OAB/ES
Talita Camisao Pereira
Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS
Christopher Pinho Ferro
Comissão de Direitos Humanos da OAB/MT
Flávio Ferreira
Comissão de Direitos Humanos da OAB/PA
Juliana M. Zaire Fonteles
Comissão de Direitos Humanos da OAB/PB
Leilane Soares de Lima
Comissão de Direitos Humanos da OAB/PE
Cláudio Soares de Oliveira Ferreira
Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI
Conceição Caracará
Comissão de Direitos Humanos da OAB/PR
Nilton Ribeiro de Souza
Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ
Álvaro Quintão
Comissão de Direitos Humanos da OAB/ RN
Mariana de Siqueira
Comissão de Defesa de Direitos Humanos da OAB/RO
Cássio Esteves Jaques Vidal
Comissão de Direitos Humanos da OAB/RR
Abozaglo Elias
Comissão de Direitos Humanos da OAB/SC
Matheus Felipe de Castro
Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE
José Robson Santos de Barros
Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP
Ana Amélia Mascarenhas Camargo
Comissão de Direitos Humanos da OAB/TO
Maria Lúcia Soares Viana
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Mataram chacinados, linchados, decapitados, 58 Brasileiros que estavam sob a guarda, responsabilidade e tutela do Estado Brasileiro. Dois dias depois, a “Redemocracia Brasileira”, vendo que não havia feito todo o ‘serviço’ matou outros 4, que escaparam e estavam presos algemados num furgão, transportados para outra Penitenciária. OAB silencia. ‘Tortura Nunca Mais’ silencia. A Imprensa omite. Judiciário se cala. CNBB olha para o outro lado. O Estado Brasileiro destas 9 décadas Ditatoriais Caudilhistas Absolutistas Fascistas. A ‘Sociedade Organizada’ se acalma. Ainda bem que não foram seis dúzias de gatos ou cachorros: ‘- Aí sentiriam que o barulho seria grande’. País de muito fácil explicação.