Gestão Doria reduz horas de viagem no Passe Livre Estudantil

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Foto: Cesar Ogata/Secom
 
Jornal GGN – A gestão do prefeito João Doria (PSDB) alterou as regras de uso do Passe Livre Estudantil, cortando horas do tempo diário em que os alunos podem viajar gratuitamente nos ônibus municipais de São Paulo. 
 
De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, a prefeitura pretende evitar que os estudantes que trabalham usem o passe livre para se deslocar ao trabalho, o que faz com com que os empregadores não paguem o vale-transporte. 
 
Antes da mudança, publicada no último sábado no Diário Oficial da Cidade, os alunos tinham direito a uma cota de passe livre por dia, com validade de 24 horas e até oito embarques nos ônibus da SPTrans.

 
A partir de agora, eles terão direito a duas cotas, cada uma com validade de duas horas com direito a embarque em até quatro ônibus. O estudante até poderá usar mais de duas cotas por dia, mas seus benefícios vão acabar antes do final do mês. O novo formato do passe livre vale a partir de agosto. 
 
Instituído em 2015, durante a gestão de Fernando Haddad (PT), o Passe Livre Estudantil é oferecido para alunos alunos das redes municipal, estadual e federal nos ensinos fundamental, médio e superior, e também estudantes inscritos em programas como o Fies e o Prouni. 
 
Segundo a SPTrans, existem cerca de 3 milhões de bilhetes estudantis ativos em São Paulo, e a Secretaria de Transportes crê que terá uma economia de R$ 70 milhões com a mudança. A SPTrans paga as empresas de ônibus por passageiro transportado, e a prefeitura diz que há um déficit no orçamento de R$ 1 bilhão para subsidiar a tarifa de ônibus.
 
Protesto
 
Contra a mudança no passe livre, os estudantes convocaram uma manifestação para a próxima quarta-feira (12), em frente à prefeitura de São Paulo. Os movimentos estudantis afirmam que as regras adotadas limitam a formação dos alunos e também excluem os jovens dos espaços públicos da cidade. 
 
“O passe Livre é direito ao acesso pleno à educação. Não se trata de apenas ir e voltar da escola. Trata-se de garantir mais oportunidade de igualdades a partir do acesso a variados equipamentos de formação educacional, técnica, profissional, desportivas e de lazer que temos direito na cidade”, diz Emerson Santos, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes). 
 
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Redação

5 Comentários

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  1. “De acordo com o jornal

    “De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, a prefeitura pretende evitar que os estudantes que trabalham usem o passe livre para se deslocar ao trabalho, o que faz com com que os empregadores não paguem o vale-transporte”:

    Pera la, entao a culpa eh a inepcia documental da burocracia????

    Ou eh lei ou nao eh, e “os empregadores” pagam o vale transporte ou nao pagam!  Se eh so aa base do “ah, ele nao precisa porque ja tem passe estudantil” e nao ha documentacao a mais…  tamo frito!

    Que se esclareca que eu nao sou contra a ideia de passe estudantil ter um fim e vale transporte ter outro fim.  So tou achando a coisa sendo levada pra frente muito ineptamente em termos de documentacao!

  2. gestão….

    Privataria, Entreguismo e Incompetência. De onde vocês achavam que o Poder Público tiraria dinheiro? Das suas mamatas que alimentam as facções da Corte do Serviço Público Elitizado ou dos minimos serviços públicos?

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