Greve dos petroleiros: Após aceno de diálogo, FUP indica suspensão da greve

'Mas a gente entende que os pontos têm que avançar para serem concretos, não é só dialogar. Estamos suspendendo mostrando uma boa fé negocial’, explica Luiz Felipe Grubba

Jornal GGN – Depois de 19 dias de greve, os trabalhadores da Petrobras indicaram a suspensão da greve depois de reunião do conselho deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), nesta quarta, dia 19. Tal indicativo foi motivado pela abertura de diálogo da empresa com os petroleiros, mas precisa ser votado em assembleias na base.

‘A greve foi suspensa devido ao avanço das conquistas da categoria petroleira após esses 19 dias de mobilização da greve, por conquistar o retorno das negociações que era uma das pautas prioritárias. Mas a gente entende que os pontos têm que avançar para serem concretos, não é só dialogar. Estamos suspendendo mostrando uma boa fé negocial’, explica Luiz Felipe Grubba, dirigente do Sindipetro Unificado de São Paulo, ao Brasil de Fato.

O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e relator da ação contra a greve dos petroleiros, Ives Gandra, em reunião com a FUP, CUT e parlamentares, aceitou intermediar as negociações da categoria.

Depois do encontro, a FUP protocolou uma petição nos autos do processo, para formalizar o pedido de abertura de negociação. Gandra, por seu turno, convocou uma audiência de mediação entre FUP e Petrobras para sexta, dia 21.

Na terça, dia 18, o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) suspendeu as demissões na Araucária Nitrogenados (Ansa), uma das principais reivindicações da categoria. A suspensão das demissões é liminar e tem validade até a próxima audiência entre sindicato e estatal, que ocorrerá em março.

A Comissão Permanente de Negociação segue ocupando o 4° andar da Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro/RJ e não tem previsão de sair.

Redação

4 Comentários

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  1. Esta greve, como não poderia deixar de ser, principalmente dado o grupo de liderança, a FUP, nem de longe parou a produção, não congregou outras categorias, mais explícito só os caminhoneiros, classe sabidamente apoiadora do desgoverno Bolsonaro, sem impacto na população, basta ver as tímidas manifestações em frente ao famoso EDISE e seu entorno. Houve até esperança em muitos, de que a liderança da greve procurasse se apoiar também na oposição, mas nada. Não passou de um protesto, grande protesto. Uma greve que não parou a produção, que pouco ou nada impactou, que está sendo encerrada, tão somente por ter recebido um aceno, aceno, nada garantido de que a reivindicação de reversão das demissões no Paraná, será atendida. A principal reivindicação, o abandono da injusta e socialmente desastrosa política de preços, que já permitiu um lucro de R$ 40.000.000.000, isso mesmo quarenta bilhões de lucros à Petrobras, parece ter ficado de fora, já que Paulo Guedes quer muito mais. Mesmo que revertam as demissões, até aqui, essa greve, que nem barulho fez, por que a mídia, controlada pelos golpistas de 2016, nada repercutiu, mesmo assim será um fiasco. Muito esforço (dizem mais de de 20.000 petroleiros envolvidos) para muito pouco, embora importante, ganho.

  2. Gandra tentou cantar de galo, mas teve que piar feito pinto diante da infinitas inferioridade contra a força maior, que é uma greve de trabalhadores. E é essa força que se torna a arma imbatível contra os fascistas, contra os ditadores, contra os rentista, contra os gananciosos do mundo dos negócios, contra autoridades vendidas e sem moral, contra o desgoverno contra a incompetência e principalmente, contra qualquer projeto ou ação que tente entregar o poder e o comando da nação, nas mãos de paramilitares milicianos.

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