Greve dos petroleiros: Movimento alcança mais de 30 unidades. Petroleiros falam ao Jornal GGN

O desmonte promovido pelo governo Bolsonaro vai picotando o patrimônio da Petrobras e vendendo na bacia das almas refinarias e empresas ligadas ao sistema.

Jornal GGN – A greve dos petroleiros avança. Hoje, quarto dia de greve no Sistema Petrobras, mais de 30 unidades engrossam fileiras na luta.

Em entrevista ao jornal GGN, os petroleiros da Comissão de Negociação, que ocupam a sede da Petrobras no Rio de Janeiro, alertam que a greve não é por salários, é pelo direito de produzir e pelo direito do povo a ter um combustível mais em conta. A greve teve como pedra fundamental a demissão dos trabalhadores na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná e pelo não cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho.

O desmonte promovido pelo governo Bolsonaro vai picotando o patrimônio da Petrobras e vendendo na bacia das almas refinarias e empresas ligadas ao sistema.

Nesta terça-feira, a movimentação dos trabalhadores atinge 12 estados do país com mais de 30 unidades paralisadas. Na Bacia de Campos, os trabalhadores estão entregando a produção das plataformas para as equipes de contingências da Petrobras. Doze plataformas já aderiram à orientação do sindicato.

Na Transpetro, subsidiária da Petrobras, houve adesão dos trabalhadores do Terminal de Cabiúnas, em Macaé, do Terminal de Guarulhos, em São Paulo, e do Terminal Terrestre de Itajaí, em Santa Catarina.

No Espírito Santos, adesão da Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas, que cortaram a rendição no turno desta manhã.

Em frente à sede da Petrobras, no Rio, familiares de trabalhadores da Fafen-PR permanecem em vigília com o apoio dos trabalhadores e movimentos sociais. As demissões, se não forem suspensas pela Petrobras, terão início no dia 14.

Em Araucária, petroquímicos e petroleiros completaram 15 dias de resistência, acampados em frente à unidade.

Veja a entrevista exclusiva dos petroleiros concedida ao Jornal GGN.

Quadro nacional nesta terça – 04/02

Amazonas

Refinaria de Manaus (Reman) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01

Rio Grande do norte

Polo de Guamaré –  uma comissão de base está verificando as condições de segurança nas permissões de trabalho (processamento e produção de GLP, querosene de aviação e diese)

Base 34 – trabalhadores em estado de greve

Ceará

Temelétrica TermoCeará – sem rendição no turno desde às 15h de 02/02

Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor) – sem rendição no turno desde às 23h de 31/01

Pernambuco

Refinaria Abreu e Lima (Rnest) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02 com 100% de adesão dos trabalhadores

Terminal Aquaviário de Suape – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02 com 100% de adesão dos trabalhadores

Bahia

Refinaria Landulpho Alves (Rlam) – sem rendição no turno desde às 23h de 31/01

Terminal Madre de Deus – sem rendição no turno desde as 07h de 01/02

Nos campos de produção, estão sendo realizados piquetes permanentes, com adesão dos trabalhadores próprios e terceirizados

Espírito Santo

Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC) – trabalhadores cortaram a rendição no turno na manhã desta terça (04/02)

Sede administrativa da Base 61, polo de produção terrestre em São Mateus – 100% de participação dos trabalhadores terceirizados e próprios

Minas Gerais

Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02

Refinaria Gabriel Passos (Regap) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01

Rio de Janeiro

Refinaria Duque de Caxias (Reduc) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02

Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB) – trabalhadores cortaram a rendição do turno às 23h de 03/02.

Na noite de segunda (03/02), os trabalhadores das plataformas da Bacia de Campos, começaram a seguir a orientação do sindicato de entregar a operação das unidades para as equipes de contingência da Petrobrás. Desde sábado (01/02), mais de 15 plataformas já vinham realizando levantamentos de pendências de segurança, efetivo e se houve embarque de equipes de contingência a bordo.

São Paulo

Terminal de Guarulhos – adesão dos trabalhadores na manhã de hoje 04/02

Terminal de Barueri – adesão dos trabalhadores na manhã do dia 03/02

Refinaria de Paulínia (Replan) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01

Refinaria de Capuava, em Mauá (Recap) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02

Refinaria Henrique Lages, em São José dos Campos (Revap) – cortes alternados nos turnos

Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (RPBC) – cortes alternados nos turnos

Paraná

Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02

Fábrica de Xisto (SIX) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02

Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FafenPR/Ansa) – sem trabalhadores da operação e da manutenção no interior da unidade. Acampamento na porta da fábrica prossegue desde o dia 21/01

Terminal de Paranaguá (Tepar) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02

Santa Catarina

Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ) – trabalhadores aderiram à greve hoje (04/02)

Terminal de Guaramirim (Temirim) – trabalhadores aderiram à greve nesta segunda (03/02)

Terminal de São Francisco do Sul (Tefran) –  trabalhadores aderiram à greve nesta segunda (03/02)

Base administrativa de Joinville (Ediville) –  trabalhadores aderiram à greve nesta segunda (03/02)

Rio Grande do Sul

Terminal de Niterói (Tenit) – adesão à greve na manhã de 03/02

Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) – sem rendição no turno desde as 07h de 01/02

Redação

2 Comentários

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  1. A greve é direito do trabalhador. Petrobras, Dataprev,, e agora Casa da Moeda.
    Que se junte a Eletrobras antes que seja tarde e que os vendilhões consumam o golpe e recolham seu butim.
    Que todos saibam: este é o pior e mais amaldiçoado grupo de governantes do executivo que este país já teve.

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