Guaranis de São Paulo clamam por assinatura do ministro Cardozo para evitar despejo

da Comissão Guarani Yvyrupa – CGY

A qualquer momento a nossa aldeia Itakupe, também chamada de Sol Nascente, pode passar por reintegração de posse e ser despejada. A aldeia está dentro da área reconhecida pela FUNAI, que aguarda portaria declaratória do Ministério da Justiça para concluir o processo de demarcação. Na luta de resistência, a Comissão Guarani Yvyrupa – CGY  pede apoio de todas as pessoas na defesa dos direitos indígenas e lançam duas petições.

A primeira busca sensibilizar o Dr. Antonio Tito Costa, advogado que move processo contra a comunidade Guarani do Jaraguá. Pedimos a ele que retire a ação de reintegração de posse contra a Aldeia Itakupe. Para assinar a petição clique aqui.

A segunda petição é destinada ao Ministro Ricardo Lewandowski – Presidente do Supremo Tribunal Federal, ao Desembargador Federal Fábio Prieto de Souza – Presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, e ao Desembargador Federal Antonio Cedenho – relator do Agravo de Instrumento de nº 0000226-58.2015.4.03.0000. Pedimos a eles que suspendam a ordem de reintegração de posse e não coloquem em risco e em situação de ainda mais vulnerabilidade as famílias Guarani que vivem no local. Para assinar a petição clique aqui.

A Justiça Federal ordenou o cumprimento imediato da decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) que determinou a reintegração de posse na área situada na Terra Indígena (TI) Jaraguá. Um grande grupo de xondaros, nossos guerreiros, encontra-se na área e para resistirá à ação policial (Veja carta aqui)

https://www.youtube.com/watch?v=btfb2eY7tSo width:700 height:394

Fotos: Oswaldo Corneti e CGY

Redação

2 Comentários

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  1. PELO URGENTE RESPEITO AOS DIREITOS INDÍGENAS

    Soa absolutamente absurdo, aviltante e vergonhoso que a (in) justiça possa determinar reintegração de posse contra indígenas numa área já reconhecida pela Funai como terra tradicional. E se a demarcação da área depende apenas de assinatura do ministro, este tem o dever moral de agir com máxima presteza, para não se tornar co-responsável por uma grave agressão a parcela vulnerável da população, submetida a situação de extremo risco. Chega de leniência para com os crimes de lesa humanidade cometidos contra as populações indígenas e quilombolas.em nosso país, chega de inércia diante dos abusos contra elementares direitos constitucionais, chega de espoliação e violência. Todos os que possuem consciência social e senso de humanidade devem redobrar esforços no sentido de instar as instituições democráticas representativas da sociedade civil a exigir das autoridades públicas o urgente resgate do respeito aos direitos constitucionais das populações ancestrais, cujo amparo tem sido lamentavelmente negligenciado.

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