Hungria tem protestos contra taxação de downloads e uploads

Jornal GGN – Na última terça-feira, dezenas de milhares de pessoas encheram as ruas de Budapeste para protestar contra a decisão do governo húngaro de taxar downloads e uploads. A medida prevê uma cobrança de 150 florins (cerca de R$ 1,50) para cada gigabyte transferido. O governo estima arrecadar mais de 18,5 bilhões de florins (cerca de 60 milhões de euros, ou 180 milhões de reais) por ano. As informações são do site português Público.pt.

Enviado por Miriam L.

Milhares voltam às ruas de Budapeste contra taxa sobre a Internet

Do Público.pt

A medida, sem precedentes a nível europeu, prevê uma taxação no valor de 150 florins (cerca de 50 cêntimos) sobre cada gigabyte transferido.

Milhares de pessoas atravessam a ponte Elisabete em Budapeste ATTILA KISBENEDEK / AFP

Dezenas de milhares de pessoas voltaram esta terça-feira a encher as ruas de Budapeste em protesto contra a decisão do Governo húngaro de taxar as transferências na Internet.

O tempo frio que se faz sentir na capital húngara não impediu que as manifestações de protesto iniciadas no último fim-de-semana tivessem continuidade. Esta terça-feira uma multidão gritava “Não vamos permitir”, em referência ao imposto que o Governo quer aplicar às transferências feitasonline.

A medida, sem precedentes a nível europeu, prevê uma taxação no valor de 150 florins (cerca de 50 cêntimos) sobre cada gigabyte transferido, sejam downloads ou uploads. O Governo do conservador Viktor Orbán estima que com a medida consiga encaixar 60 milhões de euros por ano.

Bruxelas já fez saber que se opõe ao imposto, com a comissária para a Agenda Digital, Neelie Kroes, a dizer que a medida “não é uma ideia inteligente”. Apesar da advertência da União Europeia, as receitas previstas pela taxa já foram inscritas no Orçamento de Estado para o próximo ano.

O anúncio da taxa deu origem a vários movimentos de protesto que saíram às ruas nos últimos dias, em manifestações convocadas pelas redes sociais. “Não vamos pagar a um governo corrupto”, dizia Balázs Gulyás, um dos líderes dos protestos, perante uma multidão concentrada na Praça Nádor Jószef. “O governo quer obrigar-nos a ir buscar informação aos media que controla”, acrescentou, obtendo como resposta gritos de “Orbán fora!”.

Os manifestantes fizeram uma marcha e concentraram-se nas imediações da sede do Fidesz, o partido governamental, tal como no domingo.

Desde que chegou ao poder em 2010, o governo de Viktor Orbán tem aplicado várias medidas que restringem a pluralidade dos meios de comunicação e a Internet é vista como uma das poucas formas para se aceder a informação imparcial.

Para além da capital, foram convocadas manifestações para outras oito cidades, diz a AFP.

Redação

8 Comentários

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  1. Que coisa heim.
     
    Em alguns

    Que coisa heim.

     

    Em alguns países o acesso a internet é direito humano fundamental(Suécia).

    Em outros, taxação.

     

     

     

      1. AL está começando a entender o jogo

        E aprendeu rapidinho que democracia não é mais do povo e sim das corporações que passaram a dominar os governos.

        AL, está começando a entender que o neoliberalismo está falindo

        1. Isso todos os liberais já

          Isso todos os liberais já sabem~.

          A solução para este problema e que nos difere.

          Para os progressistas a solução é aumentar o poder do estado, para os liberais isso é dar mais poder as corporações.

          “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.

          Ayn Rand.

           

          1. Mais uma vez você está aprendendo rapidinho

            Ambos defendemos menos poderes para o estado.

            Você defende mais poderes para as corporações, eu para a população.

  2. Logo, logo, estariamos nessa

    Logo, logo, estariamos nessa arapuca se não tivesses um marco regulatório. Por isso que continuo dizendo que a única diferença entre uma grande coorporação que comanda um setor  e um quadrilha que comanda uma comunidade é que a quadrilha as vezes dá presentes no dia das crainças!

  3. A Hungria pisou na jaca. Essa

    A Hungria pisou na jaca. Essa medida precisa ser rechaçada com força pela população até para evitar que outros também tenham essa “ideia brilhante”.

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