Indígenas Xavante morrem em 24h com sintomas de Covid-19

A notícia é somente uma das que matou mais de 20 indígenas xavantes, com 102 confirmados e outros 61 casos suspeitos, desde o início da pandemia

Liderança xavante Crisanto Rudzo Tseremeywá, grava vídeo alertando avanço do coronavírus, enquanto estava hospitalizado – Reprodução

Jornal GGN – Nove indígenas da etnia Xavante morreram com sintomas de Covid-19, em menos de 24h, na última semana, no Mato Grosso. Três deles tiveram o diagnóstico confirmado de coronavírus nos dias posteriores e um deles era um bebê.

A notícia é somente uma das que matou mais de 20 indígenas xavantes, com 102 confirmados e outros 61 casos suspeitos, desde o início da pandemia, de acordo com informações do El País, e um alerta de como o avanço da epidemia no Brasil vem colocando em risco os índios brasileiros, inclusive aqueles que vivem isolados.

Ainda, estes números são os listados pelo boletim publicado pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xavante, ligado à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), que divergem dos números oficiais da própria pasta, que contabilizam menos casos – 84 e 5 mortes.

Os indígenas Xavante estão em 14 cidades do Mato Grosso, quatro destas comunidades já afetadas pelo coronavírus. A primeira morte foi de um bebê, no dia 11 de maio, na terra Marãiwatsede, aonde 12 indígenas foram contagiados. Até agora, o território mais afetado é a Terra Indígena de São Marcos, concentrando 60% dos confirmados entre a etnia.

Lideranças indígenas vêm alertando sobre a gravidade do contágio nas comunidades, gravando vídeos, como o do líder xavante Crisanto Rudzo Tseremeywá, enquanto estava hospitalizado com um aparelho respiratório.

https://www.facebook.com/coiabamazoniaoficial/videos/1193321924345561/

Outros relatos e detalhes são descritos na reportagem do El País.

Leia também: Uma ação histórica: povos indígenas vão ao STF para evitar genocídio na pandemia

 

 

Redação

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