Instituto Lawfare realiza hoje debate sobre Caso Lula na ONU

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Para Robertson, “normas internacionais sobre o direito a um julgamento justo não parecem ser seguidas no sistema brasileiro” (FILIPE ARAÚJO/FOTOS PÚBLICAS)

da Rede Brasil Atual

Instituto Lawfare realiza debate sobre Caso Lula na ONU

Evento, que acontece hoje, segunda-feira (29), no Tucarena, traz entre os expositores o advogado australiano Geoffrey Robertson, que fez duras críticas ao julgamento do ex-presidente feito pelo TRF4

por Redação RBA
 
São Paulo – O Instituto Lawfare realiza hoje, segunda-feira (29), às 19h no Tucarena, o seminário internacional “O Caso Lula – Balanço e perspectivas”, com o objetivo de debater as violações de direitos ocorridas durante o julgamento do ex-presidenterelacionado ao tríplex no Guarujá.

Entre os expositores está o advogado australiano Geoffrey Robertson, que representa Lula em processo apresentado à comissão de Direitos Humanos da ONU. Ele acompanhou presencialmente o julgamento do recurso do ex-presidente ao TRF4 e fez duras críticas à forma como o processo se desenvolveu e ao sistema de Justiça brasileiro como um todo.

“Foi uma triste experiência ver que normas internacionais sobre o direito a um julgamento justo não parecem ser seguidas no sistema brasileiro”, afirmou, após a sessão que ratificou a condenação de Lula. “Os juízes falaram cinco horas lendo um script. Eles tinham a decisão escrita antes de ouvir qualquer argumento.”

Robertson criticou ainda a proximidade entre desembargadores e membros do Ministério Público. “Eu estava lá na sala e vi o promotor-chefe do caso sentar ao lado do relator. Ele também almoçou ao lado dos três juízes e, depois, ainda teve conversas particulares com eles. Essa é uma postura totalmente parcial, isso simplesmente não pode acontecer numa corte.”

O termo “lawfare” se refere à utilização das normas legais e de procedimentos jurídicos para fins políticos. O instituto foi fundado oficialmente em dezembro de 2017 pelos advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Martins e Rafael Valim.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. Foi um golpe “com o STF com

    Foi um golpe “com o STF com tudo”, mas “Nossas instituições estão funcionando normalmente” segundo Carmem Lúcia. Ela tem toda razão. A única coisa que não funciona no Brasil é o Dicionário: juiz virou sinônimo de vagabundo e Justiça deixou de ser antônimo de trapaça.

  2. Fábio, não foi apenas a dona

    Fábio, não foi apenas a dona Carminha do stf a repetir o que já se tronou um chavão sem vergonha, – “Nossas instituições estão funcionando normalmente”- Claro! Tá tudo funcionando como o diabo gosta. Em especial, para os serviçais da Casa-Grande: para dona Cármem e seus 10 pareceiros do stf, pro larápio do michel temer, para dona dodge da PGR, para todos os ladrões do Tucanistão. Pros homens de capa preta que se apropriam de montanhas de dinheiro público, via “acertos intra-muros”* entre os propópios interessados.

    Orlando

    * “acertos intra-muros”

    Ad exemplus:

    Papelada apodrecendo na gaveta do Fux no stf, pra decidir sobre os pornográficos ganhos extras de suas excrescências. O caso da escandalosa ajuda “aluguel,” do juiz lavajateiro Bretas. O cabra que mora com a mulher juiza, já agraciada com a referida mamata. Imagino que os filhos, quando concursados e aboletados numa sinecura igual. Mesmo residindo na casa de painho terá direito a essa ajuda descarada. Quero dizer que descarada(o), com isso,  não pretendi me refirir à ajuda, propriamente dita.

    Depois, esses canalhas atiram nas costas do PT, a responsabilidade por dissiminar a bandalheira e a corrupção nas terras da Bananolândia. Ah! Me deixe viu?

  3. O julgamento foi um um circo

    Apenas que os palhaços fomos nós, a população brasileira. 

    Os juizes foram os “bonecos” no colo dos ventrílocos (elite do Brasil), repetindo o script que lhes foi fornecido. Estes “bonecos sentados no colo”  (*) dos donos do Brasil acreditam que somos tolos!  

    (*)  eles adoram sentar-se no colo dos donos do poder, mostrando que estão a disposição para qualquer necessidade dos ricos!!!

     

  4. Dito: “a justiça é cega”, porém, no Brasil ela tb é surda, muda e abilolada. Enxerga quando quer, escuta quando lhe convém e fala quando é atacada.

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