Israel constrói barreira marítima para cercar Gaza também por água

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Estrutura se estenderá por 200 metros mar adentro, isolando ainda mais a população

do Ibraspal

Israel constrói barreira marítima para cercar Gaza também por água

Por Lúcia Rodrigues

O governo israelense não para de surpreender o bom senso. O Ministério da Defesa de Israel divulgou, neste final de semana, as primeiras imagens de uma barreira que está sendo construída para sitiar Gaza também pelo oceano.

A barreira está localizada na praia de Zikim, a aproximadamente três quilômetros ao norte da fronteira da Faixa de Gaza. A conclusão do projeto está prevista para o final de 2018 e deve custar em torno de 25 milhões de shekels, aproximadamente U$ 6,7 milhões de dólares.

Quando estiver pronta, a estrutura se estenderá por 200 metros pelo Mar Mediterrâneo, isolando ainda mais a Faixa de Gaza. A barreira terá três níveis. Uma base submarina, uma plataforma construída em pedra com 50 metros de largura ao nível do mar, onde ainda será erguida uma cerca de arame farpado com seis metros de altura.

Está sendo construída ainda uma outra barreira ao lado de toda essa estrutura, para garantir uma segurança adicional, segundo as autoridades israelenses.

O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, elogiou a obra. “A cada dia que passa, nossa capacidade de contraterrorismo ao redor da Faixa de Gaza está ficando mais forte. O Hamas está perdendo sua capacidade de atacar Israel”, comemora. O político ultradireitista ainda ressaltou a rapidez com que a construção está sendo executada. “Está progredindo em um ritmo impressionante.”

Israel mantém a população de Gaza sitiada há mais de uma década. No mês passado, o próprio Lieberman determinou o fechamento do portão de Karam Abu Salem (Kerem Shalon), na tríplice fronteira de Gaza, Egito e Israel.

Esse é o único acesso para a entrada de alimentos, medicamentos, material hospitalar e de construção civil, gás de cozinha, combustíveis, eletrodomésticos, tecidos, materiais de limpeza etc. Não há outra passagem comercial para suprir as necessidades da população que vive em Gaza.

Além disso, Israel também impõe um bloqueio naval à Faixa de Gaza, que restringe inclusive a atividade dos pescadores palestinos e impede a chegada e partida de barcos.

Neste final de semana, as forças de repressão israelenses interceptaram outro barco da Flotilha da Liberdade que tentava furar o cerco imposto por Israel. No domingo passado outra embarcação da Flotilha foi interceptada com violência quando também tentava se aproximar de Gaza.

A ONU tem expressado preocupação com a situação humanitária enfrentada pela população da Faixa de Gaza, em especial as crianças, em função do bloqueio imposto pelo governo israelense.

Com informações do Middle East Monitor

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

6 Comentários

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  1. A ONU tem expressado preocupação
    A ONU não tem que expressar preocupação, pois a preocupação da ONU não resolve o problema. A ONU foi criado para agir e evitar os conflitos. Estão esperando o quê? O extermínio total desta população para depois ficarem lamentando. E Israel vai ter a sem vergonhice de fazer isso, para quem sabe daqui a 500 anos fazerem como Espanha e Portugal, “arrependidos” fazerem leis que permitem o retorno e a cidadania aos descendentes dos que foram expulsos em 1492!?

  2. PARA QUEM A ONU FOI CRIADA

    A ONU foi criada no pós-segunda guerra mundial para acomodar os ânimos dos ganhadores e, principalmente para dar um lugar e proteger os judeus, autoproclamados “o povo escolhido por deus”, como compensação pelos supostos sofrimentos causados pelos nazistas.

    A ONU é uma organização forjada para defender os interesses dos judeus. Não está lamentando as ações em Gaza, mas não podem deixar de se ” preocupar ” com o destino dos palestinos, os legítimos donos daquelas terras. Na verdade, a organização não tem poder e nem se esforçado para diminuir ou parar com as atrocidades israelenses contra os palestinos,

    Se não houvesse a proteção bélica do estado judeu norte-americano, Israel não constaria mais do mapa mundial.

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