Livre-arbítrio: um conceito complexo e fundamental, por Marcos Villas Boas

Livre-arbítrio: um conceito complexo e fundamental

por Marcos Villas Boas

O livre-arbítrio é um conceito fundamental para a compreensão de como funciona o processo encarnatório e, assim, torna mais fácil entender o que viemos fazer aqui na carne, ajudando-nos nas tomadas de decisões ao longo da vida, na busca pelo equilíbrio e na conquista da paz interior. No entanto, esse conceito é muito mais complexo do que se pensa, valendo a pena estudá-lo com cuidado.

Como de costume na humanidade terrena, que em sua ampla maioria não sabe ainda lidar bem com a lei hermética da polaridade, as correntes predominantes sobre o livre-arbítrio se limitam a visões extremas. Uma parte entende que temos livre-arbítrio total, podendo fazer tudo o que bem entender, apesar de nem tudo convir. Outra parte sustenta que não temos nenhum livre-arbítrio, pois, se há uma consciência suprema coordenando tudo, esse “tudo” já estaria completamente programado.

Com base na literatura psicografada e no que é apresentado por psicofonia no programa Diálogo com os Espíritos, podemos concluir, mas sem uma ideia final e acabada, que o livre-arbítrio é bem mais complexo. Se há programações para o planeta, para os grupos cármicos e para as pessoas, o livre-arbítrio está longe de ser total, mas, ao mesmo tempo, as programações não são absolutamente fixas, nem completas.

Em se falando da Terra, por exemplo, os espíritos Lúcius e Comandante Lao afirmam, no Diálogo com os Espíritos, que há comandos de seres elucidados que cuidam apenas da evolução do planeta, analisando o que ele está emitindo e, então, agregando a ele vibrações necessárias de acordo com o que está programado, como gerar, por exemplo, a encarnação de seres elucidados num momento em que o planeta necessita de um grande aumento de vibração. Seguem abaixo os diálogos acima referidos:

https://www.youtube.com/watch?v=6UY4iDxB6Ew]

https://www.youtube.com/watch?v=_HH9af3WJ3M&t=660s]

Logo de início, portanto, pode-se dizer que, para além de atos inexequíveis, que o espírito não tem condições de executar, como fazer um planeta sumir, também não há livre-arbítrio completo para atos exequíveis. Esse exemplo extremo de fazer desaparecer um planeta ou uma estrela é utilizado pelo palestrante espírita Haroldo Dutra Dias para deixar claro que não basta o espírito querer algo que ele poderá fazê-lo. De saída, já é preciso excluir aquilo que não está ao seu alcance, que é querer inexequível.

Dentro da mesma linha, um dos espíritos da falange Pai Joaquim de Aruanda, em diálogo muito elucidativo sobre o tema, afirma que, se houvesse livre-arbítrio total, bastaria ao ser humano querer estar em marte e lá ele apareceria, mas isso não é possível. Segue o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=3cku0vjVxYg]

Dentro do alcance do espírito, contudo, também há limitações, pois ele não pode interferir nos planos da consciência suprema, que se manifestam por meio dos espíritos mais elucidados. Pai Joaquim diz o seguinte no vídeo acima: “O seu livre-arbítrio, que vocês têm aqui, é condizente com a situação em que vocês se encontram. É limitado.”

Sobre o tema, também vale muito a pena assistir à série de diálogos com o sábio espírito Pai João da Cachoeira, que começa no seguinte:

[video:https://www.youtube.com/watch?v=mOVDKyzBY78&t=2s

O preto-velho, que claramente, pelo seu conhecimento e lucidez, é um mestre bastante ascensionado, explica que os encarnados têm apenas uma ilusão de livre-arbítrio. Por outro lado, ele também afirma que há uma programação encarnatória, uma viga mestra de circunstâncias, como resgates, pelas quais o espírito precisa passar, mas os detalhes são definidos pelo próprio espírito, que é um cocriador, uma consciência criada pela consciência suprema com capacidade de redefinir seu futuro.

Não é incomum saber, por exemplo, de casos em que um espírito tinha uma doença programada no seu perispírito, mas que, por conseguir uma elevação de vibração via mudança de pensamentos, sentimentos, emoções e atitudes, pode não precisar passar por aquele carma.  

No caso da encarnação, para os espíritos um pouco mais elucidados, parte do livre-arbítrio se esgota no momento do planejamento encarnatório, pois ele pode pedir, dar sugestões sobre o que quer passar naquela fase de aprendizagem. Depois de escolher seus pais, seu nome e os principais fatos pelos quais irá passar ao longo da vida, o que é feito juntamente com especialistas no assunto, quando em “vida” ele terá menos capacidade de escolha.

Essa visão mais intermediária do assunto, de um livre-arbítrio efetivo, mas condicionado, que preferimos chamar de uma visão complexa, que lida com a paradoxalidade, com a acomodação de ideias aparentemente opostas dentro de um mesmo raciocínio, é confirmada pelo mesmo espírito da falange Pai Joaquim de Aruanda no diálogo acima referido. Ele diz o seguinte:

“O problema é que não está tudo pré-determinado. [… As pessoas acha que a vida é um livro que já tá escrito, e não é isso. Quando a pessoa encarna, ela sabe porque tipo de vibrações ela vai passar, porque tipos de propósitos ela vai passar, ela sabe o nível energético que ela vai enfrentar, e ela não sabe como ela vai fazer isso. Aqui se constrói a história dela”.  

Isso ajuda a explicar muitos aspectos mal compreendidos da encarnação. Há ilusões acerca do que é certo ou errado, por exemplo. Muitos não sabem que, frequentemente, é o próprio espírito quem escolhe realizar determinados atos considerados, pelo homem médio, errados ao longo da vida, para poder passar por aquela experiência, reforçando a ideia de que nada deve ser julgado, pois, afinal, tudo na Terra é experiência e aprendizagem.

Não existe erro do ponto de vista espiritual. É claro que, no âmbito encarnado, as pessoas precisam ser responsabilizadas pelo que fazem na justiça dos homens, mas, sob os olhos do espírito, ela fez simplesmente o que podia fazer de melhor naquele momento. Tudo é para o engrandecimento de todos.

Não há punição do espírito. O carma não é uma sanção por algo feito errado, mas um reajuste para o melhor. Enquanto o espírito dá algo ao cosmo que não vai em seu favor conforme as leis, ele receberá de volta algo de natureza similar para que possa aprender a respeito daquela situação.

Se o espírito for maduro, o carma parecerá mera prova para sua aprendizagem e a dificuldade será somatizada como processo de crescimento, e não somo algo ruim, pelo que se deve sofrer.  Isso é o que explica o mestre ascensionado Hilárion, que muitos dizem ter sido o apóstolo Paulo em uma das suas encarnações, no seguinte diálogo:

[video:https://www.youtube.com/watch?v=IrBKd8_JmU8

A ideia de que há livre-arbítrio total faz as pessoas crerem erradamente na inexistência de consciências superiores regendo o todo em nome da consciência suprema, podendo levar, por exemplo, a sentimentos como insegurança e medo. Quando se compreende que tudo é coordenado e está sob controle, por mais que pareça superficialmente haver caos, o encarnado pode se manter em paz permanentemente, e essa é a verdadeira fé.

Por outro lado, saber que somos todos cocriadores permite compreender a importância dos nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos, na medida em que eles colaboram para construir o que será do futuro. O livre-arbítrio que existe diz respeito especialmente a como iremos nos portar perante às circunstâncias que precisaremos enfrentar segundo decidido por nós mesmos antes de encarnar.

No que toca a pensamentos e sentimentos, o livre-arbítrio é quase total, e eles determinarão gravemente a condição vibratória do espírito, que definirá as suas afinizações, colocando-lhe, portanto, na situações “a”, “b” ou “c”.  

Nesse aspecto, os guias de cada um colaboram para que sejam mantidas condições vibratórias em acordo com o que foi programado para a encarnação, mas é possível desviar completamente da rota, como no caso dos suicídios, que interrompem o processo de aprendizagem prematuramente e, por ferir a lei, aquilo que se programou, geram grande expiação para o espírito após o desencarne.

No diálogo abaixo, o já referido Pai João da Cachoeira deixa muito claro que os guias atuam na vida dos encarnados, mas respeitando bastante o seu livre-arbítrio:

https://www.youtube.com/watch?v=MzopqjK8o-M

No mesmo diálogo, Pai João explica que uma magia, uma intenção direcionada, apenas provocará efeitos se estiver dentro da lei. É por isso que algumas chegam ao seu objetivo e outras não. Aqueles que acreditam poder mudar os desígnios de Deus são apenas arrogantes iludidos, enquanto que aqueles crentes na inexistência de magia são meros ignorantes em fase de aprendizado.

Entender o livre-arbítrio é fundamental, portanto, para compreender as leis que regem a vida no cosmo, facilitando as tomadas de decisão em cada situação. Sabedor de que está tudo sendo coordenado, mas que somos cocriadores, fica mais fácil, por exemplo, saber como se portar perante a corrupção do país. Revoltar-se e lançar mais vibrações negativas para o planeta apenas provocará afinização com essas energias e sofrimento para o espírito.

Ficar em paz não significa, por outro lado, não fazer nada. O espírito sábio mantém sua condição vibratória elevada, mas busca mudar a realidade positivamente por meio da ação efetiva. É o famoso: “fazer mais e falar menos”.  Ele não se debate, não fere consciências, não briga, mas procura elucidar amorosamente os demais, levar à justiça humana aqueles que cometem infrações, mudar as leis quando preciso, transformar as relações sociais corrompidas.

O encarnado sábio é equilibrado no uso do seu livre-arbítrio e tem consciência de que ele é bastante limitado. Busca não somente racionalizar, mas também sentir, intuir, pois, como todos temos os guias de que precisamos, decidir bem significa muitas vezes tomar atitudes incompreensíveis pelos demais, porém que estão dentro do que aquele espírito sente. Como nesse estágio, a maioria dos encarnados ainda é pouco lúcida, é natural que algumas atitudes de um espírito mais desperto causem estranheza aos demais.  

A consciência suprema sabe de tudo o que acontece, mas nem tudo estava já pré-determinado. Há programação encarnatória, mas os detalhes dela vão sendo construídos por cada espírito juntamente com aqueles do seu entorno.

Como se nota, estamos longe de compreender bem o livre-arbítrio, conceito complexo e fundamental, mas, com o conhecimento que já se tem disponível e a partir das nossas próprias experiências e dos nossos sentidos, é possível avançar bastante no entendimento sobre ele de modo a realizar uma transformação interna que se reflita em mudança nas ações. Mãos à obra!    

 

Redação

14 Comentários

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  1. Parabens, muito bom o

    Parabens, muito bom o artigo.

    Mudando de assunto, muitos espíritas abominam Lula e adoram Moro.

    Do ponto de vista espírita, qual dos dois será mais evoluído ?

     

    1. Aquele que por seus atos der

      Aquele que por seus atos der de comer a quem tem fome, providenciar um teto pra quem dorme ao relento, médico pra quem tá doente, trabalho para que a pessoa não precise pedir esmola, em resumo quem for o mais CARIDOSO.

  2. É uma questão tormentosa essa

    É uma questão tormentosa essa a do livre arbítrio. Infelizmente já não tenho firmeza em afirmar sua existência. Não basta eu pensar que estou fazendo uma escolha, para realmente estar usando de meu livre arbítrio, pois, por trás das escolhas, há os condicionantes. Vários experimentos psicológicos mostram como somos facilmente induzidos a uma ou outra escolha, sem que percebamos os fatores subjacentes. Redes sociais e engenharia social são provas disso. Qd observamos o comportamento de seres inferiores, podemos afirmar que atos praticarão em determinadas circunstâncias, uma vez que temos maior grau de visão e conseguimos melhor relacionar ato-consequência do que eles (e quem prova que eles, em suas mentes, não estejam fazendo uma “escolha”?). Já entre humanos, a certeza sobre que ato será praticado se perde, pq estamos no mesmo nível de complexidade intelectual, mas talvez um ser superior (ou até mesmo uma máquina de imenso processamento),  seria capaz de adivinhar nossas pseudo-escolhas, pondo por terra o chamado livre arbítrio.

  3. 1- Cada ato é sempre livre em

    1- Cada ato é sempre livre em sua origem, mas não depois, porque então já pertence ao determinismo da lei de causalidade, que lhe impõe as reações e consequências. O destino, como efeito do passado, contém, pois, zonas de absoluto determinismo, mas a ele sobrepõe-se a cada momento a liberdade do presente, que vai chegando continuamente e tem o poder de introduzir sempre novos impulsos e, neste sentido, de “corrigir” os precedentes.

    2 – Determinismo e liberdade, dessa maneira, contrabalançam-se, e o caminho é a resultante dada pela inércia do passado e pela constante ação corretora do presente. Diante do determinismo da Lei (expresão da vontade da Inteligência Suprema, Deus, Tupã, etc), que impõe a cada causa seu efeito, está o poder do livre-arbítrio, de corrigir a trajetória dos efeitos com a introdução de novos impulsos.

    3- A responsabilidade é relativa ao grau de evolução da criatura, porque age em função da maior ou menor extensão da zona de determinismo ou livre-arbítrio, que predomina na responsabilidade.

    4 – Todos são vizinhos e irmãos, no entanto, diante da concatenação das próprias obras e consequências, cada um esta sozinho. Sozinho com sua responsabilidade e seu destino, tal como ele mesmo o quis.

    5 – Responsabilidade relativa, estritamente vinculada ao nível evolutivo, ou seja, conhecimento e liberdade, proporcionalmente aos quais nascem os deveres e se restringe o campo do que é lícito.

    6- O livre arbítrio da criatura expande a medida que evolui a inteligência.

    7 – A liberdade de pensar é ilimitada.

    Retirados ítens de 1 a 4 do Livro a Grande Síntese de Pietro Ubaldi – Págs 254 a 258

    Itens 6 e 7 Livro dos  Espíritos – Lei de Liberdade e Lei de Progresso.

  4. Sem entrar no mérito da questão

    Diga com quem andas, e lhe direi quem és…

    Apartai de mim os que praticam a maldade…

    Porque tive fome, e não me destes de comer…

    Porque não amaram uns aos outros, como foi mandado…

    O caminho, a verdade, e a vida, não estão com a mentira…

    E se a vida realmente não for como uma prova de fim de ano, mas sim como um vestibular?

    E se a mentira existir também no mundo espiritual?

  5. espiritismo, uma história de charlatanismo

    Nenhuma outra religião se confunde tanto com o charlatanismo como o espiritismo. A sua peculiaridade de precisar apresentar fenômenos físicos para arrebanhar novos crentes o torna um campo fértil para todo tipo de fraudes e ilusionismos. Alguns podem argumentar que um pastor cobrando dizimo para manter uma vida de luxos e riqueza é um golpe potencialmente mais nocivo, ocorre que entre um crente e um aliciador evangélico, por exemplo, existe um pacto de cunho puramente religioso onde as partes estão de acordo com relação a seus dogmas. Ou seja, acredita quem quer. Já o espiritismo se declara portador de verdades naturais e capaz de expandir seus fenômenos para o mundo físico material, a diferença entre o espiritismo e as religiões ordinárias não é sutil. Já não se trata de uma questão de acreditar ou não, se trata de saber ou não saber. Por trás do verniz da humildade há uma pretensão e arrogância sem limites. Como diria Carl Sagan : Afirmações extraordinárias exigem evidencias extraordinárias. Aos que se prestarem a estudar a história do espiritismo encontrarão dificuldades. A pseudociência é protegida por pseudointelectuais influentes. Assim como as pessoas comuns temem botar a mão numa macumba, todos se cercam de escrúpulos para falar de espíritos. Um pacto de boa vizinhança parece cercar esta grande farsa e este grande golpe conhecido como espiritismo. Mas existe um traço , uma marca inseparável da doutrina durante toda sua história : o charlatanismo.

        
    Consta o ano de 1848 como data do nascimento da corrente espirita quando três irmãs , Katherine, Leah e Margaret Fox alegavam o poder de comunicação com mortos que se manifestavam por meio de batidas num método que ficou conhecido como tiptologia. Entre 1861 e 1865  a guerra de secessão americana deixou milhares de pais sem os filhos e mulheres viúvas , foi a partir daí que a fama das irmãs Fox  ganhou enormes proporções. O desejo de comunicação com parentes mortos gerou o surgimento de uma legião de médiuns na América. Grande parte deles, incluindo as irmãs FOX, cobravam pelos seus serviços.As irmãs FOX viveram às custas da seita que criaram e pelo que se sabe eram inescrupulosas e recebiam dinheiro tanto de adeptos quanto céticos do espiritismo. Em 1880 Kate e Maggie Fox declaram que o espiritualismo, como chamavam a seita, é uma fraude e a maior impostura do século. Reuniram jornalistas e demonstraram a técnica que com os dedos dos pés produziam os sons das batidas atribuídas a espíritos. Mas o estrago já havia sido feito e o final do século XIX presenciou o alastramento dos médiuns , comunicadores com mortos, pela América e Europa. 

     

     Um encontro inusitado no meio espirita se deu no inicio do século XX entre o famoso ilusionista Harry Houdini e Sir Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes. Sir Conan Doyle era um fervoroso crente espirita .Harry Houdini , nome artistico de Ehrich Weisz, passava por enorme depressão com a morte de sua mãe, Cecilia. A familia Doyle então levou Houdini a um encontro com espiritas para que se comunicasse com sua mãe. Houdini identificou a farsa e ficou furioso. Acabou se tornando o mais proeminente revelador de charlatões espiritas da história. Houdini fazia apresentações onde demonstrava os truques utilizados pelos espiritas. Muitas vezes foi disfarçado a centros de espiritismo com policiais vestidos à paisana. Após desmascarar o farsante em frente ao público o policial o prendia  por estelionato. Um caso famoso envolveu Harry Houdini e a “médium” Mina Crandon. Crandon fez uma apresentação em sua casa na presença de Houdini onde objetos se moviam e depois quebravam nas paredes e uma voz misteriosa e de origem desconhecida chamava o nome de Houdini. Harry Houdini assistiu toda a apresentação quieto sem tecer comentários. Tempo depois convidou Mina Crandon para um ambiente por ele escolhido onde repetiu todas as suas proezas. Depois convidou Crandon para que repetisse sua apresentação num ambiente e com objetos escolhidos por ele, Houdini. Crandon não moveu os objetos um milimetro sequer mas depositou o fracasso à falta de fé de Houdini que estaria “bloqueando” o mundo espiritual. Houdini passou a oferecer um prêmio de U$ 10 mil a qualquer espirita que apresentasse um fenômeno autentico que ele não fosse capaz de desmascarar. Hoje, James Randi e seu instituto oferecem U$ 1 milhão a qualquer pessoa que consiga produzir um efeito paranormal num ambiente cientificamente controlado.

       Entretanto, o caso mais curioso de uma vitima de médiuns e golpistas espiritas parece ter sido a do próprio sistematizador da doutrina : Allan Kardec. Registros informam que Kardec passou a se interessar pelo espiritismo no ano de 1854 quando tomou conhecimento de magnetizadores que faziam mesas girarem e se moverem . Sistematizou a psicografia que a ciência atual interpreta como criptomnésia , uma capacidade do inconsciente humano se expressar de forma articulada.Já tendo sistematizado boa parte de sua doutrina, Kardec lançou o livro Oeuvres Posthumes (obras póstumas)  onde em certo capitulo passa a apresentar a médium conhecida como sra. Schmidt que incorporaria um espirito que se apresentava como : A Verdade.  A Verdade fez a previsão de que Allan Kardec morreria em breve e iria reencarnar no final dos anos 1800 ou inicio dos anos 1900 para terminar sua obra de decodificação dos espíritos.  Tudo indica que o sr. Verdade não era fiel ao nome e como se sabe aguardamos até hoje a volta triunfal do sr. Kardec. 

     

     No Brasil o caso mais polêmico envolve o famoso espirita Chico Xavier. Passei boa parte da vida vendo Xavier como uma pessoa mentalmente perturbada mas de boa índole. Ao estudar sua vida tive minhas convicções abaladas. A sua farsa mais conhecida foi exibida pela revista Cruzeiro na década de 1960 que apresenta fotos grotescas de pessoas vestidas com lençóis que Chico Xavier alegava serem espíritos materializados. Posteriormente seu amigo pessoal, Waldo Vieira, descreve todo o processo de criação de suas fraudulentas psicografias. Incluindo seu longo treinamento para plagiar estilos de escritores famosos.  É muito difícil encontrar registros das fraudes ou mesmo artigos sérios sobre espiritismo no Brasil. Abundam os proselitismos e loas à doutrina . Caso se queira aprofundar no efeito ideomotor que explica o movimento “espontâneo” de objetos  ou pesquisas neurológicas que explicam visões e manifestações articuladas do inconsciente é necessário buscar artigos estrangeiros. Mas tudo indica que o Brasil é hoje o país mais vulnerável aos golpes e ao charlatanismo espirita. A baixa educação da população e o pequeno entendimento do método cientifico colaboram para este quadro. A história do charlatanismo em muitos momentos se confunde com a história do espiritismo. É um campo vastíssimo e muito pouco explorado. Para um ateu o espirito é o conjunto de qualidades imateriais que nos caracterizam. Nosso software. O caráter, a ética, a moral , a personalidade, a intelectualidade. Este assunto não se esgota neste pequeno texto. É preciso que mais pessoas de espirito livre denunciem e promovam o debate acerca de farsas e golpes como o espiritismo.  

  6. As teses espíritas envolvidas nesta fraca erudição, empobrecem

    Com os espiritos esclarecendo tudo por meio do youtube, claro que as coisas só vão ficar mais complicadas. Com as divisões de verssões, com tantos “médiuns” youtubers, a complexidade, advinda da diversidade de versões e opiniões, vai empobrecer o já decaído meio. O pior vai ser com relação a qual o melhor canal para eles agirem e para os interessados escolherem. Como foi no Brasil que o espiritismo de cunho mais romântico/cristão/emocional colou, será que os espíritos vão escolher os médiuns youtubers de língua portuguesa? 

    Falam tanto em evolução sem entender o real significado do termo. Pior ainda, não levam em consideração que a lei fundamental nos processos de ação/reação (ou carma) é a entropia – mecanismos que “degradam” e (afora teses, e não comprovações) e não “evoluem”.

    Para mim, o mais estranho é que como não imaginam, assimcomo as outras todas religiões, uma solução para os problemas humanos (espíritos vivendo) no mundo (na matéria) – ou seja, no mundo onde fazemos as ações e nele é que podemos ter o retorno delas, já que o fazemos através do material (átomo) e é só atrevés dele, num corpo material que podemos perceber, sentir entender. Então como isto também não é compreendido pela “lógica” do espiritismo, corre-se para o caminho ingênuo e romântico de outras dimensões ou outros planetas. É a desesperança “sofisticada”, já assim com a maioria das religiões, filosofias e seitas, só acreditam num mundo melhor, no aqúém do além. 

    1. É isso mesmo

      Realmente! Existe um abismo entre o conceito e a definição. Conceito é o que a pessoal acha que um termo é. Definição é o que ele realmente é.

      É absurdo como tantos filósofos (mesmos os de renome) não entendem o conceito de livre arbítrio. Uns ainda colocam ideias como livre-arbítrio vs. Determinismo, o que é no mínimo, um absurdo.

      Pra se falar de algo é imperativo ir atrás do termo na sua definição,e a partir dela procurar etimologias e pessoas que desenvolveram sobre.

      Se for no dicionário, existirá muitas definições, mas a principal é a seguinte:

       

      Livre arbitrio é a liberdade da vontade se determinar. Livre = sem coação ou sem estar preso a nada, idependente. Arbitrio = que depende somente da vontade.

       

      Logo, quando temos uma vontade, esta vontade é mais ou menos livre. Veja que agora a palavra “livre” faz sentido ao termo Livre-arbítrio.

       

      E essa é uma incoerência que acaba mascarando uma realidade muito profunda sobre as escolhas e o comportamento humano, realidade essa contemplada com magnificência pelo Espiritismo.

       

      Se algume quiser uma boa referência sobre, leiam o livro Free Online A LUCIDEZ SEGUNDO O ESPIRITISMO de Daniel Armilest

      http://danielarmilest.wixsite.com/site

       

      Muita Paz!

  7.             LIVRE-ARBITRIO –

                LIVRE-ARBITRIO – DESTINO – FATALIDADE

    Você já ouviu, alguma vez, falar de Livre-arbítrio? 

    Livre-arbítrio quer dizer livre escolha, livre opção. Em todas as situações da vida, sempre temos duas ou mais possibilidades para escolher. E a cada momento a vida nos exige decisão.  

      Sempre temos que optar entre uma ou outra atitude. Desde que abrimos os olhos, pela manhã, estamos optando entre uma atitude ou outra.  
    Ao ouvir o despertador podemos escolher entre abrir a boca para lamentar por não ser nosso dia de folga ou para agradecer a Deus por mais um dia de oportunidades. 
    ▬  Ao encontrarmos o nosso familiar que acaba de se levantar, podemos escolher entre resmungar: 

        Qualquer coisa, ficar calado, 
        Ou desejar, do fundo da alma, um bom dia.

    Quando chegamos ao local de trabalho, podemos optar entre ficar de bem com todos ou buscar o isolamento, ou, ainda, contaminar o ambiente com mau humor.

      Conta um médico que trata de pacientes com câncer, que as atitudes das pessoas variam muito, mesmo em situações parecidas.

    Diz ele que duas de suas pacientes, quase da mesma idade, tiveram que tirar um seio por causa da doença.

      Uma delas ficou feliz por continuar viva e poder brincar com os netos, 
    A outra optou por lamentar pelo seio que havia perdido, embora também tivesse os netos para curtir.

    ▬  Quando alguém o ofende, você pode escolher entre:

        Revidar, 
        Calar-se, 
        Ou oferecer o tratamento oposto. 

    A decisão sempre é sua. O que vale ressaltar é que todas as ações terão uma reação correspondente, como consequência. E essa reação é de nossa total responsabilidade.

      E isso deve ser ensinado aos filhos desde cedo.  

    Caso a criança escolha agredir seu colega e leve uns arranhões, deverá saber que isso é resultado da sua ação e, por conseguinte, de sua inteira responsabilidade. 

    ▬  Tudo na vida está sujeito à lei de causa e efeito: 

        Para uma ação positiva, um e feito positivo, 
        Para uma ação infeliz, o resultado correspondente.

    Se você chega no trabalho bem humorado, alegre, radiante, e encontra seu colega de mau humor, você pode decidir entre sintonizar na faixa dele ou fazer com que ele sintonize na sua.

      Você tem ainda outra possibilidade e escolha: ficar na sua. Todavia, da sua escolha dependerá o resto do dia. E os resultados lhe pertencem.

    Jesus ensinou que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Pois bem, nós estamos semeando e colhendo o tempo todo. 
     Se plantarmos espinheiros, colheremos espinhos. 

    Não há outra saída. Mas o que importa, mesmo, é saber que a opção é nossa. Somos livres para escolher, antes de semear. Aí é que está a justiça Divina.

      Mesmo as semeaduras que demoram bastante tempo para germinar, um dia darão seus frutos. 

    São aqueles atos praticados no anonimato, na surdina, que aparentemente ficam impunes. Um dia, ainda que seja numa existência futura, eles aparecerão e reclamarão colheita. 

    ▬  Igualmente os atos: 
          De renúncia, 
          De tolerância, 
          De benevolência…
    …  Que tantas vezes parecem não dar resultados, um dia florescerão e darão bons frutos e perfume. 

      É só deixar nas mãos do jardineiro Divino, a quem chamamos de Criador. Pense nisso! 

     A hora seguinte será o reflexo da hora atual. 
     O dia de amanhã trará os resultados do dia de hoje. 
     As existências futuras lhe devolverão a herança que hoje lhes entrega.

      É assim que vamos construindo nossa felicidade ou a nossa desdita, de acordo com nossa livre escolha, com o nosso livre-arbítrio. 

                                          (Allan Kardec – Q. 872 – L. E.)

     

    Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/o-que-e-o-espiritismo/livre-arbitrio-17274/#ixzz5HH90moCR

     

     

     

  8. O grande problema do Livre-arbítrio é a sua Definição ignorada!

    As pessoas ignoram a sua definição e ficam apenas com o conceito que extrairam de algum lugar.

    Existe um abismo entre o conceito e a definição. Conceito é o que a pessoal acha que um termo é. Definição é o que ele realmente é.

    É absurdo como tantos filósofos (mesmos os de renome) não entendem o conceito de livre arbítrio. Uns ainda colocam ideias como livre-arbítrio vs. Determinismo, o que é no mínimo, um absurdo.

    Pra se falar de algo é imperativo ir atrás do termo na sua definição,e a partir dela procurar etimologias e pessoas que desenvolveram sobre.

    Se for no dicionário, existirá muitas definições, mas a principal é a seguinte:

    Livre arbitrio é a liberdade da vontade se determinar. Livre = sem coação ou sem estar preso a nada, idependente. Arbitrio = que depende somente da vontade.

    Logo, quando temos uma vontade, esta vontade é mais ou menos livre. Veja que agora a palavra “livre” faz sentido ao termo Livre-arbítrio.

    E essa é uma incoerência que acaba mascarando uma realidade muito profunda sobre as escolhas e o comportamento humano, realidade essa contemplada com magnificência pelo Espiritismo.

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  9. O grande problema do Livre-arbítrio é a sua Definição ignorada!

    As pessoas ignoram a sua definição e ficam apenas com o conceito que extrairam de algum lugar.

    Existe um abismo entre o conceito e a definição. Conceito é o que a pessoal acha que um termo é. Definição é o que ele realmente é.

    É absurdo como tantos filósofos (mesmos os de renome) não entendem o conceito de livre arbítrio. Uns ainda colocam ideias como livre-arbítrio vs. Determinismo, o que é no mínimo, um absurdo.

    Pra se falar de algo é imperativo ir atrás do termo na sua definição,e a partir dela procurar etimologias e pessoas que desenvolveram sobre.

    Se for no dicionário, existirá muitas definições, mas a principal é a seguinte:

    Livre arbitrio é a liberdade da vontade se determinar. Livre = sem coação ou sem estar preso a nada, idependente. Arbitrio = que depende somente da vontade.

    Logo, quando temos uma vontade, esta vontade é mais ou menos livre. Veja que agora a palavra “livre” faz sentido ao termo Livre-arbítrio.

    E essa é uma incoerência que acaba mascarando uma realidade muito profunda sobre as escolhas e o comportamento humano, realidade essa contemplada com magnificência pelo Espiritismo.

    E isto muda tudo. A partir do momento que entendemos que essa liberdade se compreende apenas a liberdade da vontade, começamos a fazer as perguntas corretas: De onde vem a vontade? O que a origina? Temos controle sobre ela?

    Essa é a questão chave. Se algume quiser uma boa referência sobre, leiam o livro Free Online A LUCIDEZ SEGUNDO O ESPIRITISMO de Daniel Armilest

    Nele eu mostro como essa questão se soluciona e vou mais alem: Baseado nos conceitos filosóficos de como uma escolha é feita (determinismo, indeterminismo, compatibilismo) demonstro que nenhuma consciência no universo tem controle sobre si, seus atos e seus pensamentos.

    E isso não é uma coisa ruim, mas maravilhosa. Fica a dica!

    http://danielarmilest.wixsite.com/site

  10. Excelente! Tinha que fazer uma exposição sobre livre arbítrio, conforme a parabola do filho prodigo – repartir os bens – que é o livre arbitrio e seu artigo foi muito importante para o meu embasamento. Já emiti um pensamento de gratidao a você e a Jesus.
    Tarcisio F. Machado

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