Ministério Público denúncia algozes da presidente Dilma na ditadura

Jornal GGN – No último mês, o Ministério Público Federal em São Paulo denunciou à Justiça ex-agentes da ditadura acusados de tortura, homicídio e outros crimes. Entre eles, os algozes da presidente Dilma Rousseff na prisão: Maurício Lopes Lima e Homero Cesar Machado.

A denúncia mais recente foi realizada na terça-feira (22) contra o ex-chefe do DOI-Codi em São Paulo, Audir Santos Maciel, acusado de matar e ocultar o cadáver do militante político José Montenegro de Lima, o Magrão.

Da Folha de S. Paulo

Procuradoria denuncia acusados de tortura na ditadura

O Ministério Público Federal em São Paulo ofereceu à Justiça, no último mês, uma série de denúncias contra ex-agentes da ditadura (1964-1985) acusados de tortura, homicídio e outros crimes.

Entre os denunciados estão dois militares que já haviam sido apontados pela presidente Dilma Rousseff como seus algozes na prisão: Maurício Lopes Lima e Homero Cesar Machado. As denúncias não se referem à tortura contra Dilma.

Na denúncia mais recente, desta terça (22), o ex-chefe do DOI-Codi em São Paulo, Audir Santos Maciel, é acusado de homicídio e ocultação do cadáver do militante político José Montenegro de Lima.

Segundo a Procuradoria, o militante do PCB, conhecido como Magrão, foi assassinado em 29 de setembro de 1975 com uma injeção usada em sacrifícios de cavalos e teve seu corpo atirado no rio Novo, em Avaré (SP). O corpo nunca foi encontrado.

Maciel, à época tenente-coronel, teria executado Magrão em um centro clandestino de torturas na rodovia Castello Branco, em Araçariguama (SP). AFolha contatou a família de Maciel, que informou que seu advogado comentaria as acusações, o que não ocorreu até a publicação desta reportagem.

Em novembro, a Procuradoria denunciou, também por homicídio e ocultação de cadáver, quatro ex-agentes da ditadura pela morte do operário Virgílio Gomes da Silva, conhecido como Jonas, em 1969.

Segundo o MPF, o major Inocêncio Fabrício de Matos era um dos chefes da Operação Bandeirante (Oban) e participou, junto com seus subordinados Homero Cesar Machado, Maurício Lopes Lima e João Thomaz, da prisão e da tortura de Silva.

Já no último dia 14, foram denunciados dois delegados e um investigador de polícia acusados de torturar e matar, em 17 de abril de 1971, Joaquim Alencar de Seixas, militante do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT). 

Redação

6 Comentários

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  1. Pemuda Pancasila

    Até agora, essas e outras denúncias contra torturadores e assassinos da ditadura resultaram no quê?

    Na própria gestão de Dilma, essa foi sempre a última das últimas preocupações.

    Numa eventual nova ditadura tupiniquim, o que não vai faltar é torturador.

    Dia desses, qualquer Bolsonaro se sentirá suficientemente seguro e socialmente respaldado para fundar em Pindorama uma filial da Pemuda Pancasila – associação de gangesters  indonésios que patrioticamente ajudou Suharto a livrar a Indonésia da ameaça comunista.

    Sempre é bom lembrar que o bolsofascismo recebeu mais de 400 mil votos no Rio de Janeiro.

  2. 2ª Tortura

    Estamos cientes de que este novo “golpe na democracia” que estão querendo imprimir, não passa de uma 2ª via do primeiro. Os agentes da ditadura acusados de tortura contra a PRESIDENTA estão travestidos de políticos novos, da imprensa que apoiou o golpe de 64, de outros representantes da justiça brasileira. Fique firme DILMA.

     

  3. certamente esse resquício de

    certamente esse resquício de golpismo e ódio que permeia

    parte da sociedade brasileira hoje em dia provém desses fatos

    que ocorreram na ditadura e só agora estão sendo ounidos pela justiça….

  4. Muito bem vinda a iniciativa

    Muito bem vinda a iniciativa do MP, ainda que tardia. Agora falta a Dilma implementar as recomendações da Comissão da Verdade. Até agora, nada nessa direção.

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